Aula 00 Flashcards

1
Q

Quais são os princípios basilares do Direito Administrativo? (2)

A

Supremacia do Interesse Público
Indisponibilidade do Interesse Público

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2
Q

(V/F)
Regime Jurídico da Administração Pública consiste nas regras e princípios de direito público e privado a que a Administração Pública pode se submeter em sua atuação, enquanto

Regime Jurídico Administrativo refere-se às relações jurídicas em que incidem apenas as normas de direito público, sendo que o Ente Público assume uma posição privilegiada em relação ao particular.

A

Verdadeiro.
Essa distinção é feita pela Maria Sylvia Zanella Di Pietro.

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3
Q

(V/F)
Regime Jurídico Administrativo É o conjunto harmônico de regras e princípios que regem a atuação da Administração Pública, na consecução do interesse público, regulando a sua relação
com os administrados, com seus agentes públicos, a prestação de serviços públicos a sua organização interna, dando ensejo a prerrogativas e restrições.

A

Verdadeiro.

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4
Q

(V/F)
“normas jurídicas” é um gênero da qual são espécies as “normas-regras” e “normas-princípios”.

A

Verdadeiro

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5
Q

De acordo com Barroso as Normas-Jurídicas são dotadas das características de _____________, vez que obrigam a sociedade, impondo deveres jurídicos aos seus destinatários e de __________, haja vista que existem mecanismos institucionais e jurídicos a impor o seu cumprimento ou estabelecer consequências ao descumprimento.

A

Imperatividade e Garantia.

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6
Q

De acordo com Dworkin, princípios são relatos descritivos de comportamentos, em que a sua aplicação se dá por subsunção do fato à previsão em abstrato, dentro da ideia do tudo ou nada
(all or nothing). Apenas uma norma prevalece diante do conflito de regras

A

FALSO.
Essa é a definição de REGRAS.

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7
Q

Para Alexy as regras são normas que serão sempre satisfeitas ou não, tendo em vista que contêm determinações, devendo-se fazer aquilo que ela exige, nem mais nem menos.

A

Verdadeiro.

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8
Q

Robert Alxy define os princípios como normas que que determinam que algo seja buscado na maior medida possível, dentro das possibilidades fáticas e jurídicas.
São, portanto, mandados de otimização, tendo em vista que podem ser satisfeitos em graus variados.

A

Verdadeiro.

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9
Q

Barroso indica critérios para se fazer a distinção entre regras e princípios. Quais são? (4)

A

Conteúdo;
Estrutura Normativa;
Modo de Aplicação; e
Forma de Solução do choque entre normas.

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10
Q

(V/F)
Os princípios são relevantes no Direito pois se tratam de vetor interpretativo, sem conteúdo normativo, embora possam ser considerados como fonte de direitos.

A

FALSO.
O fato de os princípios serem espécies de normas jurídicas possui especial relevância, na medida em que não são vistos como mero vetor interpretativo das regras, mas POSSUEM CARGA NORMATIVA, consistindo em fonte de direitos e obrigações.

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11
Q

(V/F)
Para o Pós-Positivismo, os princípios tornam-se normas primárias, ao lado das regras, podendo ser invocados para controle da juridicidade dos atos da Administração Pública.

A

Verdadeiro.

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12
Q

As prerrogativas e as restrições impostas ao Poder Público são decorrentes de dois princípios basilares. Quais são eles?

A

princípios da supremacia do interesse público e
indisponibilidade do interesse público

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13
Q

(V/F)
Interesse Público se relaciona com as necessidades coletivas, sendo a soma de interesses individuais.

A

FALSO.
Interesse público se relaciona com as necessidades coletivas. Não se confunde com a soma dos interesses individuais, tendo em vista que, em determinados casos, o interesse público será contrário aos interesses de determinadas pessoas individualmente consideradas.

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14
Q

(V/F)
O Interesse Público está diretamente relacionado com o Interesse Estatal, sendo tratado pelo doutrina como expressões sinônimas.

A

Falso.

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15
Q

O Interesse Estatal é dividido em duas espécies. Quais são elas?

