Aula 11 :Humanização em Obstetrícia Flashcards

1
Q

O que é violência segundo a OMS?

A
  • A OMS define violência como o uso intencional de força física ou poder, real ou em ameaça, contra si próprio, outra pessoa, grupo ou comunidade, que resulte ou tenha a possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. Essa definição abrange uma ampla gama de atos intencionais que causam danos físicos ou psicológicos, destacando a gravidade e o impacto abrangente da violência na saúde pública e na sociedade.
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2
Q

O que considera a Convenção de Belém do Pará sobre a violência contra a mulher?

A
  • A Convenção de Belém do Pará considera violência contra a mulher qualquer ato baseado no gênero que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública quanto privada. Esta convenção, adotada em 1994, enfatiza a necessidade de prevenir, punir e erradicar a violência contra as mulheres, reconhecendo que tal violência é uma violação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.
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3
Q

Quais são as políticas nacionais brasileiras relacionadas à violência contra a mulher?

A
  • As políticas incluem a Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Causas Externas (2001), que visa reduzir as mortes e lesões por causas externas, incluindo a violência, e a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (2004), que promove ações de saúde específicas para mulheres, incluindo a prevenção e atendimento às vítimas de violência. Essas políticas visam integrar diferentes setores para proporcionar um atendimento abrangente e eficaz.
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4
Q

Qual a porcentagem de mulheres sujeitas à violência doméstica no Brasil?

A
  • No Brasil, 23% das mulheres estão sujeitas à violência doméstica, a forma mais recorrente de violência de gênero na esfera privada. Esse dado ressalta a prevalência significativa desse problema e a necessidade urgente de medidas eficazes para proteger e apoiar as vítimas.
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5
Q

Quantos feminicídios ocorrem no Brasil e com que frequência?

A
  • No Brasil, ocorre um feminicídio a cada sete horas. Esse dado alarmante demonstra a extrema violência de gênero no país e a necessidade de políticas rigorosas e efetivas para combater essa forma de crime.
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6
Q

Qual é a frequência de estupros no Brasil?

A
  • Um estupro ocorre a cada dez minutos no Brasil, indicando uma alta incidência de violência sexual. Este dado sublinha a urgência de medidas preventivas, bem como de suporte adequado às vítimas para combater e reduzir esses números.
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7
Q

Quem é o principal responsável pela violência contra as mulheres no Brasil?

A
  • O parceiro íntimo (marido ou namorado) é responsável por mais de 80% dos casos reportados de violência contra a mulher. Isso destaca a violência doméstica como uma questão crítica e a necessidade de abordar as dinâmicas de poder e controle dentro das relações íntimas.
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8
Q

Qual foi o aumento nos casos de feminicídio em 2022 comparado a 2021?

A
  • Houve um aumento de 5% nos casos de feminicídio em 2022 comparado a 2021. Este crescimento é preocupante, especialmente considerando que o número geral de homicídios caiu no mesmo período, indicando um agravamento específico da violência de gênero.
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9
Q

Quais são os tipos de violência contra a mulher?

A
  • Os tipos de violência contra a mulher incluem:
    • Física: Agressões como socos, chutes, queimaduras e espancamentos.
    • Sexual: Estupro e outros atos sexuais forçados.
    • Psicológica: Ameaças, humilhação, controle e isolamento.
    • Patrimonial: Roubo, destruição de bens e controle financeiro.
    • Moral: Difamação, calúnia e injúria.
      Cada tipo de violência tem consequências específicas e exige abordagens diferenciadas para prevenção e intervenção.
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10
Q

Quais são alguns sinais de alerta de violência doméstica?

A
  • Sinais de alerta incluem:
    - Uso frequente dos serviços de saúde.
    - Lesões corporais não explicadas.
    - Comportamentos psicossomáticos como insônia, pesadelos e crises de pânico.
    - Isolamento social e mudanças frequentes de emprego ou residência.
    - Dificuldade na realização de exames ginecológicos e presença de lesões genitais.
    - Uso e abuso de álcool e drogas, distúrbios alimentares e tentativas de suicídio.
    Esses sinais podem indicar que a pessoa está sofrendo violência doméstica e precisa de ajuda.
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11
Q

Quantas pessoas são afetadas por violência sexual anualmente no mundo?

A
  • Estima-se que a violência sexual afete 12 milhões de pessoas anualmente no mundo. Esse número elevado demonstra a gravidade e a extensão global desse problema, que afeta principalmente mulheres e crianças, destacando a necessidade de políticas e intervenções eficazes.
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12
Q

Quais são as recomendações para o acolhimento de vítimas de violência sexual?

