Artrópodes Flashcards

1
Q

Porque sucederam os artrópodes?

A
  • Têm um exosqueleto versátil;
  • São segmentados e têm apêndices;
  • O ar é canalizado diretamente para as células;
  • Órgãos dos sentidos estão bem desenvolvidos;
  • Os seus padrões comportamentais são complexos;
  • Inibição da competição intraespecífica;
  • Têm tamanho reduzido.
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2
Q

Quais as características gerais dos artrópodes?

A
  • Simetria bilateral;
  • Corpo tagmatizado em cabeça e tórax ou em cabeça, tórax e abdómen ou cefalotórax e abdómen;
  • Apêndices articulados (especializados para funções específicas);
  • Exosqueleto cuticular;
  • Sistema muscular complexo;
  • Celoma reduzido;
  • Sistema digestivo completo;
  • Sistema circulatório aberto;
  • Respiração epidérmica, branquial ou traqueal;
  • Excreção por glândulas pares, alguns com tubos de Malpighi.
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3
Q

Quais os Sub-Filos do Filo Arthropoda?

A

São os Sub-Filos Trilobita, Chelicerata, Myriapoda, Hexapoda e Crustacea.

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4
Q

Sub-Filo Trilobita: Características

A

Apareceram no período câmbrico e extinguiram-se no período pérmico. Tinham um tórax com número variável de sómitos. Cada sómito corporal exceto o último possuía um par de apêndices birramosos.

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5
Q

Sub-Filo Chelicerata: Características

A

Possuem seis pares de apêndices que incluem quelíceras, pedipalps e quatro pares de patas. Não possuem mandíbulas nem antenas.
O opistossoma tem número variável de segmentos, possuindo apêndices modificados com função respiratória e reprodutiva (nos merostomata, também locomotora). No último segmento encontra-se o télson.
O abdómen é não segmentado. O corpo é constituído por cefalotórax + abdómen.

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6
Q

Classe Merostomata (Sub-Filo Chelicerata)

A

Divide-se em Subclasse Eurypterida (escorpiões de água gigantes) e Subclasse Xiphosurida (caranguejo ferradura).

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7
Q

Subclasse Eurypterida (Merostomata)

A

São os maiores artrópodes fósseis. A cabeça tem 6 segmentos fundidos. Têm 6 pares de apêndices - o 1º são as quelíceras, 4 pares são de patas locomotoras e o outro é em forma de remo.
O prossoma tem carapaça, 2 olhos compostos laterais e dois ocelos medianos.
O opistossoma tem 12 segmentos - mesossoma - e télson. Os primeiros 5 segmentos possuem 5 pares de brânquias.

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8
Q

Subclasse Xhiphosurida (Merostomata)

A

São os caranguejos de ferradura, considerados fósseis vivos. Tem dois olhos simples e dois compostos sob a cabeça.
Abdómen diviso. No cefalotórax existe um par de quelíceras, um par de pedipalpos e 4 pares de patas locomotoras com chelas.

O primeiro segmento abdominal está fundido com o cefalotórax com apêndices reduzidos - chilarium.

O segundo segmento abdominal tem um par de processos espinhosos dorsais e um par de apêndices fundidos - opérculo genital.

Dos segmentos 3 a 7 possuem um par de brânquias lamelares e um par de espinhos laterais móveis.

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9
Q

Classe Pycnogonida (Sub-Filo Chelicerata)

A

São as aranhas do mar. São dioicos com larva protonynpha e têm dimorfismo sexual (F>M). Corpo pequeno e fino, possuindo normalmente 4 pares de patas alongadas. Abdómen muito reduzido; podem duplicar os seus sómitos.
A boca encontra-se na extremidade de um longo probóscis; suga líquidos de cnidários e de animais de corpo mole.
O seu sistema circulatório é limitado a um coração dorsal; não tem sistemas respiratório nem excretor (faz difusão).
Sistema digestivo: envia ramos a todas as partes do corpo.
Na região anterior tem boca, probóscis, esófago, quelíceras, pedipalpos e patas ovígeras. Possuem um tubérculo dorsal com 4 ocelos.
O tronco possui 4 pares de processos laterais - pedestálios - de onde emergem as patas locomotoras.
Na região posterior tem um abdómen vestigial onde está o ânus.

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10
Q

Classe Arachnida (Sub-Classe Chelicerata)

A

Inclui aranhas, escorpiões, ácaros, carraças e aranhiços. Foram os primeiros artrópodes a conquistar o mundo terrestre.
Tagmatização composta por cefalotórax (prossoma) e abdómen (apistossoma). No cefalotórax existe normalmente um par de quelíceras, outro de pedipalpos e 4 de patas. Abdómen está indiviso.
Inclui os escorpiões vinagre e as aranhas bossa de camelo - semelhantes às aranhas, não venenosas, têm as maiores quelíceras entre os aracnídeos.

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11
Q

Como são os escorpiões vinagre (Thelyphonida)?

A

O seu prossoma tem 6 segmentos e o opistossoma 12 (9 no pré-opistossoma e 3 no pós-opistossoma).
O chicote, também chamado de flagelo, é uma estrutura fina e longa, multissegmentada, inserida no último segmento corporal. É homólogo ao télson (aguilhão) dos escorpiões.

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12
Q

Ordem Aranea (aracnídeos)

A

Corpo dividido em cefalotórax e abdómen, ambos não segmentados e unidos por um fino pedicélio. Apêndices anteriores comuns, um par de quelíceras com colmilhos para inoculação de veneno e um par de pedipalps para manipulação de presas. Possuem 4 pares de patas com unhas.
As aranhas são mortas pelas quelíceras. O veneno injetado liquefaz e digere os tecidos. A aranha suga as presas.
A seda é uma escleroproteína chamada fibroína. As teias têm numerosas funções como armadilhas, locais de postura, locais de repouso durante a muda, pontes de passagem, etc.

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13
Q

Como faz a aranha as suas funções?

