Análise Sintática Flashcards

1
Q

O que é a frase?

A

É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação.

Na frase é facultativo o uso do verbo.
Exemplos:
- Atenção!
- Que frio!
- A China passa por dificuldades.

  • Nem toda frase é oração.

Por Exemplo:

Que dia lindo!

  • Esse enunciado é frase, pois tem sentido.
  • Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo.
  • Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como:

Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante!

  • A frase pode conter uma ou mais orações. Veja:

Brinquei no parque. (uma oração)
Entrei na casa e sentei-me. (duas orações)
Cheguei, vi, venci. (três orações)

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2
Q

Quais os tipos de frase?

A

As frases classificam-se em:

  • Declarativa: faz uma declaração. “Os olhos luziam de muita vida…” (Machado de Assis)
  • Interrogativa: utiliza uma pergunta. “Entro num drama ou saio de uma comédia?” (Machado de Assis)
  • Exclamativa: expressa sentimento. “Que imenso poeta, D. Guiomar!” (Machado de Assis)
  • Imperativa: dá uma ordem ou pedido. “Chegue-se mais perto…” (Machado de Assis)
  • Optativa: expressa um desejo. “Tomara que você passe na prova”.
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3
Q

O que é uma oração?

A

É o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.

Na oração é preciso usar verbo ou locução verbal.
Exemplos:
- A fábrica, hoje, produziu bem.
- Homens e mulheres são iguais perante a lei.

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4
Q

O que é um período?

A

É a oração composta por um ou mais verbos.

Ex.: “- O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo na academia, Vou-me embora.”

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5
Q

O período classifica-se em:

A
  • *Simples:** tem apenas uma oração.
  • “As senhoras como se chamam?” (Machado de Assis)
  • *Composto:** tem duas ou mais orações.
  • “Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha”. (Machado de Assis)
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6
Q

Como se estrutura a frase?

A

As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos essenciais: sujeito e predicado.

Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase “Saímos”, por exemplo, há um sujeito implícito na terminação do verbo: nós.

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7
Q

O que é o sujeito?

A

O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É normalmente o “ser de quem se declara algo”, “o tema do que se vai comunicar”.

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8
Q

O que é o predicado?

A

O predicado é a parte da frase que contém “a informação nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.

É sempre muito importante analisar qual é o núcleo significativo da declaração:

  • se o núcleo da declaração estiver no verbo, teremos um predicado verbal (ocorre nas frases verbais);
  • se o núcleo da declaração estiver em algum nome, teremos um predicado nominal (ocorre nas frases nominais que possuem verbo de ligação)
  • quando é formado por um verbo significativo (ação) mais o predicativo do sujeito.
    O pred. verbo-nominal nos dá 2 informações: ação e estado.O núcleo do PVN é o verbo e o predicativo (nome).

OBS: como aqui o verbo é de ação, logo o PVN não possui verbo de ligação.

Ex.: A criança brincava distraída.

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9
Q

Análise sintática da frase:

“O amor é eterno.”

A

O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é “O amor”. A declaração referente a “o amor”, ou seja, o predicado, é “é eterno”.

É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o nome “eterno”.

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10
Q

Análise sintática da frase:

“Os rapazes jogam futebol.”

A

O sujeito é “Os rapazes”, que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa com o verbo “jogam”.

O predicado é “jogam futebol”, cujo núcleo significativo é o verbo “jogam”. Temos, assim, um predicado verbal.

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11
Q

Quanto à regência verbal, os verbos podem ser:

A
  • Transitivo direto
  • Transitivo indireto
  • Transitivo direto e indireto
  • Intransitivo
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12
Q

O que são verbos transitivos?

A

Exigem complemento (objetos) para que tenham sentido completo.

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13
Q

Os verbos transitivos podem ser:

A
  • Transitivos diretos
  • Transitivos indiretos
  • Transitivos diretos e indiretos
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14
Q

O que são verbos transitivos diretos?

A

Não possuem sentido completo, logo precisam de um complemento (objeto).

  • Esses complementos (sem preposição), são chamados de objetos diretos.

Ex.: Maria comprou um livro.

“Um livro” é o complemento exigido pelo verbo. Ele não está acompanhado de preposição. “Um livro” é o objeto direto. Note que se disséssemos: “Maria comprou.” a frase estaria incompleta, pois quem compra, compra alguma coisa. O verbo comprar é transitivo direto.