A
  • As recomendações incluem:
    - Não expor a paciente e garantir privacidade durante a entrevista e exames.
    - Atendimento por uma equipe multidisciplinar que oferece suporte psicológico, médico e jurídico.
    - Ações integradas entre serviços de saúde, polícia e judiciário.
    - Manter ética e sigilo sobre o caso.
    - Proporcionar conforto e tratamento adequado à vítima.
    Essas medidas são essenciais para garantir um atendimento humanizado e eficaz, respeitando a dignidade e a privacidade da vítima.
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13
Q

Quais exames são realizados para vítimas de violência sexual?

A
  • Os exames incluem:
    - Exame físico completo e ginecológico.
    - Coleta de amostras para diagnóstico de infecções genitais e identificação do agressor.
    - Exames específicos como B-HCG, VDRL, anti-HIV, HbsAg/anti-HBS/anti-HCV.
    - Cultura de secreções, exame a fresco e pesquisa de clamídia.
    Esses exames são fundamentais para avaliar a saúde da vítima, fornecer tratamentos necessários e coletar evidências para a investigação do crime.
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14
Q

O que estabelece a Lei 10778/2003?

A
  • A Lei 10778/2003 estabelece a notificação compulsória dos casos de violência doméstica aos serviços de saúde. Essa obrigatoriedade visa garantir que os casos sejam registrados e tratados adequadamente, além de facilitar a coleta de dados para a formulação de políticas públicas de prevenção e atendimento.
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15
Q

O que prevê a Lei Maria da Penha (Lei 11340/06)?

A
  • A Lei Maria da Penha (Lei 11340/06) prevê diversas medidas para prevenir, coibir e punir a violência doméstica e familiar contra a mulher, incluindo:
    • Medidas Protetivas: Afastamento do agressor do lar, restrição de aproximação da vítima e familiares, e proibição de contato.
    • Apoio Integral: Criação de serviços especializados, como Delegacias da Mulher, e apoio psicológico, social e jurídico às vítimas.
    • Prevenção: Campanhas educativas e a promoção de políticas públicas para a igualdade de gênero.
    • Punição: A lei aumenta as penas para agressores e estabelece procedimentos para acelerar a tramitação dos processos judiciais.
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16
Q

Quais são as situações em que o aborto é permitido no Brasil?

A
  • No Brasil, o aborto é permitido em duas situações específicas previstas pelo Código Penal:
    - Aborto Necessário: Quando não há outra maneira de salvar a vida da gestante.
    - Aborto em Caso de Estupro: Quando a gravidez resulta de estupro, mediante consentimento da gestante ou, se incapaz, de seu representante legal.
    • Além disso, em 2012, foi permitida a interrupção da gravidez em casos de fetos anencéfalos, embora esta situação não esteja explicitamente escrita na lei.
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17
Q

O que é a Casa da Mulher Brasileira (CMB)?

A
  • A Casa da Mulher Brasileira (CMB) é uma iniciativa do Programa Mulher Viver Sem Violência que concentra, em um único local, serviços de acolhimento e apoio psicossocial, a Delegacia da Mulher, a Defensoria Pública, o Juizado de Violência Doméstica e Familiar, o Ministério Público, a Patrulha Maria da Penha, programas voltados à autonomia econômica das mulheres e brinquedoteca. Esse modelo integrado facilita o acesso das mulheres aos serviços de proteção e apoio, promovendo uma resposta mais rápida e eficaz à violência.
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18
Q

Qual é a importância da CMB?

A
  • A CMB é importante porque centraliza serviços essenciais, reduzindo a burocracia e o tempo de espera para as vítimas de violência. Isso aumenta a eficácia no atendimento e proporciona um ambiente seguro e acolhedor, essencial para o bem-estar físico e emocional das mulheres que procuram ajuda.
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19
Q

Qual é a maior dificuldade enfrentada por mulheres ao denunciar a violência?

A
  • As principais dificuldades enfrentadas pelas mulheres ao denunciar a violência incluem vergonha, medo de retaliação, humilhação, culpa e abandono. Além disso, muitas vítimas têm medo de não serem acreditadas ou de que a denúncia não resulte em proteção efetiva, o que pode desencorajar a busca por ajuda.
20
Q

Qual é o tratamento recomendado para prevenir DST após uma violência sexual?

