Arritmias Flashcards
Qual a arritmia sustentada mais comum?
Fibrilação atrial.
Extra: Prevalência aumenta com idade e comorbidades.
No ECG da FA há ondas P?
Não.
Extra: Intervalos RR irregulares.
Qual o mecanismo da FA?
Múltiplos microrreentrantes atriais. Extra: Gatilhos nas veias pulmonares.
Qual o átrio e frequência do flutter típico?
Átrio direito, 250-350 bpm.
Qual escore avalia risco de tromboembolismo na FA?
CHA2DS2-VASc
Quais as letras do CHA2DS2-VASc?
C (IC), H (HAS), A (≥75 anos, 2p), D (diabetes), S (AVC/AIT, 2p), V (doença vascular), A (65-74 anos), S (sexo feminino).
FA e CHA2DS2-VASc ≥ 2 (homens) ou ≥ 3 (mulheres). Conduta?
Anticoagulação oral. Extra: Recomendação IA. Preferência por DOACs.
FA com instabilidade hemodinâmica. Conduta?
Cardioversão elétrica sincronizada.
FA < 48h paciente estável. Cardioversão precisa de anticoagulação prévia?
Não necessariamente. Extra: Risco de tromboembolismo é menor.
FA ≥ 48h ou tempo indeterminado. Anticoagulação antes da cardioversão?
Sim, 3 semanas antes e 4 semanas após. Extra: Ou ETE para excluir trombo.
Alvo de RNI com varfarina na FA (maioria dos casos)?
2,0 - 3,0. Extra: Prótese valvar mecânica: RNI mais alto.
DOACs são preferíveis à varfarina na FA, exceto em…?
Estenose mitral moderada/grave ou prótese valvar mecânica.
Principal indicação de ablação por cateter na FA?
FA sintomática refratária ao tratamento farmacológico. Extra: Ou em IC com FA (melhora da FEVE).
Qual principal causa de morte súbita (MSC) em adultos?
Doença arterial coronariana (DAC). Extra: TV/FV em pacientes com cicatriz de infarto.
Principal causa de MSC em jovens/atletas?
Cardiomiopatia hipertrófica.
Arritmia mais associada à MSC?
Fibrilação ventricular (FV).
Parada cardiorrespiratória por FV/TV sem pulso. Conduta?
Desfibrilação elétrica imediata (não sincronizada). Extra: Compressões torácicas enquanto prepara desfibrilador.
Principal indicação de CDI para prevenção primária de MSC?
FEVE ≤ 35% após tratamento otimizado para IC (DAC ou cardiomiopatia dilatada). Extra: Recomendação IA.
Síndrome do QT longo congênito aumenta risco de…?
Torsades de pointes e MSC.
Medicações a evitar na Síndrome de Brugada?
Bloqueadores dos canais de sódio (ex: flecainida). Extra: Podem precipitar FV.
Além das veias pulmonares, outros focos de FA?
Átrio esquerdo, veia cava superior, seio coronário. Extra: Podem ser alvo de ablação.
Classificação da FA por duração?
Paroxística (<7d), persistente (≥7d), persistente longa duração (≥1a), permanente. Extra: Influencia tratamento (ritmo vs. frequência).
FA permanente: qual a conduta?
Controle da frequência cardíaca. Extra: Paciente e médico aceitam a FA.
Além do ECG, outros métodos para diagnóstico de FA?
Holter, monitor de eventos, dispositivos vestíveis. Extra: Úteis para FA paroxística/assintomática.
Principal causa de cardioembolismo?
Fibrilação Atrial. Extra: O trombo se forma no apêndice atrial esquerdo.
Classes para controle da FC na FA?
Betabloqueadores, BCC não di-hidropiridínicos, digoxina. Extra: BB preferíveis em IC com FEVE reduzida.
FA e IC com FEVE reduzida: contraindicação?
Verapamil ou diltiazem.
Antiarrítmicos para controle do ritmo na FA?
Propafenona, flecainida, sotalol, amiodarona, dofetilida. Extra: Escolha depende das comorbidades.
FA, propafenona e alargamento do QRS. Conduta?
Suspender propafenona. Extra: Avaliar outras opções. Risco de pró-arritmia.
“Pill-in-the-pocket” para cardioversão da FA: quais fármacos?
