Alimentação Flashcards

1
Q

Symposium mundo Grego

A

acontecimento social de particular importância na antiguidade, na
vida diária dos gregos, com antecedentes que remontam aos tempos pré-históricos.
* O cerimonial consistia em dois momentos: o jantar e depois a cerimónia associada ao
consumo de vinho.
* A palavra significa “beber em companhia”. Como instituição social fazia parte da vida
pública, política e religiosa, mas também privada.
* Os convivas podiam discutir sobre política, economia, tópicos sociais, assuntos correntes e
diários e ainda dizer piadas…
* Podia contemplar a contração de artistas, como cantores e músicos, e incluir vários jogos
e, por vezes, amores ilícitos.

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2
Q

Fontes de Informação

A

O que sabemos é graças às fontes
escritas e aos dados arqueológicos, a
partir dos locais onde decorriam
(andron), e os utensílios encontrados,
especialmente vasos áticos de figuras
negras e vermelhas.
* A palavra vem pela primeira vez
mencionada na poesia de Alceu (c. 630-
580 a.C.), Focílides e Teógnis, e em
autores mais tardios, como Plutarco,
Ateneu, Luciano e Júlio Pólux.

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3
Q

Os symposia pré-históricos

A

Os symposia remontam à época micénica mas certamente já eram conhecidos de entre os
minoicos. Estes deviam ser organizados pela
administração dos palácios em festivais religiosos
e eventos festivos pelos membros da aristocracia
(como parecem demonstrar as tabuinhas de
linear B e os inúmeros vasos para beber e outros
utensílios encontrados, bem como os frescos e as
pinturas nos vasos)
* As raízes parecem, todavia, remontar ao oriente,
pelo menos desde o IIIº milénio, e depois
assimilado no mediterrâneo oriental e região do
Egeu.
* Conhecem-se vestígios de encontros festivos com
comida e vinho misturado com água desde o
Neolítico e os inícios da Idade do Bronze, mas não
é possível demonstrar que a cerimónia da bebida
fosse mais importante do que a da ingestão de
alimentos.

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4
Q

Os symposia homéricos

A

sta é uma cerimónia bem representada nos
poemas homéricos, especialmente na Odisseia.
* Num dos passos da Ilíada (9.70-181), Nestor sugere
a Agamémnon um symposion e convida os mais
velhos para um banquete…
* O banquete homérico é a uma expressão de
hierarquia.
* Nos symposia homéricos os convidados sentavamse como nos dias de hoje e não se reclinavam nos
leitos, como passará a ser usual a partir do séc. VII
a.C.
* A outra diferença é que as mulheres estão
presentes nas mesmas condições, pelo menos as
das classes mais elevadas.

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5
Q

O ato de reclinar

A

A posição reclinada no kline, leito, ocorre, O ato de reclinar
como referimos, a partir do séc. VII a.C., um
costume que se manterá até o período
bizantino, pelo menos até o séc. X.
* Este hábito parece ter vindo do oriente,
provavelmente através dos fenícios.
* Os primeiros gregos a adotar esta posição
foram os da aristocrata Iónia, hábito que
rapidamente se espalhou na aristocracia do
continente.
* Este hábito era privilégio dos homens; as
mulheres (quando presentes) ficavam
sentadas, apenas em alguns festivais,
exclusivamente femininos (como nos
santuários de Deméter e Kore, em Corinto, e
de Artemis, em Brauro – Ática), adotavam essa
posição.
* Os rapazes assistiam de pé ou sentados junto
do pai, não lhes era permitido reclinar ou
beber vinho (Aristóteles, Política, 7.15.9);
ganhavam esse direito quando completavam
18 anos (Platão, Leis, 2.9)

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6
Q

Andron

A

Este tipo de cerimónias decorriam no andron, no espaço Andron
masculino da casa e não no exterior.
* Existem referências de ocasionais festas em casas mais pobres e
em tabernas ou mesmo cerimónias em santuários.
* O tamanho do espaço era proporcional ao tamanho da casa. Os
leitos eram colocados em linha contra as paredes do espaço.
* Existia, por norma, uma plataforma para elevar os leitos, para
proteger os convivas das pernas de madeira dos mesmos, e para
permitir a limpeza do chão após cada symposion; por vezes eram
simplesmente usadas pequena pedras para elevar os leitos.
* As imagens que ilustram estes espaços mostram os leitos, as
mesas, os utensílios e os vasos usados para o consumo da bebida.
Veem-se ainda alguns objetos dependurados nas paredes,
incluindo cestos, caixas, instrumentos musicais, alteres, fitas de
cabelo, grinaldas, cachos de uvas, ramos de heras, por vezes,
armas.
* Nas casas mais abastadas os leitos eram cobertos por luxuosas
mantas e almofadas (por vezes os convivas traziam estas últimas
de casa)