A
  • O tratamento recomendado para prevenir DSTs inclui:
    - Profilaxia Pós-Exposição (PEP): Uso de antirretrovirais nas primeiras 72 horas após a violência para prevenir a infecção pelo HIV.
    - Anticoncepção de Emergência: Uso de progestagênio isolado (levonorgestrel) nas primeiras 24 horas, podendo ser administrado até o quinto dia após o ato sexual.
    - Vacinação contra Hepatite B e outras medidas profiláticas para prevenir outras DSTs.
    • Esses tratamentos devem ser administrados de acordo com protocolos de saúde, acompanhados de aconselhamento psicológico e suporte contínuo.
21
Q

Qual é a importância de discutir desigualdades de gênero nas escolas?

A
  • Discutir desigualdades de gênero nas escolas é crucial para educar adolescentes sobre igualdade, respeito mútuo e direitos humanos, ajudando a prevenir a perpetuação de estereótipos de gênero e comportamentos violentos. A educação sobre esses temas desde cedo pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
22
Q

Qual o papel das equipes multidisciplinares no atendimento às vítimas?

A
  • As equipes multidisciplinares, compostas por profissionais de saúde, assistência social, psicologia, direito e outras áreas, oferecem um suporte abrangente e integrado às vítimas de violência. Esse atendimento holístico garante que as necessidades físicas, emocionais, sociais e legais das vítimas sejam atendidas de maneira coordenada e eficiente, promovendo a recuperação e o empoderamento das mulheres.
23
Q

O que deve incluir o acompanhamento após violência sexual?

A
  • O acompanhamento após violência sexual deve incluir:
    - Exames Médicos Regulares: B-HCG, VDRL, anti-HIV, HbsAg/anti-HBS/anti-HCV em intervalos específicos.
    - Apoio Psicológico: Terapia e aconselhamento para ajudar na recuperação emocional e lidar com traumas.
    - Monitoramento de Gravidez: Testes de gravidez para detecção precoce e discussão de opções em caso de confirmação.
    - Suporte Jurídico: Assistência na navegação do sistema judicial e proteção legal.
    Esse acompanhamento visa garantir a saúde física e mental da vítima, além de proporcionar o suporte necessário para enfrentar as consequências legais e sociais da violência.
24
Q

Quais são os impactos psicossociais da violência doméstica?

A
  • A violência doméstica pode causar uma série de impactos psicossociais, incluindo:
    - Psicológicos: Depressão, ansiedade, crises de pânico, baixa autoestima e transtornos de estresse pós-traumático.
    - Sociais: Isolamento, dificuldades em manter empregos ou relacionamentos, mudanças frequentes de residência e perda de redes de apoio.
    - Físicos: Problemas de saúde crônicos, lesões físicas e abuso de substâncias.
    Esses impactos podem ter consequências duradouras, afetando a qualidade de vida das vítimas e suas capacidades de se reintegrar à sociedade.
25
Q

Como a violência doméstica afeta a saúde pública?

A
  • A violência doméstica afeta a saúde pública ao aumentar a demanda por serviços médicos e psicológicos, elevar os custos de saúde devido ao tratamento de lesões e condições crônicas, e reduzir a produtividade e bem-estar geral da população. Também pode levar a problemas de saúde mental em larga escala, exigindo intervenções complexas e recursos significativos para a mitigação dos danos.
26
Q

Quais são os desafios na implementação de medidas protetivas no Brasil?

A
  • Os desafios incluem a falta de recursos adequados, a ausência de equipes treinadas, dificuldades de acesso aos serviços em áreas remotas, e a resistência cultural e institucional. Além disso, a subnotificação de casos de violência e a falta de confiança das vítimas no sistema de justiça dificultam a aplicação efetiva das medidas protetivas.
27
Q

Como o aborto é regulamentado em casos de estupro no Brasil?

A
  • Em casos de estupro, o aborto é regulamentado sem a necessidade de registro policial ou laudo do IML, mas exige o consentimento informado da vítima e a documentação de exames médicos e avaliações multiprofissionais. O processo deve respeitar a privacidade e o direito da vítima à escolha informada, e todos os procedimentos devem ser registrados em prontuário médico.
28
Q

Qual foi o número de mortes por feminicídio no Brasil em 2023?

A
  • Em 2023, o Brasil registrou 1,4 mil mortes por feminicídio, a maior desde a implementação da Lei do Feminicídio em 2015. Este número representa uma média de uma mulher assassinada a cada seis horas apenas pelo fato de ser mulher, evidenciando a gravidade e urgência de combater essa violência de gênero
29
Q

Como a violência contra a mulher no Brasil se compara a outras formas de homicídio?

