Aula 02: Classe de Palavras II Flashcards

1
Q

ADVÉRBIO

A

O advérbio é termo invariável que se refere a verbo, adjetivo e advérbio. Quando se refere a verbo, traz a “circunstância” daquela ação (“tempo, lugar, modo…”). Quando ligado a adjetivo (você é muito linda) e advérbio (você dança extremamente mal), funciona como intensificador.

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2
Q

Principais circunstâncias adverbiais

A
  • Dúvida: talvez, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, casualmente, mesmo, por certo.
  • Intensidade: muito, demais, pouco, tão, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que (= quão), tudo, nada, todo, quase, extremamente, intensamente, grandemente, bem…
  • Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum
  • Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente, com certeza.
  • Lugar: aqui, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, cá, acima, onde, perto,
    aí, abaixo, a distância, à distância de, de longe, em cima, à direita, à esquerda.
  • Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, amanhã, depois, ainda, antigamente, antes,
    nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, primeiramente, às vezes, à tarde, à noite.
  • Modo: bem, mal, assim, adrede (de propósito), melhor, pior, depressa, acinte (de propósito), debalde (em vão), devagar, propositadamente, pacientemente. às pressas, às claras, às cegas, à toa, às escondidas, aos poucos, desse jeito, dessa maneira, em geral…
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3
Q

ARTIGO

A

O artigo é classe variável em gênero e número que acompanha substantivos, indicando se o substantivo é masculino ou feminino, singular ou plural, definido ou indefinido. Por sempre estar modificando um substantivo, sempre exerce a função de adjunto adnominal. Pode ocorrer aglutinado com preposições (em e de): “no”, “na”, “dos”, “das”.
- Por outro lado, o artigo, ao lado de substantivo comum no singular, também pode ser usado para universalizar uma espécie, no sentido de “todo”:
“o (todo) brasileiro é passivo”
“a (toda) mulher sofre com o machismo”
“uma empresa deve ser lucrativa” (toda/qualquer empresa).
- O artigo definido, na linguagem mais moderna, também é um recurso de adjetivação, por meio de um realce na entoação de um termo que não é tônico:
Ex: Esse não é um médico, esse é o médico (artigo de notoriedade)

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4
Q

Artigo definido

A
  • Se refere a um substantivo de forma precisa, familiar: “o carro”, “a casa”, nesse caso, indicando que aquele “carro” ou aquela “casa” são conhecidos ou já foram mencionadas no texto.
    Ex: Na porta havia um policial parado. Assim que me viu, o policial sacou sua arma.
    Por essa razão, a ausência do artigo deixa o enunciado indefinido, mais genérico:
    Ex: Não dou ouvidos ao político (com artigo definido: político específico, definido)
    Não dou ouvidos a político (sem artigo definido: qualquer político, em geral)
  • Se um termo já trouxer determinantes que o especifiquem, não poderemos considerá-lo genérico, então deve-se usar artigo definido.
    Ex: Estou em casa (sem artigo).
    Estou na casa de mamãe (a casa é determinada, então deve ter artigo definido).
    Ex: Vou a Paris (sem artigo).
    Vou à Paris dos meus sonhos (“Paris” está determinada => artigo definido)
  • Após o pronome indefinido “todo”, o artigo definido indica “completude”, “inteireza”:
    Ex: Toda casa precisa de reforma. (todas as casas, qualquer casa, casas em geral)
    Toda a casa precisa de reforma. (a casa inteira)
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5
Q

Artigo indefinido

A
  • Se refere ao substantivo de forma vaga, inespecífica: “um carro qualquer”, “uma casa entre aquelas”
  • Pode também expressa intensificação: “ela tem uma força!”
  • Ou ainda aproximação: “ela deve ter uns 57 anos”.
  • Também pode ocorrer aglutinado com preposições (em e de): “duns”, “dumas”, “nuns”, “numas”.
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6
Q

O aspecto da implantação do português no Brasil explica por que tivemos, de início, uma língua literária pautada pela do Portugal contemporâneo.
O emprego do artigo definido imediatamente antes do topônimo “Portugal” torna-se obrigatório devido à presença do adjetivo “contemporâneo”.