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15
Q

O que são verbos transitivos indiretos?

A

Não possuem sentido completo, logo precisam de um complemento, sendo que o complemento é acompanhado de uma preposição. São chamados de objetos indiretos.

Ex. Gosto de filmes.

“De filmes” é o complemento exigido pelo verbo gostar, e ele está acompanhado por uma preposição (de). Este complemento é chamado de objeto indireto. O verbo gostar é transitivo indireto

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16
Q

O que são verbos transitivos diretos e indiretos?

A

Exigem 2 complementos. Um com preposição, e outro sem.

Ex. O garoto ofereceu um livro ao colega.

O verbo oferecer é transitivo direto e indireto. Quem oferece, oferece alguma coisa a alguém.

Ofereceu alguma coisa = Um brinquedo (sem preposição).
Ofereceu para alguém = ao colega (com preposição).
ao = combinação da preposição a com o artigo definido o.

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17
Q

O que são verbos intransitivos?

A

são verbos que não exigem complemento. Ou seja, os verbos intransitivos possuem sentido completo.

Ex: “Ele morreu.” O verbo morrer tem sentido completo. Algumas vezes o verbo intransitivo pode vir acompanhado de algum termo que indica modo, lugar, tempo, etc. Estes termos são chamados de adjuntos adverbiais. Ex. Ele morreu dormindo.

Dormindo foi a maneira, o modo que ele morreu.
Dormindo é o adjunto adverbial de modo.

OBSERVAÇÃO:

Existem verbos intransitivos que precisam vir acompanhados de adjuntos adverbiais apenas para darem um sentido completo para a frase.

Ex. Moro no Rio de Janeiro.

O verbo morar é intransitivo, porém precisa do complemento “no RJ’ para que a frase tenha um sentido completo. “No RJ” é o adj. adverbial de lugar.

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18
Q

O que são os adjuntos adverbiais?

A
  • é a função sintática dada para os termos com valor de Advérbio que estão presentes em uma frase ou período.
  • O adjunto adverbial é o termo da oração que serve para modificar o verbo segundo as circunstâncias da frase e o valor semântico que este possui.
  • A posição do adjunto adverbial na frase é, normalmente, no final, contudo ele pode aparecer em outra posição, basta o colocarmos entre vírgulas.
  • O adjunto adverbial é considerado um termo acessório da oração, ou seja, um termo que pode ser dispensado sem prejuízo na estrutura sintática da frase, mas que nem por isso deixa de ser importante, pois dependendo da mensagem a ser transmitida, ele será essencial para a compreensão da mesma.
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19
Q

Quais os principais adjuntos adverbiais?

A

Adjunto adverbial de causa

Adjunto adverbial de condição

Adjunto adverbial de concessão

Adjunto adverbial de dúvida

Adjunto adverbial de finalidade

Adjunto adverbial de intensidade

Adjunto adverbial de lugar

Adjunto adverbial de modo

Adjunto adverbial de tempo

Adjunto Adverbial de negação

Adjunto adverbial de afirmação

Adjunto adverbial de meio

Adjunto adverbial de assunto

Adjunto adverbial de companhia

Adjunto adverbial de direção

Adjunto adverbial de exclusão

Adjunto adverbial de frequência

Adjunto adverbial de instrumento

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20
Q

Quais os adjuntos adverbiais de causa?

A
  • porque
  • por causa de
  • devido a
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21
Q

Quais os adjuntos adverbiais de condição?

A
  • se
  • caso
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22
Q

Quais os adjuntos adverbiais de concessão?

A
  • todavia
  • contudo
  • muito embora
  • apesar disso
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23
Q

Quais os adjuntos adverbiais de dúvida?

A
  • talvez
  • quem sabe
  • quiçá
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24
Q

Quais os adjuntos adverbiais de finalidade?

A
  • para que
  • para
  • por
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25
Q

Quais os adjuntos adverbiais de intensidade?

A
  • muito
  • quanto
  • que
  • demais
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26
Q

Quais os adjuntos adverbiais de lugar?

A
  • aqui
  • ali
  • acolá
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27
Q

Quais os adjuntos adverbiais de modo?

A
  • bem
  • mal
  • intensamente
  • vagarosamente
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28
Q

Quais os adjuntos adverbiais de tempo?

A
  • hoje
  • amanhã
  • logo
  • cedo
  • tarde
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29
Q

Quais os adjuntos adverbiais de negação?

