Arritmias Flashcards

1
Q

Qual a arritmia sustentada mais comum?

A

Fibrilação atrial.
Extra: Prevalência aumenta com idade e comorbidades.

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2
Q

No ECG da FA há ondas P?

A

Não.
Extra: Intervalos RR irregulares.

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3
Q

Qual o mecanismo da FA?

A

Múltiplos microrreentrantes atriais. Extra: Gatilhos nas veias pulmonares.

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4
Q

Qual o átrio e frequência do flutter típico?

A

Átrio direito, 250-350 bpm.

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5
Q

Qual escore avalia risco de tromboembolismo na FA?

A

CHA2DS2-VASc

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6
Q

Quais as letras do CHA2DS2-VASc?

A

C (IC), H (HAS), A (≥75 anos, 2p), D (diabetes), S (AVC/AIT, 2p), V (doença vascular), A (65-74 anos), S (sexo feminino).

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7
Q

FA e CHA2DS2-VASc ≥ 2 (homens) ou ≥ 3 (mulheres). Conduta?

A

Anticoagulação oral. Extra: Recomendação IA. Preferência por DOACs.

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8
Q

FA com instabilidade hemodinâmica. Conduta?

A

Cardioversão elétrica sincronizada.

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9
Q

FA < 48h paciente estável. Cardioversão precisa de anticoagulação prévia?

A

Não necessariamente. Extra: Risco de tromboembolismo é menor.

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10
Q

FA ≥ 48h ou tempo indeterminado. Anticoagulação antes da cardioversão?

A

Sim, 3 semanas antes e 4 semanas após. Extra: Ou ETE para excluir trombo.

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11
Q

Alvo de RNI com varfarina na FA (maioria dos casos)?

A

2,0 - 3,0. Extra: Prótese valvar mecânica: RNI mais alto.

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12
Q

DOACs são preferíveis à varfarina na FA, exceto em…?

A

Estenose mitral moderada/grave ou prótese valvar mecânica.

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13
Q

Principal indicação de ablação por cateter na FA?

A

FA sintomática refratária ao tratamento farmacológico. Extra: Ou em IC com FA (melhora da FEVE).

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14
Q

Qual principal causa de morte súbita (MSC) em adultos?

A

Doença arterial coronariana (DAC). Extra: TV/FV em pacientes com cicatriz de infarto.

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15
Q

Principal causa de MSC em jovens/atletas?

A

Cardiomiopatia hipertrófica.

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16
Q

Arritmia mais associada à MSC?

A

Fibrilação ventricular (FV).

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17
Q

Parada cardiorrespiratória por FV/TV sem pulso. Conduta?

A

Desfibrilação elétrica imediata (não sincronizada). Extra: Compressões torácicas enquanto prepara desfibrilador.

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18
Q

Principal indicação de CDI para prevenção primária de MSC?

A

FEVE ≤ 35% após tratamento otimizado para IC (DAC ou cardiomiopatia dilatada). Extra: Recomendação IA.

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19
Q

Síndrome do QT longo congênito aumenta risco de…?

A

Torsades de pointes e MSC.

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20
Q

Medicações a evitar na Síndrome de Brugada?

A

Bloqueadores dos canais de sódio (ex: flecainida). Extra: Podem precipitar FV.

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21
Q

Além das veias pulmonares, outros focos de FA?

A

Átrio esquerdo, veia cava superior, seio coronário. Extra: Podem ser alvo de ablação.

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22
Q

Classificação da FA por duração?

A

Paroxística (<7d), persistente (≥7d), persistente longa duração (≥1a), permanente. Extra: Influencia tratamento (ritmo vs. frequência).

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23
Q

FA permanente: qual a conduta?

A

Controle da frequência cardíaca. Extra: Paciente e médico aceitam a FA.

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24
Q

Além do ECG, outros métodos para diagnóstico de FA?

A

Holter, monitor de eventos, dispositivos vestíveis. Extra: Úteis para FA paroxística/assintomática.

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25
Q

Principal causa de cardioembolismo?

A

Fibrilação Atrial. Extra: O trombo se forma no apêndice atrial esquerdo.

