Câncer gástrico Flashcards
Sinais de alarme de dispepsia (6)
Indicação de endoscopia:
- Anorexia
- Vômitos ou fezes com sangue
- Disfagia
- Odinofagia
- Anemia crônica
- História familiar de 1º grau de CA gástrico
Fatores de risco para câncer gástrico (8)
- Homem
- Tabagismo
- Dieta (Nitrosaminas – Alimentos conservados / defumados / salgados)
- Tipo sanguíneo A
- Mutação genética: CDH1
- Anemia perniciosa → Gastrite atrófica
- H. pylori (Cepas cacA ou VacA) → Gastrite atrófica → Metaplasia intestinal → Displasia intestinal → Adenocardinoma
- Gastrectomia com reconstrução Billroth I ou II (refluxo do conteúdo biliar e pancreático para estômago residual)
Tipo de câncer gástrico mais comum
Adenocarcinoma gástrico
(Mucosa gástrica com epitélio cilíndrico glandular)
Classificação histopatológica de Lauren e suas características
- Adenocarcinoma gástrico Tipo intestinal
—- Mais comum e melhor prognóstico
—- Predomina em homens e idosos
—- Acomete mais o antro e a pequena curvatura
—- Mais relacionado com fatores ambientais
—- Relação com lesões precursoras (gastrite atrófica ou metaplasia intestinal)
—- Disseminação hematogênica - Adenocarcinoma gástrico Tipo difuso
—- Menos comum e pior prognóstico
—- Mais relacionado com a genética
—- Sem relação com lesões precursoras
—- Células em anel de sinete
—- Disseminação linfática e carcinomatose peritoneal
Achados clínicos de metástase do câncer gástrico avançado (5)
- Prateleira de Blumer: Ao toque retal há uma rugosidade no fundo de saco pélvico → Indica carcinomatose peritoneal
- Tumor de Krukemberg: Metástase gástrica para o ovário
- Linfonodo da Irmã Maria José: Nódulo umbilical → Metástase linfonodal
- Nódulo de Virchow: Lindonodomegalia supraclavicular esquerda → Metástase linfonodal
- Nódulo Irish / do Islandês: Linfonodomegalia axilar → Metástase linfonodal
Classificação endoscópica de Borrmann do câncer gástrico
I: Lesão polipoide ou vegetante, bem delimitada
II: Lesão ulcerada, bem delimitada, bordas elevadas
III: Lesão ulcerada, infiltrativa em partes ou em todas as bordas
IV: Lesão difusamente infiltrativa, sem limites definidos
Exames para estadiamento câncer gástrico
Ecoendoscopia (avalia o tumor) e TC tórax e abdome (Avalia metástases)
Estadiamento TNM do câncer gástrico
- T1: Tumor até a mucosa e submucosa
- T2: Tumor até a muscular
- T3: Tumor até a serosa
- T4: Tumor invade órgãos adjacentes
Classificação japonesa de câncer gástrico
Baseado na Ecoendoscopia:
- Precoce: Tumor invade até a camada submucosa (T1) → Maior chance de cura, mas pode dá metástase
—- Tipo 1: Tumor elevado (cresce para dentro do estômago) → Pode tratar via endoscópica
—- Tipo 2A: Tumor plano pouco elevado → Pode tratar via endoscópica
—- Tipo 2B: Tumor plano superficial → Pode tratar via endoscópica
—- Tipo 2C: Tumor plano pouco deprimido
—- Tipo 3: Tumor ulcerado
- Avançado: Tumor que invade pelo menos a camada muscular (≥ T2)
Indicações de estadiamento com videolaparoscopia
- Metástases não visualizadas na tomografia
- Biópsia se suspeita de metástase
- Presença de líquido ascítico e análise laboratorial
Tratamento cirúrgico do câncer gástrico
Gastrectomia + Linfadenectomia D2
Tipos de gastrectomia indicada no câncer gástrico
- CA no antro: Gastrectomia subtotal
- CA no fundo: Gastrectomia total
- CA no corpo: Se margem proximal ≥ 5-6cm: Subtotal
- CA no corpo: Se margem proximal < 5-6cm: Total
Quantos linfonodos são necessários retirar na linfadenectomia do câncer gástrico
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Localização dos linfonodos da linfadenectomia do câncer gástrico
Perigastro direita e esquerda, que acompanham as artérias que irrigam o estômago
Tratamento cirúrgico paliativo no câncer gástrico
Gastrectomia SEM linfadenectomia ou gastrojejunoanastomose (desvio do trânsito alimentar)