A

Interesse estatal primário e
Interesse estatal secundário

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16
Q

(V/F)
Interesse estatal primário refere-se aos interesses diretos da coletividade. O Estado atua para suprir as necessidades coletivas em sentido amplo. São exemplos a prestação de serviço público e o
exercício de poder de polícia. Confunde-se com interesse público propriamente dito.

A

Verdadeiro.

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17
Q

(V/F)
Interesse estatal secundário são os interesses da Administração Pública como pessoa jurídica, sujeito de direitos e obrigações.
É o interesse patrimonial do Estado, que atua para defesa e
aumento do erário público. Não pode ser considerado interesse público. São exemplos os atos internos de gestão administrativa e a busca pelo aumento de riqueza na gestão patrimonial.

A

Verdadeiro.

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18
Q

(V/F)
A Supremacia do Interesse Público está presente quando A Administração Pública atua para satisfação das necessidades coletivas e finalidades públicas, decorrentes da vontade geral, expressada por meio da Constituição Federal e das Leis.

A

Verdadeiro.
Ao atuar em favor dos interesses da coletividade, a Administração Pública não poderia ser impedida por interesses meramente individuais ou privados. Desta feita, conforme demonstrado, o princípio em análise dá ensejo às prerrogativas do Poder Público, consistentes nos instrumentos para consecução destes interesses da sociedade, colocando o Ente Público em posição privilegiada em
relação ao particular.

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19
Q

(V/F)
O princípio da Supremacia do Interesse Público é absoluto, estando presente em toda área de atuação da Administração Pública.

A

Falso.
Como qualquer princípio, a supremacia do interesse público não é absoluta, cedendo lugar quando em choque com direitos individuais fundamentais garantidos pela Constituição Federal. Ademais, não está presente em toda a atuação da Administração Pública. Cite-se, por exemplo, os atos de gestão interna de uma repartição ou a edição de atos de mero expediente.
Neste caso, não há incidência do referido princípio. Também é possível citar o exemplo de quando o Poder Público atua como agente privado, em relações de natureza privada, como em um contrato de aluguel.

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20
Q

Cite cinco exemplos do princípio da Supremacia do Interesse Público na atuação da Administração Pública. (5)

A

Intervenção do Estado na propriedade privada
Poder de polícia
Cláusulas Exorbitantes
Autotutela
Autoexecutoriedade e Coercibilidade

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21
Q

(V/F).
A doutrina indica uma subdivisão da Supremacia do Interesse Público sobre o privado fazendo distinção entre Supremacia Especial e Supremacia Geral.

A

Verdadeiro.

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22
Q

(V/F)
Uma das transformações modernas do Direito Administrativo mais relevantes consiste na reinterpretação do princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado, que sustenta a inexistência do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado em abstrato, a relativização do princípio ou sua superação.

A

Verdadeiro.
São 5 os argumentos utilizados:

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23
Q

(V/F)
O princípio da Indisponibilidade do Interesse Público estabelece que o Administrador, atuando em nome do Ente Público, não pode dispor livremente dos bens e interesses em sua atuação, estando sempre limitado à finalidade estabelecida pelo ordenamento jurídico, isto é, o interesse público.

A

Verdadeiro.

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24
Q

(V/F)
Atualmente, alguns autores têm feito a distinção entre interesse público e patrimônio público. Segundo estes doutrinadores, em algumas ocasiões, para se atingir a finalidade pública, será necessário dispor do patrimônio público, o que demonstra a distinção entre estes conceitos.

A

Verdadeiro.

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25
Q

(V/F)
Somente são expressos os princípios contidos no art. 37,
caput da Constituição Federal, sendo implícitos todos os demais, ainda que elencados em ato normativo infraconstitucional, tendo em vista que todos estes casos são decorrentes do sistema axiológico da Constituição e, portanto, já estavam implícitos na Lei Maior.

A

Verdadeiro.

