Aula 01 Flashcards

1
Q

O que é a SCAg? e o que causa?

A

Processo isquêmico agudo, que resulta em necrose miocárdica. Resultante, na maioria das vezes, de ateromatose coronária complicada por trombose no local.

É a principal causa de morte entre indivíduos adultos

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Q

Quais as causas de infarto sem ateromatose?

A
  • Espasmo
  • Origem anômala de coronária
  • Dissecção da aorta envolvendo ostio coronário
  • Tromboembolismo por endocardite ou prótese valval
  • Valvopatia aórtica
  • Arterite
  • Tireotoxicose
  • Envenenamento por Monóxido de Carbono
  • Hipotensão sustentada
  • Hipoxemia
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3
Q

Quais os mecanismos de oclusão?

A
  • Rotura da placa aterosclerótica com trombo oclusivo
  • Trombo não oclusivo sobre placa pré existente
  • Obstrução mecânica progressiva (placa)
  • Obstrução dinâmica (espasmo ou vasoconstrição)
  • Inflamação
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4
Q

O que é SCAg sem elevação ST?

A

1º Angina Instável
2º Infarto do Miocárdio sem supra ST (pode ser sem Onda Q ou com)

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5
Q

O que é SCAg com elevação ST?

A

1º Infarto do miocárdio SEM onda Q
2º Infarto do miocárdio COM onda Q

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6
Q

Quais as causas de óbitos?

A
  • Fibrilação ventricular ou choque cardiogênico
  • A maioria dos óbitos ocorre até 72h pós-IAM
  • A mortalidade no 1º mês pós-IAM fica ao redor de 30-40%
  • 60-65% dos óbitos pós-IAM ou morte súbita ocorrem fora dos hospitais
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7
Q

Quais as estratégias para diminuir a mortalidade por SCAg?

A

Serviços de resgate
Padronização do atendimento (ACLS)
Rotinas de extratificação de risco (Unid. de Dor Torácica)
- 70-75% não tem isquemia miocárdica
- 10-15% com IAM / 10-15% com angina instável
- Taxa de internação: 50-60%
- 2-8% são liberados sem diagnóstico de IAM

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8
Q

Como diagnosticar SCAg?

A
  • Tríade Clássica do IAM:
    1. Clínico: precordialgia típica prolongada
    2. Eletrocardiográfico: isquêmico que evolui ou não para “Q” patológico
    3. Laboratorial: curva enzimática e de biomarcadores típica

Pela OMS, 2 desses achados fazem diagnóstico

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9
Q

Qual a avaliação da Dor Torácica no diagnóstico clínico?

A

Dor tipo A- Dor muito sugestiva, definitivamente anginosa. Quase certeza do diagnóstico independe de exames

Dor tipo B - Isquemia é a principal hipótese, provavelmente anginosa. Exames complementares para confirmação diagnóstica

Dor tipo C - Isquemia não é a principal hipótese, provavelmente não anginosa. Exames complementares para excluir o diagnóstico

Dor tipo D - Isquemia improvável, definitivamente não anginosa

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10
Q

O que é a Angina Típica?

A
  1. Dor ou desconforto em tórax, epigástrio, mandíbula, com ou sem irradiação para ombro, dorso ou MMSS
  2. Desencadeada ou agravada por exercício físico ou estresse emocional
  3. Atenuada pelo repouso e/ou nitrato
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11
Q

O que é Angina Atípica?

A

Mais comum em mulheres, idosos, diabéticos, renais e quadros demenciais
Presente no máximo 2 critérios, dos 3:
1. Dor ou desconforto em tórax, epigástrio, mandíbula, com ou sem irradiação para ombro, dorso ou MMSS
2. Desencadeada ou agravada por exercício físico ou estresse emocional
3. Atenuada pelo repouso e/ou nitrato

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12
Q

O que é a Angina Instável?

A

Duração > 20min;
início < 2 meses
Progressivamente mais frequente
Prolongada ou limiar mais baixo

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13
Q

Quais os sinais e sintomas de um diagnóstico clíncio de SCAg?

