4RTR1T3 R3UM4T01D3 Flashcards

1
Q
  1. O que é a Artrite reumatoide?
A

Uma doença que acomete as articulações, na forma de uma sinovite crônica que leva a agressão de sinóvia e de articulações, erosão óssea acabando por desencadear deformidade. Costuma instalar-se insidiosamente causando dor e rigidez muscular, acompanhada muitas vezes de sintomas constitucionais como fadiga, mal estar, anorexia e mialgia. Sua característica mais marcante é a é a artrite simétrica de pequenas articulações das mãos e punhos, tem uma evolução de semanas a meses, podendo abrir o quadro com uma artrite indiferenciada que acomete apenas uma articulação, em pequena intensidade, curta duração e mínimas sequelas ou com um quadro de poliartrite em grandes e pequenas articulações que evolui rapidamente. Sendo que 80% dos danos da doença ocorrem nos 02 primeiros anos de doença.

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2
Q
  1. Qual a epidemiologia da AR?
A

-Mais comum entre mulheres; -Mais frequente entre 25-65 anos; -São fatores de risco o tabagismo e a exposição ocupacional a sílica e ao asbesto. -História de AR num parente de 1º grau;

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3
Q
  1. Qual a fisiopatologia da AR?
A

-Inflamação crônica da sinóvia pela produção de enzimas proteolíticas, como por exemplo, a colegenase, que lesa os tecidos adjacentes a essa sinóvia inflamada, como os ossos e as cartilagens, ligamentos e tendões. -Linfócitos T CD4 que ativam linfócitos B e macrófagos, ocorre a síntese de citocinas, perpetuando a resposta inflamatória; -Os linfócitos B se convertem em plasmócitos, produzindo autoanticorpos, entre eles, o Fator Reumatóide, um auto Ac que pode ser IgG ou IgA e se liga a ac próprios do tipo IgG, formando imunocomplexos. -Infiltração por neutrófilos no liquido sinovial.

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4
Q
  1. Quais os sintomas constitucionais e as lesões articulares de MMSS causadas pela AR?
A

Primeiras semanas: -Dor: para alívio da dor o paciente costuma manter a articulação em flexão, uma posição antálgica que reduz o estiramento da cápsula articular, diminuindo a dor. - Aumento de volume da articulação: pelo espessamento da sinóvia, espessamento da cápsula e aumento do volume do líquor; -Rigidez articular: geralmente dura cerca de uma hora e melhora com os movimentos, evidencias encontradas são o aumento da temperatura e do volume, mas não cursa com eritema, se este estiver presente, suspeitar de doença infecciosa, gota ou pseudogota. -Sintomas constitucionais: anorexia, mialgia; Com o decorrer do tempo: - Fibrose articular, anquilose de superfícies osseas, contratura e atrofia muscular e deformidades vão se instalando. Mãos: Metacarpofalangeanas: frouxidão de tecidos moles, subluxações e desvio ulnar dos dedos ou “mão em Z”. Interfalangianas proximais: tumefação simétrica. Punho: dano aos movimentos de flexão e extensão do punho. Síndrome do túnel do carpo: a hipetrofia sinovial leva à compressão do nervo mediano originando a síndrome. Pode ser testada por dois componentes do exame físico: Manobra de Tinel e Manobra de Phalen Ombro: ocorrem tardiamente dor, limitação funcional e cistos sinoviais.

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5
Q

Descreva as manobras de Tinel e Phalen:

A

Manobra de Tinel: percussão do punho na porção do trajeto do nervo mediano, bem no meio do punho Manobra de Phalen: as mãos devem ser colocadas em dorsoflexão forçada por 30-60 segundos, a presença de dor no trajeto do nervo, ou parestesia corrobora para a positividade da síndrome.

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6
Q

Quais as alterações que a AR pode causar em MMII?

A

Joelho: derrame articular, que pode ser demonstrado pelo sinal da tecla, onde a compressão da patela causa seu afundamento e suspensão. Cisto de Baker: é um cisto que acomete a membrana articular da região poplítea, ele pode invadir os planos musculares da panturrilha e dissecar suas fáscias. Seu rompimento causa dor intensa que faz DD com TVP. Pés: subluxação plantar da cabeça dos metatarsos, formação de proeminências osseas que causam traumas das plantas dos pés por lesão de repetição.