A

A aranha faz respiração através de pulmões foliáceos ou traqueais similares aos insetos, mas menos complexas.
Faz excreção por túbulos de Malpighi que trabalham em conjunção com células de reabsorção intestinais.
O seu sistema nervoso baseia-se em 8 olhos simples e sedas e espinhos sensoriais que detetam movimentos no ar.

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14
Q

Ordem Scorpiones (Aracnídeos)

A

Alimentam-se basicamente de aranhas e insetos que agarram com os seus pedipalpos e cortam com as quelíceras. Conseguem detetar os movimentos das presas através de sedas localizadas nos segmentos basitarsais das patas.
A tagmatização consiste num cefalotórax + mesossoma + metassoma. O cefalotórax possui quelíceras, pedipalpos, patas e um par de olhos grandes e dois a cinco pares de olhos laterais pequenos. O mesossoma (ou pré-abdómen) tem 7 segmentos. O metassoma (ou pós-abdómen) tem 5 segmentos que terminam num aguilhão encurvado com uma glândula de veneno.
Na parte ventral do abdómen encontram-se as pectinas - estruturas tácteis para a exploração do solo e reconhecimento sexual.

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15
Q

Ordem Opiliones (Aracnídeos)

A

São os aranhiços e distinguem-se das aranhas pelo seu abdómen estar unido ao cefalotórax sem pedicélio (estrangulador). Possuem dois olhos sob um tubérculo no cefalotórax.
Abdómen segmentado exteriormente e possuem 4 pares de longas patas (que podem perder).
As suas quelíceras têm a forma de pinças e são muito mais detritívoros que os carnívoros. Não são venenosos.
São ovíparos, possuindo um pénis para a transferência de esperma.

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16
Q

Porque se difere Ordem Acari (ácaros e carraças) dos restantes aracnídeos?

A

Por possuírem:

  • A fusão completa do cefalotórax e do abdómen, sem qualquer segmentação exterior;
  • As peças bucais encontram-se ao redor da boca numa pequena projeção chamada capítulo ou gnatosomoa;
  • A extremidade anterior da cabeça, ao redor da boca, tem um par de quelíceras e outro de pedipalpos segmentados;
  • O grande idiosoma possui 4 pares de patas e deriva do abdómen e do cefalotórax posterior do aracnídeo ancestral.
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17
Q

Características dos ácaros e carraças

A

A maioria transfere o esperma diretamente enquanto outros usam espermatóforo. São portadores de numerosos agentes infeciosos (protozoários, vírus, bactérias, fungos).
As formas juvenis nascem dos ovos apenas com 3 pares de patas e, após a primeira refeição de sangue, sofrem muda e transformam-se em ninfa com 4 pares de patas.
Existem duas famílias de carraças: duras (Ixodidae) e moles (Argasidae).

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18
Q

Ordem pseudoescorpiones (Aracnídeos)

A

Não têm pós-abdómen, aguilhão ou pectinas. As glândulas de veneno estão associadas aos pedipalpos. Produzem seda em glândulas próximas das quelíceras. Possuem muitas sedas sensoriais (tricobótrios), com as quais detetam as suas presas.
Têm um ou dois pares de olhos compostos; respiração traqueal.
São animais foréticos - associam-se a espécies diferentes pelas quais são transportados sem prejudicar nenhuma).

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19
Q

Sub-Filo Crustacea: Características

A

Podem ser de vida livre, sésseis ou parasitas. Têm dois pares de antenas - anténulas (1º) e antenas (2º). É o que distingue crustáceos dos restantes artrópodes.
Forma larvar básica: náuplio.
É o único grupo a possuir 3 a 4 ocelos pigmentados, agrupados para formar olho naupliar.
Têm o corpo revestido por cutícula composta por quitina, proteínas e material calcário.
A carapaça, se presente, reveste parcial ou totalmente o cefalotórax. Os sómitos não cobertos pela carapaça possuem escléritos: uma placa cuticular dorsal - tergito - placas laterais - pleuras - e uma placa ventral transversal - estérnito.
Crustáceos consistem numa cabeça (cephalon) e um tronco, na maioria dos casos dividido em tórax anterior (que em alguns grupos se funde com o cephalon, formando cefalotórax) e abdómen posterior.
O abdómen termina no télson onde se abre o ânus. É como se fosse o pigídeo dos crustáceos.

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20
Q

Sistema muscular dos Crustáceos

A

É constituído por uma grande quantidade de músculos estriados, organizados de forma antagonística: com flexores e extensores. Fortes músculos ao redor do estômago que controlam as mandíbulas.

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21
Q

Sistema circulatório dos Crustáceos

A

É aberto do tipo lacunar. Não existem veias para separarem o sangue (hemolinfa) dos fluidos intersticiais. O órgão propulsor é o coração dorsal (músculo estriado com uma só câmara situado no seio pericardial). O sangue é levado através de artérias, circula por todo o hemocélio e regressa através de seios. O sangue entra no coração vindo do seio pericardial através de um par de orifícios - óstios.
A hemolinfa é transparente e tem células amebóides; há a presença de pigmentos respiratórios à base de ferro e de cobre - hemoglobina e hemocianina.

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22
Q

Sistema excretor dos Crustáceos

A

Consiste num par de estrutura tubulares que se situam na região ventral e anterior ao esófago. São chamadas de glândulas antenares ou maxilares consoante se abrem na base das antenas ou das segundas maxilas.

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23
Q

Sistema nervoso e órgãos dos sentidos dos Crustáceos

A

O cérebro é constituído por um par de gânglios supraesofágicos que enervam os olhos e os dois pares de antenas. Estes gânglios ligam-se por nervos ao gânglio subesofágico que enerva as peças bucais, o esófago e as glândulas antenares. Seguidamente, um cordão nervoso duplo ventral, possui um par de gânglios em cada sómito e nervos de conexão que enervam apêndices, músculos e órgãos.
Têm olhos (simples ou com muitos omatídios (unidades fotorrecetoras)), estatocistos e sedas tácteis quimiorrecetoras.

