Bócios Flashcards
O bócio é definido como
como qualquer aumento do volume tireoidiano
Os bócios podem ser do tipo
*difuso ou nodular
atóxico (função tireoidiana normal) ou tóxico (hipertireoidismo)
*benigno ou maligno
*endêmico
- Bócio coloide
- Bócio subesternoide
Bócio coloide é o
é o termo aplicado ao bócio atóxico difuso, uma vez que, nessa condição, há folículos aumentados e repletos de coloide.
Bócio subesternal é o
é o termo utilizado para definir bócios que apresentam crescimento para dentro da cavidade torácica. Eles podem ocasionar a obstrução (ou compressão) de estruturas adjacentes.
Epidemiologia bócio
A deficiência de iodo na dieta é a principal causa do bócio endêmico, que ocorre nas áreas iododeficientes.
A prevalência de bócio excede 30% nas áreas com ingestão muito baixa de iodo (menor do que 30mcg
/dia).
O bócio ocorre em cerca de 5% da população com iodo suficiente e é quatro vezes mais comum em
mulheres. No entanto, a prevalência varia de acordo com a área de residência e geralmente diminui com a
idade.
O bócio multinodular atóxico, dependendo da população, afeta até 12% dos adultos, é mais comum no
sexo feminino, e sua prevalência aumenta com a idade. Ele manifesta-se mais frequentemente em regiões
com deficiência de iodo, mas também em regiões sem deficiência.
Principais causas bócio endêmico
Deficiência de iodo
Substâncias bociogênicas
Principais causas do bócio
Bócio endêmico:
Deficiência de iodo
Substâncias bociogênicas
Bócio esporádico
Bócio atóxico: difuso/nodular (uni/multi)
Bócio tóxico: difuso (doença de Basedow-Graves)/ uni/multinodular (doença de Plummer)
Tireoidites (Hashimoto/destrutivas)
Substâncias bociogênicas (alimentos/drogas)
Doenças genéticas (disormoniogênese/ Sd de resistência aos HT/ Sd McCune-Albright-mutação germinativa
ativadora no receptor do TSH)
Infiltrativa (tireoidite de Riedel, sarcoidose, amiloidose)
Secundário (TSHoma, hCG)
Neoplasias malignas
Sinais e sintomas bócio
O bócio geralmente é diagnosticado no exame físico de rotina ou quando o indivíduo ou seus familiares percebem um aumento de volume no pescoço. O paciente também pode relatar uma sensação de pressão ou desconforto. Se a função tireoidiana está preservada, a maioria dos casos de bócio é assintomático.
Na realização de exame da tireoide, pode-se constatar os seguintes aspectos conforme o tipo de bócio:
*bócio difuso: aumento simétrico, indolor, geralmente com textura suave e sem nódulos palpáveis.
*bócio multinodular atóxico: arquitetura tireoidiana distorcida e múltiplos nódulos de tamanhos variados à
palpação.
*bócio subesternal: dificuldade em palpar a borda inferior da tireoide.
Bócio difuso sintomas
aumento simétrico, indolor, geralmente com textura suave e sem nódulos palpáveis.
Bócio multinodular atóxico
arquitetura tireoidiana distorcida e múltiplos nódulos de tamanhos variados à palpação.
Bócio subesternal
dificuldade em palpar a borda inferior da tireoide.
Bócios muito grandes podem causar sintomas e sinais compressivos nos órgãos adjacentes, como os seguintes:
*Esôfago: disfagia
*Traqueia: dispneia, tosse, estridor
*Sistema venoso: distensão venosa cervical, manobra de Pemberton positiva (solicita-se que o paciente
coloque as mãos juntas, atrás da cabeça, enquanto os sinais de pletora facial e distensão venosa cervical
são verificados).
*Nervo laríngeo recorrente: rouquidão
Diagnóstico bócio
Uma vez que o manejo do bócio depende da etiologia, há necessidade de avaliação adicional para identificar sua causa.
Avaliação da morfologia tiroidiana:
Ultrassonografia de tiroide (com ou sem Doppler colorido)
Tomografia computadorizada com contraste (para bócio mergulhante).
Avaliação da função tiroidiana:
Exames laboratoriais: TSH, T4 livre, anticorpos anti-TPO, anti-tireoglobulina, TRAb (se TSH baixo).
Med. Nuclear (se TSH baixo): Cintilografia (131I ou 99mTc)
Avaliação complementar.
Punção aspirativa com agulha fina (PAAF): se nódulo tiver características de malignidade ao USG x tamanho
Classificação das características ultrassonográficas
tem como objetivo classificar as características de malignidade dos nódulos para orientar qual deve ser puncionado.
Classificação ultrassom tireoidiano
ATA (American Thyroid Association)- Grau de suspeita de malignidade:
Benigno (cisto)/Muito baixo (PAAF>2cm) /Baixo(PAAF≥1,5cm) / Intermediário(PAAF≥1cm)/Alto(PAAF≥1cm)
ACR TI-RADS (American College of Radiologists) TR1 e TR2: sem paaf/ TR3: PAAF≥2,5 cm/ TR4: PAAF≥1,5 cm/TR5: PAAF≥1,0 cm
Câncer de tireoide é dividido de acordo com as células de origem
Células foliculares – Diferenciado (95%):
Carcinoma Papilífero (85%)
Carcinoma Folicular (10%)
Células foliculares – Indiferenciado (<2%):
Carcinoma Anaplásico
Células parafoliculares (3-5%):
Carcinoma Medular
Outros (mama, pulmão, linfoma)