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7
Q

Quais as alterações que a AR pode causar na coluna vertebral?

A

Coluna cervical: lesão de alto risco, com subluxação atlantoaxial,ou seja, de C1 sobre C2. O achado de espaço maior de 3mm entre o processo odontóide do áxis e o arco do atlas configura o diagnóstico. Cotovelo: podem ocorrer, contraturas em flexão do cotovelo, encarceramento do nervo ulnar, produzindo as mãos em garra, ou do nervo radial, produzindo a mão caída. Cricoaritenóide: seu acometimento é incomum, porém, se ocorrer, pode causar dor na região anterior do pescoço, disfagia e rouquidão. Articulações sacroilíacas: tem dano na fase tardia da doença, podendo haver erosões e osteopenia. Subluxação atlantoaxial pode dar origem a uma neuropatia cervical compressiva, com síndrome medular alta e risco de paralisia diafragmática com tetraparesia ou plegia.

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8
Q

Quais Ac quando positivos favorecem manifestações extra articulares?

A

Geralmente manifestas em pessoas com anti CCP e Fator reumatoide elevados.

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9
Q

Quais os sistemas afetados na presença de acometimento extra articular?

A

Alterações: -Neurológica -Cutânea -Oftalmológica -Pulmonar -Cardíaca -Renal

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10
Q

Quais as possiveis alterações cutâneas?

A

Cutaneos: Nódulos subutâneos: derivam de vasculite de pequenas veias com necrose fibrinóide. Os principais locais afetados são áreas submetidas a maior pressão mecânica, como as regiões extensoras dos cotovelos mãos, pés e calcâneo (tendão de Aquiles). Podem também ser internos, acometendo pleuras e meninge. Costuma ser assintomático, a não ser que haja infecção secundária ou rompimento. Costumam acompanhar alterações pulmonares e cardíacas. Vasculite: costumam cursar com mononeurite múltipla (envolvimento de múltiplos nervos periféricos em sequência), ulceração cutânea, gangrena digital e infarto visceral.

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11
Q

Quais as possiveis alterações oftalmológicas causadas pela AR?

A

Síndrome se Sjogren secundária: podendo haver xerostomia, lesão de córnea por conta do ressecamento, configurando a ceratoconjuntivite seca. O Sjogren pode também cursar com aumento da parótida, observada pelo apagamento do ramo da mandíbula. Episclerite:vermelhidão localizada dos olhos, que, diferente da conjuntivite, não produz secreção. Esclerite: é mais dolorosa e pode resultar em redução da acuidade visual, ou ainda adelgaçamento do tecido da esclera, permitindo a visualização da cor azul da coroide subjacente (vascularizada), sendo designada de escleromalácia perfurante.

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12
Q

Quais as possiveis alterações pulmonares causadas pela AR?

A

Derrame pleural: é comum na AR, geralmente é pouco volumoso, oligo ou assintomático. O líquido é geralmente um exsudato, com queda do complemento no soro, positividade do fator reumatoide, aumento de HDL e de proteínas e diminuição de glicose, pois a pleura inflamada não permite sua passagem. Fibrose intersticial difusa: com áreas de pneumonite e faveolamnento e padrão restritivo. No lavado broncoalveolar são achados neutro e linfócitos. Nódulos reumatoides: infectam, se rompem fazendo pneumotórax ou fistulas broncopleurais ou sofrem calcificação. Bronquiolite obliterante: surge em pacientes que fizeram uso de sais de ouro ou penicilamina. Síndrome de Caplan: é a combinação de nódulos reumatoides e pneumoconiose.

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13
Q

Quais as possiveis alterações cardíacas causadas pela AR?

A

CARDÍACAS Pericardite: comum, porem assintomática, vista post mortem ou em Ecocardiograma. Derrame pericárdico: com aumento de HDL, proteínas, imunocomplexos e Ft reumatoide e diminuição da glicose e do complemento, como no DP. Nódulos reumatoides: podem surgir no tecido cardíaco ou nas valvas causando arritmias ou Ins. Valvar. Aumento do risco para aterosclerose: com aumento de casos de ICC, AVC e IAM.

