2 - Síndrome Dispéptica e Disfágica Flashcards

1
Q

Quais os mecanismos que permitem o refluxo esofagiano?

A
  • EEI com relaxamentos transitórios frequentes
  • EEI hipotônico
  • JEG enfraquecida
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2
Q

Qual o principal sintoma da DRGE?

A

Pirose: queimação retroesternal

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3
Q

Quais os fatores de risco pra DRGE?

A

Obesidade, hérnia de hiato, tabagismo, etilismo

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4
Q

Como é feito o diagnóstico da DRGE?

A

Clínico (pirose + regurgitação) e posso fazer prova terapêutica (IBP 4 - 8 sem) e as vezes EDA

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5
Q

A EDA normal exclui DRGE?

A

Não. A EDA alterada confirma DRGE, mas a normal não exclui: pouco sensível, mas muito específica.

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6
Q

Quando indicar EDA?

A

Risco de CA:

  • Idade > 40 – 45 anos
  • Sinais de alarme: perda peso, anemia, disfagia, odinofagia, HDA, vômitos recorrentes, adenopatia, h. familiar CA gástrico
  • História prolongada de pirose (> 5 – 10 anos)
  • Refratariedade
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7
Q

Como é o tto medicamentoso para DRGE?

A

IBP (omeprazol 20 / panto 40 / esome 40 / lanso 30) por 8 semanas, 30 min antes da 1a refeição, em jejum

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8
Q

Quais as indicações para a cirurgia antirrefluxo?

A
  1. Refratário ao tto clínico (mesmo IBP 2x)
  2. Alternativa a uso crônico de iBP
  3. Complicação: estenose, úlcera, barrett
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9
Q

Quais os exames pré-operatórios para fundoplicatura?

A
  • pHmetria 24h (padrão ouro: confirmação já que o diag. foi clínico)
  • Esofagomanometria (escolha da técnica)
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10
Q

Qual o nome da cirurgia antirrefluxo e qual sua principal técnica?

A

Fundoplicatura.

Técnica: total/de Nissen (gira o fundo 360 graus.

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11
Q

Qual a complicação da fundoplicatura total/de Nissen?

A

Síndrome pós fundoplicatura: cria um EEI hipertônico, causando disfagia por conta de estenose esofágica

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12
Q

Qual a pp. complicação das fundoplicaturas em geral?

A

Pneumotórax

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13
Q

O H. pylori deve ser erradicado na DRGE?

A

NÃO. Ele não está relacionado à DRGE.

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14
Q

Como os IBPS ajudam na DRGE?

A

Reduzem a acidez do refluxo, mas não reduzem o refluxo em si

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15
Q

Quando a pHmetria é positiva para DRGE?

A

pH < 4 em mais de 7% das medidas

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16
Q

Indicações de pHmetria

A
  • Pré-op
  • Sintomas atípicos
  • Alta suspeita com EDA normal
  • Refratários à cirurgia
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17
Q

Como ocorre o esôfago de Barett?

A

Metaplasia intestinal: transformação do epitélio escamoso em colunar (céls caliciformes)

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18
Q

O que uma EDA com “áreas de cor vermelho salmão” indica? Como confirmar?

A

Esôfago de Barrett. Diagnóstico com biópsia mostrando metaplasia intestinal.

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19
Q

O tto da DRGE previne o desenvolvimento de esôfago de Barret?

A

Não

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20
Q

Qual a conduta endoscópica para esôfago de barret sem displasia?

A

EDA 3 - 5 anos

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21
Q

Qual a conduta endoscópica para esôfago de barret com displasia de baixo grau?

A

Ablação endoscópica

ou EDA a cada 6 - 12 meses

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22
Q

Qual a conduta endoscópica para esôfago de barret com displasia de alto grau (CA in situ)?

A

Ablação endoscópica

ou EDA a cada 3 meses

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23
Q

Qual a conduta endoscópica para esôfago de barret com adenocarcinoma invasivo?

