Câncer de Esôfago Flashcards
TUMORES BENIGNOS MAIS COMUNS
LEIOMIOMAS
EM TERÇO MÉDIO E DISTAL
QUANDO HÁ DISFAGIA NO TU BENIGNO?
ACIMA DE 5CM
–> pelo fato de a distensibilidade do esôfago não estar comprometida
DX E TTO DO TU BENIGNOS
USG ENDOSCÓPICA –> tumoração em camadas mais profundas
Tratamento: excisão cirúrgica
- Sintomáticos ou maiores de 2 cm
Atualmente conservadora: Seguimento com EDA-USG
EPIDEMIO DO TU MALIGNO
HOMENS > MULHER
5ª e 6ª décadas
China, Japão, Irã, Ásia Central e Chile
No Brasil → região Sul
TU MALIGNO MAIS COMUM
Carcinoma espinocelular (CEC) - terço médio
TIPOS
CARCINOMA EPIDERMOIDE (ESPINOCELULAR)
- Mais comum
- Terço médio
ADENOCARCINOMA
- Associação com refluxo e Barrett
- Terço distal
EVOLUÇÃO DA INCIDÊNCIA DOS TIPOS DE TU MALIGNO
Carcinoma epidermoide – decrescendo:
- Diminuição do tabagismo e etilismo
Adenocarcinoma – aumentando:
- Obesidade e sobrepeso
Tendência de inversão!!
FATORES ASSOCIADOS AO CEC
੦ Fatores demográficos: homens, áreas urbanas, classes socioeconômicas inferiores
੦ Tilose (hiperceratose palmoplantar e papilomatose de esôfago)
੦ Fumo e álcool
੦ Fatores dietéticos: componentes nitrogenados, toxinas fúngicas, baixos níveis de Selênio e Zinco
੦ Doenças esofágicas prévias: acalasia, estenose cáustica
੦ HPV
੦ Alimentos em altas temperaturas
FATORES ASSOCIADOS AO ADENOCARCINOMA
੦ Doença do refluxo: Barrett, Esofagite de longa data
੦ Tabagismo e etilismo
੦ Obesidade e síndrome metabólica: efeito pró-inflamatório (citocinas)
CLÍNICA
- Disfagia rapidamente progressiva → sólidos → pastosos → líquidos
- Odinofagia
- Sialorreia
- Regurgitação
- Hematêmese, melena
- Caquexia, perda de peso
- Tosse, cornagem, rouquidão
- Invasão nervo laríngeo recorrente
DIAGNÓSTICO
Maioria diagnóstico tardio
- Câncer inicial: desafio, poucos sintomas
EDA com lugol
- populações de risco (tumores de cabeça e pescoço)
EDA com biópsias em Barrett e displasia
O QUE É ESÔFAGO DE BARRETT?
Substituição do epitélio estratificado e escamoso do esôfago por epitélio colunar com células tubulares (intestinais)
**estágio final da DRGE
7 a 10% dos portadores de DRGE
BARRETT E ADENOCARCINOMA
5 a 10%/ano progridem para displasia
0,1 a 0,5% ao ano para adenocarcinoma (40 vezes mais que a população normal)
DX DIFERENCIAL
- Estreitamentos não-neoplásicos
- Acalasia
- Desordens motoras esofágicas
- Esofagites
- Anéis e membranas esofágicas
DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO
- EDA com biópsia
- EED
- TC cervical, torácica e abdominal
- USG endoscópico
- Broncoscopia
- PET-CT
- Videolaparoscopia / toracoscopia
ACHADOS NO RAIO X CONTRASTADO (EED)
- Estreitamento da luz
- Dilatação proximal
- Fístula traqueoesofágica
- Útil em neoplasia obstrutiva
- Avalia extensão do tumor
**sinal da maça mordida
OBJETIVO DO ESTADIAMENTO
AVALIAR =
- Profundidade da invasão do tumor na parede esofágica e estruturas adjacentes
- Disseminação linfonodal
- Metástase à distância
EXAMES PARA ESTADIAMENTO
- TC de tórax
- TC de abdome
- Broncoscopia e laringoscopia: tumores de terços médio e superior
- Ecoendoscopia: infiltração de parede e metástase linfonodal
- Videocirurgia
- PET CT
ÂNGULO DE PICUS
SINAIS DE DOENÇA AVANÇADA
- Pneumonia aspirativa
- Rouquidão (infiltração de nervo laríngeo recorrente)
- Tosse durante deglutição (fístula esofagotraqueal)
- Insuficiência respiratória (infiltração de traqueia)
- Ascite – carcinomatose
ESTADIAMENTO - T
Tx – indeterminado
T0 – sem sinais de tumor primário
Tis – carcinoma in situ
T1 – mucosa ou submucosa
੦ T1a- lâmina própria ou muscular da mucosa
੦ T1b- submucosa
T2 – muscular própria
T3 – adventícia (ñ tem serosa)
T4 – estruturas adjacentes
੦ T4a- pleura, pericárdio, ázigos, peritônio, pericárdio
੦ T4b- aorta, vértebras, via aérea
ESTADIAMENTO - N
੦ Nx – indeterminado
੦ N0 – linfonodos regionais negativos
੦ N1 – linfonodos: 1 ou 2
੦ N2- linfonodos: 3 a 6
੦ N3- linfonodos: 7 e +
ESTADIAMENTO - M
੦ Mx – indeterminado
੦ M0 – ausente
੦ M1 – metástase à distância
ESTADIO
- Estádio 0 = Tis N0 M0
- Estádio I = T1 N0 M0
- Estádio IIa = T1 N1 M0
- Estádio IIb = T2 N0 M0
- Estádio III = T2 N1 M0 // T3-4a N0-1M0
- Estádio IVa = T1-4 N2 M0 // T4b N0-2 M0 //
Qualquer T N3 M0 - Estádio IVb = Qualquer T Qualquer N M1
CLASSIFICAÇÃO DE SIEWERT
TIPO 1
TIPO 2
TIPO 3
???
