Aula 1:Conceitos e Desafios No Atendimento Geriátrico Flashcards
O que é envelhecimento patológico e quais são os principais fatores que contribuem para a prevalência de incapacidades nessa faixa etária?
O envelhecimento patológico é aquele associado a doenças e incapacidades. Os principais fatores que contribuem para a prevalência de incapacidades em idosos com idade ≥ 70 anos são a hereditariedade, os fatores ambientais como o estilo de vida e as próprias alterações fisiológicas do envelhecimento, que tornam o indivíduo mais vulnerável a doenças, deficiências ou incapacidades.
Explique a diferença entre autonomia e independência no contexto do atendimento geriátrico.
Autonomia refere-se à capacidade de decisão e comando sobre suas próprias ações, enquanto independência diz respeito à capacidade física para realizar tarefas do cotidiano individualmente. Um idoso pode ter autonomia e não ter independência e vice-versa.
Quais são os critérios utilizados para avaliar o declínio funcional iminente relacionado à sarcopenia?
Os critérios utilizados para avaliar o declínio funcional iminente relacionado à sarcopenia são:
- Circunferência da panturrilha: < 31cm indica sarcopenia além do previsto para o idoso.
- Força de preensão palmar: avaliada com o dinamômetro.
- Velocidade da marcha: um tempo de 4 metros maior que 5 segundos indica possível sarcopenia.
Quais são os três padrões de envelhecimento mencionados no texto? Explique brevemente cada um deles.
Os três padrões de envelhecimento são:
- Envelhecimento ótimo/ bem-sucedido/ ativo: refere-se a um envelhecimento com baixa probabilidade de ocorrência de doença e incapacidade, onde as capacidades biológicas e psicológicas permitem uma boa adaptação.
- Envelhecimento normal/ usual: observa-se uma perda funcional lentamente progressiva que não provoca incapacidade, mas traz limitações à pessoa.
- Envelhecimento patológico: associado a doenças e incapacidades, sendo mais prevalente em idosos.
O que é o IVCF-20 e qual a importância de sua avaliação no contexto geriátrico?
O IVCF-20 é o Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional, que deve ser avaliado por uma equipe multiprofissional de atendimento geriátrico. Ele pontua a vulnerabilidade clínico-funcional do idoso, sendo que pontuações ≥ 15 indicam alto risco. Sua avaliação é importante para identificar idosos em maior risco e direcionar intervenções adequadas.
Qual é a diferença entre as Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) e as Atividades da Vida Diária (AVD), e como elas são avaliadas no contexto geriátrico?
As Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) referem-se a tarefas mais complexas, como gerenciar finanças, usar transporte público, realizar compras e cuidar da própria medicação. Já as Atividades da Vida Diária (AVD) são tarefas básicas, como se vestir, alimentar-se, tomar banho, ir ao banheiro e se locomover.
O que é envelhecimento bem-sucedido (EBS) e quais são os componentes que integram esse padrão de envelhecimento?
O envelhecimento bem-sucedido (EBS) refere-se a um envelhecimento com baixa probabilidade de ocorrência de doença e incapacidade, onde as capacidades biológicas e psicológicas permitem uma boa adaptação. Os componentes que integram esse padrão de envelhecimento são níveis positivos de saúde, bom funcionamento cognitivo, relações sociais satisfatórias e satisfação com a vida.
Explique a importância da diferença entre senescência e senilidade no contexto do atendimento geriátrico.
A senescência refere-se às alterações naturais do envelhecimento, enquanto a senilidade refere-se à presença de doença ou declínio funcional. É importante distinguir entre esses dois conceitos no atendimento geriátrico para oferecer cuidados adequados e personalizados, considerando tanto as necessidades relacionadas ao envelhecimento normal quanto às condições patológicas.
Quais são os possíveis impactos negativos do preconceito em relação aos problemas de saúde dos idosos?
