Audiometria/Equilíbrio Flashcards
Audiometria tonal.
Mede a capacidade de detectar tons puros.
Por via aérea - tímpano, ossículos , etc.
Via óssea - estimula diretamente a orelha interna.
Símbolos:
>: condução óssea direita;
O: condução aérea direita;
<: condução óssea esquerda;
X: condução aérea esquerda.
Frequências ouvidas pela orelha humana.
20 a 20000Hz.
Melhor entre 1000 e 4000 Hz.
Perda condutiva.
O/X baixos - perda da função dos órgãos da audição.
Gap aéreo-ósseo: diferença de 15 dB em 2 frequências seguidas.
Classificação das perdas auditivas.
10 a 25 dB: audição normal;
25 a 40 dB: perda leve;
40 a 70 dB: perda moderada;
70 a 90 dB: perda intensa;
Acima de 90 dB: perda profunda.
Perda mista.
Curvas óssea e aérea rebaixadas com gap.
Perda neurossensorial.
Ambas a curvas rebaixadas mas sem gap.
Curva de início de meniére.
Perda neurossensorial leve em frequências baixas.
Curva de presbiacusia.
Ambas as curvas descendentes (dificuldade de ouvir frequências altas).
Curva de distúrbio metabólico.
U invertido em ambas as curvas.
Curva de PAIR.
Entalhe em 4000Hz em ambas as curvas.
Logoaudiometria.
Avalia a capacidade do paciente de entender palavras.
Mascaramento.
Evita a lateralização (percepção do estímulo sonoro pela orelha contralateral à testada).
Deve ser usado quando há diferença maior que 40dB em frequências iguais entre as orelhas.
Símbolos diferentes na audiometria.
Limiar de reconhecimento de fala.
Logoaudiometria.
Menor intensidade em que o paciente consegue repetir 50% das palavras faladas (trissílabas).
Índice de reconhecimento de fala.
Logoaudiometria.
Mede a capacidade do paciente em repetir mono/dissílabos em 40dB.
Normal: 88 a 100%;
Suspeita de lesão coclear: 60 a 88%;
Suspeita de lesão retrococlear: menos que 60%.
Impedanciometria.
Medida objetiva da integridade e função do sistema tímpano-ossicular.
Jato de ar na orelha.
Curva A.
Impedanciometria.
Curva normal, complacência igual com pico em 0 e mínimos em +/-200 mmHg.
Curva A.
Impedanciometria.
Curva normal, complacência igual com pico em 0 e mínimos em +/-200 mmHg.
Curva AD.
Impedanciometria.
Mobilidade elevada das estruturas da orelha média, não se obtendo pico.
Sugere desarticulação da cadeia ou áreas de neotímpano mais flácidas.
Curva AS.
Impedanciometria.
Complacência diminuída, abaixo de 20% de mobilidade.
Sugere rigidez da MT ou da cadeia ossicular - otosclerose.
Curva C.
Impedanciometria.
Pico de complacência em pressão negativa (curva A deslocada para a esquerda).
Sugere disfunção tubária.
Curva B.
Impedanciometria.
Ausência de pico ou baixa amplitude.
Sugere perfuração do tímpano ou alterações nas orelhas média externa que obstruem a alteram o exame.
Reflexo do estapédio.
Protege a orelha interna de sons muito intensos (70 a 95dB acima do limiar auditivo) e graves (eliminação de ruído).
É abolido em qualquer patologia que afete o sistema da orelha interna ou em patologias neurossensorial e retrococlear.
Estapédio é inervado por um ramo do facial que emerge em sua porção mastóidea.
Emissões otoacústicas.
Energia elétrica produzida pelas células ciliadas externas da orelha interna.
Reflete a atividade das CCE.
Peate.
Mapeia sinapses das vias nervosas auditivas.
Avalia limiares de 2 a 4kHz e até 90 dB.
Não necessita de sedação nem de resposta do paciente.
Ondas 1 e 2: nervo coclear;
Onda 3: núcleos cocleares;
Ondas 4 e 5: menisco lateral superior.
Usado no monitoramento de tronco encefálico em cirurgia e diagnóstico de Mèniére e morte encefálica.
Eletrococleografia.
Exame recomendado na doença de Mèniére (hidropsia endolinfática).
P300.
Exame para avaliar distúrbios de cognição e processamento auditivo.
Eletronistagmografia.
Analisa nistagmos através do registro de movimentos oculares.
Pode ser feito filmando os olhos ou com eletrodos perioculares que medem variação de potencial.
Nistagmo.
Movimento ocular bifásico iniciado pela componente lenta.
Olho treme ao olhar para determinado lado.
Jerk.
Tipo de nistagmo iniciado por movimento lento seguido de movimento rápido de correção.
Tipos de nistagmo.
Por movimentos sacádicos: mudar de foco rapidamente;
Espontâneo: olhos parados e fixos;
Semi-espontâneo: ausente na posição central, mas presente nas outras;
Por rastreio pendular: ao seguir o movimento de um objeto;
Optocinético: evocado por estímulos contínuos e com velocidade constante;
Posicional: depende da posição da cabeça.
Vectroeletronistagmografia.
Tipo de eletronistagmografia mais preciso, capaz de identificar o canal semicircular lesado.
Tipos de nistagmo em rastreio pendular.
1: traçado uniforme;
2: desvio único em local específico;
3: dois ou mais desvios;
4: incapaz de seguir um padrão.
Quadro clínico da surdez súbita.
Idade acima de 45 anos, perda unilateral, zumbido associado e possibilidade de tontura e plenitude.
Teste de Rinne e Weber.
