Análise Sintática Flashcards
O que é a frase?
É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação.
Na frase é facultativo o uso do verbo.
Exemplos:
- Atenção!
- Que frio!
- A China passa por dificuldades.
- Nem toda frase é oração.
Por Exemplo:
Que dia lindo!
- Esse enunciado é frase, pois tem sentido.
- Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo.
- Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como:
Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante!
- A frase pode conter uma ou mais orações. Veja:
Brinquei no parque. (uma oração)
Entrei na casa e sentei-me. (duas orações)
Cheguei, vi, venci. (três orações)
Quais os tipos de frase?
As frases classificam-se em:
- Declarativa: faz uma declaração. “Os olhos luziam de muita vida…” (Machado de Assis)
- Interrogativa: utiliza uma pergunta. “Entro num drama ou saio de uma comédia?” (Machado de Assis)
- Exclamativa: expressa sentimento. “Que imenso poeta, D. Guiomar!” (Machado de Assis)
- Imperativa: dá uma ordem ou pedido. “Chegue-se mais perto…” (Machado de Assis)
- Optativa: expressa um desejo. “Tomara que você passe na prova”.
O que é uma oração?
É o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.
Na oração é preciso usar verbo ou locução verbal.
Exemplos:
- A fábrica, hoje, produziu bem.
- Homens e mulheres são iguais perante a lei.
O que é um período?
É a oração composta por um ou mais verbos.
Ex.: “- O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo na academia, Vou-me embora.”
O período classifica-se em:
- *Simples:** tem apenas uma oração.
- “As senhoras como se chamam?” (Machado de Assis)
- *Composto:** tem duas ou mais orações.
- “Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha”. (Machado de Assis)
Como se estrutura a frase?
As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos essenciais: sujeito e predicado.
Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase “Saímos”, por exemplo, há um sujeito implícito na terminação do verbo: nós.
O que é o sujeito?
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É normalmente o “ser de quem se declara algo”, “o tema do que se vai comunicar”.
O que é o predicado?
O predicado é a parte da frase que contém “a informação nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.
É sempre muito importante analisar qual é o núcleo significativo da declaração:
- se o núcleo da declaração estiver no verbo, teremos um predicado verbal (ocorre nas frases verbais);
- se o núcleo da declaração estiver em algum nome, teremos um predicado nominal (ocorre nas frases nominais que possuem verbo de ligação)
- quando é formado por um verbo significativo (ação) mais o predicativo do sujeito.
O pred. verbo-nominal nos dá 2 informações: ação e estado.O núcleo do PVN é o verbo e o predicativo (nome).
OBS: como aqui o verbo é de ação, logo o PVN não possui verbo de ligação.
Ex.: A criança brincava distraída.
Análise sintática da frase:
“O amor é eterno.”
O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é “O amor”. A declaração referente a “o amor”, ou seja, o predicado, é “é eterno”.
É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o nome “eterno”.
Análise sintática da frase:
“Os rapazes jogam futebol.”
O sujeito é “Os rapazes”, que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa com o verbo “jogam”.
O predicado é “jogam futebol”, cujo núcleo significativo é o verbo “jogam”. Temos, assim, um predicado verbal.
Quanto à regência verbal, os verbos podem ser:
- Transitivo direto
- Transitivo indireto
- Transitivo direto e indireto
- Intransitivo
O que são verbos transitivos?
Exigem complemento (objetos) para que tenham sentido completo.
Os verbos transitivos podem ser:
- Transitivos diretos
- Transitivos indiretos
- Transitivos diretos e indiretos
O que são verbos transitivos diretos?
Não possuem sentido completo, logo precisam de um complemento (objeto).
- Esses complementos (sem preposição), são chamados de objetos diretos.
Ex.: Maria comprou um livro.
“Um livro” é o complemento exigido pelo verbo. Ele não está acompanhado de preposição. “Um livro” é o objeto direto. Note que se disséssemos: “Maria comprou.” a frase estaria incompleta, pois quem compra, compra alguma coisa. O verbo comprar é transitivo direto.
O que são verbos transitivos indiretos?
Não possuem sentido completo, logo precisam de um complemento, sendo que o complemento é acompanhado de uma preposição. São chamados de objetos indiretos.