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24
Q

Sistema digestivo dos Crustáceos

A

A maioria dos malacostracas possui um estômago dividido em duas partes: a primeira, o estômago cardíaco, que possui o moinho gástrico onde os alimentos previamente partidos pelas mandíbulas vão ser moídos por 3 dentes gástricos, e a segunda, o estômago pilórico, onde o alimento vai sofrer nova trituração devido à existência de numerosas pregas calcificadas.
Através da ação de numerosas sedas, as partículas mais pequenas são absorvidas pelas paredes do estômago, enquanto as maiores passam para o intestino.
Dentro do estômago cardíaco encontramos pecas discoidais calcárias - gastrólitos - onde são armazenados os sais de cálcio durante a muda.

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25
Q

Reprodução dos Crustáceos

A

A maioria são dioicos apesar de existirem grupos monoicos e partenogenéticos. Hermafroditismo sequencial frequente.
A maioria dos crustáceos transporta ovos em bolsas especiais ou agarrados aos pleópodes do abdómen. Em alguns, os juvenis também estão agarrados aos pleópodes.
Alguns têm desenvolvimento direto, mas a grande maioria tem desenvolvimento indireto (com metamorfoses).

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26
Q

A muda dos Crustáceos

A

A muda é necessária para o seu crescimento porque o exoesqueleto não cresce. A fisiologia da muda afeta a reprodução e muitos processos metabólicos.
A cutícula é segregada pela epiderme e tem várias camadas: uma externa fina lipo-proteica (epicutícula) e uma interna espessa (procutícula), ela própria com várias camadas: exocutícula (logo por baixo da epicutícula, constituída por proteínas, quitina e sais de cálcio) e endocutícula que, por sua vez, se divide em camada principal (contém mais quitina, menos proteína e está fortemente calcificada) e camada membranar, fina, não calcificada, composta por quitina e proteína.

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27
Q

Controlo Hormonal da Muda

A

Embora a muda seja controlada hormonalmente, o ciclo é iniciado por estímulos ambientais como a temperatura. Um sinal do SNC (sistema nervoso central) faz decrescer a produção de MIH (hormona inibidora da muda) libertado do órgão X, que é um grupo de células neurosecretoras que se situa normalmente no pedúnculo ocular. A hormona é transportada até à glândula onde é libertada para a hemolinfa.
Uma descida dos níveis de MIH promovem a libertação da MH (hormona da muda) do órgão Y que se situa epidermicamente perto dos músculos adutores das mandíbulas. Uma vez iniciado, o processo da muda prossegue automaticamente sem mais qualquer influência hormonal.

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28
Q

Regulação Hormonal da Reprodução dos Crustáceos

A

A glândula do sinus liberta HIG (hormona inibidora da gónada) que inibe a maturação dos ovos fora dos períodos de reprodução. Durante estes períodos, é segregada a HEG (hormona estimuladora das gónadas) pelo SNC. Com o aumento da HEG, diminuem os níveis de HIG e começa o desenvolvimento dos ovos.
O desenvolvimento dos testículos e das características sexuais masculinas é controlado por hormonas produzidas por uma massa de tecido endócrino chamado glândula androgénica que se situa no vaso deferente ou nos testículos. Quando estimulada, segrega hormona androgénica que estimula a espermatogénese, o desenvolvimento do aparelho sexual masculino e as características sexuais secundárias.

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29
Q

Classe Remipedia (Crustáceos, Super-classe Xenocarida)

A

Têm o corpo transparente e a cabeça sem olhos. Fazem lembrar poliquetas. O tronco tem de 10 a 30 metâmeros com apêndices birramosos.
Sem carapaça e sem télson, mas com urópodes bem desenvolvidos. Possuem duas glândulas de veneno ligadas às maxilulas.
São considerados primitivos, embora possuam cérebro bem desenvolvido, com uma grande área olfativa. São hermafroditas.

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30
Q

Classe Cephalocarida (Crustáceos)

A

Vivem até 1500 metros no mar; rastejam em fundos de areia e lama.
São cegos e têm a cabeça coberta por escudo.
O tronco tem 19 segmentos, 10 abdominais sem apêndices e 9 sómitos torácicos.
São detritívoros e hermafroditas simultâneos com ovários e testículos compartilhando o mesmo ducto. Os ovos são carregados em apêndices do tronco.

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31
Q

Classe Branchiopoda (Crustáceos)

A

4 ordens: Anostraca, Conchostraca, Cladocera (dáfnias) e Notostraca.
Abrange organismos principalmente de água doce. Número de sómitos e apêndices varia, podendo ter até 40 sómitos no tronco e 9 sómitos abdominais.
Apêndices do tronco achatados e foliáceos com função de locomoção e filtração. A coxa com epipódito funciona como brânquia.

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32
Q

Classe Ostrocoda (Crustáceos)

A

São parecidos com Branquiópodes, com o corpo envolvido numa carapaça bibalve, parecendo pequenas amêijoas. Apresentam fusão considerável dos sómitos do tórax, estando os apêndices torácicos reduzidos a dois ou menos.
Alimentação e locomoção são feitas pelos apêndices cefálicos.
Vivem nos fundos dos oceanos.

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33
Q

Classe Maxilopoda - Subclasse Cirripedia (Crustáceos)

A

Cirripedes incluem os percebes, por exemplo. Adultos são sésseis, fixando-se diretamente ou por um pedúnculo ao substrato. A carapaça envolve o corpo e segrega um conjunto de placas calcárias.
Cabeça reduzida, abdómen ausente e longas patas torácicas com sedas plumosas.
Os longos cirros articulados que possuem sedas estendem-se para fora das placas para se alimentarem de pequenas partículas.
Os cirrípedes intertidais podem suportar períodos de dissecação; as placas fecham para o proteger.
A maioria é hermafrodita e sofrem metamorfose: eclodem como náuplio e transformam-se em larva cypris com carapaça bivalve e olhos compostos. Fixam-se ao substrato através das primeiras antenas ou de glândulas adesivas. Segregam as placas calcárias, perdem os olhos e modificam os apêndices narratórios em cirros filtradores.