A

Vou a Portugal / Vou ao Portugal contemporâneo.
O primeiro “Portugal” não pede artigo; já o segundo “Portugal” está sendo determinado: não é um “Portugal” qualquer, é um “Portugal” específico, é o “contemporâneo”. Por essa razão, por estar diante de um substantivo definido no texto, o artigo definido se torna necessário. Questão correta.

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7
Q

NUMERAL

A
  • Termo variável que se refere ao substantivo, indicando quantidade, ordem, sequência e posição. Podemos ter numerais substantivos e adjetivos.
    Ex: Duas meninas chegaram (numeral adjetivo, pois acompanha um substantivo, referi-se a ele), eu conheço as duas (numeral substantivo, pois substitui o substantivo “meninas”).
  • podem sofrer derivação imprópria e funcionar como adjetivos em casos como: “Este é um artigo de primeira/primeiríssima qualidade.”, “Teu clube é de segunda categoria.”
  • Flexionam-se em gênero os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de duzentos (um, uma, dois, duas, duzentos, duzentas, trezentos, trezentas…).
  • “ambos” e “zero” são considerados numerais
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8
Q

Classificação dos numerais

A
  • Ordinais: primeiro lugar, segunda comunhão, terceiras intenções… septuagésimo quarto, sexagésimo quinto…
  • Cardinais: um cão, duas alunas, três pessoas…
  • Fracionários: um terço, dois terços, quatro vinte avos…
  • Multiplicativos: o dobro, o triplo, cabine dupla, duplo carpado…
    Obs.: “Último, penúltimo, antepenúltimo, derradeiro, posterior, anterior” são considerados adjetivos
    Obs.: Se indicar posição numa ordem, uma letra pode ser usada como um numeral ordinal: Na opção a (primeira letra, numeral ordinal) o erro de concordância é visível
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9
Q

“numerais coletivos” ou
“substantivos coletivos numéricos”:

A

a) par, dezena, década, dúzia, vintena, centena ou centúria, grosa (12 dúzias), milheiro ou milhar…
b) século, biênio, triênio, quadriênio, lustro ou quinquênio, década ou decênio, milênio, centenário; tríduo (3 dias) e novena (9 dias); bimestre, trimestre, semestre.
- Então, palavras como “milhão, bilhão, trilhão” podem ser classificadas como substantivos ou numerais

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10
Q

INTERJEIÇÃO

A
  • É classe gramatical invariável que expressa emoções e estados de espírito. Servem também para fazer convencimento e normalmente sintetizam uma frase exclamatória (Puxa!) ou apelativa (Cuidado!): Olá! Oba! Nossa! Cruzes! Ai! Ui! Ah! Putz! Oxalá! Tomara! Pudera! Tchau!
    Ex: Psiu, venha aqui! (convite)
    Psiu, faça silêncio! (ordem)
    Puxa! Não passei. (lamentação)
    Puxa! Passou com 3 meses de estudo. (admiração)
    Ufa! (alívio/cansaço)
  • Qualquer expressão exclamativa que expresse uma emoção, numa frase independente, com inflexão de apelo, pode funcionar como interjeição. Lembre-se dos palavrões, que são interjeições por excelência e variam de sentido em cada contexto.
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11
Q

Funções de O, A, Os, As nas frases abaixo

  • O a é uma vogal
  • O menino comeu os bolos.
  • João não ama Maria. Ele a odeia!
  • Entre os ternos, comprei o de menor preço.
  • Fui reprovado algumas vezes, o que me fez valorizar a aprovação.
  • João finge que é generoso, mas não o é!
  • Você está disposto a sacrifícios?
A
  • Substantivo: O a é uma vogal
  • Artigo definido: O menino comeu os bolos.
  • Pronome oblíquo átono: João não ama Maria. Ele a odeia!
  • Pronome demonstrativo: Entre os ternos, comprei o de menor preço.
  • Pronome demonstrativo: Fui reprovado algumas vezes, o que me fez valorizar a aprovação.
  • Pronome demonstrativo: João finge que é generoso, mas não o é!
  • Preposição: Você está disposto a sacrifícios?
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12
Q

quando: Advérbio, palavra denotativa ou adjetivo

A

1) Advérbio (modifica verbo):
Você só reclama. Só bebe vinho fino. (exclusão/restrição, =somente)
2) Palavra denotativa: Só você reclama. (exclusão/restrição)
3) Adjetivo: Estou só/estamos sós. (=sozinho)

