Vasculites Flashcards

1
Q

Etiologia das vasculites

A
  • Primária

- Secundária (p. ex. infeção, esp. hepatite B e C)

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2
Q

Classificação das vasculites

A
  • Grandes vasos
  • Médios vasos
  • Pequenos vasos (ANCA positivos ou ANCA negativos)
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3
Q

Vasculites de grandes vasos

A
  • Arterite de células gigantes (arterite temporal)

- Arterite de Takayasu

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4
Q

Vasculites de médios vasos

A
  • Doença de Kawasaki
  • Poliarterite nodosa
  • Tromboangeíte obliterante (doença de Buerger)
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5
Q

Vasculites de pequenos vasos ANCA+

A
  • Granulomatose com poliangeíte (Granulomatose de Wegener)
  • Granulomatose eosinofílica com poliangeíte (Síndrome de Churg-Strauss)
  • Poliangeíte microscópica
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6
Q

Vasculites de pequenos vasos ANCA-

A
  • Púrpura de Henoch-Schönlein
  • Vasculite crioglobulinémica
  • Vasculite leucocitoclástica cutânea (vasculite de hipersensibilidade)
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7
Q

Vasculite que pode afetar qualquer tipo de vaso

A

Doença de Behçet

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8
Q

Quando suspeitar de vasculite

A
  • Púrpura palpável
  • Infiltrados pulmonares
  • Eventos isquémicos sem explicação
  • Doenças multissistémicas
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9
Q

Arterite de células gigantes (epidemiologia)

A
  • Mais frequente em mulheres idosas de ascendência europeia

- Grande associação com polimialgia reumática

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10
Q

Arterite de células gigantes (clínica)

A
  • Sintomas B
  • Cefaleia pulsátil na região temporal
  • Artéria temporal com dor à palpação e espessada
  • Claudicação mandibular
  • Sintomas oftálmicos (escotoma cintilante, amaurose fugaz ou perda de visão, diplopia)
  • Sintomas de polimialgia reumática quando há coexistência das duas doenças (artrite simétrica das articulações de tamanho médio, sinovite)
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11
Q

Arterite de células gigantes (vasos mais afetados)

A

Todo o sistema das carótidas, especialmente os vasos extracranianos; o vaso mais afetado é a artéria temporal

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12
Q

Arterite de células gigantes (critérios de diagnóstico)

A

3 de 5 para o diagnóstico:

  • 50+ anos
  • Cefaleias
  • Anomalias da artéria temporal
  • Velocidade de sedimentação muito elevada (50+ mm/h)
  • Anomalias histopatológicas na biopsia da artéria temporal
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13
Q

Arterite de células gigantes (análises laboratoriais)

A
  • Grande aumento da VS
  • Rouleaux no esfregaço de sangue
  • Trombocitose
  • Anemia
  • SEM autoanticorpos
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14
Q

Arterite de células gigantes (biopsia da artéria temporaL)

A

Gold standard para o diagnóstico, obrigatório em todas as suspeitas de ACG

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15
Q

Arterite de células gigantes (histopatologia)

A
  • Panarterite

- Infiltração mononuclear com formação de células gigantes

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16
Q

Arterite de células gigantes (tratamento)

A
  • Se isquemia: glicocorticoides EV em alta dose
  • Se não tem complicações: glicocorticoides orais (diminuir a dose até ao mínimo possível na terapêutica crónica)
  • Aspirina em doses baixas para prevenir isquemia
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17
Q

Arterite de células gigantes (complicações)

A
  • Perda de visão
  • Isquemia cerebral
  • Aneurisma e/ou disseção da aorta
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18
Q

Arterite de Takayasu (vasos mais afetados)

A

Aorta e seus ramos principais

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19
Q

Arterite de Takayasu (epidemiologia)

A

Mais frequente em mulheres jovens de ascendência asiática

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20
Q

Arterite de Takayasu (tipos de sintomas)

A
  • Sintomas inespecíficos (febre, artralgia)
  • Sintomas/sinais vasculares
  • Sintomas/sinais dermatológicos
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21
Q

Arterite de Takayasu (sintomas/sinais vasculares)

A
  • Ausência de pulsos periféricos (“pulseless disease”)
  • Síncope
  • Angina
  • Diminuição da acuidade visual
  • Dor muscular induzida pelo movimento dos membros
  • Raynaud
  • Sopros carotídeos bilaterais
  • Hipertensão (estenose renal)
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22
Q

Arterite de Takayasu (sintomas/sinais dermatológicos)

A
  • Eritema nodoso

- Urticária

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23
Q

Arterite de Takayasu (MCD)

A
  • Angiografia: gold standard (estenose dos vasos)

- Biopsia: granulomas, plasmócitos e linfócitos na média e adventícia

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24
Q

Arterite de Takayasu (tratamento)

