Amebíase Flashcards
Amebíase: etiologia
Entamoeba histolytica
Entamoeba díspar (não invasiva/luminal, não tem diferença à microscopia, mais prevalente na assintomática)
Amebíase: infecção x doença
Infecção: não há lesão
Doença: apresenta lesões que causam sintomas
Amebíase: formas e localização
Intestinal: habitat no intestino grosso
Extra intestinal: menos frequente; fígado, pele, pulmão, encéfalo
Amebíase: morfologia
Protozoários unicelulares
Trofozoítos (forma vegetativa) e cistos (forma de resistência)
Amebíase: trofozoítos
Forma vegetativa • Apresenta ectoplasma e endoplasma • Núcleo único com grânulos de cromatina • Sem forma definida • 20-60 μm
Amebíase: cistos
Forma de resistência
• Formato esférico
• Quatro núcleos (quando maduros)
Amebíase: ciclo evolutivo
Patogênio ou não patogênico, definido de acordo com a cepa
Cisto (desencistamento no intestino delgado) → metacisto → 4 trofozoítos (divisão binária) → 8 trofozoítos → intestino grosso (divisão binária) → formação de colônias de trofozoítos
Trofozoíto se desprende da mucosa intestinal para luz (gatilho para encistar)
No patogênico, lesão da mucosa intestinal para aderir trofozoíto à submucosa → diarreia e dor abdominal
Amebíase: fatores que aumentam patogenicidade
- Bactérias
- Colesterol
- Passagens sucessivas em vários hospedeiros (aumento da resistência)
Amebíase: patogenia
Lesão da mucosa do intestino (ceco, sigmoide e reto preferencialmente) para poder se multiplicar na submucosa
Lesão se torna mais extensa, podendo se abrir para luz e até perfurar epitélio intestinal → peritonite (forma grave)
Amebíase: moléculas de virulência (instrumentos para lesão)
- Lectinas amebianas: se liga a oligossacarídeos, causa citólise
- Amebaporos: permite entrada de H2O e íons, causa lise osmótica
- Cisteína-proteases: causa lesão ao epitélio, permitindo passagem da Entamoeba
Amebíase intestinal: manifestação clínicas
- Formas assintomáticas: Entamoeba díspar
- Colite não disentérica: evacuações amolecidas, desconforto abdominal, cólicas
- Forma disentérica: mais grave; 10-12 evacuações diarreicas/dia. Fezes com sangue e muco, cólica intensa, tenesmo (vontade de evacuar, mas sensação de não esvaziar), febre (lesão necrótica; febre muito alta → inflamação por bactéria)
Amebíase extraintestinal: manifestações clínicas
Hepática: febre, dor muito intensa, hepatomegalia, perda ponderal. Mais comum, muito grave, por via hematogênica (Entamoeba lesiona o epitélio, cai na corrente e chega no fígado; pode atingir pulmão e encéfalo)
Amebíase pulmonar: febre, dor torácica, tosse com expectoração de secreção cor de chocolate
Amebíase intestinal: diagnóstico laboratorial
Pesquisa de trofozoítos em fezes diarreicas;
Pesquisa de cistos em fezes pastosas;
Pesquisa de coproantígenos para Ac de Entamoeba histolytica
Sorologia detectável apenas se houver penetração na mucosa
Amebíase hepática: diagnóstico laboratorial
Punção
Diagnóstico por imagem (mais seguro)
Diagnóstico sorológico
Amebíase: epidemiologia e transmissão
Distribuição mundial, com maior prevalência em regiões tropicais e subtropicais
Transmissão oral pela ingestão de cistos (viáveis por 20d) em água e alimentos, pessoa a pessoa ou veiculada por insetos