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26
Q

A lei 9.784/99 (Lei do processo administrativo federal) também enuncia alguns princípios, estes considerados implícitos se não estiverem presentes no art. 37, da CF. Quais são eles? (8)

A

CRM PISA na Finalidade

Contraditório
Razoabilidade
Motivação
Proporcionalidade
Interesse Público
Segurança Jurídica
Ampla Defesa
Finalidade

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27
Q

(V/F)
O princípio da legalidade é a necessidade de adequação da atuação Administrativa ao texto da lei, enquanto a legitimidade é a atuação em conformidade com os demais princípios da Administração
Pública, tal como a moralidade, publicidade, eficiência, dentre outros.

A

Verdadeiro.

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28
Q

(V/F)
A doutrina moderna defende que, com a constitucionalização do direito administrativo, a legalidade deve ser compreendida mais como “Princípio da Juridicidade”, que consiste na conformação da atuação Administrativa não apenas ao texto das leis formais editadas pelo Poder Legislativo, mas a todo o ordenamento jurídico, incluído a legislação em sentido amplo, os princípios, as súmulas vinculantes, as decisões vinculantes, dentre outros, sendo denominado bloco de legalidade.

A

Verdadeiro.

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29
Q

O Princípio da Juridicidade compreende o denominado Bloco de Legalidade em detrimento da legalidade estrita, conferindo, portanto, maior liberdade ao administrador em sua competência discricionária.

A

Falso.
Na verdade houve uma redução do âmbito de liberdade do administrador em sua competência discricionária, haja vista que além de estar limitado à lei, estará também limitado pelo direito como um todo (Constituição Federal, princípios administrativos,
princípios gerais do direito, precedentes vinculantes, súmulas vinculantes etc.).

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30
Q

O princípio da juridicidade, por constituir uma nova compreensão da ideia de legalidade, acarretou o aumento do espaço de discricionariedade do administrador público.

A

Falso.

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31
Q

A Constituição Federal previu situações determinadas em que o princípio da legalidade pode ser excepcionado, permitindo a atuação da Administração Pública à margem das disposições legais. Quais são essas hipóteses? (3)

A

Medida Provisória
Decretação de Estado de Defesa
Estado de Sítio.

Nestes casos o chefe do Poder Executivo possui uma liberdade maior de atuação, sem depender de autorização do Poder Legislativo.

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32
Q

O princípio da impessoalidade estabelece que a atuação da Administração Pública não pode ter caráter pessoal nem ser movida por sentimentos ou vontades pessoais do Administrador.
Tradicionalmente é abordada pela doutrina sob três aspectos. Quais são? (3)

A

Isonomia
Vedação à promoção pessoal
Finalidade

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33
Q

Segundo o STF, não se deve aplicar sanções sobre determinado Ente Público se o ato irregular foi praticado pela gestão anterior, desde que a gestão atual, ao assumir, tenha tomado providências para corrigir as falhas, ressarcir o erário e punir os responsáveis (ACO 2795, STF).
Qual o nome do Princípio que foi aplicado?

A

O princípio da intranscendência subjetiva das sanções.
Trata-se de uma mitigação ao princípio da Impessoalidade.

Súmula 615 STJ - Não pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros restritivos fundada em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora, são tomadas as providências cabíveis à reparação dos danos eventualmente
cometidos.

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34
Q

Princípio que exige que os agentes públicos devem, além de respeitar as leis, atuar de forma honesta, proba, com lealdade e boa-fé e com fundamento nos padrões éticos de conduta?

A

Moralidade.

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35
Q

Por se tratar de uma norma jurídica, com força normativa e coercibilidade, um ato administrativo praticado com violação da moralidade administrativa é _________ (nulo/anulável), devendo ser retirado do mundo jurídico, seja pela Administração Pública no exercício da autotutela, seja pelo Poder Judiciário caso provocado.

A

Nulo.
O ato padecerá de vício de legitimidade, por violar princípios constitucionais da administração pública. Assim, um ato administrativo pode ser editado em conformidade com a
legislação (legalidade), mas será absolutamente nulo se ferir a moralidade administrativa (ilegitimidade).

36
Q

(V/F)
O Conteúdo jurídico do Princípio da Moralidade é aquele referido na ética da legalidade ou, em outros termos, os valores éticos que ela
consagra sem espaços para outros juízos axiológicos senão aqueles objetivados e explicitados nas normas-regras e, portanto, sem autonomia específica.