Ex. Gosto de filmes.
“De filmes” é o complemento exigido pelo verbo gostar, e ele está acompanhado por uma preposição (de). Este complemento é chamado de objeto indireto. O verbo gostar é transitivo indireto
O que são verbos transitivos diretos e indiretos?
Exigem 2 complementos. Um com preposição, e outro sem.
Ex. O garoto ofereceu um livro ao colega.
O verbo oferecer é transitivo direto e indireto. Quem oferece, oferece alguma coisa a alguém.
Ofereceu alguma coisa = Um brinquedo (sem preposição).
Ofereceu para alguém = ao colega (com preposição).
ao = combinação da preposição a com o artigo definido o.
O que são verbos intransitivos?
são verbos que não exigem complemento. Ou seja, os verbos intransitivos possuem sentido completo.
Ex: “Ele morreu.” O verbo morrer tem sentido completo. Algumas vezes o verbo intransitivo pode vir acompanhado de algum termo que indica modo, lugar, tempo, etc. Estes termos são chamados de adjuntos adverbiais. Ex. Ele morreu dormindo.
Dormindo foi a maneira, o modo que ele morreu.
Dormindo é o adjunto adverbial de modo.
OBSERVAÇÃO:
Existem verbos intransitivos que precisam vir acompanhados de adjuntos adverbiais apenas para darem um sentido completo para a frase.
Ex. Moro no Rio de Janeiro.
O verbo morar é intransitivo, porém precisa do complemento “no RJ’ para que a frase tenha um sentido completo. “No RJ” é o adj. adverbial de lugar.
O que são os adjuntos adverbiais?
- é a função sintática dada para os termos com valor de Advérbio que estão presentes em uma frase ou período.
- O adjunto adverbial é o termo da oração que serve para modificar o verbo segundo as circunstâncias da frase e o valor semântico que este possui.
- A posição do adjunto adverbial na frase é, normalmente, no final, contudo ele pode aparecer em outra posição, basta o colocarmos entre vírgulas.
- O adjunto adverbial é considerado um termo acessório da oração, ou seja, um termo que pode ser dispensado sem prejuízo na estrutura sintática da frase, mas que nem por isso deixa de ser importante, pois dependendo da mensagem a ser transmitida, ele será essencial para a compreensão da mesma.
Quais os principais adjuntos adverbiais?
Adjunto adverbial de causa
Adjunto adverbial de condição
Adjunto adverbial de concessão
Adjunto adverbial de dúvida
Adjunto adverbial de finalidade
Adjunto adverbial de intensidade
Adjunto adverbial de lugar
Adjunto adverbial de modo
Adjunto adverbial de tempo
Adjunto Adverbial de negação
Adjunto adverbial de afirmação
Adjunto adverbial de meio
Adjunto adverbial de assunto
Adjunto adverbial de companhia
Adjunto adverbial de direção
Adjunto adverbial de exclusão
Adjunto adverbial de frequência
Adjunto adverbial de instrumento
Quais os adjuntos adverbiais de causa?
- porque
- por causa de
- devido a
Quais os adjuntos adverbiais de condição?
- se
- caso
Quais os adjuntos adverbiais de concessão?
- todavia
- contudo
- muito embora
- apesar disso
Quais os adjuntos adverbiais de dúvida?
- talvez
- quem sabe
- quiçá
Quais os adjuntos adverbiais de finalidade?
- para que
- para
- por
Quais os adjuntos adverbiais de intensidade?
- muito
- quanto
- que
- demais
Quais os adjuntos adverbiais de lugar?
- aqui
- ali
- lá
- acolá
Quais os adjuntos adverbiais de modo?
- bem
- mal
- intensamente
- vagarosamente
Quais os adjuntos adverbiais de tempo?
- hoje
- amanhã
- logo
- cedo
- tarde
Quais os adjuntos adverbiais de negação?
- não
- jamais
Quais os adjuntos adverbiais de afirmação?
- sim
- com certeza
Quais os adjuntos adverbiais de meio?
- pelo correio
- de ônibus
Quais os adjuntos adverbiais de assunto?
- de…
- sobre…
- a respeito de…
Quais os adjuntos adverbiais de companhia?