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13
Q

Até quando: preposição, palavra denotativa ou advérbio

A

1) Preposição: Fui até a última parte. (limite tempo/espaço)
2) Palavra denotativa: Até o padre riu de mim. (inclusão/reforço)
3) Advérbio: Ele até riu de mim. (inclusão/reforço)

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14
Q

Principais funções de ainda nas seguintes frases:

  • Depois de tanto tempo, você ainda não entendeu.
  • Cheguei ainda agora.
  • Ela cuida de sete filhos e ainda faz faculdade de medicina.
  • Ele vive atrasado, se ainda fosse competente, não o demitiria.
  • Seu filho só faz bobagem e você ainda o recompensa.
A
  • Sentido de tempo: Depois de tanto tempo, você ainda não entendeu.
  • Valor enfático: Cheguei ainda agora.
  • Sentido de adição = (Além disso): Ela cuida de sete filhos e ainda faz faculdade de medicina.
  • Sentido de ressalva = (Ao menos): Ele vive atrasado, se ainda fosse competente, não o demitiria.
  • Sentido de oposição = (Apesar disso): Seu filho só faz bobagem e você ainda o recompensa.
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15
Q

Funções de mesmo nas seguintes frases:

  • Eu mesma cozinho.
  • Elas falam do mesmo modo
  • Somos da mesma cidade.
  • Todos morreram, mesmo a mãe.
  • Ele canta mesmo!
  • Mesmo cansado, não desisto.
  • Mesmo que eu falhe, não desanimarei.
A
  • Pronome demonstrativo: Eu mesma cozinho. (reforçativo=própria, em pessoa)
    Elas falam do mesmo modo (comparativo =exata, duas entidades, duas coisas iguais)
    Somos da mesma cidade. (especificativo=aquela/tal cidade; há apenas uma entidade)
  • Palavra denotativa: Todos morreram, mesmo a mãe. (inclusão)
  • Advérbio de afirmação: Ele canta mesmo! (=de fato)
  • Preposição acidental: Mesmo cansado, não desisto. (sentido concessivo)
  • Locução concessiva: Mesmo que eu falhe, não desanimarei. (sentido concessivo)
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16
Q

Uso do mesmo na escrita: observação

A

Evite usar o mesmo retomando pessoas/objetos, como se fosse “ele”, em construções como:
Ex: O suspeito chegou ao local. O mesmo fugiu dos policiais sem que os mesmos pudessem perceber. (troque por “ele” e “eles”)
Contudo, é correto usar o mesmo, invariável, quando significa “a mesma coisa/o mesmo fato”.
Ex: Todos têm dificuldade com essa matéria, o mesmo ocorrerá com você. (a mesma coisa ocorrerá com você, isso também ocorrerá com você)

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17
Q

Principais preposições

A

A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás

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18
Q

Preposições Essenciais e Acidentais:

A
  • Preposições essenciais: preposições puras, que só atuam como preposição: a, com, de, em, para, etc.
  • Preposições acidentais: aquelas palavras que na verdade pertencem a outra classe, mas que, “acidentalmente”, em determinados contextos, passam a ser preposição: consoante, conforme, segundo (quando não introduzem oração), como, que, mesmo, durante, mediante.
    Ex: Tenho de estudar/Tenho que estudar.
    Ex: Eu jogo de goleiro/ Eu jogo como goleiro. (“como” é conjunção que está no papel de preposição (“de”).
    Obs.: As palavras salvo, exceto, exclusive, afora, menos e senão são consideradas preposições acidentais quando introduzem locuções adverbiais com sentido de exclusão:
    Ex: Salvo aquele capítulo, o livro inteiro é bom.
    Ex: O livro inteiro é bom, menos aquele capítulo.
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19
Q