A

FALSO. Questão de Prova.

A moralidade é princípio autônomo, ao contrário do que diz a
assertiva. Além disso, não decorre dos preceitos éticos da legalidade. Em verdade, ainda que a conduta seja perfeitamente legal, deverá ser anulada caso seja imoral.

37
Q

Princípio que vincula a administração pública a um comportamento ético, conforme discurso da modernidade, com dimensão autônoma em relação ao princípio da legalidade?

A

Princípio da Moralidade.

38
Q

Súmula vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de
função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.

O tema tratado na Súmula é?

A

Nepotismo.

39
Q

(V/F)
Não há nepotismo quando a pessoa nomeada tem parente no órgão, mas não possui hierarquia capaz de influir na nomeação.

A

Verdadeiro.

40
Q

(V/F).
Não há nepotismo quando a nomeação é destinada à ocupação de cargos políticos, como cargo de Ministro ou Secretário do Estado ou Município.

A

Verdadeiro.
ATENÇÃO!! EXCEÇÃO:
Ainda que se trate de cargo político, poderá ficar caracterizado o
nepotismo caso fique demonstrada a inequívoca falta de razoabilidade na nomeação por manifesta ausência de qualificação técnica ou inidoneidade moral do nomeado.

41
Q

(V/F)
O cargo de conselheiro do Tribunal de Contas não é cargo político, de forma que a nomeação pelo Governador de seu irmão para exercício do cargo configura nepotismo, além de afronta ao Princípio Republicano de prestação de contas, já que o nomeado teria atribuições de fiscalizar as contas de seu parente.

A

Verdadeiro.

42
Q

Trata-se de vetor indispensável ao princípio Republicano e do Estado Democrático de Direito (art. 1º, CF), pois possibilita o controle popular sobre a Administração, consistindo em verdadeira
prestação de contas do Administrador perante o titular da coisa pública (a sociedade).
Qual é o princípio?

A

Princípio da Publicidade.

43
Q

O Princípio da Publicidade estabelece que a transparência é a regra, enquanto o sigilo é exceção, somente possível nas hipóteses previstas na Constituição Federal, tal qual? (3)

A

Inviolabilidade da intimidade e da
vida privada (art. 5º, X, CF) e as informações indispensáveis à segurança do Estado e da Sociedade (art. 5º, XXXIII, CF).

44
Q

(V/F)
O princípio da publicidade não se confunde com a exigência de publicação oficial dos atos administrativos que devem produzir efeitos externos e que impliquem em oneração do patrimônio público.

A

Verdadeiro.
A exigência de publicação oficial é condição de eficácia dos atos
administrativos. Antes da publicação os atos não produzem efeitos perante terceiros.
Por outro lado, a publicidade é condição de validade dos atos
administrativos, sem a qual o ato é nulo. A publicação é uma das hipóteses da publicidade, que é mais abrangente.

45
Q

(V/F)
A Lei de Acesso a Informação (LAI), 12.527/2011 aplica-se a toda Administração Direta, exceto ao Poder Judiciário que poderá regulamentar em seu âmbito as formas de acesso às informações.

A

Falso.
O art. 1º da lei de acesso à informação (LAI) estabelece que os dispositivos nela constantes obrigam toda a Administração direta e indireta dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, inclusive as empresas públicas e sociedades de economia mista.

Aplica-se ainda às entidades privadas sem fins lucrativos que
recebam recursos públicos do orçamento público ou por meio de subvenções sociais, seja qual for o instrumento utilizado para firmar a parceria. Aplica-se o dever de publicidade previsto na lei à parcela dos recursos públicos recebidos e a sua destinação, sem prejuízo do dever de prestação de contas perante o Ente Público parceiro.

46
Q

(V/F)
Estados, Distrito Federal e Municípios podem prever normas específicas sobre acesso à informação desde que respeitadas as normas previstas na lei geral (art. 45). (Lei 12.527/2011)

A

Verdadeiro.