O preconceito em relação aos problemas de saúde dos idosos pode levar a uma subestimação ou negligência em relação às necessidades reais desses pacientes. Isso pode resultar em falta de cuidados adequados, estresse emocional e até mesmo maus-tratos. Além disso, o estigma associado ao envelhecimento pode impactar negativamente a autoestima e a qualidade de vida dos idosos.
Qual é a importância da avaliação do estresse financeiro e da falta de cuidados adequados no contexto da saúde dos idosos?
A avaliação do estresse financeiro e da falta de cuidados adequados é fundamental no contexto da saúde dos idosos, pois esses fatores podem ter um impacto negativo tão significativo quanto as próprias doenças crônicas. O estresse financeiro pode limitar o acesso a cuidados de saúde adequados, medicamentos e até mesmo alimentação adequada, afetando diretamente a saúde física e mental dos idosos. Da mesma forma, a falta de cuidados adequados pode levar ao agravamento de condições de saúde, aumento do risco de complicações e redução da qualidade de vida.
Como o conceito de envelhecimento ótimo/bem-sucedido/ativo se relaciona com a prevenção de doenças e o autocuidado desde a meia-idade?
O conceito de envelhecimento ótimo/bem-sucedido/ativo está intimamente relacionado com a prevenção de doenças e o autocuidado desde a meia-idade. Isso porque o envelhecimento bem-sucedido se refere a um processo que se inicia ainda na meia-idade, onde o indivíduo adota hábitos saudáveis, busca acompanhamento médico regular, pratica atividades físicas, mantém uma dieta equilibrada e evita comportamentos de risco. Essas práticas contribuem significativamente para reduzir o risco de desenvolvimento de doenças crônicas e incapacidades ao longo do tempo, promovendo assim um envelhecimento mais saudável e ativo.
Como a avaliação do Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional (IVCF-20) pode auxiliar na identificação de idosos em maior risco no contexto geriátrico?
A avaliação do Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional (IVCF-20) é uma ferramenta importante que pode auxiliar na identificação de idosos em maior risco no contexto geriátrico. Essa avaliação considera diversos aspectos da saúde e funcionalidade do idoso, incluindo a presença de doenças crônicas, deficiências, capacidade funcional, suporte social, entre outros. Pontuações elevadas no IVCF-20 indicam um maior grau de vulnerabilidade clínico-funcional, o que pode orientar a equipe de saúde na priorização de intervenções e na oferta de cuidados mais individualizados e abrangentes para esses pacientes.
Quais são as implicações do envelhecimento normal/ usual no cotidiano dos idosos e como isso se relaciona com a perda funcional?
O envelhecimento normal/ usual implica em uma perda funcional gradual, porém sem provocar incapacidades significativas. Isso se reflete no cotidiano dos idosos, onde podem surgir limitações em realizar algumas atividades sem, no entanto, impedir sua independência geral. Normalmente, o idoso inicia perdendo as Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) e depois as Atividades da Vida Diária (AVD), o que pode impactar na autonomia e no autocuidado.
Como a avaliação da vulnerabilidade clínico-funcional pode contribuir para um atendimento mais abrangente e personalizado aos idosos?
A avaliação da vulnerabilidade clínico-funcional, como o Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional (IVCF-20), é essencial para identificar idosos em maior risco de complicações e incapacidades. Ao considerar múltiplos aspectos da saúde e funcionalidade do paciente, essa avaliação permite uma abordagem mais abrangente e personalizada, direcionando intervenções específicas para cada necessidade, como acompanhamento médico mais frequente, suporte social, reabilitação, entre outros.
Qual é o papel da socialização no contexto do envelhecimento bem-sucedido e como a falta de socialização pode impactar na saúde mental dos idosos?
A socialização desempenha um papel crucial no envelhecimento bem-sucedido, pois contribui para a saúde mental, qualidade de vida e bem-estar emocional dos idosos. A falta de socialização pode levar ao isolamento social, aumentando o risco de depressão, ansiedade, demência e outros problemas de saúde mental. Portanto, manter relações sociais satisfatórias e estimulantes é fundamental para promover um envelhecimento saudável e ativo.