A

Ressecção com margem + linfadenectomia

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24
Q

Qual a conduta diante de uma síndrome dispéptica?

A

Fazer EDA se risco de CA, testar e tratar H. pylori.

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25
Q

A dispepsia funcional está relacionada a que outras doenças?

A

SII, gastrenterites, giardíase

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26
Q

Quais são os fatores facilitadores de agressão à mucosa gástrica?

A

H. pylori e AINEs

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27
Q

Como tem sido a incidência de úlcera péptica?

A

A incidência das úlceras pépticas diminuiu nos últimos anos devido a maior detecção e erradicação do H. pylori, sua principal causa

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28
Q

Qual a diferença clínica entre as úlceras gástrica e duodenal?

A

Gástrica: dispepsia piora com alimentação

Duodenal: dispepsia melhora com alimentação

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29
Q

Quais são as úlceras hiperclorídricas?

A

2 e 3

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30
Q

Quais são as úlceras hipoclorídricas?

A

1 e 4

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31
Q

Onde fica a úlcera tipo 1?

A

Pequena curvatura baixa

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32
Q

Qual a úlcera que fica no corpo gástrico?

A

2

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33
Q

Onde fica a úlcera tipo 3?

A

Pré-pilórica

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34
Q

Qual a úlcera que fica na pequena curvatura alta?

A

4

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35
Q

Em quem ocorre a úlcera de Curling?

A

Vítimas de queimaduras graves

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36
Q

Em quem ocorre a Úlcera de Cushing?

A

Em pcnt com doença do SNC ou TCE

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37
Q

Onde ocorre a Úlcera de Cameron?

A

Interior de hérnia de hiato

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38
Q

O que sempre devemos fazer diante do achado de úlcera na EDA?

A

Pesquisar H. pylori

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39
Q

Por que devemos erradicar o H. pylori?

A

Para reduzir a recorrência da úlcera

40
Q

Como fazemos o diagnóstico do H. pylori em quem fez e em quem não fez EDA?

A

Pela EDA: através do teste rápido da urease ou histologia

Paciente que não precisou de EDA: urease respiratória

41
Q

Como é o tto do H. pylori?

A

Claritromicina + Amoxi + Omeprazol 14 d

42
Q

Como é feito o controle de cura da úlcera e do H. pylori?

A
  • Repetir EDA com hitopatológico depois do fim do tto (4 - 8/8 - 12 sem após)
  • Sem EDA: ureia respiratória
43
Q

Quais são as indicações para o tto cirúrgico da úlcera péptica?

A

Refratariedade, recidiva ou complicações

44
Q

Qual o melhor tto cirúrgico para as úlceras hiperclorídricas?

A

Vagotomia troncular + Antrectomia + Reconstrução em billroth 1 ou 2

45
Q

Qual o tto cirúrgico das úlceras hipoclorídricas?

A

Antrectomia ou Gastrectomia subtotal + Reconstrução em B1 (tipo 1) ou Y de Roux (tipo 4)

46
Q

Paciente pós antrectomia com reconstrução do trânsito se alimenta e, 15 - 20 min depois, começa a apresentar dor, náusea, diarreia, taquicardia, palpitação, rubor. Qual o diagnóstico e por que acontece?

A

Dumping precoce. Acontece devido ao influxo de grande quantidade de alimento de uma vez só ao duodeno, já que não tem mais piloro (antrectomia) ou ele está alargado (piloroplastia).

47
Q

Paciente pós antrectomia com reconstrução do trânsito se alimenta e, 2 - 3 horas depois apresenta hipoglicemia. Qual o diagnóstico e por que acontece?

A

Dumping tardio.
Acontece por causa da chegada rápida de carboidratos no duodeno, que vai gerar um pico de insulina, e depois que a comida for absorvida ainda vai ter insulina, levando a hipoglicemia.

48
Q

Paciente pós antrectomia com reconstrução do trânsito em Billroth com dor contínua, sem melhora com vômitos, que são bilosos. Qual o diagnóstico e por que acontece?