Propafenona ou flecainida. Extra: Dose única, pacientes selecionados.
Objetivo da ablação por cateter na FA?
Isolamento elétrico das veias pulmonares. Extra: Pode envolver outros focos/linhas.
Principal complicação da ablação por cateter?
Tamponamento cardíaco. Extra: Mais comum no átrio esquerdo.
FA e ClCr < 15 mL/min. Qual anticoagulante?
Varfarina. Extra: Ajuste de dose e monitorização do RNI. DOACs contraindicados/não recomendados.
DOAC e cirurgia de emergência. Conduta?
Considerar agentes reversores. Extra: Idarucizumabe (dabigatrana), andexanet alfa (rivaroxabana/apixabana).
Alternativa à anticoagulação em FA com alto risco e contraindicação?
Fechamento percutâneo do apêndice atrial esquerdo.
Além de DAC e CMH, outras causas de MSC?
Miocardiopatia dilatada, displasia arritmogênica do VD, síndrome do QT longo/Brugada, canalopatias. Extra: História familiar de MSC.
O que é displasia arritmogênica do VD (DAVD)?
Doença genética: fibrose e substituição do miocárdio do VD por tecido adiposo. Extra: Risco de arritmias ventriculares e MSC.
Padrão ECG da síndrome de Brugada?
Supradesnivelamento do ST em V1-V3 (“corcova” ou “sela”). Extra: Pode ser intermitente/induzido.
Brugada assintomático, ECG basal normal, supra induzido. Conduta?
Acompanhamento. Extra: CDI se história familiar de MSC ou síncope.
Síndrome do QT longo: congênita ou…?
Adquirida (mais frequentemente por medicamentos).
Indicação de CDI para prevenção secundária de MSC?
Sobrevivente de parada cardíaca por FV/TV sem causa reversível. Extra: Recomendação IA.
CMH e espessura septal ≥ 30 mm. Conduta (CDI)?
Considerar CDI (prevenção primária). Extra: Diretrizes enfatizam espessura septal.
Qual exame identifica fibrose miocárdica (risco de MSC)?
Ressonância magnética cardíaca com realce tardio.
Alteração que predispõe à torsades de pointes?
Prolongamento do intervalo QT. (Extra: Atraso na repolarização.)
Conduta na torsades de pointes?
Sulfato de magnésio IV.(Extra: Mesmo com magnésio normal. Cardioverter se instável)
Principal objetivo da anticoagulação na FA?
Reduzir risco de tromboembolismo (principalmente AVC isquêmico). Extra: Ponderar benefício vs. risco de sangramento.
Qual escore avalia risco de tromboembolismo na FA?
CHA2DS2-VASc.
Qual escore avalia risco de sangramento na FA?
HAS-BLED.
Componentes do HAS-BLED?
H (HAS), A (função renal/hepática alterada), S (AVC), B (sangramento), L (INR lábil), E (idoso >65), D (drogas/álcool).
HAS-BLED ≥ 3: contraindica anticoagulação?
Não. Extra: Indica alto risco, exige cautela.
CHA2DS2-VASc ≥ 2 (homens) ou ≥ 3 (mulheres): anticoagulação?
Sim (recomendação IA).
Homens com CHA2DS2-VASc = 0: anticoagulação?
Não. Extra: Baixo risco.
Homens com CHA2DS2-VASc = 1: anticoagulação?
Individualizar. Extra: Considerar outros fatores e preferência do paciente.
Mulheres com CHA2DS2-VASc = 1: anticoagulação?
Não. (O componente “Sexo Feminino (S)” do escore, só confere risco quando associado a outro fator.)
Quando a varfarina é preferível aos DOACs na FA?
Estenose mitral mod/grave, prótese valvar mecânica, SAF, IR grave (ClCr < 15). Extra: DOACs preferíveis nas outras situações.
Mecanismo de ação da varfarina?
Inibe VKOR, reduz fatores K-dependentes (II, VII, IX, X). Extra: Inibe proteínas C e S.
Mecanismo de ação da dabigatrana?
Inibidor direto da trombina (fator IIa).
Mecanismo de ação da rivaroxabana, apixabana e edoxabana?
Inibidores diretos do fator Xa.