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26
Q

Classes para controle da FC na FA?

A

Betabloqueadores, BCC não di-hidropiridínicos, digoxina. Extra: BB preferíveis em IC com FEVE reduzida.

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27
Q

FA e IC com FEVE reduzida: contraindicação?

A

Verapamil ou diltiazem.

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28
Q

Antiarrítmicos para controle do ritmo na FA?

A

Propafenona, flecainida, sotalol, amiodarona, dofetilida. Extra: Escolha depende das comorbidades.

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29
Q

FA, propafenona e alargamento do QRS. Conduta?

A

Suspender propafenona. Extra: Avaliar outras opções. Risco de pró-arritmia.

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30
Q

“Pill-in-the-pocket” para cardioversão da FA: quais fármacos?

A

Propafenona ou flecainida. Extra: Dose única, pacientes selecionados.

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31
Q

Objetivo da ablação por cateter na FA?

A

Isolamento elétrico das veias pulmonares. Extra: Pode envolver outros focos/linhas.

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32
Q

Principal complicação da ablação por cateter?

A

Tamponamento cardíaco. Extra: Mais comum no átrio esquerdo.

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33
Q

FA e ClCr < 15 mL/min. Qual anticoagulante?

A

Varfarina. Extra: Ajuste de dose e monitorização do RNI. DOACs contraindicados/não recomendados.

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34
Q

DOAC e cirurgia de emergência. Conduta?

A

Considerar agentes reversores. Extra: Idarucizumabe (dabigatrana), andexanet alfa (rivaroxabana/apixabana).

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35
Q

Alternativa à anticoagulação em FA com alto risco e contraindicação?

A

Fechamento percutâneo do apêndice atrial esquerdo.

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36
Q

Além de DAC e CMH, outras causas de MSC?

A

Miocardiopatia dilatada, displasia arritmogênica do VD, síndrome do QT longo/Brugada, canalopatias. Extra: História familiar de MSC.

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37
Q

O que é displasia arritmogênica do VD (DAVD)?

A

Doença genética: fibrose e substituição do miocárdio do VD por tecido adiposo. Extra: Risco de arritmias ventriculares e MSC.

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38
Q

Padrão ECG da síndrome de Brugada?

A

Supradesnivelamento do ST em V1-V3 (“corcova” ou “sela”). Extra: Pode ser intermitente/induzido.

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39
Q

Brugada assintomático, ECG basal normal, supra induzido. Conduta?

A

Acompanhamento. Extra: CDI se história familiar de MSC ou síncope.

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40
Q

Síndrome do QT longo: congênita ou…?

A

Adquirida (mais frequentemente por medicamentos).

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41
Q

Indicação de CDI para prevenção secundária de MSC?

A

Sobrevivente de parada cardíaca por FV/TV sem causa reversível. Extra: Recomendação IA.

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42
Q

CMH e espessura septal ≥ 30 mm. Conduta (CDI)?

A

Considerar CDI (prevenção primária). Extra: Diretrizes enfatizam espessura septal.

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43
Q

Qual exame identifica fibrose miocárdica (risco de MSC)?

A

Ressonância magnética cardíaca com realce tardio.

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44
Q

Alteração que predispõe à torsades de pointes?

A

Prolongamento do intervalo QT. (Extra: Atraso na repolarização.)

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45
Q

Conduta na torsades de pointes?

A

Sulfato de magnésio IV.(Extra: Mesmo com magnésio normal. Cardioverter se instável)

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46
Q

Principal objetivo da anticoagulação na FA?

A

Reduzir risco de tromboembolismo (principalmente AVC isquêmico). Extra: Ponderar benefício vs. risco de sangramento.

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47
Q

Qual escore avalia risco de tromboembolismo na FA?

A

CHA2DS2-VASc.

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48
Q

Qual escore avalia risco de sangramento na FA?

A

HAS-BLED.

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49
Q

Componentes do HAS-BLED?

A

H (HAS), A (função renal/hepática alterada), S (AVC), B (sangramento), L (INR lábil), E (idoso >65), D (drogas/álcool).

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50
Q

HAS-BLED ≥ 3: contraindica anticoagulação?