- junto com
- com
- na companhia de
Quais os adjuntos adverbiais de direção?
- para cima
- abaixo
Quais os adjuntos adverbiais de exclusão?
- menos
- com exceção de
- exceto
Quais os adjuntos adverbiais de frequência?
- diariamente
- frequentemente
- mensalmente
Quais os adjuntos adverbiais de instrumento?
- de faca
- a marteladas
- com uma tesoura
O que são os adjuntos adnominais?
É o termo da oração que sempre se refere a um substantivo. Vem representado por artigos, adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos e numerais. Os adjuntos adnominais modificam o substantivo, qualquer que seja a função que ele exerça na oração.
Quais os tipos de adjuntos adnominais?
1) ADJETIVOS
- O alegre espetáculo começou tarde.
2) LOCUÇÕES ADJETIVAS
Era uma noite de inverno.
3)PRONOMES ADJETIVOS
Você pegou meu livro.
4) NUMERAIS
Conheço aqueles dois alunos.
5) ARTIGO
Onde estão os alunos?
Quais são os termos acessórios das orações?
- Adjunto Adverbial
- Adjunto Adnominal
- Aposto
- Vocativo
O que é o aposto?
Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor.
Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.
Ex.:
- Toda mulher deseja uma coisa: ser feliz no casamento.
- A cidade de Manaus tem um teatro lindo.
- A professora Vera trará mais execícios.
O aposto poderá vir em forma de oração. Quando isso acontecer será chamado: Oração subordinada substantiva apositiva.
Ex.: Único mamífero que voa, o morcego é temido por muita gente.
O que é o vocativo?
- É a função sintática que corresponde a uma INVOCAÇÃO, um chamamento, e não se relaciona sintaticamente com os demais termos da oração.
- Muitas vezes vem acompanhada por uma entoação exclamativa ou apelativa.
- Geralmente é separado por vírgulas, mas pode aparecer também com um sinal de exclamação, interrogação, etc.
- É bastante estudado em retórica e estilística.
- O vocativo ocorre no discurso direto, geralmente em frases imperativas, interrogativas ou exclamativas, e permite a identificação do interlocutor.
- Na sintaxe, é classificado como um termo acessório da oração, e tem a particularidade de não pertencer nem ao sujeito, nem ao predicado.
Exemplos:
João! Volte já aqui!
Maria, preciso falar com você.
O vocativo pode ser formado por:
a) um substantivo (geralmente próprio)
Lúcia, compareça ao setor de embarque.
b) adjuntos adnominais (artigos, adjetivos e pronomes adjetivos)
Venha, minha querida, nós vamos voltar para casa.
c) um pronome reto de segunda pessoa
Ei, você, deixou cair sua carteira?
Na frase, em relação ao lugar, o vocativo poderá aparecer:
a) no início ou no final da frase,
Menino, cuidado com o carro!
Cuidado com o carro, menino!
b) antes ou depois do adjunto adverbial
Hoje, senhoras e senhores, temos a honra de apresentar nosso projeto concluído.
Senhoras e senhores, hoje temos a honra de apresentar nosso projeto concluído.
c) antes ou depois do verbo imperativo
Lembre-se, meu filho, de que a vida é feita de desafios.
Meu filho, lembre-se de que a vida é feita de desafios.
d) entre o nome/verbo e o complemento
Amanhã traremos, professora, o nosso trabalho concluído.
Tenho muito medo, pai, de perder o meu emprego.
Quanto à regência verbal, o verbo aspirar:
pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.
Transitivo direto: quando significa “sorver”, “tragar”, “inspirar” e exige complemento sem preposição.
- Ela aspirou o aroma das flores.
- Todos nós gostamos de aspirar o ar do campo.
Transitivo indireto: quando significa “pretender”, “desejar”, “almejar” e exige complemento com a preposição “a”.
- O candidato aspirava a uma posição de destaque.
- Ela sempre aspirou a esse emprego.
Obs: Quando é transitivo indireto não admite a substituição pelos pronomes lhe(s). Devemos substituir por “a ele(s)”, “a ela(s)”.
- Aspiras a este cargo?
- Sim, aspiro a ele. (e não “aspiro-lhe”).
