Aula 00 Flashcards
Quais são os princípios basilares do Direito Administrativo? (2)
Supremacia do Interesse Público
Indisponibilidade do Interesse Público
(V/F)
Regime Jurídico da Administração Pública consiste nas regras e princípios de direito público e privado a que a Administração Pública pode se submeter em sua atuação, enquanto
Regime Jurídico Administrativo refere-se às relações jurídicas em que incidem apenas as normas de direito público, sendo que o Ente Público assume uma posição privilegiada em relação ao particular.
Verdadeiro.
Essa distinção é feita pela Maria Sylvia Zanella Di Pietro.
(V/F)
Regime Jurídico Administrativo É o conjunto harmônico de regras e princípios que regem a atuação da Administração Pública, na consecução do interesse público, regulando a sua relação
com os administrados, com seus agentes públicos, a prestação de serviços públicos a sua organização interna, dando ensejo a prerrogativas e restrições.
Verdadeiro.
(V/F)
“normas jurídicas” é um gênero da qual são espécies as “normas-regras” e “normas-princípios”.
Verdadeiro
De acordo com Barroso as Normas-Jurídicas são dotadas das características de _____________, vez que obrigam a sociedade, impondo deveres jurídicos aos seus destinatários e de __________, haja vista que existem mecanismos institucionais e jurídicos a impor o seu cumprimento ou estabelecer consequências ao descumprimento.
Imperatividade e Garantia.
De acordo com Dworkin, princípios são relatos descritivos de comportamentos, em que a sua aplicação se dá por subsunção do fato à previsão em abstrato, dentro da ideia do tudo ou nada
(all or nothing). Apenas uma norma prevalece diante do conflito de regras
FALSO.
Essa é a definição de REGRAS.
Para Alexy as regras são normas que serão sempre satisfeitas ou não, tendo em vista que contêm determinações, devendo-se fazer aquilo que ela exige, nem mais nem menos.
Verdadeiro.
Robert Alxy define os princípios como normas que que determinam que algo seja buscado na maior medida possível, dentro das possibilidades fáticas e jurídicas.
São, portanto, mandados de otimização, tendo em vista que podem ser satisfeitos em graus variados.
Verdadeiro.
Barroso indica critérios para se fazer a distinção entre regras e princípios. Quais são? (4)
Conteúdo;
Estrutura Normativa;
Modo de Aplicação; e
Forma de Solução do choque entre normas.
(V/F)
Os princípios são relevantes no Direito pois se tratam de vetor interpretativo, sem conteúdo normativo, embora possam ser considerados como fonte de direitos.
FALSO.
O fato de os princípios serem espécies de normas jurídicas possui especial relevância, na medida em que não são vistos como mero vetor interpretativo das regras, mas POSSUEM CARGA NORMATIVA, consistindo em fonte de direitos e obrigações.
(V/F)
Para o Pós-Positivismo, os princípios tornam-se normas primárias, ao lado das regras, podendo ser invocados para controle da juridicidade dos atos da Administração Pública.
Verdadeiro.
As prerrogativas e as restrições impostas ao Poder Público são decorrentes de dois princípios basilares. Quais são eles?
princípios da supremacia do interesse público e
indisponibilidade do interesse público
(V/F)
Interesse Público se relaciona com as necessidades coletivas, sendo a soma de interesses individuais.
FALSO.
Interesse público se relaciona com as necessidades coletivas. Não se confunde com a soma dos interesses individuais, tendo em vista que, em determinados casos, o interesse público será contrário aos interesses de determinadas pessoas individualmente consideradas.
(V/F)
O Interesse Público está diretamente relacionado com o Interesse Estatal, sendo tratado pelo doutrina como expressões sinônimas.
Falso.
O Interesse Estatal é dividido em duas espécies. Quais são elas?
Interesse estatal primário e
Interesse estatal secundário
(V/F)
Interesse estatal primário refere-se aos interesses diretos da coletividade. O Estado atua para suprir as necessidades coletivas em sentido amplo. São exemplos a prestação de serviço público e o
exercício de poder de polícia. Confunde-se com interesse público propriamente dito.
Verdadeiro.
(V/F)
Interesse estatal secundário são os interesses da Administração Pública como pessoa jurídica, sujeito de direitos e obrigações.
É o interesse patrimonial do Estado, que atua para defesa e
aumento do erário público. Não pode ser considerado interesse público. São exemplos os atos internos de gestão administrativa e a busca pelo aumento de riqueza na gestão patrimonial.
Verdadeiro.
(V/F)
A Supremacia do Interesse Público está presente quando A Administração Pública atua para satisfação das necessidades coletivas e finalidades públicas, decorrentes da vontade geral, expressada por meio da Constituição Federal e das Leis.
Verdadeiro.
Ao atuar em favor dos interesses da coletividade, a Administração Pública não poderia ser impedida por interesses meramente individuais ou privados. Desta feita, conforme demonstrado, o princípio em análise dá ensejo às prerrogativas do Poder Público, consistentes nos instrumentos para consecução destes interesses da sociedade, colocando o Ente Público em posição privilegiada em
relação ao particular.
(V/F)
O princípio da Supremacia do Interesse Público é absoluto, estando presente em toda área de atuação da Administração Pública.
Falso.