OPÇÕES DE TTO
Paliativo
Curativo
TRATAMENTO PALIATIVO
- Aliviar a disfagia
- Nutrir e limitar a hospitalização
- Dilatação/prótese: fístula traqueoesofágica
- Radioterapia: alivia a disfagia em 80%, terapia fotodinâmica, laser
- Paliação cirúrgica interposição de estômago ou cólon, alta mortalidade
QUANDO FAZER TTO PALIATIVO
- Irressecáveis
- Inoperáveis
- Metástases
- Envolvimento da aorta
- Nervo laríngeo recorrente
- Fístula esofagotraqueal/brônquica
O QUE FAZER ANTES DO TRATAMENTO CURATIVO
- Avaliar o estado nutricional
- Suporte nutricional prévio por SNE, mínimo 15 dias
- Avaliar funções pulmonar e cardíaca (fisioterapia respiratória)
- Etilistas e tabagistas → patologias respiratórias, cardíacas e hepáticas associadas
TRATAMENTO CURATIVO
Tumor precoce (apenas 5% dos casos)
੦ Cirurgia → esofagectomia
੦ Mucosectomia endoscópica?
Tumor não avançado
੦ Esofagectomia + quimiorradioterapia adjuvante
TUMOR AVANÇADO
Ressecável
- Quimiorradioterapia neoadjuvante
- Reestadiamento com TC
- Cirurgia → esofagectomia
Irressecável ou inoperável
- Quimiorradioterapia isolada?
ESOFAGECTOMIA EM 3 CAMPOS
Laparotomia mediana
Toracotomia direita
Cervicotomia esquerda
Linfadenectomia
Agressiva → respeita os princípios oncológicos
ACESSO TRANSMEDIASTINAL
Não completa linfadenectomia
Para casos muito iniciais ou paliativos
Reconstrução com tubo gástrico
EM CASO DE IMPOSSIVILIDADE DE USAR O ESTÔMAGO NO TTO CURATIVO, O QUE FAZER?
ESOFAGOCOLOPLASTIA
RADIOTERAPIA NO TTO
- Isolada = apenas paliativa, melhora na obstrução
- Pré-operatória reduz o volume do tumor, controla invasão local, reduz risco de disseminação na cirurgia
- Pós-operatória destrói células residuais se margens positivas
QUIMIOTERAPIA NO TTO
- Como tratamento único, é a menos eficaz
- Mais utilizada no pré-operatório, isolada ou com radioterapia para tratar micrometástases e
melhorar ressecabilidade
TERAPIA CURATIVA PADRÃO
QUIMIO + RADIO –> RESSECÇÃO
COMPLICAÇÕES
- Pulmonares
- Lesões cirúrgicas fatais
- Traqueia, aorta
- Lesão do nervo laríngeo recorrente
- Lesão do ducto torácico
- Sangramento (trans-hiatal)
- Deiscência de anastomose ou fístula (5-10%)
- Intratorácico
Mediastinite → sepse - Cervical: boa evolução (dreno)
PROGNÓSTICO
Global (todos os estádios): 20-25%
੦ Estádio 0: 75%
੦ Estádio I: 50%
੦ Estádio IIa: 40%
੦ Estádio IIb: 20%
੦ Estádio III: 15%
੦ Estádio IV: <5%