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7
Q

Acessórios usados no jantar

A
  • Os gregos não usavam talheres. Os
    convivas usavam a mão direita, livre (a
    outra estaria apoiada no leito) para
    comer e para segurar o copo com a
    bebida.
  • A maioria parte dos movimentos fazia-se
    da esquerda para a direita.
  • O uso de talheres foi pela primeira vez
    documentado em Bizâncio nos sécs. X ou
    XI no Palácio Real.
  • Conhece-se o uso de colheres, mas estas
    eram raramente usadas e eram feitas
    preferencialmente em madeira e osso,
    raramente em metal; e apenas seriam
    usadas em refeições que incluíssem
    molhos
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8
Q

Distintos tipos de jantares

A

O symposion começava no crepúsculo da noite e
continuava a luz das tochas e das candelas até
cerca de meia noite, podendo algumas vezes
arrastar-se noite dentro.
* A primeira parte do jantar era breve e não incluía
grandes conversações e entretenimento.
* Quando o anfitrião era rico podia gastar
verdadeiras fortunas.
* Existiam, naturalmente, jantares com “multa”, mais
frequentes no séc. V a.C. quando estes saíram da
esfera exclusiva da aristocracia; os convivas podiam
trazer o cesto com a sua comida.

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9
Q

Os “convidados surpresa” – parasitas e bajuladores

A

Os convidados para um symposion podiam trazer um ou mais amigos, “convidados
surpresa”.
* Em Platão (Banquete 174 b-d) menciona-se o symposion dado pelo poeta Ágaton em 416
a.C. para celebrar a sua primeira vitória no concurso de drama e um dos convidados era
Sócrates. A caminho Sócrates encontra Aristodemo…
* Os “convidados surpresa” eram conhecidos por muitos nomes: “supranumerários”,
“sombras”, “sanguessugas”, “parasitas”

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10
Q

A etiqueta antes de jantar

A

Era suposto que os convidados para jantar
tivessem tomado banho e vestir-se a preceito.
* Não nos devemos esquecer que o symposion
era afinal uma ocasião festiva oficial para
honrar os deuses.
* Sócrates, que, como sabemos, cuidava pouco
da sua aparência, teria visitado os banhos e
calçado os seus melhores sapatos quando
participou no symposion dado pelo poeta
Ágaton.
* Uma vez chegados a casa do anfitrião os
escravos retiravam os sapatos aos convivas,
traziam bacias com água para estes lavarem as
mãos e untavam-nos com perfume.

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11
Q

Os lugares de honra e a
preparação da comida

A

O anfitrião tinha muito cuidado no lugar
a
atribuir aos convidados de modo
a evitar maus
entendidos que podiam estragar
a festa. * Os gregos consideravam os leitos à direita do
andron como o melhor lugar; o anfitrião ficava
com o lugar à esquerda da porta.
* Os convidados tinham uma tábua onde se
escrevia o menu e a forma de preparar cada
prato (Atheneu, Dipnosofistas ou Banquete dos
Eruditos 2,49d).
* A comida era normalmente preparada por um
membro da casa especializado em cozinhar,
mas, por vezes, contratavam cozinheiros na
agora.

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12
Q

O jantar

A

Em frente de cada leito os serventes colocavam uma
mesa com três pés (que permitia uma maior
estabilidade, dado que muitas vezes
o chão não era
perfeitamente nivelado). * As mesas eram pequenas
e leves, facilmente
removíveis
e substituídas por outras. * No jantar ao “modo ático” as primeiras mesas
continham pão, uma seleção de aperitivos (mariscos,
ouriços do mar, vegetais crus, etc.), conhecidos como
“pratos frios”. * Depois de removidas as mesas colocavam
-se outras,
com uma grande variedade de pratos de peixe
e de
carne (carneiro, borrego, bode, porco, aves de várias
espécies “estufadas
e assadas”). * Nestes momentos pouco vinho era ingerido. * Quando a refeição terminava os serventes retiravam as
últimas mesas com os restos
e varriam
o chão. * Depois voltavam a trazer as bacias para os convivas
lavarem as mãos, dado que, como vimos,
a comida era
consumida com
o uso dos dedos da mão direita.

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13
Q

O momento da bebida

A

Terminada a refeição tinha lugar a cerimónia mais
importante, entorno da bebida.
* Os serventes traziam os utensílios para misturar o
vinho e colocavam-nos no meio do andron ou num
compartimento adjacente (no caso daquele espaço
ser pequeno).
* Tal como na comida, seguia-se um protocolo.
* Antes da bebida os serventes perfumavam os
convivas e traziam-lhes grinaldas frescas.
* Este era também, muito provavelmente, um
costume oriental, primeiramente introduzido na
Iónia.
* Eram também colocadas plantas aromáticas nas
mesas, mirtos e heras.

