Aula 2 - Teorias sobre Papel do Estado Flashcards
O que e Estado Imperfeito?
O Estado imperfeito faz uma abordagem Abordagem pretensamente positiva (predictiva ) da actuação das entidades do sector público:
Será que o Estado prossegue sempre o interesse público?
Os cidadãos, quer na esfera privada (dos mercados) quer na esfera pública, defendem essencialmente os seus interesses.
Esta posição conduz a uma visão crítica e algo negativa do Estado.
Razão de ser do Estado Segundo o Estado Imperfeito
*O Estado deve ter o monopólio do uso da força para forçar os agentes a soluções cooperativas
*Com o poder absoluto concedido pelos súbditos, o Estado (“o
príncipe”) pode crescer desmesuradamente através da recolha
‘ilimitada’ de receitas (fiscais)
O Estado, ao deter o monopólio da força (forças armadas) e a capacidade de tributação pode tornar-se um “monstro” indo para além da satisfação dos seus súbditos, alimentando-se a si próprio
O Estado ao serviço dos interesses,
ou os chamados fracassos do governo:
Procura de rendas (rent seeking): favorecimentos
especiais a alguns agentes (ex: certos subsídios ou
benefícios fiscais).
Burocracia: governos com menor informação que os
agentes da administração que supostamente controlam
Ciclos político-económicos: decisões políticas sujeitas aos ciclos eleitorais.
Inconsistência inter-temporal: tendência endémica para se gerarem défices em regimes democráticos (sacrifício das gerações futuras, que “não podem votar”).
Tipos de Financas Publicas
Finanças Clássicas (e Estado mínimo)
Finanças Intervencionistas (e Estado de Bem-estar)
Constitucionalismo financeiro
Finanças Modernas
Finanças Clássicas (e Estado mínimo) Despesas: Receitas: Saldo orçamental: Função das finanças públicas Dimensão do sector público Enquadramento histórico:
Finanças Clássicas (e Estado mínimo)
Despesas: (f. afectação) bens públicos (ex.: diplomacia, defesa,
segurança interna, justiça, infraestruturas).
Receitas: Impostos (não aceitam o recurso à dívida).
Saldo orçamental: equilibrado.
Função das finanças públicas: cobrir as despesas
públicas com mínima interferência nos agentes privados.
Dimensão do sector público: aprox. 8-12% do PI.B
Enquadramento histórico: séc. XVIII-XIX; escola clássica inglesa
Finanças Intervencionistas (e Estado de Bem-estar) Despesas: Receitas: Saldo orçamental: Função das finanças públicas Dimensão do sector público Enquadramento histórico:
Finanças Intervencionistas (e Estado de Bem-estar)
Despesas: (f. afectação, redistribuição e estabilização) bens públicos, redistribuição do rendimento, pol. Orçamental.
Receitas: Impostos e dívida pública.
Saldo orçamental: aceita-se défice (particularmente em recessão).
Função das finanças públicas: financiar despesas em bens públicos, redistribuição e incentivos à actividade económica.
Dimensão do sector público: aprox. 40%-60% do PIB.
Enquadramento histórico: New deal de Roosevelt; Keynesianismo.
Constituicionismo Financeiro
Constitucionalismo financeiro
Dados os potenciais fracassos do governo é necessário dispor de regras, de preferência constitucionais, para limitar o défice e a dívida pública.
Enquadramento histórico: Anos 80 e 90 do séc. XX; correntes neoliberais críticas do keynesianismo; Pacto de Estabilidade e Crescimento (UE).
Finanças Modernas
As Finanças Modernas contêm elementos das
finanças intervencionistas (peso do Estado, aceitação de dívida pública, etc.), mas também do constitucionalismo financeiro, a saber :
Sustentação (défices públicos e dívida pública controlados: estabilidade intertemporal).
Prioridades:
- Afectação de recursos para o crescimento económico.
- Promoção da justiça social e diminuição das desigualdades.
Despesas correntes financiadas por impostos e (parte das) despesas de capital pelo recurso à dívida.
Existência de um sector empresarial do Estado.