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34
Q

Ordem Rhizocephala (Sacculina sp., Cirrípede)

A

Ectoparasitas de caranguejos. Dioicos. Começam como náuplios e tornam-se em larva cypris. A cypris fêmea entra no caranguejo por articulação, muda para o estado de Kentrogon, que injeta os tecidos moles da larva para dentro do caranguejo e perde a carapaça.
Sacculina vive no caranguejo e emerge como um saco entre o cefalotórax e o abdómen onde os ovos seriam incubados. Cypris macho procura Sacculina fêmea no caranguejo e deposita o esperma.
A parte interna encontra-se por todo o corpo do hospedeiro parecendo raízes ou dendrites.
Se forem parasitas num hospedeiro F, o caranguejo não consegue mudar e tem dificuldades em alimentar-se. Se forem parasitas num hospedeiro M, castra o caranguejo, entre outras modificações anatómicas.

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35
Q

Classe Malacostraca (Crustáceos): Características

A

Maior classe e possui maior diversidade.
Normalmente 3 tagmas: 5 sómitos na cabeça, 8 sómitos no tórax e 6 sómitos no abdómen mais o télson. Todos os segmentos têm apêndices.
Anténulas normalmente birramosas.
O 1º até ao 3º apêndice tóracico têm normalmente maxilípedes.
Têm brânquias que normalmente são os epipóditos dos apêndices torácicos.

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36
Q

Cabeça (Cephalon) dos Malacostraca

A
  • Dois pares de antenas (anténulas e antenas, 1º par birramoso);
  • Peças bucais: 1 par de mandíbulas, 1 de maxilulas e 1 de maxilas;
  • Normalmente um par de olhos compostos pedunculados.
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37
Q

Tórax (Pereion) dos Malacostraca

A
  • O 1º até ao 3º apêndices torácicos são normalmente maxilípedes;
  • Fusão parcial ou total do cephalon e do pereion formando cefalotórax;
  • Apêndices normalmente birramosos;
  • Endopóditos com 7 artículos: coxa, base, ischium, merus, carpus, propodus e dactilus;
  • Chelas funcionam muscularmente pela articulação do dactilus contra o propodus;
  • Brânquias.
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38
Q

Abdómen (Pleon) dos Malacostraca

A
  • Distinção entre o tórax e os 6/7 segmentos do pleon;
  • Maioria dos pleomores tem pleópodes birramosos (exceto o último) para natação e enterrar;
  • 1º e 2º par de pleópodes podem ser gonopódios no macho como órgãos copulatórios;
  • Apêndices do último segmento são achatados - urópodes - com o télson - leque caudal (para estabilização e movimentos de fuga).
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39
Q

Crustáceos - Classe Malacostraca - Super Ordem Eucarida - Ordem Decapoda

A

Corresponde aos camarões, caranguejos, lagostas e eremitas. Possuem 3 pares de maxilípedes e 5 pares de patas estando o primeiro modificado com quelas.

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40
Q

Sub-Ordem Dendobranchiata (ordem decapoda)

A

Camarões-tigre e gambas. Caracterizam-se pela ramificação das brânquias e por não incubarem ovos nos pleópodes. Possuem o fácies caridoide. Eclodem em Nauplius.

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41
Q

Sub-ordem Pleocyemata (ordem decapoda)

A

Os ovos são encubados pela fêmea nos pleópodes, brânquias não ramificadas.

42
Q

Infraordem Caridae (Decapoda)

A

Camarões. As pleuras do 2º pleómoro sobrepõem-se às do 1º e 3º. O 1º pereiópode pode ser quelado, o 2º é de certeza e o 3º obrigatoriamente não é.

43
Q

Diferenças entre gambas e camarões

A

As gambas são maiores, podendo ser também de água doce e têm as brânquias ramificadas enquanto os camarões têm as brânquias lamelares. Ao contrário dos camarões, não fazem incubação de ovos.
Nas gambas, os escléritos sobrepoem-se linearmente de frente para trás e no camarão os escléritos do 2º pleómero sobrepoem-se ao 1º e ao 3º. Camarões - corpo enrolado, gambas - corpo esticado.
Ao contrário dos camarões, as gambas têm chelas nos 3 primeiros pares de toracópodes, sendo o 2º maior.

44
Q

Infraordem Astacidea (Decapoda)

A

Presença de quelas nos primeiros 3 pares de pereiópodes. O 1º é hipertrofiado em forma de grande chela.

45
Q

Infraordem Achelata (Decapoda)

A

Não têm quelas, primeiras antenas com grande dimensão e larva Phyllosoma.

46
Q

Infraordem Anomura (caranguejo)

A

Crustáceos tipo caranguejo pertencem às infraordens Anomura e Brachyura. Possuem um cefalotórax maior e um abdómen reduzido e rebatido.
Os Anomura fazem a transição entre camarões para os verdadeiros caranguejos. São heterogéneos e caracterizam-se por carcinização.
10 pares de pereiópodes sendo o 5º muito reduzido. Têm abdómen moderadamente reduzido podendo ou não estar fletido sobre o cefalotórax.
Os eremitas vivem dentro de conchas de gastrópodes. Têm o abdómen coberto por uma cutícula fina não segmentada. O lado direito do abdómen possui pleópodes reduzidos ou perdidos enquanto o esquerdo possui pleópodes nas fêmeas para suportar os ovos. À medida que crescem têm de encontrar conchas maiores para morar, o que pode limitar a sua sobrevivência.