A
  • não
  • jamais
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30
Q

Quais os adjuntos adverbiais de afirmação?

A
  • sim
  • com certeza
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31
Q

Quais os adjuntos adverbiais de meio?

A
  • pelo correio
  • de ônibus
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32
Q

Quais os adjuntos adverbiais de assunto?

A
  • de…
  • sobre…
  • a respeito de…
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33
Q

Quais os adjuntos adverbiais de companhia?

A
  • junto com
  • com
  • na companhia de
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34
Q

Quais os adjuntos adverbiais de direção?

A
  • para cima
  • abaixo
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35
Q

Quais os adjuntos adverbiais de exclusão?

A
  • menos
  • com exceção de
  • exceto
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36
Q

Quais os adjuntos adverbiais de frequência?

A
  • diariamente
  • frequentemente
  • mensalmente
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37
Q

Quais os adjuntos adverbiais de instrumento?

A
  • de faca
  • a marteladas
  • com uma tesoura
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38
Q

O que são os adjuntos adnominais?

A

É o termo da oração que sempre se refere a um substantivo. Vem representado por artigos, adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos e numerais. Os adjuntos adnominais modificam o substantivo, qualquer que seja a função que ele exerça na oração.

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39
Q

Quais os tipos de adjuntos adnominais?

A

1) ADJETIVOS

  • O alegre espetáculo começou tarde.

2) LOCUÇÕES ADJETIVAS

Era uma noite de inverno.

3)PRONOMES ADJETIVOS

Você pegou meu livro.

4) NUMERAIS

Conheço aqueles dois alunos.

5) ARTIGO

Onde estão os alunos?

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40
Q

Quais são os termos acessórios das orações?

A
  • Adjunto Adverbial
  • Adjunto Adnominal
  • Aposto
  • Vocativo
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41
Q

O que é o aposto?

A

Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor.

Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

Ex.:

  • Toda mulher deseja uma coisa: ser feliz no casamento.
  • A cidade de Manaus tem um teatro lindo.
  • A professora Vera trará mais execícios.

O aposto poderá vir em forma de oração. Quando isso acontecer será chamado: Oração subordinada substantiva apositiva.

Ex.: Único mamífero que voa, o morcego é temido por muita gente.

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42
Q

O que é o vocativo?

A
  • É a função sintática que corresponde a uma INVOCAÇÃO, um chamamento, e não se relaciona sintaticamente com os demais termos da oração.
  • Muitas vezes vem acompanhada por uma entoação exclamativa ou apelativa.
  • Geralmente é separado por vírgulas, mas pode aparecer também com um sinal de exclamação, interrogação, etc.
  • É bastante estudado em retórica e estilística.
  • O vocativo ocorre no discurso direto, geralmente em frases imperativas, interrogativas ou exclamativas, e permite a identificação do interlocutor.
  • Na sintaxe, é classificado como um termo acessório da oração, e tem a particularidade de não pertencer nem ao sujeito, nem ao predicado.

Exemplos:

João! Volte já aqui!
Maria, preciso falar com você.

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43
Q

O vocativo pode ser formado por:

A

a) um substantivo (geralmente próprio)

Lúcia, compareça ao setor de embarque.

b) adjuntos adnominais (artigos, adjetivos e pronomes adjetivos)

Venha, minha querida, nós vamos voltar para casa.

c) um pronome reto de segunda pessoa

Ei, você, deixou cair sua carteira?

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44
Q

Na frase, em relação ao lugar, o vocativo poderá aparecer:

A

a) no início ou no final da frase,

Menino, cuidado com o carro!

Cuidado com o carro, menino!

b) antes ou depois do adjunto adverbial

Hoje, senhoras e senhores, temos a honra de apresentar nosso projeto concluído.

Senhoras e senhores, hoje temos a honra de apresentar nosso projeto concluído.

c) antes ou depois do verbo imperativo

Lembre-se, meu filho, de que a vida é feita de desafios.

Meu filho, lembre-se de que a vida é feita de desafios.

d) entre o nome/verbo e o complemento

Amanhã traremos, professora, o nosso trabalho concluído.

Tenho muito medo, pai, de perder o meu emprego.

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45
Q

Quanto à regência verbal, o verbo aspirar:

A

pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.

Transitivo direto: quando significa “sorver”, “tragar”,inspirar” e exige complemento sem preposição.

  • Ela aspirou o aroma das flores.
  • Todos nós gostamos de aspirar o ar do campo.