Exame para monitorar varfarina? Alvo na FA?
TP com RNI. Alvo: 2,0 - 3,0. Extra: Prótese mecânica: alvo maior.
3 exemplos de medicamentos que aumentam o efeito da varfarina?
Amiodarona, fluconazol, eritromicina.
3 exemplos de medicamentos/alimentos que diminuem o efeito da varfarina?
Rifampicina, carbamazepina, vegetais verde-escuros.
Qual DOAC precisa de ajuste na insuficiência renal?
Todos. Extra: Critérios variam.
Critérios para redução da dose da Apixabana?
Pelo menos dois dos critérios: Idade ≥ 80 anos, Peso ≤ 60 kg, Creatinina ≥ 1,5 mg/dL.
DOACs precisam de monitorização laboratorial rotineira?
Não. Extra: Exceto em situações especiais.
Reversão da varfarina em sangramento grave?
Vitamina K IV + complexo protrombínico (preferível) ou PFC. Extra: Vitamina K: efeito lento. Complexo protrombínico: efeito imediato.
Agente reversor específico da dabigatrana?
Idarucizumabe.
Agente reversor da rivaroxabana, apixabana e edoxabana?
Andexanet alfa.
“Ponte” com heparina é necessária com varfarina em qual situação?
Alto risco tromboembólico (prótese mecânica, FA com CHA2DS2-VASc alto, evento recente). Extra: DOACs: geralmente só suspender.
FA e hemodiálise: qual anticoagulante?
Varfarina. Extra: Ajuste de dose e monitorização rigorosa do RNI. DOACs geralmente contraindicados.
Qual anticoagulante é preferível em pacientes com FA e Síndrome Antifosfolipíde?
Varfarina. (DOACs: risco de recorrência).
ECG: ritmo irregular, ausência de ondas P, linha de base oscilatória. Diagnóstico?
Fibrilação atrial.
ECG: ondas “dente de serra” (ondas F), frequência atrial ~300 bpm. Diagnóstico?
Flutter atrial.
FA paroxística, refratária a betabloqueador. Opções de controle do ritmo?
Propafenona, flecainida, sotalol, amiodarona, dofetilida. Extra: Escolha depende de comorbidades (DAC, IC).
FA persistente, assintomático, FC controlada. Controle do ritmo é superior ao controle da frequência?
Não.
Extra: Estudos não demonstraram superioridade do controle do ritmo em pacientes assintomáticos.
FA e IC com FEVE reduzida. Qual antiarrítmico evitar para controle do ritmo?
Dronedarona.
Extra: Aumenta mortalidade em IC com FEVE reduzida.
Qual o principal mecanismo da FA?
Múltiplos circuitos de microrreentrada. (Extra: Principalmente no átrio esquerdo).
FA e instabilidade hemodinâmica. Conduta imediata?
Cardioversão elétrica sincronizada.
FA < 48h, paciente estável. Precisa de anticoagulação antes da cardioversão?
Não necessariamente. Extra: Risco de tromboembolismo é menor. Cardioversão elétrica ou farmacológica.
FA ≥ 48h ou tempo indeterminado. Anticoagulação antes da cardioversão?
Sim, 3 semanas antes e 4 semanas após.
Extra: Alternativa: ETE para excluir trombo em apêndice atrial esquerdo.
FA e estenose mitral moderada/grave. Qual anticoagulante?
Varfarina.
Extra: DOACs são contraindicados.
FA e prótese valvar mecânica. Qual anticoagulante?
Varfarina.
Extra: DOACs são contraindicados.
FA e insuficiência renal grave (ClCr < 15 mL/min). Qual anticoagulante?
Varfarina.
Extra: DOACs são contraindicados ou não recomendados.
Paciente em uso de varfarina, RNI 1,5. Conduta?
Aumentar a dose da varfarina.
Extra: Alvo de RNI na FA (sem prótese): 2,0-3,0.
Cite 3 fármacos que aumentam o efeito da varfarina (↑ RNI).
Amiodarona, fluconazol, eritromicina.
Cite 3 fármacos/alimentos que diminuem o efeito da varfarina (↓ RNI).
Rifampicina, carbamazepina, vegetais verde-escuros.
Dabigatrana: mecanismo de ação?