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14
Q

Quais as possiveis alterações neurológicas causadas pela AR?

A

Neurológicas Neuropatia compressiva: por aumento da capsula sinovial, sendo compressão do nervo médio com a Sìndrome do Tunel do Carpo e a compressão do tibial anterior, com a síndrome do túnel do tarso. Mononeurite múltipla: Vasculite do vasa nervorum: pequenos vasos que nutrem os feixes neuronais) pode originar mononeurite múltipla, apresentando-se com perda sensitiva ditüsa nas extremidades. Na maioria das vezes, essa alteração está associada à queda de punho ou pé. Subluxação atlantoaxial pode dar origem a uma neuropatia cervical compressiva, com síndrome medular alta e risco de paralisia diafragmática com tetraparesia ou plegia.

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15
Q

Quais as possiveis alterações renais causadas pela AR?

A

RENAIS: Podem ser causadas tanto pela doença, como pelo uso de medicamentos. Nefropatia membranosa: causada pelo uso de Penicilamina, Sais de ouro ou AINES. Glomerulonefrite mesangial: causada pela doença, e quando acompanhada de microalbuminúria,é um marcador de atividade da doença. Vasculite renal

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16
Q
  1. Qual a típica progressão da doença no aspecto articular?
A

A Em boa pane dos casos. o acometimento articular segue uma sequência estereotipada, iniciando peIas mãos (metacarpofalangeanas e interfalangeanas proximais) e pés (metatarsofalangeanas), progredindo em seguida para punhos, joelhos, cotovelos, tornozelos, quadril e ombros. Logo, os ombros são afetados — em geral — de forma tardia, após todas as demais articulações já terem sido danificadas… As temporomandibulares são afetadas com menos frequência. Pode acometer ainda a porção cervical da coluna vertebral,

17
Q
  1. Quais os critérios diagnósticos da AR?
A

Os critérios do College American Association, que não nos satisfazem plenamente já que diagnosticam a doença numa fase tardia, em que os achados estão mais consolidados e já pode haver alguma deformação, são eles os seguintes, onde deve haver positividade para 4 ou mais dos 7 critérios: *Os critérios de 1-4 devem estar presentes por pelo menos 06 semanas.

Critério

Comentário

1

Rigidez matinal

Duração maior ou igual a 01 hora

2

Artrite de três ou mais articulações

Ocorrendo simultâneamente

3

Artrite de mão ou punho

Edema de pelo menos uma área: ounho, art. Metacarpofalangiana ou interfalangiana proximal.

4

Atrite simétrica

Envolvimento bilateral, não precisa ser perfeito.

5

Nódulos reumatoides subcutâneos

Em superfícies extensoras ou periarticulares

6

Fator reumatoide

Em títulos elevados

7

Alterações radiográficas

Erosões ou descalcificação.

*Os critérios de 1-4 devem estar presentes por pelo menos 06 semanas.

18
Q

Quais os critérios de EULAR para iniciar o tto da AR?

A

Há também os critérios da EULAR (Liga da EU contra o Reumatismo), ond para ser tratado o paciente deve atingir 06 pontos: O escore deve ser aplicado quando: -O paciente tem artrite em pelo menos uma articulação e não há outra doença que explique melhor o quadro de artrite;

Envolvimento articular

Pontos

2-10 grandes articulações

1

1-3 pequenas articulações

2

4-10 articulações

3

>10 articulações com pelo menos 01 pequena articulação

5

Sorologia

Fator reumatoide ou ACPA em baixo título < 3x LSN

2

Fator reumatoide ou ACPA em alto título >3x LSN

3

Reagentes de fase aguda

VHS ou proteína C > normal

1

Duração

>06 semanas

1

*LSN: Limite superior da normalidade

*ACPA: Ac anti peptídeo citrulinado, o mais usado é o Anti CCP

**A duração mínima de 06 semanas exclui artrites pós infecção viral em sua maioria.

Para não precisar decorar para residência usar a lógica:

(1) Sinovite clinicamente evidente em 3 ou mais articulações periféricas típicas (ex.: mãos, punhos e pés);
(2) positividade para fator reumatoide ou ACPA;
(3) Aumento de VHS e/ou proteína C reativa;
(4) Exclusão de outros diagnósticos.
* Os casos clínicos geralmente trazem o acometimento de articulações sem dano ao esqueleto axial, exceto na articulação atlantoaxial, sendo autoimune e inflamatório (autoanticorpor e marcadores de fase aguda), com curso crônico, podendo evoluir com deformidade por erosão do osso*.