Transitivo indireto: quando significa “pretender”, “desejar”, “almejar” e exige complemento com a preposição “a”.

  • O candidato aspirava a uma posição de destaque.
  • Ela sempre aspirou a esse emprego.

Obs: Quando é transitivo indireto não admite a substituição pelos pronomes lhe(s). Devemos substituir por “a ele(s)”, “a ela(s)”.

  • Aspiras a este cargo?
  • Sim, aspiro a ele. (e não “aspiro-lhe”).
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46
Q

Quanto à regência verbal, o verbo assistir:

A

O verbo assistir pode ser transitivo indireto, transitivo direto e intransitivo.

Transitivo indireto: quando significa “ver”, “presenciar”, “caber”, “pertencer” e exige complemento com a preposição “a”.

  • Assisti a um filme. (ver)
  • Ele assistiu ao jogo.
  • Este direito assiste aos alunos. (caber)

Transitivo direto: quando significa “socorrer”, “ajudar” e exige complemento sem preposição.

  • O médico assiste o ferido. (cuida)

Obs: Nesse caso o verbo “assistir” pode ser usado com a preposição “a”.

  • Assistir ao paciente.

Intransitivo: quando significa “morar” exige a preposição “em”.

  • O papa assiste no Vaticano. (no: em + o)
  • Eu assisto no Rio de Janeiro.

“No Vaticano” e “no Rio de Janeiro” são adjuntos adverbiais de lugar.

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47
Q

Quanto à regência verbal, o verbo chamar:

A

O verbo chamar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.

É transitivo direto quando significa “convocar”, “fazer vir” e exige complemento sem preposição.

  • O professor chamou o aluno.

É transitivo indireto quando significa “invocar” e é usado com a preposição “por”.

  • Ela chamava por Jesus.

Com o sentido de “apelidar” pode exigir ou não a preposição, ou seja, pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.

Admite as seguintes construções:

  • Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo)
  • Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo)
  • Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo)
  • Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo)
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48
Q

Quanto à regência verbal, o verbo visar:

A

Pode ser transitivo direto (sem preposição) ou transitivo indireto (com preposição).

  • Quando significa “dar visto” e “mirar” é transitivo direto.
    • O funcionário já visou todos os cheques. (dar visto)
  • O arqueiro visou o alvo e atirou. (mirar)*
  • Quando significa “desejar”, “almejar”, “pretender”, “ter em vista” é transitivo indireto e exige a preposição “a”.
    • Muitos visavam ao cargo.
  • Ele visa ao poder.*

Nesse caso não admite o pronome lhe(s) e deverá ser substituído por a ele(s), a ela(s). Ou seja, não se diz: viso-lhe.

Obs: Quando o verbo “visar” é seguido por um infinitivo, a preposição é geralmente omitida.

- Ele visava atingir o posto de comando.

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49
Q

Quanto à regência verbal, o verbo esquecer / lembrar:

A
  • 1º - Os verbos são transitivos diretos, ou seja exigem complemento sem preposição.
    • Lembrar algo – esquecer algo*
    • Ele esqueceu o livro.*
  • 2º - Os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto, transitivos indiretos.
    • Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)*
    • Ele se esqueceu do caderno.
  • Eu me esqueci da chave.
  • Eles se esqueceram da prova.
  • Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.*
  • Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alteração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea , porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
    • Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
  • Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)*
  • O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de alguma coisa).
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50
Q

Quanto à regência verbal, o verbo preferir:

A

É transitivo direto e indireto, ou seja, possui um objeto direto (complemento sem preposição) e um objeto indireto (complemento com preposição)

    • Prefiro cinema a teatro.
  • Prefiro passear a ver TV.*

Não é correto dizer: “Prefiro cinema do que teatro”.

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51
Q

Quanto à regência verbal, o verbo simpatizar:

A

Ambos são transitivos indiretos e exigem a preposição “com”.

- Não simpatizei com os jurados.

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52
Q

Quanto à regência verbal, o verbo querer:

A

Pode ser transitivo direto (no sentido de “desejar”) ou transitivo indireto ( no sentido de “ter afeto”, “estimar”).

    • A criança quer sorvete.
  • Quero a meus pais.*
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53
Q

Quanto à regência verbal, o verbo namorar:

A

É transitivo direto, ou seja, não admite preposição.

  • Maria namora João.

Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”.