A
  • A violência contra a mulher no Brasil tem crescido, com um aumento de 5% nos casos de feminicídio em 2022 em comparação a 2021. Este aumento ocorre em contrapartida à redução de 1% no número geral de homicídios, o que sugere que a violência de gênero está se agravando enquanto outras formas de homicídio estão diminuindo.
30
Q

O que revela a baixa notificação de casos de violência doméstica?

A
  • A baixa notificação de casos de violência doméstica revela uma sub-representação da real extensão do problema, causada por fatores como vergonha, medo de retaliação, humilhação, abandono e culpa. Muitas mulheres não denunciam por falta de confiança no sistema de proteção e por medo das consequências sociais e pessoais.
31
Q

O que é o Programa Mulher Viver Sem Violência?

A
  • O Programa Mulher Viver Sem Violência é uma iniciativa do governo brasileiro que visa proporcionar um atendimento integral e humanizado às mulheres vítimas de violência, centralizando diversos serviços de apoio em um único local. Inclui a Casa da Mulher Brasileira, que oferece acolhimento, apoio psicossocial, serviços jurídicos e medidas de proteção.
32
Q

Como a Casa da Mulher Brasileira facilita o atendimento às vítimas?

A
  • A Casa da Mulher Brasileira facilita o atendimento ao concentrar serviços essenciais, como Delegacia da Mulher, Defensoria Pública, Juizado de Violência Doméstica, Ministério Público e programas de apoio econômico. Isso reduz a burocracia e o tempo de espera, proporcionando um ambiente seguro e eficiente para as vítimas.
33
Q

Quais são os efeitos da violência doméstica na saúde mental das vítimas?

A
  • A violência doméstica pode levar a transtornos mentais como depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático, crises de pânico, baixa autoestima, e até tentativas de suicídio. O trauma contínuo pode resultar em problemas psicossomáticos e dificultar a recuperação emocional das vítimas.
34
Q

Como o isolamento social é um sinal de violência doméstica?

A
  • O isolamento social pode ser um sinal de violência doméstica, pois agressores frequentemente controlam e restringem as relações sociais da vítima para aumentar seu poder e controle. As vítimas podem ser afastadas de amigos, familiares e redes de apoio, o que agrava sua vulnerabilidade e dificulta a busca por ajuda.
35
Q

Qual é a importância do exame ginecológico em casos de violência sexual?

A

O exame ginecológico é crucial para identificar lesões genitais, coletar evidências para a investigação e diagnosticar infecções genitais. Esse exame ajuda a garantir a saúde física da vítima e a fornecer provas necessárias para processos legais contra o agressor.

36
Q

Quais são as profilaxias recomendadas para vítimas de violência sexual?

A
  • As profilaxias recomendadas incluem:
    • Anticoncepção de emergência: Levonorgestrel para prevenir gravidez.
    • Profilaxia Pós-Exposição (PEP): Antirretrovirais para prevenir HIV.
    • Vacinação contra hepatite B e outras DSTs.
      Esses tratamentos são essenciais para prevenir infecções e outras complicações de saúde após a violência sexual.
37
Q

Quais são os direitos das mulheres em caso de gravidez resultante de estupro?

A
  • As mulheres têm o direito de optar pela interrupção da gravidez resultante de estupro, sem a necessidade de registro policial ou laudo do IML. A decisão deve ser informada e respeitada, com suporte médico e psicológico adequado. A legislação garante que a escolha da vítima seja priorizada e respeitada.
38
Q

O que a PEC 181/2015 propõe sobre o aborto?

A
  • A PEC 181/2015, inicialmente destinada a aumentar a licença-maternidade para mães de bebês prematuros, foi alterada para incluir a proteção da vida desde a concepção. Se aprovada, essa mudança poderia tornar o aborto ilegal em todos os contextos atualmente permitidos pela lei, incluindo casos de estupro e risco de vida para a gestante.
39
Q

Como as medidas protetivas da Lei Maria da Penha ajudam as vítimas de violência doméstica?

A
  • As medidas protetivas da Lei Maria da Penha ajudam as vítimas de violência doméstica ao estabelecer ações imediatas e eficazes para garantir a segurança e integridade da vítima. Estas medidas incluem:
    • Afastamento do agressor do lar: O agressor pode ser obrigado a sair da residência compartilhada.
    • Restrição de aproximação: Proíbe o agressor de se aproximar da vítima, de seus familiares e testemunhas.
    • Proibição de contato: Restringe qualquer forma de comunicação com a vítima, incluindo telefone e e-mail.
    • Suspensão de visitas aos filhos: Em casos onde a segurança das crianças também esteja em risco.
    • Suporte financeiro: Obrigação do agressor de prover alimentos provisórios à vítima.
    • Essas medidas visam prevenir novas agressões e fornecer uma resposta rápida à situação de violência.
40
Q

Quais são os desafios na efetivação da Lei Maria da Penha?

