agricultura,hidrologia,meio ambiente Flashcards
agropecuaria e agronegocio
Agropecuária e Agronegócio
Agropecuária: É a combinação das atividades de agricultura (cultivo de vegetais) e pecuária (criação de animais) para a produção de alimentos, matérias-primas e produtos de consumo. Ela pode ser:
Extensiva: Caracterizada pelo uso de grandes áreas, com baixa produtividade por hectare e pouca tecnologia (exemplo: criação de gado solto em pastagens naturais).
Intensiva: Usam-se tecnologias avançadas, como fertilizantes, irrigação e maquinário moderno, com maior produtividade em menor espaço.
Agronegócio: Refere-se à cadeia produtiva do setor agrícola e pecuário, englobando desde a produção de insumos (sementes, fertilizantes) até a comercialização e exportação de produtos agrícolas. O agronegócio inclui também o processamento industrial de alimentos, a logística e os serviços financeiros envolvidos no setor. O Brasil é um dos líderes globais no agronegócio, destacando-se na produção de soja, milho, café, carne bovina e suína.
agricultura moderna e rev verde
- Agricultura Moderna e Revolução Verde
Agricultura Moderna: Refere-se à agricultura que utiliza tecnologias avançadas para aumentar a produtividade e a eficiência. Inclui o uso de máquinas agrícolas, irrigação moderna, fertilizantes químicos, pesticidas e a introdução de novas sementes geneticamente modificadas. Essas técnicas visam aumentar a produção em menos tempo e espaço.
Revolução Verde: Foi um conjunto de transformações tecnológicas ocorridas na agricultura mundial, especialmente nas décadas de 1960 e 1970. A Revolução Verde trouxe:
Sementes Melhoradas: Sementes híbridas e geneticamente modificadas para resistir a pragas e aumentar a produtividade.
Uso Intensivo de Insumos: Fertilizantes e pesticidas químicos para maximizar a produção agrícola.
Mecanização: Adoção de tratores e outras máquinas para substituir o trabalho manual e acelerar o cultivo.
Consequências: Aumentou a produtividade agrícola global e ajudou a combater a fome em muitos países. No entanto, causou desigualdades sociais (grandes agricultores beneficiados e pequenos agricultores prejudicados) e impactos ambientais, como a contaminação do solo e da água devido ao uso excessivo de insumos químicos.
ocupação e prod do centro oeste
- Ocupação e Produção do Centro-Oeste
A região Centro-Oeste do Brasil é marcada por uma ocupação relativamente recente (sobretudo no século XX), com grandes transformações a partir da construção de Brasília, em 1960. As principais características da ocupação e produção da região são:
Expansão Agrícola: Nas últimas décadas, a região se consolidou como um dos principais polos agrícolas do país, especialmente na produção de grãos (soja, milho) e na pecuária.
O Cerrado, que ocupa grande parte do Centro-Oeste, foi transformado em terras agrícolas produtivas graças à aplicação de técnicas de correção do solo (uso de calcário para neutralizar a acidez) e à irrigação.
Tecnologia Agrícola: A introdução de maquinário agrícola moderno, sementes geneticamente modificadas e técnicas de irrigação permitiu o desenvolvimento de uma agricultura intensiva e de alta produtividade.
Pecuária: A criação extensiva de gado bovino é uma das atividades econômicas mais importantes da região, com grandes fazendas de pastagem.
Expansão Urbana e Industrial: Com o crescimento agrícola, surgiram novas cidades e polos industriais ligados ao processamento de alimentos e à agroindústria.
Impactos Ambientais: A transformação do Cerrado em áreas agrícolas gerou desmatamento, degradação do solo e perda de biodiversidade. A expansão da fronteira agrícola para o Centro-Oeste também resultou na pressão sobre outros biomas, como a Amazônia.
reforma agrária
- Reforma Agrária
A reforma agrária é um conjunto de políticas públicas voltadas para a redistribuição da terra no Brasil, visando diminuir a concentração fundiária e aumentar o acesso à terra para pequenos agricultores e trabalhadores sem-terra. Os principais pontos são:
Objetivo: Democratizar o acesso à terra, garantir melhores condições de vida para os pequenos agricultores e trabalhadores rurais, e promover o desenvolvimento econômico e social nas áreas rurais.