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54
Q

Quanto à regência verbal, o verbo obedecer:

A

É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a preposição “a” (obedecer a).

- Devemos obedecer aos pais.

Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode ser usado na voz passiva.

- A fila não foi obedecida.

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55
Q

Quanto à regência verbal, o verbo ver:

A

É transitivo direto, ou seja, não exige preposição.

- Ele viu o filme.

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56
Q

O que é a regência (nominal ou verbal)?

A

A regência verbal ou nominal determina se os seus complementos são acompanhados por preposição.

Os nomes pedem complemento nominal;

e os verbos, objetos diretos ou indiretos.

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57
Q

Complemento nominal de:

Acessível

A

a

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58
Q

Complemento nominal de:

Acostumado

A

a ou com

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59
Q

Complemento nominal de:

Alheio

A

a

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60
Q

Complemento nominal de:

Alusão

A

a

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61
Q

Complemento nominal de:

Ansioso

A

por

62
Q

Complemento nominal de:

Atenção

A

a ou para

63
Q

Complemento nominal de:

Atento

A

a ou em

64
Q

Complemento nominal de:

Benéfico

A

a

65
Q

Complemento nominal de:

Compatível

A

com

66
Q

Complemento nominal de:

Cuidadoso

A

com

67
Q

Complemento nominal de:

Desacostumado

A

a ou com

68
Q

Complemento nominal de:

Desatento

A

a

69
Q

Complemento nominal de:

Desfavorável

A

a

70
Q

Complemento nominal de:

Desrespeito

A

a

71
Q

Complemento nominal de:

Estranho

A

a

72
Q

Complemento nominal de:

Favorável

A

a

73
Q

Complemento nominal de:

Fiel

A

a

74
Q

Complemento nominal de:

Grato

A

a

75
Q

Complemento nominal de:

Hábil

A

em

76
Q

Complemento nominal de:

Habituado

A

a

77
Q

Complemento nominal de:

Inacessível

A

a

78
Q

Complemento nominal de:

Indeciso

A

em

79
Q

Complemento nominal de:

Invasão

A

de

80
Q

Complemento nominal de:

Junto

A

a ou de

81
Q

Complemento nominal de:

Leal

A

a

82
Q

Complemento nominal de:

Maior

A

de

83
Q

Complemento nominal de:

Morador

A

em

84
Q

Complemento nominal de:

Natural

A

de

85
Q

Complemento nominal de:

Necessário

A

a

86
Q

Complemento nominal de:

Necessidade

A

de

87
Q

Complemento nominal de:

Nocivo

A

a

88
Q

Complemento nominal de:

Ódio

A

a ou contra

89
Q

Complemento nominal de:

Odioso

A

a ou para

90
Q

Complemento nominal de:

Posterior

A

a

91
Q

Complemento nominal de:

Preferência

A

a ou por

92
Q

Complemento nominal de:

Preferível

A

a

93
Q

Complemento nominal de:

Prejudicial

A

a

94
Q

Complemento nominal de:

Próprio

A

de ou para

95
Q

Complemento nominal de:

Próximo

A

a ou de

96
Q

Complemento nominal de:

Querido

A

de ou por

97
Q

Complemento nominal de:

Residente

A

em

98
Q

Complemento nominal de:

Respeito

A

a ou por

99
Q

Complemento nominal de:

Sensível

A

a

100
Q

Complemento nominal de:

Simpatia

A

por

101
Q

Complemento nominal de:

Simpático

A

a

102
Q

Complemento nominal de:

Útil

A

a ou para

103
Q

Complemento nominal de:

Versado

A

em

104
Q

Considerando a regência nominal, não existem regras. Cada palavra exige um complemento e rege uma preposição.

Muitas regências nós aprendemos de tanto escutá-las, porém não significa que todas estejam corretas. Exemplos:

A
  • Prefiro mais cinema do que teatro.”

Escutamos esta frase quase todos os dias.

Preferir mais, não existe, pois ninguém prefere menos. É, portanto, uma redundância.

  • Quem prefere prefere alguma coisa “a” outra. A frase ficaria correta desta forma: “Prefiro cinema a teatro”.

O verbo preferir é transitivo direto e indireto e o objeto indireto deve vir com a preposição. “a”.

  • “Prefiro isso do que aquilo.”

Do que é uma regência popular e deve ser evitada em provas, redações e concursos.

“Prefiro ir à praia a estudar.” (Preferir a + a praia: a + a: à - veja Crase).