Uso dos pronomes após preposições acidentais e essenciais

A
  • Usamos eu e tu após preposições acidentais ou palavras denotativas:
    Ex: Fora tu, todos erraram (fora é preposição acidental)
    Ex: Até tu, Brutus! (até, nesse contexto, é palavra denotativa de inclusão
  • Com preposições essenciais, devemos usar as formas pronominais oblíquas:
    Ex: Venha até mim e haverá bênçãos para ti.
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20
Q

Preposições Relacionais

A

São aquelas preposições obrigatórias, pedidas pela regência. São eminentemente gramaticais e introduzem funções sintáticas de complemento, como objetos diretos, indiretos e complementos nominais.
Ex: Desconfio de um funcionário. (“relacional” - introduz complemento de verbo)
Ex: Tenho medo de cobra. (“relacional” - introduz complemento de substantivo)
Ex: Estou desconfiado de um funcionário. (“relacional” - introduz complemento de adjetivo)
Ex: Fui favorável a suas escolhas. (“relacional” - introduz complemento de adjetivo)

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21
Q

Preposições nocionais

A

Preposições não exigidas obrigatoriamente, mas aparecem para estabelecer “relações de sentido”, têm valor “nocional”, pois trazem noção de posse, causa, instrumento, matéria, modo, etc. Geralmente introduzem adjuntos adnominais e adverbiais.
Ex: Este é o carro de Ricardo. (“nocional” - introduz locução indicativa de posse)
Ex: Tenho um violão de madeira. (“nocional” - indica qualidade/matéria)
Ex: Estudo de noite. (“nocional” - introduz circunstância de tempo)
Ex: Ele morreu de fome. (“nocional” - introduz circunstância de causa)

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22
Q

Exemplos de valor semântico da preposição (valor nocional)

A

Ex: Escrevi a lápis. (instrumento)
Ex: Meu violão é de mogno. (matéria)
Ex: Fui ao cinema com ela. (companhia)
Ex: Fiquei chocado com a novidade. (causa)
Ex: Estou morrendo de frio. (causa)
Ex: Não fale de/sobre corrupção aqui. (assunto)
Ex: Vou para um lugar melhor. (direção; vai e fica lá; definitivo)
Ex: Vou a um lugar melhor. (direção; vai e volta; provisório)
Ex: Estudo para passar em primeiro lugar. (finalidade)
Ex: Para Freud, o sonho é um desejo reprimido. (conformidade/opinião/referência)
Ex: Devolva-me o livro do aluno. (posse)
Ex: Feri-me com a faca. (instrumento)
Ex: Vivo de aluguéis e investimentos. (meio)
Ex: Vivo só com a renda da aposentadoria. (meio)
Ex: Estudo com gana. (modo)
Ex: Sou contra o populismo. (oposição)
Ex: O prazo para posse é de 30 dias. (tempo)
Ex: Não sou de Campinas. (origem)
Ex: Com mais um minuto, resolveria aquele problema. (tempo)
Ex: Resolvi a questão com um macete. (instrumento)
Após as preposições “ante” e “perante”, preposições indicativas de lugar, não se usa preposição “a”

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23
Q

O que são locuções prepositivas?

A

São grupos de palavras que equivalem a uma preposição. As locuções prepositivas sempre terminam em uma preposição, exceto a locução com sentido concessivo/adversativo “não obstante”:

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24
Q

Exemplos de locuções prepositivas

A

✔ Embaixo de > sob (lugar)
✔ A fim de > para (finalidade)
✔ Dentro de > em (lugar)
✔ De encontro a > contra (posição)
✔ Acerca de > sobre (assunto)
✔ Devido a > com (causa)
✔ Em virtude de > por (causa)
✔ A respeito de > sobre (assunto)
✔ Por meio de > através (meio)
Obs.: não se pode usar o “através” com sentido de “meio” (Ex: fiquei rico através de investimentos), pois essa preposição se limita à ideia de “atravessar” (Ex: A luz passa através da janela.)