A

Gastrite Alcalina.
Vai ter refluxo das secreções alcalinas do duodeno (os sucos biliar e pancreático), já que não tem mais piloro, ao estômago, que não está acostumado a receber isso, causando gastrite. Acontece em BI ou II.

49
Q

Paciente pós antrectomia com reconstrução do trânsito em Billroth II com dor contínua que melhora com vômitos bilosos e em jato. Qual o diagnóstico e tto?

A

Síndrome da alça aferente.
Só acontece em BII.
Tto: Y de Roux

50
Q

Qual a suspeita diagnóstica diante do sinal de joubert no exame físico e como confirma-la?

A

Perfuração de víscera oca, normalmente por úlcera péptica perfurada. Confirmado por RAA.

51
Q

Qual o tto para úlcera perfurada?

A

Ulcerorrafia + proteção do omento com procedimento de Graham

52
Q

O que é a síndrome de Zollinger Ellison?

A

Úlcera péptica por causa de gastrinoma (tumor de céls pancreáticas não beta) hiperssecretor de gastrina

53
Q

Como suspeitar da síndrome de Zollinger Ellison?

A

Tudo que é esquisito pra uma úlcera: locais incomuns, refratária ao tto, não associada ao H. pylori ou AINE, complicações frequentes, múltiplas, em boca anastomótica após cirurgia, diarreia, esteatorreia

54
Q

Como diagnosticar síndrome de Zollinger Ellison?

A
  • Medir gastrina sérica em jejum: aumentada
  • Estimulação com secretina: vai aumentar gastrina
  • Localizar gastrinoma
55
Q

A qual outra síndrome está associado o gastrinoma?

A

NEM 1: Sd. de Werner - Os 3 P’s:

Pâncreas (Gastrinoma), Pituitária (Prolactinoma) e Paratireoide (Hiperpara)

56
Q

O que hernia na hérnia de hiato por deslizamento (tipo 1)?

A

Só a JEG

57
Q

O que hernia na hérnia de hiato paraesofágica (por rolamento - tipo 2)?

A

Só o fundo gástrico

58
Q

O que hernia na hérnia de hiato mista (tipo 3)?

A

JEG + fundo gástrico

59
Q

O que hernia na hérnia de hiato tipo 4?

A

Estômago + outros órgãos

60
Q

Para que área torácica ocorre a herniação na hérnia de hiato?

A

Mediastino posterior

61
Q

Qual o principal sintoma da disfagia de transferência e os principais grupos de doenças causadoras?

A

Engasgo. Doenças musculares e neurológicas.

62
Q

Qual o principal sintoma da disfagia de condução e os principais grupos de doenças causadoras?

A

Entalo. Obstrução mecânica ou distúrbio motor.

63
Q

Onde se forma o divertículo de Zenker?

A

No triângulo de Killian

64
Q

Quais são os músculos formadores do triângulo de Killian?

A

Crico e tireofaríngeo

65
Q

Qual o mecanismo de formação do divertículo de Zenker?

A

É por pulsão.

66
Q

O divertículo de Zenker é um divertículo verdadeiro ou falso?

A

Falso (formado apenas por mucosa e submucosa).

67
Q

Qual o padrão ouro para diagnóstico do divertículo de Zenker?

A

Esofagografia baritada (imagem em adição no 1/3 superior do esôfago)

68
Q

Quais as complicações da miotomia e diverticulectomia endoscópicas para tto do divertículo de Zenker?

A

Abscesso cervical

Perfuração esofágica

69
Q

O divertículo médio esofágico é causado por qual mecanismo? E por quais doenças?

A

Tração. Causado por linfonodos inflamados ou infecções fibrosantes (puxam o esôfago).

70
Q

O divertículo médio esofágico é um divertículo verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro.

71
Q

Quais as duas principais causas de acalásia?

A

Idiopática e Doença de Chagas

72
Q

Qual o sinal clássico da acalasia na esofagografia baritada?

A

Sinal do bico de pato ou sinal da vela

73
Q

Qual o exame padrão ouro para diagnóstico de acalasia e outros distúrbios motores do esôfago?