47
Q

Infraordem Brachyura (caranguejo)

A

São os caranguejos verdadeiros. Têm o corpo muito especializado e são os decápodes de maior sucesso. São mais largos do que compridos, caminham de lado.
O corpo dos Brachyura está bastante encurtado e comprimido. Ventralmente, os segmentos torácicos são facilmente visíveis mas dorsalmente não se vêm. Os primeiros periópodes são quelípedes e os restantes 4 pares são locomotores. O último par de pereópodes termina de forma achatada em forma de remo.
Abdómen muito reduzido e fletido firmemente sobre o pereon, sendo visto só ventralmente.
Os pleópodes existem em todas as fêmeas, tendo como função segurar ovos. Nos machos só existem os dois pares anteriores de pleiópodes que são transformados em gonópodes.
Alguns caranguejos têm anémonas nas pontas das quelas como estruturas de defesa - caranguejo pugilista. Outros metem esponjas sobre a carapaça (caranguejo decorador).

48
Q

Crustáceos - Classe Malacostraca - Super Ordem Eucarida - Ordem Euphausiacea

A

São os krilles. Possuem de 3 a 6 cm e têm uma carapaça que está fundida com todos os sómitos torácicos, mas que não cobre as brânquias. Não possuem maxilípedes e todos os apêndices possuem epipóditos. Têm 8 pares de pereópodes.
A maioria é bioluminescente, sendo a luz produzida quimicamente nos fotóforos. Podem formar grandes nuvens, sendo o principal alimento de baleias.
Têm desenvolvimento indireto; os ovos eclodem como nauplios.

49
Q

Crustáceos - Classe Malacostraca - Super Ordem Peracarida - Ordem Mysidacea

A

Três primeiros segmentos do tórax fundidos com a cabeça formando o cefalotórax. Têm uma carapaça grande que envolve todo o tórax, mas só está ligada fisicamente aos 3 primeiros segmentos.
O abdómen tem 6 segmentos e possui os primeiros 5 pelópodes. A grande maioria é bentónica ou epi-bentónica e suspensívoros.

50
Q

Crustáceos - Classe Malacostraca - Super Ordem Peracarida - Ordem Amphipoda (pulgas do mar)

A

Medem entre 5 e 15 mm. Têm um pronunciado achatamento lateral, olhos sésseis e 2 pares de antenas bem desenvolvidas.
Sem carapaça, embora o 1º segmento torácico esteja fundido com a cabeça, formando um pequeno cefalotórax.
O primeiro toracómero possui um maxilípede. Os restantes 7 formam pereon (tórax) com um par de apêndices unirramosos.
As coxas dos pereópodes possuem placas coxais que funcionam de forma equivalente à carapaça, criando um espaço onde se encontram as brânquias e nas fêmeas o marsúpio. Os dois primeiros pereópodes - gnatopódios - são maiores e mais achatados para rasparem algas.
Os 6 segmentos do abdomen vão-se dividir em pleossoma e urossoma (3 segmentos cada).
A maioria é detritívoros. São gonocóricos com dimorfismo sexual (M>F) e com desenvolvimento direto.

51
Q

Crustáceos - Classe Malacostraca - Super Ordem Peracarida - Ordem Cumacea

A

A cabeça e o tórax são mais largos que longos. Há fusão da cabeça com 3 a 6 segmentos torácicos formando o cefalotórax.
São gonocóricos com dimorfismo sexual: Machos com olhos e as 2 antenas muito longas e fêmeas muitas vezes sem olhos e com antena vestigiais.
As fêmeas transportam ovos no marsúpio que eclodem como larvas e, após 3 mudas, passam para o estado de manca.
São epimórficos, ou seja, o número de segmentos não muda durante o desenvolvimento.

52
Q

Crustáceos - Classe Malacostraca - Super Ordem Peracarida - Ordem Tanaidacea

A

Bênticos de pequeno tamanho com corpo alongado e mais ou menos cilíndrico. A cabeça está fundida com os 2 primeiros segmentos torácicos formando o cefalotórax, coberto pela carapaça. Detritívoros e carnívoros.
Os apêndices do 1º pereómero são maxilípedes enquanto os do 2º são quelípedes distintivos desta ordem.
São gonocóricos com dimorfismo sexual e têm fertilização externa.

53
Q

Crustáceos - Classe Malacostraca - Ordem Isopoda

A

Os isópodes foram um dos poucos grupos de crustáceos que colonizaram com sucesso o meio terrestre (bichos-da-conta). São parecidos com anfípodes, mas com achatamento dorsoventral, sem carapaça e com olhos compostos sésseis.
Os maxilípedes são o 1º par de membros torácicos. Nos restantes 7 pereiómeros estão pereiópodes unirramosos iguais adaptados a caminhar e escalar.
Os pereópodes não têm brânquias e não formam, portanto, câmara branquial, mas formam o marsúpio.
O abdómen tem 6 segmentos dos quais pelo menos um está fundido com o télson, formando uma placa rígida - pleotelson.
Tem cinco pares de pleópodes que funcionam como brânquias.
São gonocóricos com algumas espécies hermafroditas. Ovos eclodem no marsúpio sob a forma de larva manca.

54
Q

Sub-Filo Hexapoda - Classe Insecta

A

Insetos diferem dos outros artrópodes por possuírem 3 pares de patas e normalmente dois pares de asas na região torácica do corpo. A maioria dos seres vivos possui insetos parasitas. Corpo dividido em cabeça, tórax e abdómen:

  • Cabeça (6 segmentos fundidos) com: 1 par de antenas, 1 par de mandíbulas e 1 par de maxilas;
  • Tórax, composto por: protórax, mesotórax e metatórax, cada um com um par de patas articuladas. Na maioria, o mesotórax e o metatórax possuem 1 par de asas cada.
  • Abdómen (11 segmentos): ápode.
55
Q

A adaptabilidade dos insetos

A

As suas principais modificações estruturais são as asas, patas, antenas e peças bucais que permitiram vantagem aos insetos, para além de serem leves devido à cutícula proteica.
Uns são parasitas, outros absorvem seiva ou pólen, outros herbívoros, outros carnívoros e ainda alguns hematófagos.