Inibidor direto da trombina (fator IIa).
Rivaroxabana, apixabana, edoxabana: mecanismo de ação?
Inibidores diretos do fator Xa.
Reversão da varfarina em sangramento grave: conduta?
Vitamina K IV + complexo protrombínico (preferível) ou plasma fresco congelado.
Reversor específico da dabigatrana?
Idarucizumabe.
Reversor dos inibidores diretos do fator Xa (rivaroxabana, apixabana, edoxabana)?
Andexanet alfa.
FA, CHA2DS2-VASc = 1 (homem). Anticoagular?
Individualizar.
Extra: Considerar outros fatores de risco e preferência do paciente.
FA, CHA2DS2-VASc = 0 (homem). Anticoagular?
Não. (Extra: Baixo risco).
FA, CHA2DS2-VASc = 1 (mulher). Anticoagular?
Não.
Extra: O componente “Sexo Feminino (S)” do escore, só confere risco quando associado a outro fator.
FA, ablação por cateter: principal indicação?
FA sintomática refratária ao tratamento farmacológico.
Extra: Ou em IC com FA (melhora da FEVE).
Qual o principal objetivo da ablação da FA?
Isolamento elétrico das veias pulmonares.
Extra: Pode envolver outros focos/linhas.
FA, “pill-in-the-pocket”: quais fármacos?
Propafenona ou flecainida. Extra: Dose única, pacientes selecionados (sem cardiopatia estrutural).
Principal causa de morte súbita cardíaca (MSC) em adultos?
Doença arterial coronariana (DAC).
Extra: TV/FV em pacientes com cicatriz de infarto.
Principal causa de MSC em jovens/atletas?
Cardiomiopatia hipertrófica.
Arritmia mais comum na MSC?
Fibrilação ventricular (FV).
Parada cardíaca por FV/TV sem pulso: conduta imediata?
Desfibrilação elétrica não sincronizada.
Extra: Compressões torácicas enquanto prepara desfibrilador.
CDI para prevenção primária de MSC: principal indicação?
FEVE ≤ 35% após tratamento otimizado para IC (DAC ou CMD). Extra: Classe IA.
Síndrome de Brugada: padrão ECG?
Supradesnivelamento do ST em V1-V3 (“corcova” ou “sela”).
Extra: Pode ser intermitente/induzido.
Síndrome de Brugada: teste com ajmalina/flecainida positivo. O que indica?
Confirma o diagnóstico. Extra: Aumenta o risco de arritmias.
Síndrome de Brugada: fármacos a evitar?
Bloqueadores dos canais de sódio (flecainida, procainamida), antidepressivos tricíclicos, lítio.
Síndrome do QT longo: tratamento de base?
Betabloqueadores.
Extra: Mesmo em pacientes assintomáticos.
Cite 3 fármacos que prolongam o QT.
Claritromicina, Amiodarona, Sotalol, Eritromicina, Quinolonas.
(CASEQ)
TVPC: tratamento?
Betabloqueador (dose máxima). Se refratário: flecainida.
Extra: CDI se alto risco/refratário.
Displasia arritmogênica do VD: o que é?
Doença genética: fibrose e substituição do miocárdio do VD por tecido adiposo. Extra: Risco de TV/FV e MSC.
Ressonância cardíaca na estratificação de risco de MSC: o que procurar?
Fibrose miocárdica (realce tardio).
Qual alteração no ECG predispõe a Torsades de Pointes?
Prolongamento do intervalo QT.
Torsades de Pointes: Qual a conduta imediata?
Sulfato de Magnésio IV. Extra: Mesmo com Mg normal.
Flutter atrial: Qual a frequência atrial típica?
250 - 350 bpm.
Extra: Circuito de macrorreentrada no átrio direito.
Em que situação a cardioversão elétrica na FA não precisa ser sincronizada?
Fibrilação Ventricular.
Qual o alvo terapêutico de RNI em pacientes com FA e prótese valvar mecânica em posição mitral?
2,5 - 3,5.
Extra: RNI mais alto que na FA sem prótese, e mais alto que em prótese aórtica.
Qual DOAC não precisa de ajuste de dose na insuficiência renal leve a moderada?
Nenhum.
Extra: Todos os DOACs precisam de ajuste de dose em algum grau de IR. Os critérios variam.