25
Preposição “de” quando expletiva, de realce.
Pode ser retirada da frase sem prejuízo sintático e sem alteração relevante de sentido em: - Estruturas comparativas: Como mais (do) que você. - Alguns apostos especificativos: O bairro (das) Laranjeiras satisfeito sorri. - Orações subordinadas predicativas: A sensação foi (de) que não mudou. - Predicativo do objeto do verbo chamar ou denominar: Jonny me chamou (de) estúpido. - Algumas estruturas do tipo artigo + adjetivo substantivado + de + substantivo: O maldito (do) gato foi atropelado 7 vezes!
26
Quando uma conjunção será Coordenativa?
Quando ligarem orações independentes, estabelecendo uma relação de sentido entre elas (adição, oposição, alternância, explicação ou conclusão). Ex: Cães e gatos são fofinhos. Ex: Acordei cedo e fui correr. Ex: O carro é bonito, mas caro.
27
Quando uma conjunção será subordinativas?
Se ligarem orações dependentes umas das outras sintaticamente. Ex: Quando eu chegar, todas as alegrias estarão completas. (subordinação) Ex: É necessário que haja mais compreensão. (subordinação) Ex.: João, que é filho único, vive solitário. (subordinação)
28
Conjunções formadas por par correlato?
Conjunções formadas com a correlação alternativa “quer x...quer y”, a correlação proporcional “quanto mais x mais y”, e assim por diante.
29
Conjunções Coordenativas Aditivas: Função e quais são
- Ligam orações ou palavras, com sentido de adição: **e, nem, bem como**, e as correlações aditivas enfáticas **não só...como também/mas também/mas ainda...** Ex: Estudei constitucional **e** administrativo. Ex: Não fiz exercícios **nem** revisei. ("e nem" é redundância) Ex: **Não só** trabalho **como também** estudo.
30
Algumas outras palavras que podem ser classificadas como conjunções coordenativas aditivas.
- **Senão** quando equivalente a mais também: O labrador era o favorito, não só da mãe, senão de toda a família - O advérbio **tampouco**, quando for equivalente a “nem”: Não malho, **tampouco** faço dieta! - **Ainda**: Eu trabalho, estudo e **ainda** (além disso) cuido de sete crianças.
31
No trecho “os satélites de observação terrestre são usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência de cidades mais limpas”, o que mudaria com a substituição do "e" pela vírgula?
O valor aditivo deixaria de estar expresso, mas se manteria a correção e coerência.
32
Conjunções Coordenativas Adversativas: Função e quais são.
Ligam orações ou palavras com sentido de contraste, oposição, compensação, ressalva, quebra de expectativa, retificação: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante, SENÃO (sentido de “mas”). Ex: Falou pouco, mas falou bonito. (relação de compensação, pois pouco não é o oposto de bonito.) Ex: Tentei, porém não consegui. (relação de oposição, até mesmo reforçada pelo sentido contrário dos verbos.) Ex: O professor era muito tímido, não obstante falava bem em público (relação de quebra de expectativa) Ex: Não tenho um filho, mas dois. (relação de retificação, correção.) Ex: A culpa não foi da população, senão dos vereadores. (aqui, “senão” equivale a “mas sim”, com sentido adversativo)
33
"Estava querendo ler, **e** o sono não deixava". Qual o sentido da conjunção em destaque?
Sentido de adversidade. A regra de pontuação recomenda pôr vírgula antes do “e” adversativo.
34
Adversidade x Concessão
- A concessão é uma adversidade que não impede um resultado de se realizar. Conjunções concessivas levam o verbo para o subjuntivo: embora/caso eu possa... - Em uma frase com uma conjunção adversativa, a informação mais importante é a que vem após a conjunção. Ex: Ela grita do nada, mas é gente boa. (Ser gente boa é mais importante do que ela gritar do nada.) Ex.: “Ela é gente boa, mas grita do nada” (o foco estaria no fato de gritar) Reescrita na forma concessiva: Embora seja gente boa, grita do nada! (foco na outra oração) Obs.: a conjunção adversativa constitui um operador argumentativo forte, enquanto a concessiva é um operador argumentativo fraco.
35
Conjunções Coordenativas Alternativas