19
Q
  1. Quais os marcadores sorológicos e os marcadores de fase aguda relevantes na AR?
A

São eles:

MARCADORES SOROLÓGICOS

Fator reumatóide

Um auto Ac que geralmente é IgM, mas também pode ser IgA ou IgG, ele se liga aos Ac IgG e é positivo em 80% doa pacientes com AR, por isso sua ausência não exclui o diagnóstico. O FR positivo geralmente marca a doença de evolução mais agressiva e sintomas extra articulares.

Anti CCP

Tem também sensibilidade de 80%, porem maior especificidade que o FR para AR, de 95%. Altos títulos de Anti CCP indicam doença mais agressiva e extra articular.

MARCADORES DE FASE AGUDA

PCR

Aumenta

VHS

Aumenta

Ceruloplasmina

Aumenta

Eletroforese de Proteína

Aumento da alfa-2-globulina e gama-globulina, que reflete uma estimulação Ag-específica e policlonal.

Anemia de doença crônica

Presente

Trombocitose

Leucocitose

EXAMES COMPLEMENTARES

Artrocentese

O líquido sinovial geralmente apresenta-se com viscosidade reduzida, aspecto turvo, aumento da proteína e normalidade ou redução da glicose. Aleucometria varia de 5.000-50.000, (diferente da osteoartrite 2.000 leucócitos). Predominam na AR os polimorfo, FR e anti CCP costumam ser positivos pois eles formam imunocomplexos locais.

Radiografia

Início do quadro: aumento de partes moles e derrame articular- aumento do espaço sinovial.

Em semanas: osteopenia justa articular

Em meses: perda da cartilagem, diminuição do espaço sinovial, cistos, erosão óssea, anquilose e subluxações.

RNM

Detecta o aumento do espaço sinovial mais precocemente que o RX, além do edema de medula óssea justa articular.

USG

Erosão óssea. Sua desvantagem é ser operador dependente.

*O tratamento não deve ser acompanhado pelos valores de FR e Anti CCP, pois a vaiação do estado clinico não se relaciona com a variação dos títulos desses auto Ac, ao invés disso, o PCR e o VHS devem ser usados no acompanhamento como marcadoes de atividade de doença.

20
Q
  1. Qual o DD da AR?
A

Síndromes virais (EBV, parvovírus, HBV, HBC e rubéola), lúpus, artrite psoriásica ou artrite reativa (Síndrome de Reiter), e hipotireoidismo.

21
Q
  1. O que seria a remissão na AR?
A

A remissão é o objetivo da terapia da doença e se dá quando o paciente responde a TODOS os seguintes quesitos:

Uma ou nenhuma articulação dolorosa

Uma ou nenhuma articulação edemaciada

PCR menor ou igual a 1mg/dl

Autoavaliação de 0-10 menor ou igual a 1

Índice simplificado de Atividade de doença menor ou igual a 3.3

22
Q
  1. Como pode ser feito a terapia da AR?
A

As premissas é que o tratamento seja instituído assim que houve o diagnóstico, e deve ser agressivo, sempre usando uma DARMD (Droga antirreumática Modificadora de Doença), sendo o Metotrrexato a droga de 1ª escolha

MEDIDAS GERAIS

Orientação

Sobre o que é a doença e suporte psicológico para o paciente e para a família.

Repouso articular

Especialmente durante os surtos agudos da doença.

Talas

Em posição de menor estresse articular e na suspeita de subluxação atlanto axial, usar colar cervical.

Fisioterapia

Vacinas

Antipneumocócica a cada 5 anos e Antiinfluenza anualmente e no uso de drogas hepatotóxicas, a vacina anti hepatite B.

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

AINES

Terapia sintomática para analgesia e desinflamação, evitar uso prolongado.