Contexto: O Brasil tem uma história de concentração fundiária, onde grandes propriedades (latifúndios) controlam a maior parte das terras aráveis, enquanto milhões de pessoas, especialmente camponeses e sem-terra, vivem em áreas muito pequenas ou improdutivas. A reforma agrária visa corrigir essa desigualdade.
Processo: Envolve a desapropriação de terras improdutivas e a sua redistribuição para famílias de agricultores, normalmente organizadas por movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Desafios: A reforma agrária enfrenta oposição de grandes proprietários de terra e dificuldades políticas e econômicas, o que impede uma implementação ampla e efetiva. Além disso, mesmo quando terras são redistribuídas, falta apoio técnico, financeiro e de infraestrutura para que os assentados possam produzir de maneira eficiente.
sistema agrários ou sistema de cultivo
Sistemas Agrários ou Sistemas de Cultivo
Os sistemas agrários referem-se às diferentes formas de organização da produção agrícola, variando conforme o uso de tecnologias, práticas e tipos de propriedade da terra. Alguns dos principais tipos são:
Agricultura de Subsistência: Produção em pequena escala, voltada principalmente para o consumo da própria família ou comunidade. Geralmente utiliza técnicas tradicionais e tem baixa produtividade.
Agricultura Comercial: Produção em grande escala, destinada ao mercado (venda). Usa tecnologias avançadas e maquinário moderno, com alta produtividade. A agricultura comercial inclui monoculturas, como a soja e o milho.
Agricultura Familiar: Caracterizada por pequenas propriedades administradas por famílias que trabalham diretamente na terra. É importante tanto para a subsistência quanto para a produção de alimentos para o mercado interno.
Agricultura Extensiva: Baseada no uso de grandes áreas com baixa densidade de investimento em tecnologia e mão de obra. Normalmente tem baixa produtividade por hectare (ex.: criação de gado em pastagem natural).
Agricultura Intensiva: Envolve o uso intensivo de insumos e tecnologia em pequenas áreas, com o objetivo de maximizar a produção (ex.: hortas, plantações irrigadas).
tecnicas de plantio
- Técnicas de Plantio
As técnicas de plantio são as formas de preparar e organizar o solo e as plantas para maximizar a produção agrícola. Algumas das principais técnicas incluem:
Plantio Direto: Técnica que evita o revolvimento do solo, preservando sua estrutura e umidade. Os restos da colheita anterior são deixados na superfície, reduzindo a erosão e melhorando a fertilidade.
Rotação de Culturas: Consiste em alternar diferentes culturas numa mesma área, em ciclos. Ajuda a manter a fertilidade do solo e a controlar pragas e doenças, uma vez que diferentes plantas exigem e repõem nutrientes distintos no solo.
Consorciação de Culturas: Ocorre quando duas ou mais culturas são plantadas simultaneamente na mesma área. Essa técnica otimiza o uso do espaço e pode reduzir a necessidade de insumos químicos, como fertilizantes e defensivos.
Irrigação: A prática de aplicar água às culturas de forma controlada para garantir a produtividade, principalmente em regiões com períodos de seca ou baixa precipitação.
Agricultura Hidropônica: Método de cultivo de plantas sem solo, onde os nutrientes são fornecidos diretamente à raiz através de soluções aquosas. É uma técnica eficiente em termos de espaço e água.
controle biologico
- Controle Biológico
O controle biológico é uma técnica de manejo de pragas e doenças agrícolas que utiliza organismos vivos para combater outros organismos prejudiciais, em vez de utilizar pesticidas químicos. Existem várias formas de controle biológico:
Predadores Naturais: Introdução de insetos ou outros animais que se alimentam das pragas.
Parasitas: Utilização de organismos que parasitam as pragas, matando-as ou reduzindo sua capacidade de se reproduzir.
Microorganismos: Fungos, bactérias e vírus que atacam as pragas podem ser aplicados nas plantações.
O controle biológico é uma técnica sustentável que reduz os impactos ambientais, como a contaminação do solo e da água, e evita o desenvolvimento de resistência nas pragas.
tipos de solos
- Tipos de Solos
Os diferentes tipos de solos têm características físicas, químicas e biológicas que influenciam a sua capacidade de sustentar a produção agrícola. Alguns dos principais tipos de solos são:
Solo Argiloso: Rico em partículas de argila, é um solo que retém bastante água, mas tem drenagem lenta. Sua estrutura densa pode dificultar a penetração de raízes.