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14
Q

Os “servidores” de vinho

A

Os anfitriões selecionavam normalmente bonitos
rapazes para servir o vinho, seguindo o exemplo de
Zeus que escolheu Ganimedes para escanção do
Olimpo
* Estes jovens eram
escravos ou filhos de
cidadãos livres, na sua
maioria representados
nus, sugerindo um
ambiente erótico

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15
Q

As libações de “vinho sem
misturar” e o péan (canto coral)
a acompanhar a libação

A

A cerimónia da bebida começava com uma
libação à Deusa da Fortuna (Ateneu,
Dipnosofistas ou Banquete dos Eruditos).
* Em qualquer caso o deus Dioniso estava
sempre presente (embora o seu nome não
devesse ser pronunciado).
* Depois da libação a Agathos Daimon,
provavam vinho “sem o misturar”.
* O final da cerimónia era assinalado com um
bater de mãos antes de se passar à etapa
seguinte

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16
Q

As “segundas mesas”

A

Entretanto os serventes estavam ocupados
a
misturar
o vinho com água. * Depois de terminada a libação passava
-se então
para as “segundas mesas” ou “mesas das
sobremesas”, colocadas em frente aos leitos. * As sobremesas consistiam em queijo, amêndoas
amargas, nozes, castanhas
e frutos (figos, maças,
peras
e uvas), frescas ou secas. * Todos estes produtos eram considerados
apropriados para acompanhar
a ingestão de vinho. * As sobremesas podiam incluir bolos e doces. * O vinho, como sabemos, tinha menos benefício
em ser ingerido só: Ateneu explica que
o vinho
perdia
a sua utilidade

17
Q

A bebedeira

A

Em Atenas existia uma lei, aparentemente antiga,
contra a ingestão de vinho sem o misturar; em
symposia, não só era ilegal como considerado um
costume bárbaro, próprio dos Citas e dos Trácios
(Heródoto 6.84).
* A supressão ou total inibição produzida pelo
excesso de vinho num symposion podia traduzir-se
em condutas sexuais menos aconselháveis.
* Segundo Platão o uso moderado de vinho fazia
com que o homem fosse otimista, confiante e livre
de se exprimir (Platão 649 a-b, Leis 1.15).
* Teógnis recorda-nos que se um homem beber com
moderação o vinho só lhe pode fazer bem

18
Q

Proporção de vinho e água

A

Três kratêres, e não mais, eu misturo
para os prudentes: um é à saúde,
o que se bebe primeiro; o segundo,
ao amor e ao prazer; o terceiro, ao sono,
e os que têm juízo, ao bebê-lo, chamados
a casa, põem-se a andar. O quarto, já
não é por nós, mas à arrogância; o quinto à gritaria;
o sexto às folias; o sétimo aos olhos negros;
o oitavo à querela legal; o nono à cólera;
e o décimo à loucura, o que manda tudo ao ar

19
Q

proporção II

A

Hesíodo (Trabalhos e Dias 595-596) e
Eubulo (frg. 93 Kassel-Austin = 94 Kock)
recomendavam uma parte de vinho para
três partes de água. Mas esta não era a
única rácio conhecida: Alceu (frg. 346 LobelPage) e Anacreonte (frg. 11 Page), ambos
conhecedores do tema, aconselhavam
adicionar duas partes.
* A proporção de vinho e água misturada
dependia das propriedades do vinho e,
claro, dos costumes de cada luga

20
Q

Vasos para beber

A

As taças mais comumente
utilizadas pelos atenienses nos
períodos arcaico e clássico
eram as taças; outras formas
incluíam os skyphoi, as phialai,
as kothilai, os kántaroi e os
Kothoi, mais raramente os
chamados vasos plásticos feitos
a molde

21
Q

A capacidade de uma taça

A

As taças variavam de tamanho e, como tal, de
capacidade.
* As taças de Tipo Siana, por exemplo, podiam
conter cerca de 3 litros.
* As taças “Little Master Cup”, podiam conter várias
medidas: as mais pequenas, cerca de 300 ml, e as
maiores, cerca de 4 litros.
* Panos Valavanis sugere que tenham existido dois
tipos de medidas na antiguidade, como nos dias
de hoje: a “simples”, quando a taça era
preenchida até à base do bordo, e a “dupla”,
quando era enchida até ao limite do bordo

22
Q

Filtrar o vinho

A

Na antiguidade os gregos bebiam
frequentemente o vinho “gelado”.
* Tinham várias formas de o beber frio
usando neve ou água fria.
* Por vezes usavam um recipiente
especialmente chamado psykter.