A

Não. Extra: Indica alto risco, exige cautela.

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51
Q

CHA2DS2-VASc ≥ 2 (homens) ou ≥ 3 (mulheres): anticoagulação?

A

Sim (recomendação IA).

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52
Q

Homens com CHA2DS2-VASc = 0: anticoagulação?

A

Não. Extra: Baixo risco.

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53
Q

Homens com CHA2DS2-VASc = 1: anticoagulação?

A

Individualizar. Extra: Considerar outros fatores e preferência do paciente.

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54
Q

Mulheres com CHA2DS2-VASc = 1: anticoagulação?

A

Não. (O componente “Sexo Feminino (S)” do escore, só confere risco quando associado a outro fator.)

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55
Q

Quando a varfarina é preferível aos DOACs na FA?

A

Estenose mitral mod/grave, prótese valvar mecânica, SAF, IR grave (ClCr < 15). Extra: DOACs preferíveis nas outras situações.

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56
Q

Mecanismo de ação da varfarina?

A

Inibe VKOR, reduz fatores K-dependentes (II, VII, IX, X). Extra: Inibe proteínas C e S.

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57
Q

Mecanismo de ação da dabigatrana?

A

Inibidor direto da trombina (fator IIa).

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58
Q

Mecanismo de ação da rivaroxabana, apixabana e edoxabana?

A

Inibidores diretos do fator Xa.

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59
Q

Exame para monitorar varfarina? Alvo na FA?

A

TP com RNI. Alvo: 2,0 - 3,0. Extra: Prótese mecânica: alvo maior.

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60
Q

3 exemplos de medicamentos que aumentam o efeito da varfarina?

A

Amiodarona, fluconazol, eritromicina.

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61
Q

3 exemplos de medicamentos/alimentos que diminuem o efeito da varfarina?

A

Rifampicina, carbamazepina, vegetais verde-escuros.

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62
Q

Qual DOAC precisa de ajuste na insuficiência renal?

A

Todos. Extra: Critérios variam.

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63
Q

Critérios para redução da dose da Apixabana?

A

Pelo menos dois dos critérios: Idade ≥ 80 anos, Peso ≤ 60 kg, Creatinina ≥ 1,5 mg/dL.

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64
Q

DOACs precisam de monitorização laboratorial rotineira?

A

Não. Extra: Exceto em situações especiais.

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65
Q

Reversão da varfarina em sangramento grave?

A

Vitamina K IV + complexo protrombínico (preferível) ou PFC. Extra: Vitamina K: efeito lento. Complexo protrombínico: efeito imediato.

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66
Q

Agente reversor específico da dabigatrana?

A

Idarucizumabe.

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67
Q

Agente reversor da rivaroxabana, apixabana e edoxabana?

A

Andexanet alfa.

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68
Q

“Ponte” com heparina é necessária com varfarina em qual situação?

A

Alto risco tromboembólico (prótese mecânica, FA com CHA2DS2-VASc alto, evento recente). Extra: DOACs: geralmente só suspender.

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69
Q

FA e hemodiálise: qual anticoagulante?

A

Varfarina. Extra: Ajuste de dose e monitorização rigorosa do RNI. DOACs geralmente contraindicados.

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70
Q

Qual anticoagulante é preferível em pacientes com FA e Síndrome Antifosfolipíde?

A

Varfarina. (DOACs: risco de recorrência).

71
Q

ECG: ritmo irregular, ausência de ondas P, linha de base oscilatória. Diagnóstico?

A

Fibrilação atrial.

72
Q

ECG: ondas “dente de serra” (ondas F), frequência atrial ~300 bpm. Diagnóstico?

A

Flutter atrial.

73
Q

FA paroxística, refratária a betabloqueador. Opções de controle do ritmo?

A

Propafenona, flecainida, sotalol, amiodarona, dofetilida. Extra: Escolha depende de comorbidades (DAC, IC).

74
Q

FA persistente, assintomático, FC controlada. Controle do ritmo é superior ao controle da frequência?

A

Não.
Extra: Estudos não demonstraram superioridade do controle do ritmo em pacientes assintomáticos.

