Aula 1 Flashcards
Diferenças entre procariotas e eucariotas?
- Nos procariotas não há um núcleo rodeado de membranas, ao contrário dos eucariotas;
- Nos procariotas existe um peptoglicano, uma estrutura da parede celular, que tem implicações quer no diagnóstico, quer no tratamento;
- Os ribossomas também são diferentes e o retículo endoplasmático, mitocôndrias e aparelho de Golgi apenas existem nos eucariotas;
- A reprodução nos procariotas é sempre assexuada, enquanto a dos eucariotas pode ser ou não;
Qual a tendência das bactérias para se disporem em formas características?
- Cocos (redondas);
- Bacilos (mais alongadas, retangulares);
- Espirilos (em forma de saca-rolhas);
- Cocobacilos (forma híbrida, oval);
- Vibriões (forma em vírgula);
- Bacilos filamentosos (quando os vemos dão-nos logo uma orientação para uma determinada bactéria);
Nota: diplococos (são dois cocos juntos); cocos em cadeia ou estreptococos; cocos em cacho ou estafilococos;
Parede celular é uma estrutura celular importante na bactéria - confere rigidez o que previne da Lise osmótica. Ao que é que se deve a rigidez?
- Deve-se ao polímero de dissacárido de N-acetilglucosamina e N-acetilmurâmico;
- Nos Gram-positivos: a parede fica mais espessa uma vez que este polímero tem várias camadas, pode ter ácidos teicóicos ou lipoteicóicos;
- Nos Gram-negativos: uma camada muito menos espessa, têm lipossáridos que contêm endotoxina, muito importante nas pessoas com sépsis;
Cápsula?
Flagelo?
Fímbria?
Esporo?
- A principal função é a antifagocítica, normalmente é polissacarídica, mas também pode ser proteica. O slime é o revestimento, que não é uniforme, nem na densidade, nem na espessura e que tem um papel importante na aderência às superfícies. Assim, o lime, vai condicionar a virulência e a patogenecidade de uma bactéria muito particular que são os Staphylococcus epidermidis;
- Estrutura longa, composta por flagela e responsável pela mobilidade;
- As fímbrias são proteínas e ajudam na aderência a outras bactérias e células.
- Estruturas de resistência em algumas bactérias Gram+
Bactérias anaeróbias obrigatórias?
Só crescem na presença de anaerobiose, ou seja, na ausência total de oxigénio. Existem bactérias anaeróbias obrigatórias que são importantes patogénicos;
Bactérias anaeróbias facultativas?
A maioria das bactérias pertence a este grupo, sendo que assim a maioria tanto cresce em condições de aerobiose, como crescem em condições de anaerobiose. A presença de oxigénio é muito mais favorável, uma vez que uma única molécula de piruvato, permite obter muita mais energia do que um processo fermentantivo.
No entanto, a sua capacidade de crescer em anaerobiose permite-lhes estar presentes, por exemplo, num abcesso pouco vascularizado.
Fase de latência?
Fase exponencial?
Fase estacionária?
Fase de declínio?
- Durante as primeiras horas as bactérias não se vão multiplicar, sendo que é uma fase de adaptação ao novo meio.
- Uma vez adaptadas, as bactérias vão começar a multiplicar, o que resulta nu aumento exponencial do número de bactérias.
- Após algumas horas, começa a haver esgotamento dos nutrientes do local e acumulação de produtos tóxicos do metabolismo. Aqui as bactérias já não se conseguem dividir e o seu número vai-se manter estável.
- Ao fim de 1 ou 2 dias, dependendo das bactérias, ocorre a morte das mesmas e uma redução no seu número.
Genoma bacteriano: conjunto de todos os genes da bactéria!
Elementos genómicos autorreplicáveis? São elementos genéticos que eles próprios se conseguem multiplicar quando há a divisão binária. Vai haver um elemento genético para cada uma das células filhas!
Ex.: cromossoma nas bactérias é único e circular, portanto são células haploides.
Ex.: plasmados são elementos genéticos extra-cromossómicos, circulares e com replicação independente. Podem conter informação sobre a resistência a um determinado antibiótico e aí tornam-se essenciais. Também promovem a conjugação (epissomas).
Elementos genéticos não autorreplicáveis?
- Bacteriógrafos: são vírus bacterianos. Estes vão obrigar a bactéria a trabalhar para eles, conduzindo depois ao rebentamento da bactéria - infeção lírica. Por vezes, o material genético do bacteriófago pode integrar-se no cromossoma da bactéria - estado lisogénico.
- Transposões: genes saltitantes, conseguem levar facilmente material genético de um plasmídeo para o outro e podem promover a conjugação, ou seja, a passagem de elementos genéticos para outra bactéria. No entanto precisam de estar integrados num plasmídeo ou cromossoma para se conseguirem replicar, sendo fundamentais na resistência dos antibióticos.
- Integrões: ajudam na incorporação de genes exógenos.
Transferência de DNA: Horizontal (de uma bactéria para outra); Vertical (de célula mãe para as duas células filhas)?
Transferência horizontal:
- Transformação: consiste na captação de DNA livre exógeno, é importante no caso do Pneumococcus;
- Conjugação: é muito importante. A passagem de material genético corre diretamente da célula dadora para uma célula receptora e faz-se através de fímbria;
- Transdução: é feita através de bacteriófagos, a qualquer altura ou com determinados estímulos, o estado lisogénico pode reverter para o ciclo lítico o que vai conduzir ao seu rebentamento. Assim, a nova bactéria vai adquirir no seu cromossoma o material genético do bacteriófago, mas também aquele bocadinho e cromossoma que trouxa da outra bactéria.