Ligam orações ou palavras com sentido de alternância ou escolha (exclusão): ou, ou...ou, quer...quer, ora...ora, já...já, seja...seja. Ex: Estude ou vá para festa, não dá para ter tudo. (relação de escolha entre opções mutuamente excludentes). Ex: Fico motivado ora pelo salário ora pela realização. (relação de alternância) Ex: Seja por bem, seja por mal, vou convencê-lo de que estou certo! (Relação de exclusão) Ex: Fritura ou açúcar em excesso fazem mal à saúde (ambos fazem, por isso mesmo o verbo vem no plural, para atribuir o efeito aos dois!) Ex: Edson Arantes do Nascimento, ou Pelé, é o rei do futebol (“ou” indicativo de sinonímia, de equivalência semântica: são a mesma pessoa!) Atenção: A palavra “senão” pode funcionar como conjunção alternativa: Ex: Saia agora, senão chamarei os guardas. (poderíamos trocar por “ou”)
36
Conjunções Coordenativas Conclusivas
Ligam orações ou palavras com sentido de conclusão ou consequência: logo, portanto, então, por isso, assim, por conseguinte, destarte, pois (quando vem deslocado). Ex: Estava preparado, portanto não me apavorei. Ex: Estou tentando te ajudar, por isso quero que você me escute. Ex: Estava despreparado, não foi, pois, aprovado. (O pois não deslocado é explicativo ou casual)
37
Conjunções Coordenativas Explicativas
Ligam orações ou palavras com sentido de justificativa, explicação: que, porque, pois (se vier no início da oração), porquanto. Elas são fortemente sinalizadas pela presença de um verbo no imperativo anterior. Ex: Fujam, porque a bruxa está à solta. Ex: Economize recursos, porquanto não se sabe do futuro. Ex: Fique em silêncio, pois o filme já começou. Ex: Vem, vamos embora, que esperar não é saber
38
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
Ligam orações subordinadas, ou seja, duas orações que dependem sintaticamente uma da outra. A oração que é introduzida (iniciada) por uma conjunção subordinativa é chamada de oração dependente/subordinada. A outra oração é chamada de oração principal. Pode ser integrantes ou adverbiais.
39
CONJUNÇÃO INTEGRANTE
Indicam que a oração subordinada que elas iniciam integra ou completa (complementa) o sentido da oração principal. Introduzem orações substantivas (isto) e desempenham funções sintáticas típicas dos substantivos: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto, predicativo. As conjunções integrantes não possuem valor semântico próprio, são: “que” e “se”. Obs.: a estrutura haver/ter + que/de + infinitivo é uma locução verbal, com uma preposição acidental no meio: Ex: Tenho que estudar; Hei de passar. Que/de, nesse caso, é uma preposição acidental, não é conjunção integrante.
40
Exermplos de orações subordinadas substantivas e suas funções sintáticas.
- Oração subordinada substantiva subjetiva: Ex: É necessário que você estude. - Oração subordinada substantiva objetiva direta: Ex: Quero que você estude. Ex: Eles não sabiam se haveria aula. - Oração subordinada substantiva objetiva indireta (iniciada por preposição): Ex: O candidato necessita de que todos o apoiem agora. Ex: Ela insistiu em que os alunos estudassem mais. - Oração subordinada substantiva completiva nominal (iniciada por preposição): Ex: Tenho esperança de que vamos vencer. Ex: Sinto necessidade de que você fique ao meu lado. - Oração subordinada substantiva predicativa: Ex: O bom é que a prova foi adiada. Ex: A dúvida era se haveria mesmo prova. - Oração subordinada substantiva apositiva: Ex: João só queria uma coisa: que fosse aprovado logo.
41
CONJUNÇÕES ADVERBIAIS
- As conjunções adverbiais, que vão introduzir as orações subordinadas adverbiais, trarão uma relação semântica de circunstância, como um advérbio, com função sintática de adjunto adverbial da oração principal. - Podem ser temporais, causais, concessivas, condicionais, conformativas, finais, proporcionais, comparativas, consecutivas. Ex.: Visitei meus parentes maternos/quando viajei para Natal
42
Conjunções subordinativas adverbiais Condicionais
