ATB e Microbio Flashcards
Fatores de risco para infecção por Staphylo aureus hMRSA (10)
- sexo masculino
- extremos de idade
- colonização nasal por cepas de S. aureus
- diálise peritoneal (RR 105-240) ou hemodiálise (RR 257-291)
- HIV (RR 24)
- uso de drogas IV (RR 10)
- abuso de álcool (RR 8)
- câncer (RR 7-13)
- DM (RR 7)
- artrite reumatoide (RR 2,2-9,2)
Staphy aureus - características microbiológicas:
Cocos Gram positivos, isolados e aos pares ou em cachos de uva, anaeróbicos facultativos, coagulase positivo
Fatores de virulência do S. aureus (7):
- parece celular com glicina para maior plasticidade
- cápsula polissacarídeo antifagociticas
- adesinas de superfície (MSCRAM)
- formação de biofilme - ficam dormentes e tolerantes ao ATB
- hemolisinas e leucocidinas - forma poros na membrana celular do hospedeiro. Inclui PVL (Panton-Valentine)
- toxinas - ETA e ETB da SSSS
- superantigenos TSST-1 (TSS) e enterotoxinas
C-MRSA - principal fator específico de virulência
100% produz PVL (leucocidina de Panton-Valentine) produzida por fago. Associado a pneumonia hemorrágica
S. Aureus - características genéticas
- grande plasticidade por receber muitos elementos genéticos móveis exógenos
- regula expressão genética de acordo com estimulo do ambiente, regulando por gene agr
- agr é quórum sensing - aumenta ou diminui multiplicação
- regulação da expressão por proteínas ligaduras de DNA, pequenos RNAs e RNase III
S. aureus Penicilina-R (MSSA): mecanismo de resistência, mecanismo genético, perfil de sensibilidade
- β-lactamase Penicililnase que hidrolisa Penicilinas naturais
- gene plasmidial induzivel bla
- Peni-R / Oxa-S e Cefalosporinas-S
MRSA: mecanismo de resistência, mecanismo genético, perfil de sensibilidade
- mutação de sitio de ligação PBP (PBP2A)
- gene mecA parte do SCCmed
- resistência contra Oxacilina e β-lactâmicos em geral
S. aureus e Quinolonas: mecanismos de resistência (3), mecanismo genético e % de resistência entre os MRSA.
- mutação de Topoisomerase (glrA, glrB)
- mutação de DNA girase (gyrA, gyrB)
e/ou - bomba de efluxo (norA)
- 90% hMRSA e 40% cMRSA
S. aureus - mecanismo de resistência a MLSb (Macrolídeo, Lincosaminas, Estreptogramina B) .
São 2 mecanismos:
1) mutação do sítio ribossomal 23S (gene erm) com resistência MLSb. Induzível pelos Macrolídeos ou constitucional (hMRSA)
2) Bomba de efluxo por gene plasmidial mrsA. Resistência MS
VISA (Vanco-I): mecanismo de resistência, mecanismo genético, perfil de sensibilidade
- aumento da espessura de parede, com mais terminais D-ala-D-ala livre
- gene cromossomial intrínseco graSR
- Vanco-I e Dapto-R
VRSA (Vanco-R): mecanismo de resistência, mecanismo genético, perfil de sensibilidade
- menor afinidade dos terminais D-ala-D-ala
- gene cromossomial adquirida VanA
- Vanco-R, Line-S
S. aureus Linezolida-R: mecanismo de resistência, mecanismo genético, perfil de sensibilidade
- mutação do 23S rRNA
- mutação pontual (MIC 4), plasmidial (MIC 8) e cfr (MDR)
- é uma mutação rara
Tratamento preferencial do S. aureus Penicilina-S
Penicilina G com MIC 0,01.
Cefalosporina é 10x maior
hMRSA está relacionado principalmente com quais patologias
- infecção de pele e partes moles
- PAV
- ICS e endocardite
cMRSA está relacionado com quais patologias
- infecção de pele e partes moles
- pneumonia necrotizante e hemorrágica (PVL)
Fatores de risco para infecção por cMRSA
não tem fatores de risco específicos
Diferença microbiológica e genética cMRSA e hMRSA
- hMRSA tem gene MDR mas são grandes e difícies de mobilizar. Em geral monoclonais
- cMRSA tem paucirresistência mas genes pequenos e rápido de mobilizar. São policlonais
Como se originou os cMRSA?