Paciente em uso de rivaroxabana vai para cirurgia eletiva de baixo risco de sangramento. Suspender quanto tempo antes?
24 horas.
Extra: Se alto risco de sangramento, 48h. Dabigatrana: tempos maiores, dependendo do ClCr.
Homem, 70a, HAS, DM, DAC (stent há 3a). FA persistente, assintomático, FC controlada. CHA2DS2-VASc = 5. Em uso de varfarina, RNI 1,8. Conduta?
Ajustar dose da varfarina para atingir RNI 2,0-3,0. Extra: Paciente de alto risco, anticoagulação plena é mandatória. Considerar troca para DOAC se não houver contraindicação (ex: valvopatia reumática, prótese mecânica).
Mulher, 55a, FA paroxística sintomática, refratária a betabloqueador. Ecocardiograma normal. Qual a próxima conduta mais apropriada?
Considerar ablação por cateter. Extra: Ablação é mais eficaz que antiarrítmicos para manter ritmo sinusal em FA paroxística sintomática refratária.
Jovem, 22a, síncope durante exercício. ECG: supradesnivelamento do ST em V1-V3 (“corcova”). Suspeita diagnóstica e conduta inicial?
Síndrome de Brugada. Evitar fármacos que agravam a síndrome, encaminhar para especialista (eletrofisiologista). Extra: Teste com ajmalina/flecainida para confirmar. CDI se alto risco.
Paciente em PCR por FV. Conduta imediata?
Desfibrilação elétrica não sincronizada. Extra: Iniciar RCP enquanto desfibrilador é preparado.
Homem, 60a, DAC, IC (FEVE 30%), classe funcional II (NYHA). Em tratamento otimizado há 6 meses. CDI para prevenção primária de MSC?
Sim. Extra: FEVE ≤ 35% após tratamento otimizado para IC, em pacientes com DAC ou cardiomiopatia dilatada, é indicação classe IA para CDI.
ECG: ondas “dente de serra” (ondas F), frequência atrial 280 bpm, FC ventricular 140 bpm. Diagnóstico?
Flutter atrial com condução 2:1.
Paciente com FA, em uso de Varfarina, com INR 2,7, irá realizar extração dentária simples. Qual a conduta?
Manter Varfarina.
Extra: Baixo risco de sangramento. Suspender apenas se alto risco de sangramento e paciente com alto risco tromboembólico, fazendo “ponte” com heparina.
Qual a principal indicação de MP permanente em BAV 2º grau Mobitz II?
Independente de sintomas. Extra: Risco de progressão para BAVT.
Qual a principal indicação de MP permanente em BAVT?
Independente de sintomas. Extra: Mesmo assintomático.
BAV 1º grau: precisa de MP?
Geralmente não.
Extra: Exceto se sintomas claramente relacionados à bradicardia e intervalo PR muito longo (> 300 ms), ou se BAV infranodal (ex: após cirurgia cardíaca, ablação).
Doença do nó sinusal (DNS): principal indicação de MP?
Bradicardia sinusal sintomática ou pausas sinusais sintomáticas. Extra: Síncope, pré-síncope, tontura, dispneia aos esforços (incompetência cronotrópica).
Bloqueio de ramo alternante: precisa de MP?
Sim. Extra: Alto risco de progressão para BAVT.
Síncope neurocardiogênica (vasovagal): MP é indicado?
Raramente. Extra: Apenas em casos recorrentes e graves, com pausas documentadas > 3s (ou > 6s assintomático), em pacientes > 40 anos. Considerar antes outras medidas (hidratação, meias elásticas, fludrocortisona, midodrina).
Qual o modo de estimulação mais comum em MP bicameral?
DDD. Extra: Estimula e sente átrio e ventrículo, mantendo sincronia AV.
O que significa o modo de estimulação VVI?
Estimula e sente apenas o ventrículo. Inibe a estimulação se houver atividade ventricular espontânea. Extra: Usado em FA permanente ou em pacientes com pouca atividade atrial.
Qual a vantagem do modo DDD sobre o VVI em pacientes com função sinusal normal?
Mantém a sincronia atrioventricular. Extra: Melhora o débito cardíaco, reduz o risco de síndrome do marcapasso.