1- **Condicionais**: indicam a hipótese ou a condição para a ocorrência da oração principal. Geralmente trazem verbo com sentido de hipótese e conjugado no modo subjuntivo (tempo verbal com valor hipotético). São elas: **se, caso, desde que, contanto que, quando, salvo se, a menos que, a não ser que, sem que.** Ex: Se eu puder, ensinarei tudo. Ex: A não ser que haja uma catástrofe, não me atrasarei. Ex: Sem que invista em bons materiais, não vai aprender rápido. Ex: Qualquer renda, mesmo quando (se) for oriunda de ilícitos, será tributada. Obs.: ao trocar “SE” por “CASO”, é preciso fazer um ajuste no verbo: Se eu ''puder'', viajarei. (futuro do subjuntivo) Caso eu ''possa'', viajarei. (presente do subjuntivo)
43
Conjunções subordinativas adverbiais Conformativas
1- Conformais: Indicam que uma ação ou fato se desenvolve de acordo com outro: como, conforme, consoante, segundo. Ex: A prova se desenrolou como tínhamos treinado! Ex: Tudo correu conforme o planejamos. Ex: Conforme esclarece o livro, isso nunca aconteceu. OBS: Quando não introduzem orações (em expressões sem verbo), conforme, consoante, segundo, não são consideradas conjunções, mas apenas preposições acidentais: Ex: Conforme o livro, isso nunca aconteceu. OBS: Quando não introduzem orações (expressões com verbo), **conforme, consoante e segundo** são preposições acidentais: Ex: Conforme o livro, isso nunca aconteceu.
44
Conjunções subordinativas adverbiais finais
Indicam propósito, objetivo, finalidade: para que, a fim de que, do modo que, de sorte que, porque (quando igual a para que), que. Ex: Dou exemplos para que você entenda tudo. Ex: Estude todo dia a fim de que acumule conhecimento ao longo do mês. Ex: “É preciso rezar porque não estoure uma nova guerra mundial.”
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Conjunções subordinativas adverbiais propocionais
Relação de proporcionalidade com a oração principal: à medida que, à proporção que, ao passo que e também as correlações quanto mais/menos...mais/menos... Ex: Quanto mais eu rezo, mais assombrações me aparecem. Ex: Quanto mais estudo, mais sorte tenho nas provas. Ex: À medida que o tempo passa, a confiança vai aumentando. Ex: Ao passo que o produto escasseia, o preço sobe.
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Conjunções subordinativas adverbiais temporais
Noção de tempo para o fato ocorrido na oração principal: quando, enquanto, desde que, sempre que, toda vez que, assim que, logo que, mal (assim que). Ex: Mal cheguei e já fui bombardeado de perguntas. Ex: Meu chefe me demitiu assim que cheguei. Ex: Comprei roupas enquanto ela escolhia sapatos. (tempo simultâneo).
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Conjunções subordinativas adverbiais comparativas
Introduzem uma oração que traz uma comparação ou contraste em relação à oração principal: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, menos, tanto quanto. Ex: Essa matéria é mais fácil do que a que estudamos ontem. Ex: Corria como um touro. Ex: Ele estuda tanto quanto seu tio médico. Obs.: O verbo pode vir implícito na oração subordinada
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Conjunções subordinativas adverbiais causais
Traz a causa da ocorrência da principal: porque, que, como (com sentido de porque), pois que, já que, uma vez que, visto que, na medida em que, porquanto, se (com sentido de já que). Ex: Não passei porque não estudei. Ex: Como não era vaidoso, nunca fez dieta. Ex: Se Marisa gosta de você, por que não a procura?” (Se = Já que)
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Como identificar que uma conjunção é causal
“O fato X fez com que Y acontecesse”. A causa é a origem de um evento, portanto ela precisa necessariamente ocorrer antes do evento. Obs.: substituição de conjunções causais por preposições que também tenham sentido de causa, como “por”: Ex: Não fiz a questão porque não sabia. (porque = causal) Ex: Não fiz a questão por não saber. (por = preposição com valor de causa)
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Diferença entre os sentidos das conjunções causais, consecutivas e explicativas.
- Causais: a conjunção aponta para o evento que ocorreu antes. Ex: Choveu porque o dia foi muito quente. - Consecutivas: a conjunção aponta para o evento resultante da oração principal. Ex: Choveu tanto que o chão está molhado. (Consequência). - Explicativas: justifica a outra oração coordenada, muitas vezes a vírgula denucia. Ex: Choveu, porque o chão está molhado. (Explicação)