Glicocorticóides

Em dose baixa 7,5mg/ dia ou intermediária 30mg/dia sãu usados como ponte até o inicio de ação das DARMDs, (que levam de semanas a meses), bem como podem ser usadas nos surtos agudos da atividade de doença.

Pacientes que não respondem às DARMDs precisam do corticoide em dose baixa no esquema terapêutico.

Metilprednisolona pode ser usada em pulsoterapia em casos graves como a vasculite necrosante.

Triancinolona em injeções intraarticulares de depósito pode ser usada no acometimento de poucas articulações.

-Se o corticoide for usado por mais de 3 meses em doses iguais ou maiores que 5mg/dia, fazer profilaxia contra osteoporose: bifosfonado + cálcio + vitamina D.

23
Q
  1. Como classificar a evolução da AR?
A

Seria:

AR leve

AR moderada

AR grave

AR persistente

Caracteristicas

-Menos de 6 articulações acometidas

-PCR e VHS baixos

-Sem manifestação extra articular

-RX normal

-Menos de 20 articulações acometidas

-PCR e VHS altos

-FR e Anti CCP positivos

-RX anormal

-Mais de 20 articulações acometidas

-Manifestações extra articulares

-Anemia de DC ou Hipoalbuminemia

-Sintomas persistindo a mais de 06 meses após início da terapia

Conduta

AINE + Hidroxi ou Sulfassalazina

AINE + MTX

Corticóide + MTX

Observações:

(1 ) O paciente sempre deve ser reavaliado 3-5 semanas após o inicio do tratamento, para verificar a resposta terapêutica e a ocorrência de efeitos adversos.

(2) A leflunomida pode ser usada no lugar do MTX em pacientes intolerantes a este último

(3) Na ausência de resposta ao esquema inicial, podemos lançar mão de: (A) esquema triplo, isto é, MTX + hidroxicloroquina + sulfassalazina ou (B) MTX + leflunomida; (C) MTX ou Ieflunomida + biológico, com
preferência pelos agentes anti-TNF.

(4) Em pacientes que não respondem a um agente anti-TNF, recomenda-se trocar por um agente anti-TNF diferente, em vez de trocar o tipo de DARMD biológica.
(5) Em pacientes que não respondem ao MTX ou Leflunomida e a DOIS agentes anti-TNF. recomenda-se fazer MTX ou Leflunomida + abatacept ou rituximab.

24
Q

Quais as possiveis terapias cirurgicas para a AR?

A

Sinovectomia e Tenossinovectomia: ressecção de proeminências ósseas lesivas aos tendões para aliviar a dor intratável de punho, cotovelo e metacarpofalanianas. Artrodese: subluxação atlantoaxial e instabilidade de articulações. Artroplastia total: Quadril, joelho, ombro e cotovelo

25
Q

Quais as DMARDs propostas para o tto?

A

DARMDS CONVENCIONAIS – Efeito em 2-3 meses

Dose

Efeitos adversos

Metotrexato

Inibe a enzima diidrofolato redutase inibindo a síntese de purinas e pirimidinas de células do sistema imune.

É a droga de primeira escolha, por que tem baixo custo e pode ser associada a qualquer outra DARMDs.

  • O uso concomitante de ác fólico 1mg/dia diminui os paraefeitos do Metotrexato.
  • Seu uso deve estar associado á métodos contraceptivos seguros.
  • Antes de iniciar o uso deve ser feito hemograma e hepatograma, função renal, pesquisa de HBV e HCV e Raio X de tórax.
  • A cada 3 meses o hemograma, hepatograma e Função renal devem ser repetidos.

7,5-25mg/ semana

Aumentar 2,5mg/ semana se necessário.

  • Gastrintestinais
  • Hepatotoxicidade
  • Penumonite
  • Mielotoxicidade
  • Teratogenicidade, sendo CI na gravidez

Leflunomida

Imunomodulador inibidor da síntese de pirimidinas, pode ser usada em monoterapia ou em associação.

  • Antes de iniciar o uso deve ser feito hemograma e hepatograma, função renal, pesquisa de HBV e HCV.
  • A cada 3 meses o hemograma, hepatograma e Função renal
  • Antes de engravidar fazer dosagem sérica de Leflunomida, mesmo se já foi suspensa há vários anos.
  • Colestiramina ajuda a removê-la.

