BAUMAN Flashcards
Freud (modernidade) x Bauman (pós-modernidade)
Mal-estar da modernidade x mal-estar da pós-modernidade
Mal-estar moderno: falta de liberdade / Mal-estar pós-moderno: falta de segurança.
A liberdade da pós-modernidade é aparente, temos acesso apenas ao que é ofertado
O homem moderno recente sua liberdade. Abre mão de sua liberdade para ter segurança.
Bases da civilização
beleza, limpeza e ordem
aparecem agora através dos esforços individuais
A civilização se constrói sobre uma renúncia ao instinto. Especialmente a civilização (modernidade) impõe grandes sacrifícios à sexualidade e a agressividade do homem. (Freud).
Estranhos
seres humanos que transgridem os limites pré estabelecidos → garantem a democracia.Os estranhos modernos não se ajustaram a ordem (Estado). Na pós-modernidade deixam de ser pré-selecionados, e se tornam tão instáveis com a identidade, sua estranheza deve ser protegida por ser necessária. Na ordem harmoniosa e racional prestes a ser construída não havia nenhum espaço para os “nem uma coisa, nem outra”. Construir a ordem foi uma guerra de atrito empreendida contra os estranhos e o diferente. ○ Cada espécie da sociedade produz sua própria espécie de estranhos e os produz de sua própria maneira.
Estratégias modernas de relacionamento com estranhos (concordam em bani-los):
➔ Antropofágica: aniquilar e devorar os estranhos, tornar a diferença semelhante (assimilação: tornar a diferença semelhante; abafar as distinções culturais e linguísticas; proibir todas as tradições e lealdades, exceto as destinadas a alimentar a conformidade com a ordem).
➔ Antropoêmica: excluir/banir/isolar os estranhos e impedi-los de toda comunicação ( estratégia da exclusão: confinar os estranhos dentro das paredes visíveis dos guetos; proibição da comensalidade, conúbio e do comércio; purificar – expulsar os estranhos para além das fronteiras do território administrado).
➔ Destruição: quando falham as outras estratégias, aniquilá-los fisicamentes (ex: nazimo)
Estratégias pós-modernas de relacionamento com estranhos (deve ser estranho à parte)
➔ são aceitos se desempenharem um certo papel (imigrante) ➔ podem fazer o que o dominante normal não quer fazer
Viscosidade do estranho (Sartre)
aparece na falta de poder, quando não escolho minha relação com
estranho; analogia mel/piscina; aparentemente dócil; ideia utópica de diversidade cultural;
○ A viscosidade se dá pela falta de poder do estranho. Ele reconhece sua rejeição. O termo se estabelece pela tentativa de rejeição do estranho, mesmo ele se mantendo impregnado na sociedade.
Teoria da diferença
ideia de tolerância, porém de segregação; tolerar o estranho sem de fato incluir; Dimensões da incerteza presente: vivemos hoje na atmosfera do medo ambiente. Alguns dos fatores responsáveis:
1- A nova desordem do mundo: hoje, uns vinte países ricos, aflitos e incertos de si próprios, enfrentam o resto do mundo, que já não se inclina a venerar as suas definições de progresso e felicidade.
2-A desregulamentação universal:a desatada liberdade concedida ao capital e às finanças à custa de todas as outras liberdades; o despedaçamento das redes de segurança; o repúdio a todas as
razões que não econômicas. A desigualdade atinge uma vez mais proporções que o mundo de há pouco tempo parecia ter deixado para trás.
3- As redes de segurança enfraquecidas: O que costumava ser apresentado e mantido conjuntamente pelas habilidades individuais e com o uso de recursos inatos tende agora a ser mediado por ferramentas tecnologicamente produzidas e que podem ser compradas no mercado. A presença e elasticidade das equipes e coletividades se tornam, em proporções cada vez maiores, dependentes do mercado.
4- A incerteza a proposito dos mundos material e social e dos métodos de atividade política dentro deles:Neste mundo, tudo pode acontecer e pode ser feito, mas nada pode ser feito uma vez por todas. Os laços são dissimulados em encontros sucessivos, as identidades em máscaras sucessivamente usadas. Há poucas coisas no mundo que se possam considerar sólidas e dignas de confiança.
● Os estranhos de hoje já não são autoritariamente pré-selecionados, definidos e separados, como costumavam ser. Os estranhos de hoje são subprodutos, mas também os meios de produção no incessante processo de construção da identidade.