105
Q

Quando a concordância verbal ocorre?

A

quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito.
Exemplos:
Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./

Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser.

106
Q

Quais as regras gerais de concordância verbal?

A

1) Sujeito simples: O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.

Ex.: Nós vamos ao cinema.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).

2) Sujeito composto : O verbo vai para o plural.

Ex.: João e Maria foram passear no bosque.

107
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é um coletivo

A

o verbo fica no singular.

Ex.: A multidão gritou pelo rádio.

Atenção:
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.

Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram.

108
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é um coletivo partitivo (metade, a maior parte, maioria, etc.):

A

o verbo fica no singular ou vai para o plural.

  • Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão.*
  • A maioria dos alunos foram à excursão.*
109
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é um pronome de tratamento:

A

o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural).

Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio.

Vossas Altezas pediram silêncio.

110
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é o pronome relativo “que”:

A

O verbo concorda com o antecedente do pronome.

  • Ex.: Fui eu que derramei o café.*
  • Fomos nós que derramamos o café.*
111
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é o pronome relativo “quem”:

A

o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome.

  • Ex.: Fui eu quem derramou o café.*
  • Fui eu quem derramei o café.*
112
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de…, quantos de…, etc., então:

A

o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós).

  • Ex.: Quais de vós me punirão?*
  • Quais de vós me punireis?*

OBS.:
Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o verbo concorda com eles em pessoa e número.

Ex.: Qual de vós me punirá.

113
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural:

A
  • Se o sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará no singular.
  • Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa.*
  • Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo.
  • Ex.: Os Estados Unidos são a maior potência mundial.*
114
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de dois, cerca de…, etc, então:

A

o verbo concorda com o numeral.

Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula.

Mais de cinco alunos não compareceram à aula.

115
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior parte, grande parte, etc, então:

A

o verbo poderá ser usado no singular (concordância lógica) ou no plural (concordância atrativa).

Ex.: A maioria dos candidatos desistiu.

A maioria dos candidatos desistiram.

116
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo):

A

o verbo poderá ser usado no singular ou plural, se este vier afastado do substantivo.

Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./

A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa.

117
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é composto e os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes, então:

A

o verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.

Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.

Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.

Atenção:

  • No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.
  • Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural)*
  • Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo:
  • Ex.: Irei eu e minhas amigas.*
118
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é composto e os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por “e”:

A

o verbo concordará com os dois núcleos.

Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé.

Atenção:

  • Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo.
  • Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.*
119
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é composto e os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - então:

A

o verbo poderá ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa).

Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e ansiedade não o ajudava a se concentrar.

120
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é composto, quando há gradação entre os núcleos, então:

A

o verbo pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo.

Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam.

Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.

121
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é composto, quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém…

A

o verbo concordará com o aposto resumidor.

Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.

122
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é composto, quando o sujeito for constituído pelas expressões: um e outro, nem um nem outro…, então:

A

o verbo poderá ficar no singular ou no plural.

  • Ex.: Um e outro já veio.*
  • Um e outro já vieram.*
123
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é composto, quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou:

A

o verbo irá para o singular quando a ideia for de exclusão, e para o plural quando for de inclusão.

Ex.: Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão)
A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão)

124
Q

Observando a concordância verbal, se o sujeito é composto, quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto… como/ assim… como/ não só… mas também, etc.), então:

A

-o que comumente ocorre é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular.

Ex.: Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo.

Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo.

125
Q

Concordância verbal quando o sujeito contém a partícula “se”:

A
  • *a - Partícula apassivadora:** o verbo ( transitivo direto) concordará com o sujeito passivo.
  • Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros.*

b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará, obrigatoriamente, no singular.
Ex.: Precisa-se de secretárias.
Confia-se em pessoas honestas.

126
Q

Concordância de verbos impessoais:

A

São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.
Exemplos:
Havia sérios problemas na cidade.
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.
Deve haver sérios problemas na cidade.
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.

Dicas:
Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais.
O verbo existir não é impessoal. Veja:

Existem sérios problemas na cidade.
Devem existir sérios problemas na cidade.

127
Q

Concordância dos verbos dar, bater e soar (quando usados na indicação de horas):

A
Possuem sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...), e com ele devem concordar.
Exemplos:

O relógio deu duas horas.
Deram duas horas no relógio da estação.
Deu uma hora no relógio da estação.
O sino da igreja bateu cinco badaladas.
Bateram cinco badaladas no sino da igreja.
Soaram dez badaladas no relógio da escola.:

128
Q

Concordância verbal quando o sujeito é oracional:

A

Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do singular.