47
Q

A divulgação de informações de interesse público independentemente de solicitação é o tipo de transparência ____________ (ativa/passiva).

A

Transparência Ativa.

48
Q

(V/F)
Ao solicitar informação à administração pública, o particular deverá indicar as razões do pedido, bem como sua identificação. O pedido é gratuito.

A

Falso.
O pedido de informações de interesse particular ou coletivo independe de qualquer motivação. É vedado à Administração Pública instituir qualquer tipo de restrição ao requerimento além da identificação do requerente e especificação do pedido.
O pedido é gratuito, ressalvado apenas o ressarcimento dos custos da Administração, exceto para os pobres que assim se declararem na forma da lei.

49
Q

A negativa de prestação de informações não fundamentada nas hipóteses legais, bem como, qualquer das hipóteses de violação ao direito fundamental à informação, previstas no art. 32 da LAI, consiste em infração disciplinar, a ser punida, no mínimo, com ____________ no caso de servidores públicos federais sujeitos à lei 8.112/90.

A

Suspensão.

50
Q

O acesso à informação deve se dar de forma imediata. Caso não seja possível, deve-se comunicar, em prazo não superior a _______ dias: a) o local, modo e data para acesso à informação; b) o motivo da recusa; ou c) comunicar que não possui a informação, indicando o local em que se encontra e, se for o caso, remeter o requerimento ao local.
O prazo pode ser prorrogado por mais _____ dias de forma
justificada (art. 11)

A

20 dias
10 dias.

51
Q

(V/F)
O Princípio da Eficiência pode ser compreendido como o atingimento do objetivo ou da meta a quem se propôs. Está relacionado com o resultado.

A

FALSO.
Eficiência não se confunde com eficácia nem com efetividade. Eficiência consiste em realizar algo da melhor maneira possível com celeridade e o mínimo de desperdício. Relaciona-se com os meios e procedimentos para atingir um resultado. Eficácia é o atingimento do objetivo ou da meta a que se propôs.
Relaciona-se com o resultado. Veja que uma atividade pode ser eficiente, mas não alcançar eficácia ou vice-versa. Já efetividade é a conjugação de eficiência e eficácia, transformando uma realidade externa por meio de uma boa atuação.

52
Q

(V/F)
O princípio da eficiência, a Emenda à Constituição nº 19/1998 consagrou a transição da Administração Pública Burocrática para a Administração Pública Gerencial, que busca aproximar
o Poder Público à iniciativa privada, sem descuidar das peculiaridades e formalidades essenciais

A

Verdadeiro.

53
Q

(V/F)
O princípio da eficiência demonstra a íntima relação do direito com a
economia, abrindo espaço para a Análise Econômica do Direito (AED), também conhecida como law & economics, na Administração Pública.

A

Verdadeiro.
AED consiste na utilização da economia, especialmente a microeconomia, para solução de problemas na Administração Pública, realizando uma reinterpretação do ordenamento jurídico para prever os efeitos e consequências positivas e negativas das escolhas.
Ex. Parcerias Público-Privadas (lei 11.079/2004), em que os aspectos econômicos são levados em consideração na formalização dos contratos, tais como o risco do empreendimento, o custo da oportunidade, dentre outros, sendo também utilizados para efetivação do (re)equilíbrio econômico-financeiro do contrato.

54
Q

Segundo a _____________ (Eficiência de Pareto; Eficiência de Kaldo-Hicks) a medida é eficiente quando melhorar a situação de determinada pessoa sem piorar a de outra.

A

Eficiência de Pareto, ou Ótimo de Pareto.
De acordo com o autor é de difícil aplicação concreta em razão da complexidade e pluralidade da sociedade moderna.

55
Q

Segundo a _____________ (Eficiência de Pareto; Eficiência de Kaldo-Hicks) ss normas devem buscar a produção do máximo bem-estar
para o maior número de pessoas, para que os benefícios deste grupo superem os prejuízos de outro.

A

Eficiência de Kaldor-Hicks.

56
Q

(V/F)
A doutrina considera implícitos todos os princípios que não estão no artigo 37 da CF.

A

Verdadeiro.

