3 Trauma abdominal Flashcards
relembre o XABCDE
-X: controle de grandes hemorragias
-A: vias aéreas e coluna cervical
-B: respiração e ventilação
-C: circulação e controle de hemorragias
-D: neurológico
-E: exposição e controle de hemorragias
C: o que inspecionar?
- Nível de consciência
- Frequência Cardíaca
- Pulsos
- Cor da Pele (perfusão)
- Pressão Arterial
- Cardioscopia
- Diurese
Presença de Hemorragias:
* Tórax
* Abdome
* Pelve
* Ossos Longos
* Sangramento exteriorizado
TRAUMA: mecanismos?
LESÕES CONTUSAS
- Lesão por ‘’golpe direto’’
- Lesão por desaceleração
LESÕES PENETRANTES
- Ferimentos por arma branca.
- Ferimentos por arma de fogo .
LESÃO POR EXPLOSÃO
avaliação clínica: história?
Acidente automobilístico
▻ Velocidade do veículo
▻ Tipo de colisão – impacto frontal, lateral ou traseiro, capotamento
▻ Tipo de dispositivos de restrição – cinto de segurança; airbags
▻ Posição do paciente no veículo e condição dos outros ocupantes
Quedas
▻ Altura da queda – importante para estimar a lesão por desaceleração
Trauma penetrante
▻ Tempo da lesão e tipo de arma
▻ Distância do agressor
▻ Número de facadas/tiros
▻ Quantidade de sangramento externo observado no local
▻ Magnitude e localização da dor abdominal
Explosões
▻ Distância do paciente ao local da explosão
▻ Explosão em local aberto / fechado
avaliação clínica: exame físico?
Sequência sistemática: inspeção, ausculta, percussão e palpação
Após o exame físico, cubra paciente (hipotermia)
Avaliação pélvica
– hemorragia grave pode ocorrer rapidamente
- evitar manipulação
- procurar sinais de instabilidade mecânica do anel pélvico:
Avaliação:
uretral: tônus e integridade da mucosa,- perineal, retal, vaginal e glútea
EXAMES COMPLEMENTARES
- Tórax: politraumatizados com suspeita de lesão toracoabdominal
- Abdome:mostrar trajeto de projéteis (usando clipes nas feridas de entrada e saída); para procurar pneumoperitônio
- Pelve AP: pacientes com dor ou sensibilidade pélvica
- FAST: identificar liquido nas regiões de Espaço pericárdico, Fossa hepatorrenal, Fossa esplenorrenal, Pelve
- LAVADO PERITONEAL DIAGNÓSTICO
- TC: não indica em instável e agitado
- Uretrografia
- cistografia
- Pielografia intravenosa
AVALIAÇÃO E MANEJO
DAS LESÕES?
LESÕES PENETRANTES
- Em todos* os casos de trauma penetrante, pode ser necessária cirurgia imediata para diagnóstico e tratamento (Hipotensão; peritonite; evisceração do omento ou intestino delgado)
- estaveis hemodinamicamente: pode ser considerado manejo não cirurgico, com Exame físico seriado por 24 horas, TC com contraste, FAST e laparoscopia
como identificar lesões de pancreas, duodeno, genitourinárias e diafragma?
- Diafragma: geralmente esquerdo, elevação ou ‘’desfoque’’ do diafragma no raio X
- Duodeno: Aspirado gástrico com sangue ou ar retroperitoneal em um RX abdominal ou TC suspeita
- Pâncreas: Golpe epigástrico direto que comprime o pâncreas contra a coluna vertebral
genitourinárias: hematoma e equimose em dorso e flanco, hematuria e lesões uretrais
trauma hepático: tipos e tratamento?
- Lesões graduadas I a V e blush + ou –
- O tratamento não cirúrgico é padrão ouro (Maior sucesso I a III sem blush)
- Hemodinamicamentes estáveis com blush podem ser submetidos a arteriografia e embolização.
TRAUMA ESPLÊNICO: tipos e tratamento?
- Principal órgão acometido no trauma
abdominal contuso. - Abordagem cirúrgica reservada para os graus IV (laceração com comprometimento de vasos segmentares ou hilares, com desvascularização de > 25% do braço) e V (baço pulverizado ou lesão hilar com desvascularização esplênica).
- Se blush + ou pseudoaneurisma de circulação esplênica, há benefício na embolização
TRAUMA RENAL: causas e como avaliar?
- Lesões bastante relacionadas a desaceleração rápida.
- Todos os casos que apresentem hematúria (micro ou macro) devem ser submetivos a avaliação radiológica.
- TC com contrase (fases arterial, venosa e excretora)
- Traumas de grau I a IV contusos ou
penetrantes apresentam altas taxas de
sucesso com tratamento conservador
lesões pelvicas: principal fator, mecanismos?
- A hemorragia é o principal fator, Potencialmente reversível. A hipotensão inexplicada pode ser a única indicação inicial de uma grande ruptura pélvica
- Lesão por compressão AP
- Lesão por compressão lateral
- Deslocamento vertical da articulação sacroilíaca
lesões pelvicas: manejo?
▰ Ressuscitação volêmica
▰ Controle da hemorragia (Estabilização mecânica do anel pélvico e contrapressão externa)
- Rotação interna dos membros inferiores
- Imobilização da pelve com um lençol ou atadura a nível dos trocanteres maiores do fêmur
- Tração longitudinal nos casos de lesões por cisalhamento vertical
▰ Correção cirúrgica
▰ Embolização angiográfica
▰ Mais de uma técnica pode ser necessária para o controle bem sucedido da hemorragia
HEMOTRANSFUSÃO MACIÇA: manejo e complicações?
- transfundir >10 CH nas primeiras 24 horas ou >4 CH na primeira hora
- Segundo ATLS 10ed. à choque grau IV
- ABC Score: 2 ou mais pontos
- SI 1,0 pede prioridade de tratamento frente até mesmo da IOT*
COMPLICAÇÕES COMUNS
- coagulopatias
- acidose metabolica e hipocalemia: causa parestesias ou arritmias
- hipotermia: causa arritmias
TERAPIA ANTIFIBRINOLÍTICA
ÁCIDO TRANEXÂMICO - ATX (terapia de escolha).
- Dose de ataque: 1 g (4 ampolas) em 10 minutos por injeção intravenosa. Em pediatria 15 mg/kg (máx 1g)
- Dose de manutenção: 1 g (4 ampolas) em 8 horas em infusão intravenosa isotônica contínua (em bomba de infusão). Em pediatria usar 5 mg/kg/h
Ácido Epsilon Aminocapróico (AEAC) - (Tem ação 10 vezes inferior ao ATX e só deve ser usado na indisponibilidade do ATX)
- Dose de ataque: 150 mg/Kg em bolus;
- Dose de manutenção: 15mg/Kg/hora de peso em infusão contínua até parada do sangramento