75
Q

FA e IC com FEVE reduzida. Qual antiarrítmico evitar para controle do ritmo?

A

Dronedarona.
Extra: Aumenta mortalidade em IC com FEVE reduzida.

76
Q

Qual o principal mecanismo da FA?

A

Múltiplos circuitos de microrreentrada. (Extra: Principalmente no átrio esquerdo).

77
Q

FA e instabilidade hemodinâmica. Conduta imediata?

A

Cardioversão elétrica sincronizada.

78
Q

FA < 48h, paciente estável. Precisa de anticoagulação antes da cardioversão?

A

Não necessariamente. Extra: Risco de tromboembolismo é menor. Cardioversão elétrica ou farmacológica.

79
Q

FA ≥ 48h ou tempo indeterminado. Anticoagulação antes da cardioversão?

A

Sim, 3 semanas antes e 4 semanas após.
Extra: Alternativa: ETE para excluir trombo em apêndice atrial esquerdo.

80
Q

FA e estenose mitral moderada/grave. Qual anticoagulante?

A

Varfarina.
Extra: DOACs são contraindicados.

81
Q

FA e prótese valvar mecânica. Qual anticoagulante?

A

Varfarina.
Extra: DOACs são contraindicados.

82
Q

FA e insuficiência renal grave (ClCr < 15 mL/min). Qual anticoagulante?

A

Varfarina.
Extra: DOACs são contraindicados ou não recomendados.

83
Q

Paciente em uso de varfarina, RNI 1,5. Conduta?

A

Aumentar a dose da varfarina.
Extra: Alvo de RNI na FA (sem prótese): 2,0-3,0.

84
Q

Cite 3 fármacos que aumentam o efeito da varfarina (↑ RNI).

A

Amiodarona, fluconazol, eritromicina.

85
Q

Cite 3 fármacos/alimentos que diminuem o efeito da varfarina (↓ RNI).

A

Rifampicina, carbamazepina, vegetais verde-escuros.

86
Q

Dabigatrana: mecanismo de ação?

A

Inibidor direto da trombina (fator IIa).

87
Q

Rivaroxabana, apixabana, edoxabana: mecanismo de ação?

A

Inibidores diretos do fator Xa.

88
Q

Reversão da varfarina em sangramento grave: conduta?

A

Vitamina K IV + complexo protrombínico (preferível) ou plasma fresco congelado.

89
Q

Reversor específico da dabigatrana?

A

Idarucizumabe.

90
Q

Reversor dos inibidores diretos do fator Xa (rivaroxabana, apixabana, edoxabana)?

A

Andexanet alfa.

91
Q

FA, CHA2DS2-VASc = 1 (homem). Anticoagular?

A

Individualizar.
Extra: Considerar outros fatores de risco e preferência do paciente.

92
Q

FA, CHA2DS2-VASc = 0 (homem). Anticoagular?

A

Não. (Extra: Baixo risco).

93
Q

FA, CHA2DS2-VASc = 1 (mulher). Anticoagular?

A

Não.
Extra: O componente “Sexo Feminino (S)” do escore, só confere risco quando associado a outro fator.

94
Q

FA, ablação por cateter: principal indicação?

A

FA sintomática refratária ao tratamento farmacológico.
Extra: Ou em IC com FA (melhora da FEVE).

95
Q

Qual o principal objetivo da ablação da FA?

A

Isolamento elétrico das veias pulmonares.
Extra: Pode envolver outros focos/linhas.

96
Q

FA, “pill-in-the-pocket”: quais fármacos?

A

Propafenona ou flecainida. Extra: Dose única, pacientes selecionados (sem cardiopatia estrutural).

97
Q

Principal causa de morte súbita cardíaca (MSC) em adultos?

A

Doença arterial coronariana (DAC).
Extra: TV/FV em pacientes com cicatriz de infarto.

98
Q

Principal causa de MSC em jovens/atletas?

A

Cardiomiopatia hipertrófica.

99
Q

Arritmia mais comum na MSC?

A

Fibrilação ventricular (FV).

100
Q

Parada cardíaca por FV/TV sem pulso: conduta imediata?