Como qualquer princípio, a supremacia do interesse público não é absoluta, cedendo lugar quando em choque com direitos individuais fundamentais garantidos pela Constituição Federal. Ademais, não está presente em toda a atuação da Administração Pública. Cite-se, por exemplo, os atos de gestão interna de uma repartição ou a edição de atos de mero expediente.
Neste caso, não há incidência do referido princípio. Também é possível citar o exemplo de quando o Poder Público atua como agente privado, em relações de natureza privada, como em um contrato de aluguel.
Cite cinco exemplos do princípio da Supremacia do Interesse Público na atuação da Administração Pública. (5)
Intervenção do Estado na propriedade privada
Poder de polícia
Cláusulas Exorbitantes
Autotutela
Autoexecutoriedade e Coercibilidade
(V/F).
A doutrina indica uma subdivisão da Supremacia do Interesse Público sobre o privado fazendo distinção entre Supremacia Especial e Supremacia Geral.
Verdadeiro.
(V/F)
Uma das transformações modernas do Direito Administrativo mais relevantes consiste na reinterpretação do princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado, que sustenta a inexistência do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado em abstrato, a relativização do princípio ou sua superação.
Verdadeiro.
São 5 os argumentos utilizados:
(V/F)
O princípio da Indisponibilidade do Interesse Público estabelece que o Administrador, atuando em nome do Ente Público, não pode dispor livremente dos bens e interesses em sua atuação, estando sempre limitado à finalidade estabelecida pelo ordenamento jurídico, isto é, o interesse público.
Verdadeiro.
(V/F)
Atualmente, alguns autores têm feito a distinção entre interesse público e patrimônio público. Segundo estes doutrinadores, em algumas ocasiões, para se atingir a finalidade pública, será necessário dispor do patrimônio público, o que demonstra a distinção entre estes conceitos.
Verdadeiro.
(V/F)
Somente são expressos os princípios contidos no art. 37,
caput da Constituição Federal, sendo implícitos todos os demais, ainda que elencados em ato normativo infraconstitucional, tendo em vista que todos estes casos são decorrentes do sistema axiológico da Constituição e, portanto, já estavam implícitos na Lei Maior.
Verdadeiro.
A lei 9.784/99 (Lei do processo administrativo federal) também enuncia alguns princípios, estes considerados implícitos se não estiverem presentes no art. 37, da CF. Quais são eles? (8)
CRM PISA na Finalidade
Contraditório
Razoabilidade
Motivação
Proporcionalidade
Interesse Público
Segurança Jurídica
Ampla Defesa
Finalidade
(V/F)
O princípio da legalidade é a necessidade de adequação da atuação Administrativa ao texto da lei, enquanto a legitimidade é a atuação em conformidade com os demais princípios da Administração
Pública, tal como a moralidade, publicidade, eficiência, dentre outros.
Verdadeiro.
(V/F)
A doutrina moderna defende que, com a constitucionalização do direito administrativo, a legalidade deve ser compreendida mais como “Princípio da Juridicidade”, que consiste na conformação da atuação Administrativa não apenas ao texto das leis formais editadas pelo Poder Legislativo, mas a todo o ordenamento jurídico, incluído a legislação em sentido amplo, os princípios, as súmulas vinculantes, as decisões vinculantes, dentre outros, sendo denominado bloco de legalidade.
Verdadeiro.
O Princípio da Juridicidade compreende o denominado Bloco de Legalidade em detrimento da legalidade estrita, conferindo, portanto, maior liberdade ao administrador em sua competência discricionária.
Falso.
Na verdade houve uma redução do âmbito de liberdade do administrador em sua competência discricionária, haja vista que além de estar limitado à lei, estará também limitado pelo direito como um todo (Constituição Federal, princípios administrativos,
princípios gerais do direito, precedentes vinculantes, súmulas vinculantes etc.).
O princípio da juridicidade, por constituir uma nova compreensão da ideia de legalidade, acarretou o aumento do espaço de discricionariedade do administrador público.
Falso.
A Constituição Federal previu situações determinadas em que o princípio da legalidade pode ser excepcionado, permitindo a atuação da Administração Pública à margem das disposições legais. Quais são essas hipóteses? (3)
Medida Provisória
Decretação de Estado de Defesa
Estado de Sítio.
Nestes casos o chefe do Poder Executivo possui uma liberdade maior de atuação, sem depender de autorização do Poder Legislativo.
O princípio da impessoalidade estabelece que a atuação da Administração Pública não pode ter caráter pessoal nem ser movida por sentimentos ou vontades pessoais do Administrador.
Tradicionalmente é abordada pela doutrina sob três aspectos. Quais são? (3)
Isonomia
Vedação à promoção pessoal
Finalidade
Segundo o STF, não se deve aplicar sanções sobre determinado Ente Público se o ato irregular foi praticado pela gestão anterior, desde que a gestão atual, ao assumir, tenha tomado providências para corrigir as falhas, ressarcir o erário e punir os responsáveis (ACO 2795, STF).
Qual o nome do Princípio que foi aplicado?
O princípio da intranscendência subjetiva das sanções.
Trata-se de uma mitigação ao princípio da Impessoalidade.
Súmula 615 STJ - Não pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros restritivos fundada em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora, são tomadas as providências cabíveis à reparação dos danos eventualmente
cometidos.
Princípio que exige que os agentes públicos devem, além de respeitar as leis, atuar de forma honesta, proba, com lealdade e boa-fé e com fundamento nos padrões éticos de conduta?
Moralidade.