56
Q

Forma e função dos insetos

A

Possuem quase todos tagmatização mais homogénea que a dos crustáceos, consistente em cabeça, tórax e abdómen. A cabeça possui normalmente um par de olhos compostos, um par de antenas e 3 ocelos.
O tórax é composto por 3 sómitos: protórax, metatórax e mesotórax. Na maioria dos insetos, meso e metatórax possuem um par de asas cada e o meta e protórax um par de patas cada.
A cutícula de cada sómito é composta por 4 placas (escléritos): dorsalmente o tergito, ventralmente o esternito e lateralmente as pleuras.
O abdómen é composto por 9-11 segmentos, estando o último reduzido a um par de cirros. A extremidade do abdómen possui a genitália externa.
As peças bucais são constituídas por cutícula endurecida e consistem tipicamente num labro, um par de mandíbulas e maxilas, um lábio e uma hipofaringe tipo língua.
Formas larvares e ninfas possuem uma grande variedade de apêndices abdominais que desaparecem no adulto.

57
Q

Como são as asas e as patas dos insetos?

A

As asas são expansões cuticulares formadas pela epiderme, contendo nervuras cuticulares para conferir maior rigidez.
As patas estão geralmente modificadas para fins específicos.

58
Q

O caminhar dos insetos

A

A maioria dos insetos quando caminha usa um triângulo de patas, possuindo sempre 3 das 6 patas no solo, conferindo estabilidade.
Alguns conseguem caminhar na água por possuírem sedas impermeáveis, não quebrando a tensão superficial.

59
Q

O poder do voo dos insetos

A

Os insetos são os únicos invertebrados que voam, não sendo homólogas às das aves.
A maioria dos insetos possui dois pares de asas, mas nas moscas, por exemplo, as asas posteriores estão modificadas numas estruturas pequenas responsáveis pelo equilíbrio. Alguns não têm asas (apterigotas).
O movimento das asas é controlado por um complexo de músculos do tórax. Há músculos diretos de voo, agarrados a uma parte das asas, e músculos indiretos de voo, não agarrados à asa. As asas estão agarradas ao tergito torácico e lateralmente às pleuras.
Em todos os insetos o levantamento das asas é efetuado pela contração dos músculos indiretos que puxam o tergito para baixo em direção ao esternito. A contração muscular tem 2 tipos de base de controlo neural: síncrone e assíncrone. O mecanismo de ação dos músculos assíncrones é complexo e quando um conjunto de músculos contrai, esticam os músculos antagonísticos.

60
Q

Tipos de asas dos insetos

A
  • Abelha: 2 pares de asas unidas por fiadas de músculos gancho que se prendem numa dobra existente no bordo da asa anterior;
  • Borboleta: 2 pares de asas em que a anterior se sobrepões à posterior dando maior sustentação;
  • Coleópteros (besouros): asa anterior modificada em élitros quitinosos que servem de proteção às asas posteriores;
  • Dípteros (moscas): Só asas anteriores.
61
Q

O sistema digestivo dos insetos

A

É constituído pela porção anterior (boca, glândulas salivares, esófago, papo (armazenamento) e moela), intestino médio (estômago e centros gástricos) e intestino posterior (intestino, reto e ânus).

62
Q

A digestão e nutrição dos insetos

A

Os principais locais de digestão e absorção são o estômago e os cecos intestinais (aumento da área de absorção). A maioria alimenta-se de fluidos vegetais; alguns são parasitas podendo parasitar outros insetos, ao que se chama de hiperparasitismo. Alguns parasitas matam o hospedeiro, chamando-se parasitoides.
Peças bucais adaptadas e especializadas: sugadoras (como nos mosquitos), libadoras (como nas borboletas), esponjosas (como nas moscas), mastigadoras (como nos gafanhotos). As peças bucais das espécies carnívoras são aguçadas e afiadas para capturar e partir as presas.

63
Q

Circulação dos insetos

A

Têm um coração tubular na cavidade pericardial que impulsiona a hemolinfa através da aorta (único vaso sanguíneo).
Os batimentos cardíacos funcionam em onda peristáltica. Órgão pulsáveis acessórios impulsionam a hemolinfa (com plasma e amebócitos) para as asas e patas.

64
Q

Respiração nos insetos

A

É feita através de um sistema traqueal que consiste numa rede de tubos que se ramifica para todas as partes do corpo. O sistema traqueal abre-se para o exterior através de orifícios - espiráculos.
As traqueias são constituídas por uma só camada de células cobertas por cutícula.
O sistema traqueal pode possuir sacos aéreos (traqueias dilatadas) aumentando o volume de ar inspirado e expirado.
Os insetos aquáticos respiram por difusão ou através de brânquias traqueais.

65
Q

Excreção dos insetos

A

Têm túbulos de Malpighi que trabalham em conjunto com células especializadas, situadas na parede do reto.

66
Q

O sistema nervoso dos insetos

A

É ganglionar - há um gânglio cerebroide bem desenvolvido e um cordão nervoso ventral, ao longo do qual há outros gânglios nervosos menores. A maioria dos insetos possui um órgão timpânico localizado no 1º segmento abdominal.
Apresentam mecanorreceção, envolvendo tato, pressão e vibração, por sedas sensoriais ligadas a células nervosas;
Apresentam quimiorrecetores, aos odores e paladares, localizados extremidades sensoriais, como as peças bucais;
No que toca à visão, a maioria tem olhos compostos, com milhares de omatídeos. Podem ver em quase todas as direções e a abelha, por exemplo, pode ver radiação UV.

67
Q

Emissão de sons dos insetos

A

Estridulação - Emissão a partir do atrito entre as fileiras de pequenas denticulações (fileiras estridulatórias) que existem em diferentes partes do corpo como asas e patas. As asas são usadas como câmaras de ressonância para amplificar o som. O macho emite sons para atrair a fêmea e marcar território ou quando estão ameaçados.

Tímbalos - nas cigarras macho, são membranas patres no abdómen compostas por uma membrana fina com fiadas muito mais espessas. Vibram por contração muscular e traqueias dilatadas funcionam como caixa de ressonância.

Zumbido - resulta da alta frequência do batimento de asas, que pode chegar a 1000 batimentos por segundo.