A

Desfibrilação elétrica não sincronizada.
Extra: Compressões torácicas enquanto prepara desfibrilador.

101
Q

CDI para prevenção primária de MSC: principal indicação?

A

FEVE ≤ 35% após tratamento otimizado para IC (DAC ou CMD). Extra: Classe IA.

102
Q

Síndrome de Brugada: padrão ECG?

A

Supradesnivelamento do ST em V1-V3 (“corcova” ou “sela”).
Extra: Pode ser intermitente/induzido.

103
Q

Síndrome de Brugada: teste com ajmalina/flecainida positivo. O que indica?

A

Confirma o diagnóstico. Extra: Aumenta o risco de arritmias.

104
Q

Síndrome de Brugada: fármacos a evitar?

A

Bloqueadores dos canais de sódio (flecainida, procainamida), antidepressivos tricíclicos, lítio.

105
Q

Síndrome do QT longo: tratamento de base?

A

Betabloqueadores.
Extra: Mesmo em pacientes assintomáticos.

106
Q

Cite 3 fármacos que prolongam o QT.

A

Claritromicina, Amiodarona, Sotalol, Eritromicina, Quinolonas.

(CASEQ)

107
Q

TVPC: tratamento?

A

Betabloqueador (dose máxima). Se refratário: flecainida.
Extra: CDI se alto risco/refratário.

108
Q

Displasia arritmogênica do VD: o que é?

A

Doença genética: fibrose e substituição do miocárdio do VD por tecido adiposo. Extra: Risco de TV/FV e MSC.

109
Q

Ressonância cardíaca na estratificação de risco de MSC: o que procurar?

A

Fibrose miocárdica (realce tardio).

110
Q

Qual alteração no ECG predispõe a Torsades de Pointes?

A

Prolongamento do intervalo QT.

111
Q

Torsades de Pointes: Qual a conduta imediata?

A

Sulfato de Magnésio IV. Extra: Mesmo com Mg normal.

112
Q

Flutter atrial: Qual a frequência atrial típica?

A

250 - 350 bpm.
Extra: Circuito de macrorreentrada no átrio direito.

113
Q

Em que situação a cardioversão elétrica na FA não precisa ser sincronizada?

A

Fibrilação Ventricular.

114
Q

Qual o alvo terapêutico de RNI em pacientes com FA e prótese valvar mecânica em posição mitral?

A

2,5 - 3,5.
Extra: RNI mais alto que na FA sem prótese, e mais alto que em prótese aórtica.

115
Q

Qual DOAC não precisa de ajuste de dose na insuficiência renal leve a moderada?

A

Nenhum.
Extra: Todos os DOACs precisam de ajuste de dose em algum grau de IR. Os critérios variam.

116
Q

Paciente em uso de rivaroxabana vai para cirurgia eletiva de baixo risco de sangramento. Suspender quanto tempo antes?

A

24 horas.
Extra: Se alto risco de sangramento, 48h. Dabigatrana: tempos maiores, dependendo do ClCr.

117
Q

Homem, 70a, HAS, DM, DAC (stent há 3a). FA persistente, assintomático, FC controlada. CHA2DS2-VASc = 5. Em uso de varfarina, RNI 1,8. Conduta?

A

Ajustar dose da varfarina para atingir RNI 2,0-3,0. Extra: Paciente de alto risco, anticoagulação plena é mandatória. Considerar troca para DOAC se não houver contraindicação (ex: valvopatia reumática, prótese mecânica).

118
Q

Mulher, 55a, FA paroxística sintomática, refratária a betabloqueador. Ecocardiograma normal. Qual a próxima conduta mais apropriada?

A

Considerar ablação por cateter. Extra: Ablação é mais eficaz que antiarrítmicos para manter ritmo sinusal em FA paroxística sintomática refratária.

119
Q

Jovem, 22a, síncope durante exercício. ECG: supradesnivelamento do ST em V1-V3 (“corcova”). Suspeita diagnóstica e conduta inicial?