O que é a “síndrome do marcapasso”?
Sintomas (fadiga, dispneia, tontura) causados pela perda da sincronia AV em pacientes com MP VVI. Extra: Devido à contração atrial contra valvas AV fechadas.
Qual o modo de estimulação ideal em paciente com BAVT e FA permanente?
VVIR. Extra: Estimulação ventricular com resposta de frequência (R) para se adaptar ao esforço.
Paciente com MP apresenta tontura e bradicardia. Qual a primeira suspeita?
Disfunção do marcapasso. Extra: Avaliar limiar de estimulação, sensibilidade, impedância do eletrodo.
O que é “captura” no MP?
Capacidade do MP de despolarizar o miocárdio (átrio ou ventrículo). Extra: Avaliada no ECG (espícula seguida de onda P ou QRS).
O que é “sensibilidade” no MP?
Capacidade do MP de detectar a atividade elétrica intrínseca do coração (ondas P ou R).
Extra: Se a sensibilidade estiver muito baixa, o MP pode “sobresensoriar” (detectar ruído) e inibir a estimulação. Se estiver muito alta, pode “subsensoriar” e não inibir quando deveria.
Qual a conduta se houver falha de captura no MP?
Aumentar a energia de saída (voltagem ou duração do pulso). Extra: Investigar a causa (deslocamento do eletrodo, aumento do limiar, fratura do eletrodo).
Qual a conduta se houver falha de sensibilidade (sobresensoriamento) no MP?
Diminuir a sensibilidade (aumentar o valor em mV). Extra: Investigar a causa (interferência eletromagnética, miopotenciais).
Paciente com MP apresenta taquicardia. Qual a possível causa?
Taquicardia mediada pelo marcapasso (TMM).
Extra: Ocorre em MP DDD, quando uma extrassístole ventricular é conduzida retrogradamente para o átrio, iniciando um ciclo de estimulação ventricular-condução retrógrada-estimulação ventricular.
Como tratar a TMM?
Alongar o período refratário atrial do MP, aplicar ímã (converte para modo assíncrono). Extra: Em casos recorrentes, reprogramar o MP ou considerar ablação da via retrógrada.
Qual a principal indicação do TEF?
Avaliação de arritmias (taquicardias, bradicardias, síncope). Extra: Também usado para estratificação de risco de morte súbita e para guiar ablação.
O que é o intervalo HV?
Tempo de condução do feixe de His até o início da ativação ventricular (QRS). Extra: Normal: 35-55 ms. Prolongado: indica doença do sistema His-Purkinje.
Qual o significado de um intervalo HV prolongado?
Doença do sistema His-Purkinje. Extra: Risco aumentado de BAV.
O que é o “ponto de Wenckebach” no TEF?
Frequência atrial em que ocorre BAV 2º grau Mobitz I durante estimulação atrial incremental. Extra: Avalia a condução nodal AV.
O que é a “indução de TV” no TEF?
Capacidade de iniciar taquicardia ventricular sustentada durante estimulação ventricular programada. Extra: Indica substrato para TV.
Qual a principal causa de síncope?
Reflexa (vasovagal, situacional). Extra: Causa mais comum em jovens e sem cardiopatia.
Quais as principais causas cardíacas de síncope?
Arritmias (bradiarritmias, taquiarritmias), estenose aórtica grave, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva, mixoma atrial, tamponamento cardíaco.
Quais os “red flags” na avaliação de síncope que sugerem causa cardíaca?
Síncope durante esforço, síncope em posição supina, síncope sem pródromos, história familiar de morte súbita, sopro cardíaco, ECG anormal.
Qual o exame inicial na investigação de síncope?
Eletrocardiograma (ECG). Extra: Avaliar bradiarritmias, taquiarritmias, bloqueios, pré-excitação, QT longo, Brugada.
Qual o papel do Tilt Test na investigação de síncope?
Avaliar a predisposição à síncope neurocardiogênica (vasovagal).
Extra: Positivo: reprodução da síncope com hipotensão e/ou bradicardia durante inclinação.
Quando o Holter é útil na investigação de síncope?
Quando há suspeita de arritmia intermitente. Extra: Mais útil se sintomas frequentes.
Quando o monitor de eventos (looper) é útil na investigação de síncope?