57
Q

Cite 5 exemplos de Instrumentos para concretização do Princípio da Eficiência.

A

Contrato de gestão;
Avaliação especial de desempenho para estabilidade;
Procedimento de avaliação periódica de desempenho;
Escolas de governo;
Duração razoável do processo judicial e administrativo

58
Q

O Princípio da Proporcionalidade é subdividido em três subprincípios. Quais são eles?

A

Adequação;
Necessidade e
Proporcionalidade Strictu Sensu.

59
Q

Qual princípio consiste na ideia de que a atividade administrativa deve ser prestada de forma ininterrupta, sem paralisações, especialmente no que concerne ao serviço público?

A

Princípio da Continuidade.

Está ligado, de certa forma, ao princípio da eficiência e à necessidade de satisfação permanente dos direitos fundamentais.

60
Q

(V/F)
O Princípio da Continuidade exige que todos os serviços sejam prestados em tempo integral.

A

Falso.
Para o autor, a continuidade não exige que todos os serviços sejam prestados em tempo integral, sendo necessário distinguir NECESSIDADE ABSOLUTA de NECESSIDADE RELATIVA. No primeiro caso, por se tratar de necessidades básicas dos cidadãos, como a saúde, saneamento básico e a iluminação, por exemplo, o serviço deve ser prestado sem qualquer interrupção.
Já quanto às necessidades relativas, não há necessidade de prestação de serviços em tempo integral, o serviço pode ser prestado em dias e horários determinados pela Administração.

61
Q

Conforme o STF, a carreira policial é carreira de Estado, essencial para a Administração Pública e privativa do Poder Público e por essa razão não podem exercer greve.

A

Verdadeiro.

62
Q

Segundo o STF, o Poder Público deve descontar os dias de paralisação dos servidores grevistas, em virtude da suspensão do vínculo funcional no período, permitida a compensação de horários em caso de acordo.
Somente será incabível o desconto em caso de greve por conduta ilícita do Poder Público.

A

Verdadeiro.
RE 693.456

63
Q

De acordo com a lei 14.133/2021, o particular somente poderia invocar a exceção do contrato não cumprido, em contratos realizados com a Administração Pública, após ___________ (90 dias/2 meses) de inadimplemento do Poder Público contratante, desde que a inadimplência não seja decorrente de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ocasião em que não será
possível a oposição da referida exceção pelo particular.

A

2 Meses.

ATENÇÃO: o prazo de 90 dias era previsto na Lei 8666/93, que foi alterada.
A nova lei de licitações prevê o prazo de 2 meses de inadimplemento.

64
Q

(V/F)
O princípio da _________ (autotutela/autoexecutoriedade/presunção de legitimidade) consiste no poder de a Administração Pública controlar os seus próprios atos, retirando-os do mundo jurídico quando necessário, para conferir regularidade às suas
condutas.

A

Autotutela.

65
Q

(V/F).
Pelo Princípio da Autotutela a Administração deve revogar os seus próprios atos discricionários por conveniência ou oportunidade e pode anular os seus atos quando eivados vícios de ilegalidade ou ilegitimidade, sem necessidade de autorização do Poder Judiciário.

A

Falso.
Quanto aos atos DISCRICIONÁRIOS a administração PODE REVOGAR os próprios atos.
A Administração DEVE ANULAR seus atos quando eivados vícios de ilegalidade ou ilegitimidade.

66
Q

(V/F)
A anulação dos atos ilegais é um poder-dever, pois não cabe à Administração Pública escolher se anula ou não um ato ilegal.

A

Verdadeiro.
Art. 53 da Lei 9784/99. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

67
Q

(V/F)
A Lei 9784/99 prevê prazo decadencial para anulação de atos dos quais resultem efeitos favoráveis ao Administrado. salvo comprovada má-fé, mas o STF pacificou entendimento de que os atos flagrantemente inconstitucionais podem ser anulados a qualquer tempo.