68
Q

Reprodução dos insetos

A

São dioicos, com fecundação interna, sendo que as fêmeas depositam os ovos para se desenvolveram fora do corpo - ovíparos. Em muitos insetos observa-se partenogénese, como nas abelhas.

69
Q

Como se classificam os insetos de acordo com o tipo de metamorfose?

A
  • Insetos ametábolos: ao saírem do ovo, já são muito semelhantes a um adulto, portanto não sofrem metamorfose;
  • Insetos hemimetábolos: quando eclode o ovo, nascem diferentes dos adultos, mas sofrem transformações graduais. Esta passagem gradativa para a vida adulta é chamada metamorfose incompleta. As formas jovens são chamadas ninfas e, à medida que sofrem mudas, vão se tornando cada vez mais parecidas com o adulto;
  • Insetos holometábolos.
70
Q

O que são insetos holometábolos?

A

São insetos que passam por transformações muito mais significativas que ocorrem na fase de pupa. Os tecidos da larva são digeridos e novos tecidos formam os órgãos. Este processo é conhecido por metamorfose completa e termina quando o revestimento da pupa se rompe e dela emerge um adulto.
As larvas e os adultos destes insetos geralmente apresentam hábitos alimentares distintos, evitando a competição entre membros de uma mesma espécie.

71
Q

O que classifica as larvas como Euriformes?

A

Apresentam corpo cilíndrico, cabeça desenvolvida e distinta do corpo, pernas torácicas e falsas pernas abdominais.

72
Q

O que classifica as larvas como Vermiformes?

A

A ausência total de pernas, cabeça não diferenciada, corpo afilado de cor branca leitosa. Ex: larvas de mosca.

73
Q

O que classifica as larvas como Campodeiformes?

A

Típicas dos insetos que precisam de correr atrás das suas presas. Possuem 3 pares de pernas torácicas ágeis, alongadas e de fácil locomoção. Ex: larvas de joaninha.

74
Q

O que classifica as larvas como Escabeiformes?

A

Possuem o corpo recurvado em forma de C e têm 3 pares e pernas torácicas, sendo que o último segmento abdominal é bastante desenvolvido. Ex: larvas dos escaravelhos.

75
Q

Como se defendem os insetos?

A
  • Mimecria: os animais tentam parecer-se com outros de espécies diferentes que sejam, por exemplo, venenosos, de modo a afugentar os predadores;
  • Coloração aposemática: cor de advertência para anunciar qualidades nocivas;
  • Formas crípticas: camuflagem na forma ou coloração de modo a fugir;
  • Glândulas venenosas, urticantes, de mau gosto ou mau cheiro.
76
Q

Classe Entognatha (Hexapoda)

A

São seres ápteros (perderam as asas - derivam de antepassados com asas). Possuem peças bucais envolvidas numa bolsa dentro da cabeça.
Só alguns Collembola têm olhos compostos, com muito poucos omatídeos (16) dispersos lateralmente pela cabeça.
Ordens: Collembola, Protura e Diplura.

77
Q

Ordem Thysanura - Classe Neoptera (insetos)

A

São ametábolos e podem executar movimentos rápidos. Têm longas antenas e três cercos caudais.

78
Q

Ordem Orthoptera, Ordem Blattodea - Classe Neoptera (insetos)

A

São hemimetábolos, dotados de uma grande cabeça com peças bucais mastigadoras. Ex: gafanhotos, grilos, louva-a-deus (mantodea), baratas (blattodea).

79
Q

Ordem Isoptera (insetos)

A

São hemimetábolos e apresentam estrutura social. Ex: térmitas.

80
Q

Ordem Odonata - Classe Paleoptera (insetos)

A

São hemimetábolos. As ninfas vivem na água. Podem ser herbívoros ou carnívoros. Apresentam peças bucais mastigadoras e longas asas transparentes. Ex: libélulas.

81
Q

Ordem Anoplura (insetos)

A

São hemimetábolos. São extoparasitas sugadoras de sangue (peças bucais sugadoras). Ex: piolhos.

82
Q

Ordem Hemiptera (insetos)

A

São hemimetábolos. Possuem peça bucal sugadora e são herbívoros, carnívoros ou ectoparasitas. Ex: percevejos.

83
Q

Ordem Phasmatodea (insetos)

A

Insetos pau e insetos folha. Camuflagem.
Tórax longo nas espécies com asa. Muitos têm tubérculos e cristas, mimetizando as nervuras nas folhas. Alguns com capacidade para alterar a pigmentação.

84
Q

Ordem Homoptera (insetos)

A

São hemimetábolos, sugadores de seiva. Ex: cigarras e pulgões.

85
Q

Ordem Diptera (insetos)

A

São holometábolos e muitos transmitem doenças. Ex: moscas, mosquitos.

86
Q

Ordem Lepidoptera (insetos)

A

São holometábolos e as suas lagartas representam prejuízo para muitas culturas. Apresentam peça bucal sugadora, enrolada quando em repouso. Asas grandes e coloridas. Ex: borboletas.

87
Q

Ordem Coleopetra (insetos)

A

É a maior ordem conhecida de seres. Têm uma carapaça sobre as asas, o élitro (asa anterior modificada). Ex: besouros, escaravelhos.

88
Q

Ordem Siphonaptera (insetos)

A

Desprovidos de asas, com patas posteriores longas e adaptadas a saltos. Peças bucais picadoras. Ex: pulgas.

89
Q

Ordem Hymenoptera (insetos)

A

São holometábolos e apresentam estrutura social. Dotados de peças bucais sugadoras, mastigadoras ou lambedoras. Em algumas espécies, como nas formigas, as asas estão presentes apenas nos indivíduos sexualmente ativos.