Diapasão.
Etiologia da surdez súbita.
Infecção viral da orelha interna, processo autoimune, distúrbios microcirculatórios, schwanoma vestibular (sempre fazer ressonância magnética) ou idiopática (80%).
Trata da surdez súbita.
Até 65% melhora espontaneamente.
Corticosteróides, câmara hiperbárica ou antivirais.
Fatores de risco para otosclerose.
Genético, vírus da varicela e do sarampo, distúrbios hormonais e autoimunes.
Mulheres brancas entre 20 e 40 anos, causando perda condutiva ou mista bilateral.
Otoscopia normal ou com sinal de Schwartze - mancha vermelha no promontório.
Tratamento da otosclerose.
Observar se sintomas brandos.
Fluoreto de sódio ou bifosfonados.
Aparelho de audição ou cirurgia.
Marcha cerebelar.
Ataxia, base larga, bêbado.
Marcha vestibular.
Desvio para o lado afetado.
Testes indicativos de lesão cerebelar.
Manobra calcanhar joelho, manobra index nariz e diadococinesia.
Quadro clínico de tontura periférica.
85% dos casos.
Sintomas mais intensos, rotação, piora com olhos fechados, piora com mudança de posição da cabeça.
Principais causas de tontura periférica.
VPPB, neurite vestibular e Mèniére.
Quadro clínico de tontura central.
Sintomas mais brandos, nistagmo sem padrão, contínuos, porém mais graves.
VPPB.
Vertigem postural paroxística benigna.
Comum em mulheres entre 50 e 60 anos.
Episódios recorrentes de curta duração.
Melhora espontânea em dias ou semanas.
Idiopática ou por trauma.
Tratamento com manobras de reposicionamento.
Manobra de Dix Halpicke.
Diagnóstico de VPPB.
Paciente sentado com a cabeça rotacionado para o lado afetado.
Deitar rapidamente a cabeça do paciente e observar se ha nistagmo.
Teste de Romberg.
Paciente de pé com os pés juntos.
Sensibilizado - paciente anda com um pé logo a frente do outro.
Positivo se houver inclinação.
Teste de Fukuda.
Paciente deve marchar com os olhos fechados.
Positivo se houver deslocamento de 45⁰.
Neurite vestibular.
Inflamação viral do nervo vestibular.
Associada a infecção de vias aéreas superiores.
Causa náusea e vômitos.
Tratamento com antieméticos, corticóides e antivirais.
Síndrome de Meniére.
Vertigem, zumbido, hipoacusia e plenitude.
É recorrente e idiopática.
Mulheres de 30 a 60 anos.
Causas de hidropsia endolinfática secundária.
Sífilis otológica, hidropsia endolinfática tardia, síndrome de cogan e vestibulopatia recorrente.
Tipos de paralisia do nervo facial.
Supranuclear: músculos inferiores da face, geralmente associado a língua, dedos e mãos;
Nuclear: paralisia facial completa, possível associação a nervos 5, 6 e 8;
Infranuclear: paralisia facial completa associada a tontura e disfunções de lacrimejamento, gustação e salivação.
Nervo intermédio.
Inerva glândulas salivares e lacrimais, além da parte sensitiva dos terços anteriores da língua.
Acometido em paralisias infrenucleares.
Quais os segmentos do nervo facial?
Pontino, labiríntico (mais suscetível a isquemia), timpânico (nervo do estapédio) e mastóideo (nervo corda do tímpano).
Tipos de lesão neural.
1 - Neuropraxia: compressão sem degeneração;
2 - Axonotmese: compressão mais intensa/prolongada, levando a degeneração Walleriana com regeneração em semanas/meses se endoneuro preservado;
3 e 4 - Neurotmese: compressão da estrutura de sustentação conjuntiva do nervo com chance de neuroma; regeneração improvável.
Ramos faciais do nervo facial.
Temporal, zigomático, bucal, mandibular e cervical.
Classificação de House-Brackmann.
Paralisia do nervo facial.
1 - normal;
2 - leve: leve fraqueza notável à inspeção;
3 - moderada: diferença leve entre os dois lados, tônus normal ao repouso, fechamento total do olho com máximo esforço;
4 - moderadamente severa: assimetria óbvia, repouso normal ou levemente alterado, ausência de movimento da testa e fechamento incompleto do olho;
5 - severa: movimentos quase imperceptíveis;
6 - total.
Paralisia de Bell.
Idiopática, comum no inverno.
Diagnóstico por exclusão.
Tratamento com corticóides, antirretrovirais e proteção ocular.
Melhora satisfatória em 85% dos casos.
Paralisia traumática.
2ª mais comum.
Podem ser:
Longitudinais: mais comum, por impactos laterais, possível otorréia, perfuração da membrana timpânica, desarticulação dos ossículos;
Transversais: mais raras porém mais graves, impactos verticais, podendo apresentar disacusia sensorioneural e vertigens incapacitantes por lesão da cápsula ótica.
Em ambos os casos, corticóide imediato e avaliar necessidade de cirurgia.
Síndrome de Ramsay-Hunt.
Inflamação do gânglio geniculado por varicela zoster.
Sinal patognomônico: vesículas em orelha externa.
Quadro de infecção viral, paralisia facial e dor retroauricular.
Tratamento com corticóides e antirretrovirais; cirurgia não indicada.
Síndrome de Melkerson-Rosental.
Granulomatose neuromiocutânea: edema orofacial, paralisia facial periférica e língua plicata.
Diagnóstico na presença de dois desses sinais.
Tratamento com corticóides e antirretrovirais, recomendada cirurgia para evitar recidiva.