A

Verdadeiro.
O STF possui jurisprudência pacífica no sentido de que os atos
administrativos flagrantemente inconstitucionais podem ser anulados a qualquer tempo, resguardado o direito à ampla defesa e contraditório.
Exemplo é a investidura em cargo público sem submissão a concurso público. Nesta hipótese, tanto o STF quanto o STJ entendem válida a anulação do ato de investidura em razão de
flagrante violação do princípio do concurso público (MS 28279).

68
Q

Para doutrina, o controle realizado pela própria Administração Pública sobre seus atos, quanto o controle externo realizado pelo Poder Judiciário e pelo Poder Legislativo com auxílio dos Tribunais de Contas é chamado de _______________?

A

Princípio da Sindicabilidade.

69
Q

(V/F)
Verificada a ilegalidade do ato, a Administração pode optar entre a anulação e a revogação, conforme a conveniência de produção de efeitos ex tunc ou ex nunc, respectivamente.

A

FALSO.
O controle ocorre sob dois aspectos relativamente aos atos
administrativos:
Legalidade: A Administração deve anular os atos que violem as leis ou os princípios administrativos. Trata-se de um dever. A anulação terá efeitos retroativos à data do ato (efeitos ex tunc).

Mérito: A Administração pode revogar os atos discricionários válidos e sem qualquer vício por motivo de perda ou inexistência de conveniência ou oportunidade. Trata-se de uma faculdade.
A revogação somente possui efeitos proativos (efeitos ex nunc).

Tratando-se de ato ilegal, a Administração Pública possui o dever de anular. Não pode optar por anular ou revogar.

70
Q

(V/F)
A anulação do ato administrativo ilegal pela própria Administração não depende de provocação do interessado e não gera responsabilidade administrativa perante terceiros.

A

FALSO.
De fato, o exercício da autotutela pode ser provocado por algum
administrado ou de ofício, por iniciativa da própria Administração. Todavia, a Administração Pública não está isenta de responsabilidade no caso de causar dano a terceiro.
Sua responsabilidade é objetiva e decorre diretamente da Constituição Federal, art. 37, §6º, CF.

71
Q

(V/F)
A anulação do ato administrativo que tenha produzido efeitos no campo dos interesses individuais não prescinde de prévio contraditório que garanta o exercício da defesa da
legitimidade do ato por aqueles que serão por ela atingidos.

A

Verdadeiro.
Em todo caso, quando a Administração Pública pretender anular um ato inválido ou revogar um ato válido por conveniência ou oportunidade, deve ser respeitado o direito dos interessados ao contraditório e ampla defesa, instaurando-se procedimento formal em que se dê ciência ao particular da intenção de anulação ou revogação e os motivos, conferindo oportunidade para manifestação. Este é o posicionamento consolidado na jurisprudência dos Tribunais Superiores.

72
Q

(V/F)
A anulação do ato administrativo ilegal pela própria Administração está imune ao controle jurisdicional.

A

Falso.
De acordo com o art. 5º, inciso XXXV da CF: “a lei não excluirá
da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;” Conforme se extrai deste princípio, o Brasil adotou o sistema de jurisdição única, de forma que, ainda que a não caiba mais recurso administrativo da decisão da Administração Pública, sempre estará aberta a via do controle judicial.

73
Q

Estabilização do ordenamento jurídico e Proteção da confiança legítima são aspectos objetivo e subjetivo, respectivamente, de qual Princípio implícito?

A

Princípio da Segurança Jurídica.

74
Q

(V/F)
O princípio da Motivação consiste no dever do Poder Público de indicar os fundamentos de fato e de direito que levaram à prática de determinado ato administrativo.

A

Verdadeiro.
A atuação válida da Administração depende da indicação dos pressupostos fáticos e jurídicos e sua correlação lógica com a decisão proferida com base nestes fundamentos.

75
Q

(V/F)
Em regra, todos os atos administrativos vinculados e discricionários devem ser motivados.

A

Verdadeiro.
A motivação só é dispensada quando houver disposição expressa neste sentido no ordenamento jurídico. Exemplo: nomeação e exoneração de cargos de confiança.

76
Q

(V/F)
O princípio da motivação é um elemento do ato administrativo, consistente nas razões de fato e de direto que fundamentam uma decisão.