Solo Arenoso: Contém maior quantidade de areia, é bem drenado, mas tem baixa capacidade de retenção de água e nutrientes. É propenso à erosão se não for bem manejado.
Solo Humoso: Rico em matéria orgânica (húmus), é fértil e tem boa capacidade de retenção de água e nutrientes. É ideal para a agricultura.
Solo Calcário: Rico em carbonato de cálcio, é geralmente muito fértil, mas pode ser alcalino, o que afeta o crescimento de algumas culturas.
Latossolos: Solo muito comum no Brasil, especialmente no Cerrado. É profundo, bem drenado, mas pobre em nutrientes, exigindo a correção com calcário e fertilizantes para ser produtivo.
tecnicas de conservação do solo
- Técnicas de Conservação do Solo
As técnicas de conservação do solo são práticas aplicadas para evitar a degradação e preservar a qualidade do solo. Algumas das principais técnicas incluem:
Terraceamento: Construção de terraços ou degraus em áreas inclinadas para reduzir a velocidade do escoamento da água, evitando a erosão.
Cobertura Vegetal: Manutenção da vegetação no solo, seja com culturas de cobertura ou resíduos de plantas, para proteger o solo da erosão e melhorar sua fertilidade.
Curvas de Nível: Aragem e plantio em faixas seguindo as curvas de nível do terreno, para reduzir o escoamento da água e a erosão.
Rotação de Culturas: Alternância de culturas para evitar o esgotamento de nutrientes do solo.
Adubação Verde: Plantio de espécies que enriquecem o solo com nutrientes e melhoram sua estrutura, como o uso de leguminosas que fixam nitrogênio.
destruição dos solos
- Destruição dos Solos
A destruição dos solos pode ocorrer devido a diversas práticas inadequadas e à pressão sobre o ambiente. Algumas formas de degradação dos solos incluem:
Erosão: Processo em que o solo é removido pela ação da água ou do vento. A erosão pode ser acelerada pela falta de cobertura vegetal e por práticas agrícolas inadequadas.
Salinização: Ocorre quando há acúmulo de sais no solo, tornando-o improdutivo. Isso pode ser causado por irrigação inadequada em regiões áridas ou semiáridas.
Compactação: Ocorre quando o solo é compactado pelo uso intensivo de máquinas pesadas ou pelo pisoteio de animais, o que reduz a porosidade e dificulta a infiltração de água e a penetração de raízes.
Desertificação: Transformação de áreas produtivas em desertos, devido à degradação do solo, mudanças climáticas, desmatamento e práticas agrícolas inadequadas.
Contaminação: O uso excessivo de produtos químicos, como pesticidas e fertilizantes, pode contaminar o solo e os lençóis freáticos, afetando sua qualidade e a saúde do ecossistema.
saneamento basico
Saneamento Básico
O saneamento básico refere-se ao conjunto de serviços essenciais para garantir a saúde pública e a qualidade de vida da população. Inclui:
Abastecimento de Água Potável: Acesso à água tratada e de qualidade para o consumo humano, com captação, tratamento e distribuição.
Esgotamento Sanitário: Coleta e tratamento do esgoto produzido nas residências e indústrias. O tratamento adequado do esgoto previne doenças e contaminação dos rios e solos.
Coleta de Resíduos Sólidos: Sistema de coleta e destinação correta dos resíduos sólidos (lixo) gerados pelas atividades humanas. Inclui reciclagem, compostagem e descarte adequado em aterros sanitários.
Drenagem Urbana: Sistema que evita enchentes e inundações em áreas urbanas, através de redes de escoamento das águas pluviais (chuvas).
O Brasil enfrenta desafios significativos na universalização do saneamento básico. Muitas regiões, especialmente áreas rurais e periferias urbanas, carecem de infraestrutura adequada, resultando em problemas de saúde pública e impactos ambientais.
hidrografia brasileira
- Hidrografia Brasileira
A hidrografia brasileira é extremamente rica e diversa, graças à vasta extensão territorial e ao regime de chuvas. O Brasil possui uma das maiores redes hidrográficas do mundo, com grandes rios e bacias hidrográficas. As principais características são:
Principais Bacias Hidrográficas:
Bacia Amazônica: A maior bacia hidrográfica do mundo, responsável por cerca de 20% da água doce superficial do planeta. O Rio Amazonas é o principal rio da bacia.