90
Q

Sub-Filo Myriapoda (Artrópodes)

A

Os miriápodes são uma super classe de artrópodes que agrupa os animais segmentados com um elevado nº de pernas. São agregados com os Hexapoda. O corpo é constituído por uma cabeça e um tronco alongado. Têm pernas e um par de antenas na cabeça. A maioria apresenta ocelos simples. Têm várias estruturas fotorrecetoras.
A excreção ocorre por túbulos de Malpighi. São dioicos, ovíparos, e em alguns casos pode ocorrer partenogénese.

91
Q

Quiliópodes (Myriapoda)

A

Centípedes. Corpo achatado dorso-ventralmente. Presença de um exosqueleto de quitina e corpo segmentado com apêndices articulados. Um par de patas por segmento, exceto o 1º, que tem apêndices modificados num maxilípede com uma presa nervosa. O último par de patas é mais longo e tem funções sensoriais. Cabeça com um par de mandíbulas, um de antenas e um ou dois pares de maxilas. Ocelos.
Têm tubo digestivo retilíneo com glândulas salivares na porção anterior e túbulos de Malpighi na posterior.
Têm o coração alongado com um par de artérias em cada sómito. Sistema respiratório traqueal com numerosos tubos ramificados que se abrem para o exterior em cada sómito através de espiráculos. Sistema nervoso típico dos artrópodes.
São predadores ativos, alimentando-se de insetos e minhocas. Matam as presas com os seus maxílipedes venenosos e mastigando-as com as mandíbulas. São dioicos, com gónadas ímpares e ductos pares. Ovíparos ou ovovivíparos.
A centopeia comum tem 15 pares de longas patas e prefere zonas húmidas.

92
Q

Diplópodes (Myriapoda)

A

Marias-café. Terrestres. Têm um grande número de apêndices, dois pares de apêndices por sómito abdominal. O corpo cilíndrico é constituído por 25-100 sómitos. O tórax é constituído por 4 sómitos, cada um com um par de patas. Na cabeça encontramos olhos compostos por uma concentração de ocelos e um par de antenas, um de mandíbulas e um de maxilas.
Em cada sómito abdominal existem doios pares de espiráculos que se abrem numa câmara onde estão ligados os tubos traqueais.
Os gonoporos de ambos os sexos situam-se no 3º sómito. As larvas anscem com apenas um par de patas por sómito.
São herbívoros, mais lentos que os quilópodes, preferem sítios escuros e alguns segregam fluido tóxico ou repelente para evitar a predação.

93
Q

Paurópodes (Myriapoda)

A

Animais de menos de 2 mm e corpo mole.
Cabeça com antenas ramificadas e sem olhos, embora possuam órgãos sensoriais. Possuem tricobótrios na extremidade posterior. Os 12 sómitos do tronco possuem 9 pares de patas (sem patas nos 1º, 11º e 12º).
Cada térgito cobre dois sómitos. Não possuem traqueias, espiráculos, nem sistema circulatório. Vivem em zonas húmidas.
Detritívoros e Gonocóricos. Machos depositam espermotecas no solo que as fêmeas recolhem e os ovos são depositados no solo.

94
Q

Classe Symphyla (Myriapoda)

A

Corpo parecido aos chilopoda. Vivem no húmus e manta morta, sendo muitas vezes pragas nos vegetais e flores. Corpo mole com 14 sómitos, 12 com patas. Antenas longas não ramificadas. Não possuem olhos mas possuem órgãos sensoriais na base da antenas.
Sistema traqueal limitado a um par de espiráculos na cabeça e tubos traqueais somente para os segmentos anteriores.
Gonocóricos (F>M).

95
Q

Classe Branchiura (Super-classe Oligostraca)

A

São ectoparasitas de peixes. Têm carapaça oval (achatamento dorso-ventral), 4 pares de patas torácicas nadadoras e um par de olhos compostos anteriores. Têm um par de ventosas que são as 1ªs maxilas modificadas
Abdómen não segmentado.
São gonocóricos (F>M). Necessitam de um hospedeiro intermediário que é ingerido pelo final.

96
Q

Classe Ostracoda (Super-classe Oligostraca)

A

São achatados lateralmente e protegidos por valvas quitinosas ou calcárias. Fazem parte dos zooplânctos e dos bentos (marinhos e de água doce).
Corpo com cabeça e tronco, segmentação pouco visível.
Abdómen reduzido ou ausente.

97
Q

Classe Pentastomida (Super-classe Oligostraca)

A

Parasitas vermiformes do sistema respiratório de vertebrados. Possuem anéis transversais aparentando metaméricos. Cutícula epidérmica com mudas periódicas.
A extremidade anterior possui 5 protuberâncias, 4 delas com ganchos e na 5ª abre-se a boca.
Sistema digestivo completo, adaptado á sucção.
Sistema nervoso anelidiano, sem órgãos dos sentidos.
Sem sistemas respiratório, circulatório nem excretor.

98
Q

Classe Copepoda

A

Têm a maior biomassa a nível do reino animal. São marinhos e dulçaquícolas. Pequenos com corpo alongado.
Um olho simples mediano na cabeça. Dois pares de antenas sendo as anténulas mais longas.
Cabeça fundida com o 1º ou 2º segmentos torácicos (o 1º apêndice são maxilípedes). O restante tórax tem 3-5 segmentos com apêndices birramosos.
O abdómen é mais fino que o tórax, sem apêndices. Podem ter coração sem vasos sanguíneos e sem brânquias.
Fazem excreção por glândulas maxilares.
Desenvolvimento indireto: nauplio - copepodito - adulto.

99
Q

Ordem Stomatopoda (Super-ordem Hoplocarida, classe malacostraca)

A

São os camarões mantis. Têm achatamento dorso-ventral, são solitários e agressivos, estrutura tipo Malacostraca (5+8+6).
O 2º par tem maxilípedes hiperatrofiados em peça raptoriais (para esmagar e arpoar).

100
Q

Classe Tantulocarida (crustáceos)

A

Ectoparasitas de copépodes e outros crustáceos bênticos de profundidade. Não possuem apêndices cefálicos exceto as fêmeas sexuadas que possuem antenas.
Tórax não segmentado e em forma de saco; abdómen vestigial.