A

FALSO.
A motivação não se confunde com o motivo do ato administrativo.
O ato administrativo possui cinco elementos: competência, finalidade, motivo, forma e objeto.
A motivação faz parte da forma do ato administrativo, tendo em vista que consiste na declaração escrita do motivo. O motivo, por sua vez, é um elemento do ato administrativo, consistente nas razões de fato e de direto que fundamentam uma decisão.
Em determinados casos em que a lei dispense a indicação escrita dos motivos, o ato conterá um motivo, pois este sempre estará presente, porém não haverá motivação, tendo em vista que não houve declinação escrita dos motivos.

77
Q

(V/F)
O Direito Administrativo admite, no âmbito da Administração Pública, a motivação ALIUNDE ou PER RELATIONE, que consiste na adoção da motivação de um outro ato administrativo como razão de decidir.

A

Verdadeiro.
É a declaração de concordância com os fundamentos de pareceres, informações, decisões ou
propostas, que farão parte integrante do ato emitido (art. 50, §1º, lei 9.784/99).

78
Q

Qual teoria estabelece que a validade do ato está vinculada à existência e veracidade dos seus motivos, isto é, ainda que a motivação do ato seja dispensada, caso o administrador tenha optado por expressar os motivos de forma escrita, ficará vinculado aos referidos fundamentos fáticos e jurídicos indicados.

A

Teoria dos Motivos Determinantes.

79
Q

(V/F)
Motivo e motivação são sinônimos em matéria de atos administrativos, referindo-se ambos aos elementos fáticos que justificam a existência do ato administrativo, os quais, nos atos
discricionários, não estão sujeitos ao controle judicial.

A

Falso.
A motivação não se confunde com o motivo do ato administrativo. A motivação faz parte da forma do ato administrativo, tendo em vista que consiste na declaração escrita do motivo. O motivo, por sua vez, é um elemento do ato administrativo, consistente nas razões de fato e de direto que fundamentam uma decisão.

80
Q

(V/F)
A necessidade de motivação dos atos administrativos resulta do princípio democrático e da regra do devido processo legal, permitindo o controle da ação administrativa.

A

Verdadeiro.
Trata-se de mais um instrumento, assim como o princípio da publicidade, de controle popular da atuação administrativa, uma vez que possibilita ao cidadão tomar conhecimento das razões pelas quais o Poder Público atuou de determinada maneira e compará-la com o ordenamento jurídico. Por permitir a participação popular na Administração Pública, resulta do princípio democrático.

81
Q

(V/F)
O princípio da especialidade decorre da indisponibilidade do
interesse público e do princípio da eficiência, que justificam a necessidade de descentralização dos serviços do Estado e da desconcentração de atividades dentro da estrutura organizacional
da Administração Pública.

A

Verdadeiro.

82
Q

Princípio que decorre diretamente da supremacia do interesse público sobre o interesse privado e estabelece que os atos editados
por agente público, legalmente investido em cargo público, por expressar a vontade estatal, presumem-se verdadeiros e legítimos.

A

Princípio da presunção de legitimidade e veracidade das condutas estatais.

83
Q

(V/F)
O princípio da Presunção de Legitimidade e veracidade determina uma verdadeira atribuição do ônus da prova ao particular para comprovar qualquer falsidade ou vício de legitimidade do ato administrativo.
Até que haja prova no sentido contrário, o ato será considerado verdadeiro e legítimo e produzirá efeitos regularmente desde a sua publicação. O ato pode ser questionado juridicamente, mas o ônus da prova é do particular.

A

Verdadeiro.
Vale ressaltar que a presunção indicada neste princípio é relativa (juris tantum), sendo admitida prova em contrário, não se tratando de presunção absoluta (juris et jure), modalidade em que não se admite qualquer prova em contrário.

84
Q

O Princípio do Contraditório e Ampla Defesa estabelece que é garantido ao administrado …(5)

A

Tomar conhecimento de todos os atos do processo administrativo;
Oportunidade para se manifestar,
Produzir Provas;
Formular Requerimentos;
Oportunidade de influenciar no julgamento da autoridade.

85
Q
A