A
  • Presença de fatores de risco
  • Náuseas, vômitos, Dispnéia, Astenia, febre (24-48h)
  • Pele fria com sudorese e palidez
  • Taquicardia / Disritmia
  • Alteração da pressão arterial e pulso arterial
  • Hipofonese de bulhas cardíacas ou ritmo de galope
  • Sopros cardíacos ou Atrito pericárdico
  • Pode evoluir para sinais e sintomas de IC: por disfunção ventricular esquerda e direita
  • Assintomático ou não diagnosticados por quadro subvalorizado (diabéticos e idosos)
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14
Q

Quais os diagnósticos diferenciais da SCAg?

A
  • Estado de ansiedade ou depressão
  • Pericardite aguda
  • Dissecção aguda de aorta
  • Valvopatias aórticas
  • Hipertensão pulmonar
  • Hipertrofia ventricular esquerda
  • Esofagite de refluxo
  • Hérnia de hiato esofágico
  • Ruptura de esôfago
  • Colecistite, colelitíase
  • úlcera péptica, pancreatite aguda
  • Hérnia diafragmática
  • Enfisema de mediastino
  • Embolia pulmonar
  • Pneumotórax espontâneo
  • Doenças osteoarticulares do esterno
  • Doenças neuromusculares da parede torácica
  • Herpes zóster
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15
Q

Carcaterize a característica da dor de dissecção de aorta e sua peculiaridade

A

Dor súbita, lancinante e irradia para as costas, tem grande intensidade
Pode gerar assimetria de pulsos, presença de sopro de insuficiência aórtica e sintomas neurológicos

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16
Q

Carcaterize a característica da dor de pericardite e sua peculiaridade

A

Dor aguda, melhora com inclinação do tronco e piora em decúbito dorsal

ECG específico: supra difuso e infra de PR

17
Q

Carcaterize a característica da dor de tromboembolismo pulmonar e sua peculiaridade

A

Dor de início súbito, pleurítica, dispneia e hemoptise

Fatores de risco para tromboembolia, sinais de trombose venosa profunda

18
Q

Carcaterize a característica da dor de pneumotórax e sua peculiaridade

A

Dor súbita unilateral e dispneia
Percussão: hipertimpânico

19
Q

Carcaterize a característica da dor de DRGE e sua peculiaridade

A

Dor epigástrica, em queimação e prolongada.

Piora após alimentação e melhora com antiácidos

20
Q

Qual a importância do ECG para o diagnóstico da SCAg?

A
  • Faz diagnóstico de 70% dos IAM com supra
  • Há agudização da onda T com inversão da mesma
  • Elevação (supradesnivelamento) do segmento ST
    >1,0mm nas periféricas e em V4, V5 e V6
    > 2,0 mm de V1-V3
  • Infarto sem supra de ST: inversão da onda T ou infradesnivelamento do segmento ST
  • ECG seriado aumenta a sensibilidade (3 ECG em 30min)
21
Q

No ECG uma SCA com elevação do segmento ST significa o que?

A
  • Enzimas sobem muito, mostrando maior Necrose
  • Infarto do miocárdio
22
Q

No ECG, uma SCA SEM elevação do segmento-ST significa o que?

A

Enzimais sobem pouco ou normais

Mostra uma angina instável ou um Infarto do miocárdio

23
Q

Quais os diagnósticos diferenciais de Sindrome Coronariana Aguda?

A
  • Sobrecarga ventricular direita ou esquerda
  • Bloqueio (completo) de ramo esquerdo e direito
  • Sindrome de Wolff-Parkison-White
  • Miocardites, Miocardiopatias e pericardite
  • Embolia pulmonar extensa
  • Hemorragia intracraniana extensa
  • Hipercalemia
24
Q

Quais as Enzimas analisadas em um diagnóstico laboratorial para Sindrome Coronariana Aguda que não mudam conduta frente a Troponina discordante?