Ex.: Ainda falta dar os últimos retoques na pintura.

129
Q

Concordância verbal com o verbo no infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração:

A

- não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal oblíquo átono.

Ex.: Esperei-as chegar.

  • é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por pronome átono e se o verbo da oração determinada pelo infinitivo for causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e sinônimos).
    Ex.:Mandei sair os alunos.
    Mandei saírem os alunos.
  • flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de pronome átono e determinante de verbo não causativo nem sensitivo.
  • Ex.: Esperei saírem todos.*
130
Q

Concordância verbal com o verbo no infinitivo pessoal e sujeito oculto:

A
  • *- não se flexiona** o infinitivo precedido de preposição com valor de gerúndio.
  • Ex.: Passamos horas a comentar o filme. (comentando)*
  • *- é facultativa** a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da oração principal.
  • Ex.: Antes de (tu) responder, (tu) lerás o texto.*

Antes de (tu) responderes, (tu) lerás o texto.

- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e está indicado por algum termo do contexto.
Ex.: Ele nos deu o direito de contestar.

Ele nos deu o direito de contestarmos.

  • é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e não está indicado por nenhum termo no contexto.
    Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato.
131
Q

Concordância verbal quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal:

A

- não se flexiona o infinitivo, sendo este o verbo principal da locução verbal, quando em virtude da ordem dos termos da oração, sua ligação com o verbo auxiliar for nítida.

Ex.: Acabamos de fazer os exercícios.

- é facultativa a flexão do infinitivo, sendo este o verbo principal da locução verbal, quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto.
Ex.: Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidar e reclamar dela.
Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidarmos e reclamarmos dela.

132
Q

Na concordância do verbo ser/ parecer, quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes : tudo, nada, isto, isso, aquilo. Então:

A

- o verbo “ser” ou “parecer” concordarão com o predicativo.
Ex.:Tudo são flores.
Aquilo parecem ilusões.

Dicas:
Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.

Ex.: Aquilo é sonhos vãos.

133
Q

Na concordância do verbo ser, quando o sujeito for os pronomes interrogativo que ou quem:

A

O verbo ser concordará com o predicativo .

Exemplos:

Que são gametas?
Quem foram os escolhidos?:

134
Q

Na concordância do verbo ser, em indicações de horas, datas, tempo e distância:

A

** a concordância será feita com a expressão numérica**

  • Ex.: São nove horas.
  • É uma** hora.

OBS:

  • Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois subentende-se a palavra dia.

Ex.:Hojesão 24** de outubro.
Hoje é (dia) 24 de outubro.

135
Q

Na concordância do verbo ser, quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal:

A

a concordância se dará com o pronome.

Ex.: Aqui o presidente sou eu.

OBS.:
Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração.

Ex.: Eu não sou tu

136
Q

Na concordância do verbo ser, se o sujeito for pessoa:

A

a concordância nunca se fará com o predicativo.

Ex.: O menino era as esperanças da família.

137
Q

Na concordância do verbo ser, considerando as locuções: é pouco, é muito, é mais de, é menos de, junto a especificações de preço, peso, quantidade, distância e etc.:

A

o verbo fica sempre no singular.

Ex.: Cento e cinquenta é pouco.
Cem metros é muito.

138
Q

Na concordância do verbo ser, quando há expressões do tipo, ser preciso, ser necessário, ser bom:

A

o verbo e o adjetivo pode ficar invariável (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com o sujeito posposto.

  • Ex.:É necessário aqueles materiais.
  • São necessários** aqueles materiais.
139
Q

Na concordância do verbo ser, na expressão: é que, usada como expletivo, como será o verbo será flexionado:

A
  • se o sujeito da oração não aparecer entre o verbo “ser” e o “que”, ficará invariável.
  • Se aparecer, o verbo concordará com o sujeito.

  • Ex.: Eles é que sempre chegam atrasados.
  • São eles que** sempre chegam atrasados.
140
Q

Concordância de casos especiais dos verbos haver/fazer:

A
  • “Haver” no sentido de “existir”, indicando “tempo” ou no sentido de “ocorrer” ficará na terceira pessoa do singular. É impessoal, ou seja, não admite sujeito.
  • Ex.: Nesta sala bons e maus alunos. (= existe)*
  • houve muitos acidentes aqui. (= ocorrer)*
  • *“Fazer” quando indica “tempo” ou “fenômenos da natureza”, também é impessoal** e deverá ficar na terceira pessoa do singular.
  • Ex.: Faz 10 anos que me formei. (= tempo decorrido)*
141
Q

Qual a regra geral da concordância nominal?