A

Síndrome de Brugada. Evitar fármacos que agravam a síndrome, encaminhar para especialista (eletrofisiologista). Extra: Teste com ajmalina/flecainida para confirmar. CDI se alto risco.

120
Q

Paciente em PCR por FV. Conduta imediata?

A

Desfibrilação elétrica não sincronizada. Extra: Iniciar RCP enquanto desfibrilador é preparado.

121
Q

Homem, 60a, DAC, IC (FEVE 30%), classe funcional II (NYHA). Em tratamento otimizado há 6 meses. CDI para prevenção primária de MSC?

A

Sim. Extra: FEVE ≤ 35% após tratamento otimizado para IC, em pacientes com DAC ou cardiomiopatia dilatada, é indicação classe IA para CDI.

122
Q

ECG: ondas “dente de serra” (ondas F), frequência atrial 280 bpm, FC ventricular 140 bpm. Diagnóstico?

A

Flutter atrial com condução 2:1.

123
Q

Paciente com FA, em uso de Varfarina, com INR 2,7, irá realizar extração dentária simples. Qual a conduta?

A

Manter Varfarina.
Extra: Baixo risco de sangramento. Suspender apenas se alto risco de sangramento e paciente com alto risco tromboembólico, fazendo “ponte” com heparina.

124
Q

Qual a principal indicação de MP permanente em BAV 2º grau Mobitz II?

A

Independente de sintomas. Extra: Risco de progressão para BAVT.

125
Q

Qual a principal indicação de MP permanente em BAVT?

A

Independente de sintomas. Extra: Mesmo assintomático.

126
Q

BAV 1º grau: precisa de MP?

A

Geralmente não.
Extra: Exceto se sintomas claramente relacionados à bradicardia e intervalo PR muito longo (> 300 ms), ou se BAV infranodal (ex: após cirurgia cardíaca, ablação).

127
Q

Doença do nó sinusal (DNS): principal indicação de MP?

A

Bradicardia sinusal sintomática ou pausas sinusais sintomáticas. Extra: Síncope, pré-síncope, tontura, dispneia aos esforços (incompetência cronotrópica).

128
Q

Bloqueio de ramo alternante: precisa de MP?

A

Sim. Extra: Alto risco de progressão para BAVT.

129
Q

Síncope neurocardiogênica (vasovagal): MP é indicado?

A

Raramente. Extra: Apenas em casos recorrentes e graves, com pausas documentadas > 3s (ou > 6s assintomático), em pacientes > 40 anos. Considerar antes outras medidas (hidratação, meias elásticas, fludrocortisona, midodrina).

130
Q

Qual o modo de estimulação mais comum em MP bicameral?

A

DDD. Extra: Estimula e sente átrio e ventrículo, mantendo sincronia AV.

131
Q

O que significa o modo de estimulação VVI?

A

Estimula e sente apenas o ventrículo. Inibe a estimulação se houver atividade ventricular espontânea. Extra: Usado em FA permanente ou em pacientes com pouca atividade atrial.

132
Q

Qual a vantagem do modo DDD sobre o VVI em pacientes com função sinusal normal?

A

Mantém a sincronia atrioventricular. Extra: Melhora o débito cardíaco, reduz o risco de síndrome do marcapasso.

133
Q

O que é a “síndrome do marcapasso”?

A

Sintomas (fadiga, dispneia, tontura) causados pela perda da sincronia AV em pacientes com MP VVI. Extra: Devido à contração atrial contra valvas AV fechadas.

134
Q

Qual o modo de estimulação ideal em paciente com BAVT e FA permanente?

A

VVIR. Extra: Estimulação ventricular com resposta de frequência (R) para se adaptar ao esforço.

135
Q

Paciente com MP apresenta tontura e bradicardia. Qual a primeira suspeita?

A

Disfunção do marcapasso. Extra: Avaliar limiar de estimulação, sensibilidade, impedância do eletrodo.

136
Q

O que é “captura” no MP?

A

Capacidade do MP de despolarizar o miocárdio (átrio ou ventrículo). Extra: Avaliada no ECG (espícula seguida de onda P ou QRS).

137
Q

O que é “sensibilidade” no MP?