Quando há suspeita de arritmia, mas os sintomas são infrequentes. Extra: Permite registro do ECG durante o evento.
Quando o estudo eletrofisiológico é indicado na investigação de síncope?
Quando há suspeita de arritmia grave (ex: TV) ou bloqueio AV infranodal, e outros exames não foram diagnósticos.
Extra: Também indicado em pacientes com cardiopatia estrutural e síncope.
Qual o tratamento da síncope vasovagal?
Medidas comportamentais (hidratação, evitar gatilhos), meias elásticas. Extra: Em casos refratários: fludrocortisona, midodrina. Raramente: MP.
Qual a característica do BAV 1º grau no ECG?
Intervalo PR prolongado (> 200 ms), constante. Extra: Todas as ondas P conduzem para os ventrículos.
Qual a característica do BAV 2º grau Mobitz I (Wenckebach) no ECG?
Prolongamento progressivo do intervalo PR até uma onda P bloqueada.
Extra: Geralmente benigno, nodal.
Qual a característica do BAV 2º grau Mobitz II no ECG?
Onda P bloqueada sem prolongamento prévio do intervalo PR.
Extra: Mais grave, geralmente infranodal. Risco de progressão para BAVT.
Qual a característica do BAV 2º grau 2:1 no ECG?
A cada 2 ondas P, 1 conduz e 1 é bloqueada. Extra: Pode ser nodal (Mobitz I) ou infranodal (Mobitz II).
Qual a característica do BAVT no ECG?
Dissociação completa entre ondas P e complexos QRS.
Extra: Ritmo de escape ventricular (geralmente bradicárdico).
Quais as principais causas de BAV?
Doença degenerativa do sistema de condução, DAC, miocardite, fármacos (betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, digoxina, amiodarona), doenças infiltrativas (amiloidose, sarcoidose), congênito.
Qual o tratamento do BAV 2º grau Mobitz II e do BAVT?
Marca-passo permanente. Extra: Independente de sintomas.
Qual a característica do BRD completo no ECG?
QRS alargado (> 120 ms), padrão rSR’ em V1-V2, onda S empastada em V5-V6, D1, aVL.
Extra: Pode ser normal em atletas.
Qual a característica do BRE completo no ECG?
QRS alargado (> 120 ms), padrão RSR’ (entalhado) em V5-V6, D1, aVL, ausência de onda q em V5-V6, D1, aVL. Extra: Geralmente associado a cardiopatia.
Qual o significado clínico do BRE novo?
Pode indicar infarto agudo do miocárdio (IAM).
Extra: Dificulta a interpretação do ECG para isquemia.
Qual o significado clínico do BRD em paciente assintomático?
Geralmente benigno. Extra: Avaliar outras causas (ex: hipertensão pulmonar, TEP).
Paciente com síncope recorrente, sem pródromos. ECG normal. Holter: pausas sinusais > 3s. Conduta?
Investigar doença do nó sinusal. Extra: Considerar estudo eletrofisiológico se sintomas graves ou Holter inconclusivo. Marca-passo se DNS confirmada e sintomática.
Paciente com BAV 2º grau Mobitz II, assintomático. Conduta?
Marca-passo permanente. Extra: Risco de progressão para BAVT.
Paciente com MP VVI apresenta fadiga, dispneia aos esforços e tontura. Qual a possível causa?
Síndrome do marcapasso. Extra: Perda da sincronia AV. Considerar upgrade para MP DDD.
Paciente com MP DDD apresenta taquicardia regular com FC 150 bpm. Qual a possível causa?
Taquicardia mediada pelo marcapasso (TMM). Extra: Condução retrógrada de extrassístole ventricular.
Qual exame é útil para avaliar a função do nó sinusal e a condução AV em pacientes com síncope de origem indeterminada?
Estudo eletrofisiológico.
Qual o achado no ECG de um paciente com Bloqueio de Ramo Esquerdo Completo?
QRS alargado (>0,12s), com padrão rSR’ ou R puro, entalhado em D1, aVL, V5 e V6. (Extra: Ausência de onda Q nessas derivações).
Qual o achado do ECG de um paciente em BAV total?
Dissociação atrioventricular. (Extra: Ondas P e complexos QRS com frequências independentes).