Bacia do Paraná: É importante pela presença das maiores hidrelétricas do Brasil, como Itaipu. Seu principal rio é o Rio Paraná.
Bacia do Tocantins-Araguaia: Inclui o Rio Tocantins, onde está localizada a usina hidrelétrica de Tucuruí.
Bacia do São Francisco: Importante para o abastecimento de água e energia do Nordeste brasileiro. O Rio São Francisco é fundamental para a irrigação, abastecimento humano e geração de energia.
Rios Voadores: Um fenômeno climático relacionado à Amazônia. Correntes de ar carregam vapor d’água da floresta amazônica para outras regiões do Brasil, contribuindo com chuvas, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste.
Regime Pluvial: A maioria dos rios brasileiros é pluvial, ou seja, sua vazão depende das chuvas.
matriz energética
- Matriz Energética
A matriz energética refere-se à composição das fontes de energia utilizadas por um país para gerar eletricidade, abastecer indústrias e atender às necessidades de transporte e consumo residencial. No caso do Brasil:
Fontes Renováveis: A matriz energética brasileira é uma das mais limpas do mundo, com grande participação de fontes renováveis, como:
Hidrelétrica: Cerca de 60% da energia elétrica no Brasil é gerada por usinas hidrelétricas, aproveitando a força dos rios.
Biomassa: Utilização de bagaço de cana-de-açúcar e outras matérias orgânicas para gerar energia.
Eólica e Solar: A energia eólica e a energia solar estão em crescimento, contribuindo cada vez mais para a matriz.
Fontes Não Renováveis: Ainda assim, o Brasil utiliza fontes não renováveis:
Termelétricas: Usinas que geram energia a partir da queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão, gás natural) e nucleares (usinas nucleares).
Desafios: A dependência das hidrelétricas torna o país vulnerável a secas prolongadas, o que pode levar ao aumento do uso de termelétricas, elevando custos e emissões de gases do efeito estufa.
hidrelétricas
- Hidrelétricas
As hidrelétricas são responsáveis por grande parte da geração de eletricidade no Brasil. Elas aproveitam a força da água para mover turbinas que geram energia. As principais características são:
Vantagens:
Fonte renovável de energia.
Relativamente barata após a construção, pois o custo de operação e manutenção é baixo.
Desvantagens:
Impactos ambientais: A construção de barragens pode provocar alagamentos de vastas áreas, desmatamento e deslocamento de comunidades.
Dependência do regime de chuvas: Em períodos de seca, as hidrelétricas podem sofrer com a diminuição da vazão dos rios, reduzindo a geração de energia.
Principais Hidrelétricas no Brasil:
Usina de Itaipu: Localizada na Bacia do Paraná, é uma das maiores usinas do mundo.
Usina de Belo Monte: Localizada no Rio Xingu, na Bacia Amazônica, é a maior usina 100% brasileira em termos de capacidade instalada.
Usina de Tucuruí: Localizada no Rio Tocantins, é uma das mais importantes para a região Norte.
portos
- Portos
Os portos são infraestruturas essenciais para o comércio internacional e para o escoamento da produção agrícola e industrial do Brasil. Eles desempenham papel fundamental na economia brasileira, dado que o país é um grande exportador de commodities agrícolas e minerais. Algumas características incluem:
Portos Marítimos: O Brasil possui uma extensa costa e diversos portos importantes para a exportação e importação. Os principais portos incluem:
Porto de Santos: O maior porto da América Latina, localizado no estado de São Paulo, essencial para a exportação de produtos agrícolas, como soja, milho e carne.
Porto de Paranaguá: Importante para a exportação de grãos e o escoamento de produção agrícola do Sul do Brasil.
Porto de Rio Grande: Localizado no Rio Grande do Sul, é outro polo de exportação agrícola.
Portos Fluviais: Localizados em rios, são importantes para o transporte de mercadorias no interior do país, como no caso da Bacia Amazônica.
Desafios: Muitos portos brasileiros enfrentam problemas de infraestrutura, como congestionamento, falta de modernização e dragagem inadequada, o que limita sua eficiência e competitividade no cenário global.