A

Capacidade do MP de detectar a atividade elétrica intrínseca do coração (ondas P ou R).

Extra: Se a sensibilidade estiver muito baixa, o MP pode “sobresensoriar” (detectar ruído) e inibir a estimulação. Se estiver muito alta, pode “subsensoriar” e não inibir quando deveria.

138
Q

Qual a conduta se houver falha de captura no MP?

A

Aumentar a energia de saída (voltagem ou duração do pulso). Extra: Investigar a causa (deslocamento do eletrodo, aumento do limiar, fratura do eletrodo).

139
Q

Qual a conduta se houver falha de sensibilidade (sobresensoriamento) no MP?

A

Diminuir a sensibilidade (aumentar o valor em mV). Extra: Investigar a causa (interferência eletromagnética, miopotenciais).

140
Q

Paciente com MP apresenta taquicardia. Qual a possível causa?

A

Taquicardia mediada pelo marcapasso (TMM).

Extra: Ocorre em MP DDD, quando uma extrassístole ventricular é conduzida retrogradamente para o átrio, iniciando um ciclo de estimulação ventricular-condução retrógrada-estimulação ventricular.

141
Q

Como tratar a TMM?

A

Alongar o período refratário atrial do MP, aplicar ímã (converte para modo assíncrono). Extra: Em casos recorrentes, reprogramar o MP ou considerar ablação da via retrógrada.

142
Q

Qual a principal indicação do TEF?

A

Avaliação de arritmias (taquicardias, bradicardias, síncope). Extra: Também usado para estratificação de risco de morte súbita e para guiar ablação.

143
Q

O que é o intervalo HV?

A

Tempo de condução do feixe de His até o início da ativação ventricular (QRS). Extra: Normal: 35-55 ms. Prolongado: indica doença do sistema His-Purkinje.

144
Q

Qual o significado de um intervalo HV prolongado?

A

Doença do sistema His-Purkinje. Extra: Risco aumentado de BAV.

145
Q

O que é o “ponto de Wenckebach” no TEF?

A

Frequência atrial em que ocorre BAV 2º grau Mobitz I durante estimulação atrial incremental. Extra: Avalia a condução nodal AV.

146
Q

O que é a “indução de TV” no TEF?

A

Capacidade de iniciar taquicardia ventricular sustentada durante estimulação ventricular programada. Extra: Indica substrato para TV.

147
Q

Qual a principal causa de síncope?

A

Reflexa (vasovagal, situacional). Extra: Causa mais comum em jovens e sem cardiopatia.

148
Q

Quais as principais causas cardíacas de síncope?

A

Arritmias (bradiarritmias, taquiarritmias), estenose aórtica grave, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva, mixoma atrial, tamponamento cardíaco.

149
Q

Quais os “red flags” na avaliação de síncope que sugerem causa cardíaca?

A

Síncope durante esforço, síncope em posição supina, síncope sem pródromos, história familiar de morte súbita, sopro cardíaco, ECG anormal.

150
Q

Qual o exame inicial na investigação de síncope?

A

Eletrocardiograma (ECG). Extra: Avaliar bradiarritmias, taquiarritmias, bloqueios, pré-excitação, QT longo, Brugada.

151
Q

Qual o papel do Tilt Test na investigação de síncope?

A

Avaliar a predisposição à síncope neurocardiogênica (vasovagal).
Extra: Positivo: reprodução da síncope com hipotensão e/ou bradicardia durante inclinação.

152
Q

Quando o Holter é útil na investigação de síncope?

A

Quando há suspeita de arritmia intermitente. Extra: Mais útil se sintomas frequentes.

153
Q

Quando o monitor de eventos (looper) é útil na investigação de síncope?

A

Quando há suspeita de arritmia, mas os sintomas são infrequentes. Extra: Permite registro do ECG durante o evento.

154
Q

Quando o estudo eletrofisiológico é indicado na investigação de síncope?

A

Quando há suspeita de arritmia grave (ex: TV) ou bloqueio AV infranodal, e outros exames não foram diagnósticos.
Extra: Também indicado em pacientes com cardiopatia estrutural e síncope.

155
Q

Qual o tratamento da síncope vasovagal?