10-20mg/dia

  • Diarréia
  • Teratogênico

Cloroquina e Hidroxi

cloroquina

  • Seu mecanismo de ação é desconhecido.
  • Em monoterapia tem efeito menor que o Metotrexato e a Leflunomida, mas como tem menos efeitos adversos, e são melhor tolerados, podem ser usados na AR leve.
  • Pode ser usada também no esquema Metotrexato + Sulfassalazina + Hidroxi, em pacientes refratários a MTX isolado.
  • Avaliação oftalmológica basal deve ser feita antes de iniciar a terapia e a cada 06 meses. A hidroxi tem menor efeito sobre a retina, sendo por isso a droga de escolha.

*Não são DARMDs verdadeiras, apesar de ainda ser classificada como DARMD.

Cloro

250mg/dia

Hidroxi

200-400

mg/ d

-Toxicidade para a retina

Sulfassalazina

  • Mecanismo de ação desconhecido
  • Antes de iniciar o uso, deve ser feito hemograma, hepatograma e pesquisa de G6PD.
  • A cada 3 meses checar o hemograma e hepatograma

0,5-3g/dia

  • Hiperssensibilidd
  • Gastrintestinais
  • Granulocitopenia
  • Anemia hemolítica em pc G6PD

MEDICAMENTOS POUCO USADOS HOJE

Efeitos adversos

Sais de ouro

  • Efeito imunomodulador, mecanismo não bem conhecido, acredita-se que inibe a transcrição de DNA associado a resposta imune.
  • Gastrintestinal
  • Mielotoxicidade
  • Nefropatia
  • Dermatite

d-Penicilamina

  • Efeito imunomodulador, por mecanismo desconhecido
  • Teratogênica e CI na gestação

DARMDs BIOLÓGICAS

Efeitos adversos

São proteínas recombinantes, sintetizadas por engenharia genética. capazes de neutralizar citocinas solúveis específicas ou seus receptores.

-Antes de iniciar o uso de DARMDs biolpógicas, fazer o PPD.

Anti- TNF

Infliximab

Adalimumab Etanercept

Podem ser usados como monoterapia, na intolerância às DEMARDs conevencionais, mas estão melhor indicadas na associação com o MTX, devem ser incluídas se o MTX não for mais suficiente.

  • Fazer prova tuberculínica antes de iniciar o uso. Se a PT >5mm devemos investigar e tratar TB ativa ou tratar TB latente.
  • Anti-TNF não deve ser associada a outra anti TNF nem mesmo a outras DARMDs biológicas, pelo maior risco de infecção oportunista fulminante.

Etanercept: Formada pela proteína que resulta da junção do receptor de TNF e a porção Fc de Imunoglobulina, que é reconhecida por cells fagocíticas, ela neutraliza o TNF.

  • Doenças oportunistas:
  • Infecções fúngicas
  • Reativação de TB
  • Indução de Ac Anti-DNA;
  • LES;

Bloqueador do Receptor de Il6

Tolicizumab

Se liga ao receptor de Il 6 bloqueando-o, pode ser usado em monoterapia, quando as DARMDs convencionais e os Anti TNFs não são tolerados ou em associação com MTX.

-Antes de iniciar o uso, fazer o PPD.

Neutropenia

Trombocitopenia

Doenças oportunistas

Aumento do LDL

Reativação de TB

Análogo do CTLA 4

Abatacept

  • E uma proteína de fusão, que deriva da molécula CTLA 4, que é inibidora do linfócitos T e do Ac IgG. Inibe o inicio da resposta imune mediada por cells.
  • Antes de iniciar o uso, fazer o PPD

Infecções oportunistas

Reativação de TB

Neutralizador do CD 20

Rituximab

  • inibe a resposta imune humoral, através da depleção de linfócitos B por mecanismo Ac- receptor.
  • Recomendado para associação ao MTX, quando seu uso isolado falhou, e quando dois anti TNFs já foram tentados.
  • Não exige PPD prévio.

Leucoencefalopatia multifocal progressiva

Imunossupre

ssores

Desde o advento das DARMDs biológicas,imunossupressores como azatioprina, ciclofosfamida, ciclosporina e clorambucil não têm sido mais empregados no tratamento da AR.