A

Esofagomanometria

74
Q

Quais exames devemos fazer no fluxo diagnóstico de acalasia?

A

Esofagografia baritada, EDA (afastar CA) e esofagomanometria

75
Q

Qual o achado mais importante da acalasia na esofagomanometria?

A

O o não relaxamento do EEI

76
Q

Qual a dilatação do esôfago Mascarenhas 1 e seu tto?

A

< 4 cm

Tto conservador: nitrato, BCC, sildenafil, botox ou dilatação endoscópica

77
Q

Qual a dilatação do esôfago Mascarenhas 2 e seu tto?

A

4 - 7 cm

Dilatação endoscópica

78
Q

Qual a dilatação do esôfago Mascarenhas 3 e seu tto?

A

7 - 10 cm

Cardiomiotomia a Heller + Fundoplicatura (evitar refluxo)

79
Q

Qual a dilatação do esôfago Mascarenhas 4 e seu tto?

A

> 10 cm

Esofagectomia

80
Q

Qual o tto mais duradouro para acalasia?

A

Miotomia de Heller

81
Q

Qual o achado típico do espasmo esofagiano difuso na esofagografia?

A

Esôfago em saca-rolhas ou em contas de rosário

82
Q

O que sugere uma esofagomanometria com contrações simultâneas de amplitude > 120 mmHg?

A

Espasmo esofagiano difuso

83
Q

O que sugere uma esofagomanometria com contrações simultâneas de amplitude > 400 mmHg e onda peristáltica > 4 seg?

A

Esôfago em quebra nozes

84
Q

Qual a principal causa de perfuração esofágica?

A

Lesões iatrogênicas (EDA, SNG…)

85
Q

Paciente com história de vômitos de repetição se apresenta com dor cervical, enfisema subcutâneo e dor retroesternal pleurítica. Qual o provável diagnóstico?

A

Síndrome de Boerhaave: ruptura esofágica espontânea

86
Q

Paciente idoso com disfagia, massa palpável que some quando comprime, halitose e regurgitação. Qual o diagnóstico?

A

Divertículo de Zenker

87
Q

Paciente com divertículo de Zenker se apresenta instável após passagem de SNG. O que aconteceu?

A

Perfuração esofágica pela SNG

88
Q

Paciente com regurgitação, disfagia e perda de peso. Quais as 2 principais hipóteses?

A

Acalasia e CA de esôfago.

89
Q

Paciente com precordialgia e disfagia. Quais as 2 principais hipóteses (excluindo causa cardíaca)?

A

Espasmo esofagiano difuso e esôfago em quebra nozes

90
Q

Paciente após ida a churrascaria se apresenta incapaz de se alimentar, com sensação de “entalo”. Qual o diagnóstico?

A

Anel de Schatzki: “Sd. de Steakhouse”

91
Q

Paciente atópico, com disfagia de condução e pirose refratária ao uso de IBP. Na EDA encontramos anéis mucosos e pápulas esbranquiçadas. Qual o diagnóstico e tto? O que podemos encontrar no exame de sangue?

A

Diag: esofagite eosinofílica
Tto: corticoide oral em puff
Exame: eosinofilia e aumento de IgE

92
Q

A esofagite eosinofílica é mais comum em que grupo de pessoas? Evolui para CA?

A

Crianças e jovens atópicos, pp. homens. Não parece evoluir para CA.

93
Q

Se ocorrer fibroestenose devido a esofagite eosinofílica, pode fazer dilatação endoscópica?

A

Sim

94
Q

Qual a cirurgia indicada para DRGE com esofagomanometria normal?

A

Fundoplicatura total (a Nissen)

95
Q

Qual o tto cirurgico para DRGE com esofagomanometria mostrando dismotilidade?

A

Fundoplicatura parcial

96
Q

Com a diminuição da incidência de H. pylori, qual o agente que mais se correlaciona com a doença ulcerosa péptica?

A

1º: Cytomegalovírus; 2º: HSV.