23
Q

Symposiasta

A

Antes de começarem a beber os convivas
escolhiam o mestre de cerimónias, o symposiasta.
Este decidia a proporção de água a acrescentar ao
vinho.
* Era este que decidia que brindes seriam feitos e
quando.
* Para dar início erguia um “copo-do-amor” com a
sua mão direita e mencionava o nome da pessoa a
quem era dirigido. Este era um “brinde à amizade”.
* O brinde também podia ser feito para conceitos
abstratos, como a amizade, o amor, a boa-vontade,
a saúde e a prosperidade.
* O brinde podia ser feito a partir de uma taça que
passava de mão em mão, da esquerda para a
direita.

24
Q

O entretenimento

A

Imitando os costumes orientais,
os músicos profissionais,
rapsodos, cantores, dançarinos
e tocadores de tambores,
maioritariamente femininos,
eram contratados para entreter
os convivas do symposion.

25
Q

Jogos

A

À parte do entretenimento visual e acústico e
dos discursos, o outro tipo de entretenimento
correspondia ao jogos de vários tipos.
* Um dos principais era perguntar enigmas, que
normalmente levava a multas cómicas para os
perdedores e prémios tontos para os
vencedores.
* Outro jogo popular no symposion era
“comparar por turnos”, onde uma pessoa
gostava de comparar uma outra a um animal e
assim sucessivamente.
* Outro dos jogos era o do “equilíbrio” e as
piadas inocentes que se teciam. Mas o mais
característico jogo em Atenas, pelo menos
desde os finais do séc. VI a.C. e todo o séc. V
a.C., era o kottabos, um jogo provavelmente
originário da Sicília.

26
Q

O final de um symposion

A
  • O symposion acabava com uma libação em honra de
    Hermes.
  • Depois do symposion alguns dos convivas voltavam a
    casa sem assistência, mas, por vezes, ocorria que
    alguns adormecessem nos leitos do andron e outros
    perlongassem a noite frequentando outros symposia
    que ainda não tivessem terminado.
  • Se não encontrassem outro sítio para ir,
    simplesmente ficavam a vaguear pela cidade com
    tochas, ocasionalmente acompanhados por
    dançarinos e raparigas a tocar flauta, dançando e
    cantando, perturbando a noite na cidade.
  • Nalguns vasos, particularmente, em taças, vê-se
    alguns homens a vomitar ou mesmo urinando, por
    vezes masturbando-se à frente dos companheiros.
  • Nestas circunstância não é surpreendente que as
    autoridades atenienses tivessem criado leis (Platão,
    671c, Leis 2,12).
27
Q

A participação feminina

A

Quando uma cena de symposion dos
períodos arcaico e clássico inclui figuras
femininas estas são normalmente
identificadas como artistas, hetairae. As
fontes antigas deixam claro que às “mulheres
decentes” não era permitido frequentar os
symposia, mas este ponto merece um
esclarecimento: as mulheres certamente
frequentavam os symposia pois estes faziam
parte dos grandes festivais de culto, alguns
dos quais, como vimos, eram exclusivamente
femininos.
* Outras cerimónias, como casamentos ou
nascimentos, deviam incluir certamente a
participação das mulheres de família ou do
seu círculo mais próximo. Nestes
acontecimentos as mulheres podiam sentarse numa cadeira ou no leito com os maridos,
ou ficavam simplesmente de pé,
acompanhando-os.

28
Q

A disseminação e frequência dos symposia

A

Para a maioria dos atenienses um symposion era uma ocorrência rara.
* Na maioria dos casos a sua celebração seria a propósito de um evento familiar ou o
sacrifício a um deus.
* O número de pessoas que normalmente participava num symposion não deveria exceder
uma dúzia.
* Era muito importante que os convidados pudessem ver e ouvir os outros convivas.
* O andron de uma casa ateniense do período clássico tinha normalmente seis leitos

29
Q

Do entretenimento aristocrático ao fenómeno de massas

A

Sabemos que pelo menos no período arcaico os symposia estavam diretamente ligados à
vida aristocrática.
* Com o estabelecimento da democracia em Atenas, que abriu a outros sectores da vida
social a outras classes, com o poder mais reduzido do poder e do prestígio da aristocracia, a
instituição do symposion gradualmente deixou de ser um privilégio das classes mais altas e
passou para a esfera de outros estratos sociais mais baixos

30
Q

O papel social dos symposia como
forma de educação

A

As raízes do symposia remontam às refeições sagradas, realizadas depois dos rituais sagrados.
* O symposion era um importante meio de educação (Platão, Leis, 1.11)
* A “pederastia” estava intimamente associada aos rituais de passagem para a educação dos
jovens.
* Os symposia eram considerados um bálsamo para a velhice: entre os 18 e os 30 anos os jovens
podiam beber com moderação; apenas uma pessoa com mais de 40 anos podia evocar os
deuses no final de uma refeição comum, e apelar a Diónisos em particular (convidando-o para
o ritual, fazendo o uso do vinho como um dom do deus e um remédio divino para a rabugice
da velhice).

31
Q
A