Quanto à regência verbal, o verbo assistir:
O verbo assistir pode ser transitivo indireto, transitivo direto e intransitivo.
Transitivo indireto: quando significa “ver”, “presenciar”, “caber”, “pertencer” e exige complemento com a preposição “a”.
- Assisti a um filme. (ver)
- Ele assistiu ao jogo.
- Este direito assiste aos alunos. (caber)
Transitivo direto: quando significa “socorrer”, “ajudar” e exige complemento sem preposição.
- O médico assiste o ferido. (cuida)
Obs: Nesse caso o verbo “assistir” pode ser usado com a preposição “a”.
- Assistir ao paciente.
Intransitivo: quando significa “morar” exige a preposição “em”.
- O papa assiste no Vaticano. (no: em + o)
- Eu assisto no Rio de Janeiro.
“No Vaticano” e “no Rio de Janeiro” são adjuntos adverbiais de lugar.
Quanto à regência verbal, o verbo chamar:
O verbo chamar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.
É transitivo direto quando significa “convocar”, “fazer vir” e exige complemento sem preposição.
- O professor chamou o aluno.
É transitivo indireto quando significa “invocar” e é usado com a preposição “por”.
- Ela chamava por Jesus.
Com o sentido de “apelidar” pode exigir ou não a preposição, ou seja, pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.
Admite as seguintes construções:
- Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo)
- Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo)
- Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo)
- Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo)
Quanto à regência verbal, o verbo visar:
Pode ser transitivo direto (sem preposição) ou transitivo indireto (com preposição).
- Quando significa “dar visto” e “mirar” é transitivo direto.
- O funcionário já visou todos os cheques. (dar visto)
- O arqueiro visou o alvo e atirou. (mirar)*
- Quando significa “desejar”, “almejar”, “pretender”, “ter em vista” é transitivo indireto e exige a preposição “a”.
- Muitos visavam ao cargo.
- Ele visa ao poder.*
Nesse caso não admite o pronome lhe(s) e deverá ser substituído por a ele(s), a ela(s). Ou seja, não se diz: viso-lhe.
Obs: Quando o verbo “visar” é seguido por um infinitivo, a preposição é geralmente omitida.
- Ele visava atingir o posto de comando.
Quanto à regência verbal, o verbo esquecer / lembrar:
- 1º - Os verbos são transitivos diretos, ou seja exigem complemento sem preposição.
- Lembrar algo – esquecer algo*
- Ele esqueceu o livro.*
- 2º - Os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto, transitivos indiretos.
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)*
- Ele se esqueceu do caderno.
- Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.*
- Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alteração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea , porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
- Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
- Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)*
- O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de alguma coisa).
Quanto à regência verbal, o verbo preferir:
É transitivo direto e indireto, ou seja, possui um objeto direto (complemento sem preposição) e um objeto indireto (complemento com preposição)
- Prefiro cinema a teatro.
- Prefiro passear a ver TV.*
Não é correto dizer: “Prefiro cinema do que teatro”.
Quanto à regência verbal, o verbo simpatizar:
Ambos são transitivos indiretos e exigem a preposição “com”.
- Não simpatizei com os jurados.
Quanto à regência verbal, o verbo querer:
Pode ser transitivo direto (no sentido de “desejar”) ou transitivo indireto ( no sentido de “ter afeto”, “estimar”).
- A criança quer sorvete.
- Quero a meus pais.*
Quanto à regência verbal, o verbo namorar:
É transitivo direto, ou seja, não admite preposição.
- Maria namora João.
Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”.
Quanto à regência verbal, o verbo obedecer:
É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a preposição “a” (obedecer a).
- Devemos obedecer aos pais.
Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode ser usado na voz passiva.
- A fila não foi obedecida.
Quanto à regência verbal, o verbo ver:
É transitivo direto, ou seja, não exige preposição.
- Ele viu o filme.
O que é a regência (nominal ou verbal)?
A regência verbal ou nominal determina se os seus complementos são acompanhados por preposição.
Os nomes pedem complemento nominal;
e os verbos, objetos diretos ou indiretos.
Complemento nominal de:
Acessível
a
Complemento nominal de:
Acostumado
a ou com
Complemento nominal de:
Alheio
a
Complemento nominal de:
Alusão
a