Aula 2 - Streptococcus Flashcards

1
Q

Streptococcus características gerais:

A
  1. Cocos Gram+;
  2. Imóveis;
  3. Catalase negativo (diferencia de estafilococcus);
  4. Não esporulados;
  5. Disposição em pares ou em cadeia;
  • Nutricionalmente exigentes, necessitam de meios de crescimento complexos, por exemplo, suplementados com soro ou sangue. Têm um crescimento estimulado em atmosfera com 5-10% de CO2.
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2
Q

A taxonomia do Streptococcus é complexa, sendo a divisão mais utilizada a divisão consoante a hemólise, ou seja, o comportamento de streptococcus na gelose do sangue:

A
  1. Se à volta da colónia virmos um tom esverdeado significa que houve uma hemólise incompleta: hemólise alfa, streptococcus alfa hemolíticos;
  2. Se nós virmos à volta da colónia uma hemólise total, ou seja, um halo totalmente transparente, temos uma hemólise beta - streptococcus beta-hemolíticos;
  3. Quando não há hemólise, estamos perante streptococcus gama;
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3
Q

Classificação de Lancefield:

A
  • Streptococcus pyogenes: pertence ao grupo A, constituindo quase a totalidade deste grupo;
  • O Streptococcus do grupo B, são na sua maioria Streptococcus Agalactiae;
  • O Streptococcus pneumoniae não é um beta hemofílico, logo não tem classificação de Lancefield e tem uma alfa hemólise;
  • O Viridans é um grupo onde temos uma série de espécies, sendo a maioria alfa hemofílicas;
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4
Q

Streptococcus pyrogens: características gerais

A

Proteínas específicas para o grupo:

  • Proteínas específicas, com elevada diversidade, usadas como marcadores epidemiológicos): proteína M e proteína T;
  • Outros componentes da superfície celular; ácido lipoteicóico, Proteína F;
  • Cápsula composta por ácido hialurónico;
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5
Q

Streptococcus pyrogens: epidemiologia

A

Colonização apenas no homem:

  • frequentemente a orofaringe e transitoriamente para a pele;
  • 5-15% dos indivíduos colonizados assintomaticamente;
  • transmissão por gotículas de secreções respiratórias;
  • contacto direto com a pessoa infetada;

Grupo de risco: crianças e jovens;

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6
Q

Streptococcus pyrogens: principal causador de amigadilites bacterianas

A

Porquê? No grupo A os hidrato de carbono têm à volta proteínas específicas chamadas de M e A, e há toda uma grande variedade destas proteínas. Ou seja, a criança se tiver uma amigdalite por streptococcus do grupo A com a proteína M3 fica com defesas contra essa proteína, mas se for infetada com a proteína M10 já não possui anticorpos para a mesma.

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7
Q

Streptococcus pyrogens: fatores de virulência

A
  • Exotoxinas pirogénicas (A, B e C): toxinas termolabeis, produzidas apenas por algumas estirpes:
  1. estreptolisinas O e S: importantes para o TASO; sendo que a O está inativada na presença de O2, imunogénica; e a S não é inanimada pelo O2, sendo não imunogénica;
  2. estreptoquinase: lise de fibrina do plasma humano, permite a disseminação rápida em tecidos infetados;
  3. desoxirribonuclease: degrada o DNA presente em pus reduzindo a sua viscosidade;
  4. hialuronidase: fator de disseminação;
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8
Q

Streptococcus pyrogens: patologias associadas

A

Doenças supurativas:

  • faringite/amigdalite;
  • escarlatina;
  • impetigo;
  • erisipela;
  • celulite;
  • fascine necrotizante;
  • síndrome do choque estreptocócico;
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9
Q

Streptococcus pyrogens: patologias associadas

A

Doenças não supurativas:

  • febre reumática;
  • glomerulonefrite, ocorre por processos imunológicos;
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10
Q

Streptococcus pyrogens: terapêutica

A

São sensíveis a penicilina e aos seus derivados. Em caso de alergia recorremos aos macrolídos, eritromicina e claritromicina.

Aqui já podemos ter alguma resistência, portanto devemos fazer um antibiograma, teste de sensibilidade aos antibióticos.

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11
Q

Streptococcus agalactiae: características gerais

A

Colonizam o trato GI, trato urinário e genital:

  • Colonização vaginal transiente em 10 a 30% das mulheres grávidas e não grávidas;
  • 60% dos bebés que nascem de mães colonizadas ficam colonizados, havendo um risco mais elevado em pre maturos, futura prematura de membranas, trabalho de parto prolongado;
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12
Q

Streptococcus agalactiae: clínica

A

No período neonatal, devido à transmissão vertical mãe-filho, podemos dividir em precoces ou tardias:

  • Pneumonia, meningite e sepsis (precoces);
  • Sepsis e meningites (tardias - uma semana a 3 meses);

Na mulher grávida pode também causar infeção urinária, endometriose, sepsis peurperal e infeção da pele;

No adulto causa sobretudo infeções urinárias.

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13
Q

Streptococcus agalactiae: prevenção

A

Rastreio de colonização nas grávidas, com uma zaragatoa vaginal e retal, entre a 35ª e 37ª semana de gestação.

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14
Q

Streptococcus viridians

A
  • comensais as vias aéreas superiores;
  • infeções: cárie dentária, endocardite;
  • hemólise alfa e gama;
  • resistentes à optoquina;
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15
Q

Streptococcus pneumoniae: características gerais e epidemiologia

A
  • Alfa hemofílicos;
  • Diplococos;
  • Solúveis em bílis, ou seja, não colonizam o intestino;
  • Inibidos pela optoquina;
  • A maior parte são capsulados;
  • Mais exigentes, sendo o crescimento estimulado por 5 a 10% de CO2;
  • Dos múltiplos fatores de virulência, a cápsula é aquela mais conhecida, pois dificulta a fagocitose;
  1. doença frequentemente precedida por infeções vírica respiratória: pneumonia;
  2. Infeções ocorrem principalmente em crianças, idosos e indivíduos imunocomprometidos;
  3. Continua a ser uma das principais causas de mortalidade e morbilidade;
  4. responsável por meningite e pneumonia pneumocócicas;
  5. Uma das principais causas de otite;
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16
Q

Streptococcus pneumoniae: patologias associadas

A
  • Meningite;
  • Pneumonia;
  • Infeções menos importantes que às vezes podem complicar com otite média, sinusite, mastoidite;
  • Bacteriemia oculta;
  • Quadro de sépsis inesperado, sem haver propriamente uma porta de entrada evidente;
  • Outras infeções como artrites e peritonites;
17
Q

Streptococcus pneumoniae: terapêutica

A

Infeções respiratórias:
- Penicilina (amoxicilina), macrólidos, cefalosporinas, novas quinolonas, moxifloxacina;

Meningite ou bacterinémia:
- Penicilina se suscetível, cefalosporina de 3ª geração, Vacomicina