Genes de resistência de Staphylococo coagulase negativo.
Não teve origem do hMRSA
Fenótipos CLSI (MIC) da Vancomicina para S. aureus:
- sensível (MRSA) → MIC ≤ 2 mcg/ml
- intermediária (VISA) → MIC 4-8 mcg/ml
- resistente (VRSA) → MIC ≥ 16 mcg/ml
Farmacologia da Daptomicina:
- classe
- bactericida/bacteirostático
- concentração sérica e tecidual
- Lipopeptídeo
- bacteriostático
- dose dependente, e altas doses para concentração supra-MIC nos tecidos
Mecanismo de ação dos Lipopeptídeos
Molécula anfofílica que se difunde pela parede de peptideoglicanos e sua porção lipídica reage com a MP e libera cálcio, que instabiliza seu potencial elétrico
Resistência do S. aureus a Daptomicina (2): mecanismo de resistência, mecanismo genético, perfil de sensibilidade
- resistência parcial (MIC > 4) por alteração de enzimas de membrana (gene mprF)
- superexpressão do gene vraSR, que aumenta a espessura da parede. Mesma resistência do GISA (Vanco-I)
Como diferenciar o fenótipo de resistência do S. aureus ao MLSb com o teste de disco de difusão em induzido vs. constitucional
- induzível faz disco em “D”: a Eritromicina vai em direção a Clindamicina e induz resistência. O halo de inibição da Clindamicina terá uma forma de D
- constitutiva: não há halo de inibição na Clindamicina
Macrolídeos (Clindamicina), Liconsamidas (Eritromicina) e Estreptograminas devem ser consideradas para tratar MRSA?
- > 90% das hMRSA têm resistência constitutiva, logo nenhuma deve ser usada
- 5% das hMRSA tem resistência induzida, logo pode considerar Clindamicina
(a resistência é induzida pelos Macrolídeos)
Mecanismo de ação das Oxazolidinonas
Inibe a síntese proteica ao se ligar na unidade 23S ribossomal
Espectro de ação das Oxazolidinonas
apenas Gram positivos
Classe da Linezolida
Oxazolidinona
Benefícios e limitações da Linezolida (Oxazolidinona) contra o MRSA
PRO
- tem boa ação
- resistência é rara
- inibe a secreção de toxina (TSST-1)
- uso oral facilitando desospitalização
CONTRA
- bacteriostático
- efeitos colaterais em tratamento prolongado (> 28 dias) - trombocitopenia, neuropatia ótica, acidose lática
S. aureus e Oxazolidinona (Linezolida): mecanismo de resistência (2), mecanismo genético, perfil de sensibilidade
- mutação do gene da 23S rRNA
- aureus possui 6-7 cópias do 23S, logo mutação pontual faz resistência discreta (MIC 2 para 4)
- gene plasmidial cfr faz resistência maior (MIC 8) e cruzada com Cloranfenicol, Lincosamina e Estreptogramina A
S. aureus → meio de cultura e tempo de crescimento
- ágar sangue ou caldo Mueller-Hinton
- 18-24h (mas pode chegar a 2-3 dias)
S. aureus → identificação fenotípica
- Gram positivo
- coagulase e aglutinação positivo
- agrupados em cachos
Tipos (2) de carreadores nasais de S. aureus
- 50% não carreadores
- 20% carreadores persistentes → mesma cepa por um longo período de tempo e maior carga de bactéria
- 30% carreadores intermitentes → diferentes cepas ao longo do tempo
S. aureus hVISA - como identificar (MIC)? Qual a explicação?
- cepa incialmente susceptível a Vancomicina = MRSA (MIC < 2) que adquire resistência intermediária (MIC 4-8) após exposição a Vancomicina
- não é resistência intermediária induzível!
- ocorre seleção de cepas resistentes que estavam em menor número após expostas a pressão seletiva da Vanco
Mecanismo de ação dos β-lactâmicos
Ligação irreversível com sítio de ação das PBPs (proteínas ligadoras de Penicilinases), inativando sua função de transpeptidase. Assim Impede a polimerização dos peptideoglicanos na parede celular.
Mecanismo de ação dos Glicopeptídeos
Formam complexos covalentes com o terminal D-ala-D-ala dos percusores peptídeos, impedindo seu alongamento e, consequentemente, a polimerização dos peptídeos