A

O artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o substantivo a que se referem em gênero e número.

Ex.: Dois pequenos goles de vinho e um calçado certo deixam qualquer mulher irresistivelmente alta.

142
Q

Concordância nominal quando há mais de um vocábulo determinado:

A

Pode ser feita a concordância gramatical ou a atrativa.

Exemplos:

  • Comprei um sapato e um vestido pretos. (gramatical - o adjetivo concorda com os dois substantivos)*
  • Comprei um sapato e um vestido preto. (atrativa, apesar de o adjetivo se referir aos dois substantivos, ele concordará apenas com o núcleo mais próximo)*
143
Q

Concordância nominal quando um substantivo acompanhado (determinado) por mais de um adjetivo:

A

os adjetivos concordam com o substantivo.

Ex.: Seus lábios eram doces e macios.

144
Q

Concordância nominal no caso do uso de “Bastante - bastantes”:

A
  • Quando adjetivo, será variável
  • Ex.: Há bastantes motivos para sua ausência. (bastantes será adjetivo de motivos)*
  • quando advérbio, será invariável
  • Ex.: Os alunos falam bastante. (bastante será advérbio de intensidade, referindo-se ao verbo)*
145
Q

Concordância nominal ao utilizar os vocábulos: Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio.”

A
  • São adjetivos que devem concordar com o substantivo a que se referem.

Ex.:A fotografia vai anexa ao curriculum.

Os documentos irão anexos ao relatório.

Exceções:

  • Quando precedido da preposição em, fica invariável.
  • Ex.: A fotografia vai em anexo*.
  • “Mesmo” pode ser advérbio quando significa realmente, de fato. Será, portanto, invariável.
  • Ex.:Maria viajará mesmo para os EUA.*
146
Q

Concordância nominal para os vocábulos muito, pouco, caro, barato, longe, meio, sério, alto:

A

São palavras que variam seu comportamento, funcionando ora como advérbios (sendo assim invariáveis), ora como adjetivos (variáveis).

Exemplos:
Os homens eram altos./ Os homens falavam alto.
Poucas pessoas acreditavam nele./ Eu ganho pouco pelo meu trabalho.
Os sapatos custam caro./ Os sapatos estão caros.
A água é barata./ A água custa barato.
Viajaram por longes terras./ Eles vivem longe.
Eles são homens sérios./ Eles falavam sério.
Muitos homens morreram na guerra./ João fala muito.
Ele não usa meias palavras./ Estou meio gorda.

147
Q

Concordância nominal para os termos é bom, é necessário, é proibido:

A

Só variam se o sujeito vier precedido de artigo ou outro determinante

  • *.**
  • Exemplos:*

É proibido entrada de estranhos./ É proibida a entrada de estranhos.

É necessário chegar cedo./ É necessária sua chegada.

148
Q

Concordância nominal para os vocábulos menos, alerta, pseudo:

A
  • *São sempre invariáveis.**
  • Exemplos:*

  • Havia menos professores na reunião./Havia menos professoras na reunião.*
  • O aluno ficou alerta./ Os alunos ficaram alerta.*
  • Era um pseudomédico./ Era uma pseudomédica.*
149
Q

Concordância nominal para os termos só, sós:

A

Quando adjetivos, serão variáveis, quando advérbios, serão invariáveis.

Exemplos:
A criança ficou só./ As crianças ficaram sós. (adjetivo)
Depois da briga, só restaram copos e garrafas quebrados. (advérbio)

Dica:

  • A locução adverbial “a sós” é invariável.
  • Ex.: Preciso falar a sós com ele.*
150
Q

Concordância nominal dos particípios:

A

Os particípios concordarão com o substantivo a que se referirem.

  • Ex.: Os livros foram comprados a prazo.*
  • As mercadorias foram compradas a prazo.*
  • *Dicas:**
  • *Se o particípio pertencer a um tempo composto, será invariável.**
  • Ex: O juiz tinha iniciado o jogo de vôlei.*

A juíza tinha iniciado o jogo de vôlei.