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Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas
Consequência da ocorrência da oração principal. Normalmente vem acompanhada de uma expressão “intensificadora” (como um advérbio de modo), que indica a causa. As principais são: De modo que, de sorte que, de forma que, de maneira que, sem que (com sentido de que não), que (quando aparece ligada a tal, tão, cada, tanto, tamanho). Ex: Negligenciei meus estudos de tal forma que não passei. Ex: Fez tamanho escândalo que foi demitida. Ex: Estudei tanto que fiquei ouvindo vozes. Ex: Tal era seu empenho em emagrecer, que malhava todo dia. Ex: Não pode ver uma mulher sem que assovie como um idiota. (...que assovia...) Ex: A menina era linda, que dava medo de olhar nos olhos. (a expressão “intensificadora” pode vir implícita.)
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Conjunções subordinativas adverbiais concessivas
Iniciam uma oração subordinada que é contrária à principal, mas sem impedir sua realização. O fato trazido na oração subordinada concessiva gera a expectativa de que o fato que ocorre na principal não devia se realizar; mesmo assim, ele ocorre. As principais conjunções são: **mesmo que, ainda que, embora, apesar de que, conquanto, por mais que, posto que, se bem que, não obstante**. Ex: Embora fosse gago e epilético, Machado de Assis fundou a Academia Brasileira de Letras. Ex: Posto que estivessem grávidas, as mulheres vikings guerreavam. Ex: Ainda que eu falasse a língua dos anjos, eu nada seria. Ex: Teve que aceitar a crítica, conquanto não tivesse gostado. Ex: Por mais que fosse engenheiro, errava todas as contas. Obs.: O verbo deve vir no subjuntivo. Obs.: **posto que** e **apesar de** são concessivas
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Diferença entre oração Concessiva X Adversativa.
Ambas trazem sentido de oposição ou ressalva. A concessiva inicia uma oração subordinada na qual se admite um fato que, CONTRÁRIO à ação expressa na oração principal, é, contudo, incapaz de impedir que tal ação se realize. Há também uma diferença argumentativa, de foco: Matou, mas em legítima defesa. (foco na oração adversativa; ênfase na legítima defesa) Matou, embora em legítima defesa. (foco na oração principal; ênfase no fato de matar) Importante em reescrituras.
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Sentidos possíveis que a conjunção **porque** pode assumir
- Explicativo ou causal: Não fiz a questão porque não sabia (causal). Choveu, porque o chão está molhado (explicativo) - Finalidade (para que): Eu oro porque não haja uma guerra.
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Sentidos possíveis que a conjunção **desde que** pode assumir
- Temporal: Desde que casei, não joguei mais poker. - Condicional: Você pode sair, desde que arrume seu quarto.
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Principais observações nos sentidos das conjunções: 1- na medida em que X à medida que 2- porquanto X conquanto X quando
1- na medida em que X à medida que: aquela é uma conjunção causal, enquanto esta é temporal Obs.: na medida que e à medida em que estão equivocadas! 2- porquanto X conquanto X quando: a primeira equivale a "porque", a segunda equivale a "embora", a terceira pode assumir valor condicional
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Sentidos possíveis que a conjunção **e** pode assumir
- Aditivo: Cheguei, almoçei e dormi - Adversativo: Tentei muito ler o livro, e o sono não deixou - Conclusivo: Esforçou-se e passou em primeiro lugar
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Sentidos possíveis que a conjunção **como** pode assumir
- Comparativo: Trabalha como um burro - Conformativo: Fiz tudo como você mandou - Causal: Como você não pagou, não trouxe
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Sentidos possíveis que a conjunção **pois** pode assumir
- Causal (início da oração): Choveu, pois o dia foi quente - Explicativo (início da oração): Choveu, pois está tudo molhado - Conclusivo (deslocado): Estudou muito, passou, pois, bem rápido