A

Medidas comportamentais (hidratação, evitar gatilhos), meias elásticas. Extra: Em casos refratários: fludrocortisona, midodrina. Raramente: MP.

156
Q

Qual a característica do BAV 1º grau no ECG?

A

Intervalo PR prolongado (> 200 ms), constante. Extra: Todas as ondas P conduzem para os ventrículos.

157
Q

Qual a característica do BAV 2º grau Mobitz I (Wenckebach) no ECG?

A

Prolongamento progressivo do intervalo PR até uma onda P bloqueada.
Extra: Geralmente benigno, nodal.

158
Q

Qual a característica do BAV 2º grau Mobitz II no ECG?

A

Onda P bloqueada sem prolongamento prévio do intervalo PR.
Extra: Mais grave, geralmente infranodal. Risco de progressão para BAVT.

159
Q

Qual a característica do BAV 2º grau 2:1 no ECG?

A

A cada 2 ondas P, 1 conduz e 1 é bloqueada. Extra: Pode ser nodal (Mobitz I) ou infranodal (Mobitz II).

160
Q

Qual a característica do BAVT no ECG?

A

Dissociação completa entre ondas P e complexos QRS.
Extra: Ritmo de escape ventricular (geralmente bradicárdico).

161
Q

Quais as principais causas de BAV?

A

Doença degenerativa do sistema de condução, DAC, miocardite, fármacos (betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, digoxina, amiodarona), doenças infiltrativas (amiloidose, sarcoidose), congênito.

162
Q

Qual o tratamento do BAV 2º grau Mobitz II e do BAVT?

A

Marca-passo permanente. Extra: Independente de sintomas.

163
Q

Qual a característica do BRD completo no ECG?

A

QRS alargado (> 120 ms), padrão rSR’ em V1-V2, onda S empastada em V5-V6, D1, aVL.
Extra: Pode ser normal em atletas.

164
Q

Qual a característica do BRE completo no ECG?

A

QRS alargado (> 120 ms), padrão RSR’ (entalhado) em V5-V6, D1, aVL, ausência de onda q em V5-V6, D1, aVL. Extra: Geralmente associado a cardiopatia.

165
Q

Qual o significado clínico do BRE novo?

A

Pode indicar infarto agudo do miocárdio (IAM).
Extra: Dificulta a interpretação do ECG para isquemia.

166
Q

Qual o significado clínico do BRD em paciente assintomático?

A

Geralmente benigno. Extra: Avaliar outras causas (ex: hipertensão pulmonar, TEP).

167
Q

Paciente com síncope recorrente, sem pródromos. ECG normal. Holter: pausas sinusais > 3s. Conduta?

A

Investigar doença do nó sinusal. Extra: Considerar estudo eletrofisiológico se sintomas graves ou Holter inconclusivo. Marca-passo se DNS confirmada e sintomática.

168
Q

Paciente com BAV 2º grau Mobitz II, assintomático. Conduta?

A

Marca-passo permanente. Extra: Risco de progressão para BAVT.

169
Q

Paciente com MP VVI apresenta fadiga, dispneia aos esforços e tontura. Qual a possível causa?

A

Síndrome do marcapasso. Extra: Perda da sincronia AV. Considerar upgrade para MP DDD.

170
Q

Paciente com MP DDD apresenta taquicardia regular com FC 150 bpm. Qual a possível causa?

A

Taquicardia mediada pelo marcapasso (TMM). Extra: Condução retrógrada de extrassístole ventricular.

171
Q

Qual exame é útil para avaliar a função do nó sinusal e a condução AV em pacientes com síncope de origem indeterminada?

A

Estudo eletrofisiológico.

172
Q

Qual o achado no ECG de um paciente com Bloqueio de Ramo Esquerdo Completo?

A

QRS alargado (>0,12s), com padrão rSR’ ou R puro, entalhado em D1, aVL, V5 e V6. (Extra: Ausência de onda Q nessas derivações).

173
Q

Qual o achado do ECG de um paciente em BAV total?

A

Dissociação atrioventricular. (Extra: Ondas P e complexos QRS com frequências independentes).