A
  • Os desafios incluem a falta de recursos adequados para a implementação das medidas, treinamento insuficiente das autoridades para lidar com casos de violência doméstica, resistência cultural e social às denúncias de violência, e a lentidão do sistema judicial. Além disso, a proteção contínua da vítima e o cumprimento das ordens de restrição muitas vezes são comprometidos pela falta de fiscalização adequada.
41
Q

Qual é o papel da educação na prevenção da violência contra a mulher?

A
  • A educação desempenha um papel crucial na prevenção da violência contra a mulher ao promover a igualdade de gênero, respeito aos direitos humanos e desconstrução de estereótipos de gênero desde a infância. Programas educativos nas escolas que abordam questões de gênero, consentimento e relacionamentos saudáveis podem ajudar a reduzir a incidência de violência no futuro. A conscientização sobre os direitos das mulheres e a importância de denunciar a violência também é fundamental para empoderar as vítimas e a sociedade.
42
Q

Como campanhas públicas podem ajudar a combater a violência contra a mulher?

A
  • Campanhas públicas podem aumentar a conscientização sobre a gravidade da violência contra a mulher, educar o público sobre os sinais de abuso e os direitos das vítimas, e incentivar a denúncia de casos de violência. Essas campanhas podem também desafiar normas culturais que toleram ou justificam a violência, promovendo uma cultura de respeito e igualdade. Parcerias com a mídia, organizações comunitárias e influenciadores podem amplificar o alcance e o impacto das campanhas.
43
Q

Qual é a importância do suporte psicológico para vítimas de violência doméstica?

A
  • O suporte psicológico é essencial para ajudar as vítimas de violência doméstica a lidar com o trauma e as consequências emocionais do abuso. A terapia pode ajudar as vítimas a reconstruir sua autoestima, desenvolver estratégias de enfrentamento, e planejar um futuro seguro e independente. O apoio psicológico contínuo é vital para a recuperação a longo prazo e para prevenir retraumatização.
44
Q

Como as equipes multidisciplinares melhoram o atendimento às vítimas de violência?

A
  • As equipes multidisciplinares, compostas por profissionais de saúde, psicólogos, assistentes sociais, advogados e outros especialistas, proporcionam um atendimento integrado e holístico às vítimas de violência. Essa abordagem coordenada garante que todas as necessidades da vítima sejam atendidas de forma eficiente, incluindo cuidados médicos, apoio emocional, orientação legal e assistência social. A colaboração entre diferentes profissionais também facilita a criação de planos de segurança e reabilitação personalizados.
45
Q

Quais são as estratégias eficazes para reduzir a violência contra a mulher?

A
  • Estratégias eficazes incluem:
    • Fortalecimento das leis e políticas públicas: Garantir a implementação rigorosa e a fiscalização das leis existentes.
    • Educação e conscientização: Promover campanhas educativas sobre igualdade de gênero e direitos humanos.
    • Treinamento de profissionais: Capacitar policiais, profissionais de saúde e assistentes sociais para lidar com casos de violência.
    • Apoio às vítimas: Oferecer serviços de apoio psicológico, legal e econômico para ajudar as vítimas a reconstruírem suas vidas.
    • Promoção da igualdade de gênero: Incentivar políticas de igualdade de gênero no ambiente de trabalho, escolas e comunidades.
    • Essas estratégias devem ser implementadas de maneira integrada e contínua para alcançar mudanças significativas.
46
Q

Como a sociedade pode ajudar a combater a violência contra a mulher?

A
  • A sociedade pode ajudar ao:
    • Denunciar casos de violência: Relatar suspeitas de abuso às autoridades competentes.
    • Apoiar as vítimas: Oferecer suporte emocional e prático às mulheres em situação de violência.
    • Promover a igualdade de gênero: Incentivar comportamentos e atitudes igualitárias em todas as esferas da vida.
    • Participar de campanhas: Engajar-se em iniciativas de conscientização e prevenção da violência.
    • Educar sobre direitos: Disseminar informações sobre os direitos das mulheres e os recursos disponíveis para vítimas.
    • A colaboração entre indivíduos, comunidades e organizações é essencial para criar um ambiente seguro e de apoio para todas as mulheres.