A

CK-MB: melhor marcador para re-infarto
- elevam de 4-8h; pico em 12-18h e normal em 48-72h

CK-MB massa molec.: especificidade> 90%; sensibilidade >97%
- elevam 4-6h; pico 10-24h; normal em 48-72h

Mioglobina: precoce, sensibilidade de 98%
-elevam em 1h pico em 2-4h

25
Q

Quais as Enzimas analisadas em um diagnóstico laboratorial para Sindrome Coronariana Aguda que são biomarcadores de infarto?

A

Troponina I - eleva de 3-6h; pico em 24h; normal após 7-10dias

Troponina T - eleva de 3-6h; pico em 24h; normal após 10-14 dias

Troponina Ultra sensível - eleva na 1ª hora

IAM: NÍVEIS SANGUÍNEOS DE TROPONINA ELEVADOS E EVIDÊNCIA CLÍNICA/ ECG/ IMAGEM NO ECO

26
Q

Quais parâmetros caracterizam uma redefinição de IAM?

A
  • NÍVEIS SANGUÍNEOS DE TROPONINA ELEVADOS
  • EVIDÊNCIA CLÍNICA
  • ECG
  • IMAGEM NO ECO
27
Q

Qual é o protocolo de dor torácica?
E quando o protocolo é negativo ou positivo?

A
  • Observação por, no mínimo, 9h do início da dor
  • Exame físico de 3/3 horas se houver dor
  • ECG de 3/3 horas ou se houver dor
  • Protocolo Negativo: evolui sem dor, sem alterações no exame físico, ECG seriado sem alterações e marcadores de necrose miocárdica negativos
  • Protocolo Positivo: Pelo menos uma das seguintes alterações: Exame físico sugestivo de insuficiência cardíaca aguda; novas alterações no ECG; elevação de marcadores de necrose miocárdica
28
Q

Qual a estratificação de risco de Sind. Coronariana aguda SEM SUPRA?

A
  • Idade >/= 65 anos
  • 3 ou mais fatores de risco para DAC (HAS, DM, DLP, tabagismo ativo, História familiar
  • CATE prévio com estenose coronariana > 50%
  • Elevação de marcadores de necrose miocárdica
  • Uso de AAS nos últimos 7 dias
  • Infra de ST
  • 2 ou mais episódios de angina nas últimas 24h
  • Cada item vale 1 ponto

0 - 2 pontos: BAIXO RISCO
3 ou 4 pontos: RISCO INTERMEDIÁRIO
>/= 5 pontos: ALTO RISCO

29
Q

Qual a estratificação de risco de Sind. Coronariana aguda COM SUPRA?

A
  • Idade >/= 75 anos (3pontos)
  • Idade de 65 - 74 anos (2 pontos)
  • DM, HAS ou angina (1 ponto)
  • PA Sistêmica < 100 (3 pontos)
  • FC > 100 (2 pontos)
  • Classes Killip II-IV (2 pontos)
  • Peso < 67kg (1ponto)
  • Supra ST na parede anterior ou BRE (1ponto)
  • Tempo até terapia de reperfusão > 4h (1ponto)

0 - 2 pontos: BAIXO RISCO (mortalidade hospitalar < 2%)
3 a 5 pontos: RISCO INTERMEDIÁRIO (mortalidade hospitalar 10%)
8 ou mais pontos: ALTO RISCO (mortalidade hospitalar >20%)

30
Q

Quais os exames complementares para diagnóstico de Sindrome Coronariana Aguda?

A
  • Bioquímica: Enzimas (CK-MB massa) e Biomarcadores (TroponinaI ou ultrassensível); perfil lipídico e Glicêmico, K, Na, U, C, hemograma com VHS
  • Ecocardiografia
  • RX de tórax
  • Cintilografia ou angioressonância miocárdica
  • Estudo hemodinâmico
31
Q

O que é a cinecoronariografia e qual sua indicação?

A
  • Indicado na fase aguda do infarto
  • Para diagnóstico da lesão coronária culpada e reperfusão da mesma
  • Observação de lesões não culpadas pode ser feita até 45 dias ou na angioplastia primária