A
  • Corticosteroides (metotrexato ou ciclofosfamida se necessário)
  • Intervenção cirúrgica se estenose crítica
  • Antihipertensores
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25
Doença de Kawasaki (epidemiologia)
Maioritariamente em crianças com menos de 5 anos de ascendência asiática
26
Doença de Kawasaki (tipos de sintomas/sinais)
- Febre - Sintomas/sinais específicos - Sintomas/sinais inespecíficos
27
Doença de Kawasaki (critérios de diagnóstico)
- Febre 5+ dias | - 4+ sintomas específicos OU <4 sintomas específicos SE envolvimento das coronárias
28
Doença de Kawasaki (sintomas específicos)
- Eritema e edema das mãos e pés (pode ter descamação) - Rash com origem no tronco - Conjuntivite - Mucosite orofaríngea (strawberry tongue) - Linfadenopatia cervical (unilateral) CRASH and BURN: Conjunctivitis, Rash, Adenopathy, Strawberry tongue, Hands and feet; burn = fever
29
Doença de Kawasaki (sintomas inespecíficos)
- Diarreia - Fadiga - Dor abdominal
30
Doença de Kawasaki (quando considerar)
Criança com rash e febre alta que não responde a antibióticos
31
Doença de Kawasaki (MCDs)
- Análises: aumento da VS e PCR, leucocitose, trombocitose | - Ecocardiograma: aneurismas coronários
32
Doença de Kawasaki (tratamento)
- IGIV - Aspirina em doses altas - Pode ser considerada corticoterapia
33
Doença de Kawasaki (complicações)
- Aneurismas coronários - EAM - Miocardite - Aneurismas
34
Poliarterite nodosa (epidemiologia)
- Mais adultos | - Associação com infeção por hep B ou C
35
Poliarterite nodosa (sistemas mais afetados)
- Pele - Nervos periféricos - Músculos - Articulações - Trato GI - Rim
36
Poliarterite nodosa (sintomas e sinais)
- Sintomas inespecíficos (febre, dor abdominal, artralgias) - Sintomas do órgão afetado - Poupa os pulmões (diferencia das outras vasculites)
37
Poliarterite nodosa (MCDs)
- Análises laboratoriais (sangue e urina) - Biopsia muscular: necrose fibrinoide com infiltração leucocítica transmural - Angiografia (se a biopsia não for acessível): estenoses e aneurismas em vários vasos de pequeno/médio calibre (exceto no pulmão)
38
Poliarterite nodosa (tratamento)
Corticosteriodes / ciclofosfamida
39
Poliarterite nodosa (quando considerar)
Adultos jovens com EAM ou AVC
40
Tromboangeíte obliterante (epidemiologia)
Mais comum em homens adultos fumadores
41
Tromboangeíte obliterante (vasos mais afetados)
- Artérias distais das extremidades | - Começa nas artérias e inflama por contiguidade as veias (incomum nas outras vasculites)
42
Tromboangeíte obliterante (sintomatologia precoce)
- Tromboflebite superficial, normalmente migratória (distingue TAO e Behçet das outras vasculites) - Claudicação intermitente - Raynaud
43
Tromboangeíte obliterante (sintomatologia tardia)
Sintomas de isquemia crítica dos membros
44
Tromboangeíte obliterante (MCDs)
- Análises: SEM aumento da VS e PCR (distingue das outras vasculites) - Exames de imagem: Doppler e angiografia (padrão de DAP mas sem aterosclerose, com dilatação dos vasa vasorum)
45
Tromboangeíte obliterante (tratamento)
- Cessação tabágica - Terapêutica médica (apenas para alívio sintomático: iloprost, CCBs, oxigénio hiperbárico) - Terapêutica cirúrgica (mas normalmente não se consegue fazer revascularização)
46
Granulomatose com poliangeíte (epidemiologia)
Afeta mais frequentemente brancos com 65+ anos
47
Granulomatose com poliangeíte (clínica)
- Sintomas constitucionais: sintomas B + artralgias - ORL (normalmente 1ª manifestação): rinossinusite crónica, nariz em sela, otite crónica - Respiratório: pneumonia-like - Renal: glomerulonefrite crescente de progressão rápida, pauci-imune (sem deposição de anticorpos) e por vezes síndrome pulmão-rim - Lesões da pele - Lesões oculares: conjuntivite, úlceras da córnea - Coração: pericardite, miocardite, vasculite coronária
48
Granulomatose com poliangeíte (tríade clássica)
- Vasculite necrotizante de pequenos vasos - Manifestações do trato respiratório (superior ou inferior) - Glomerulonefrite
49
Granulomatose com poliangeíte (MCDs)
- Análises: PR3-ANCA/c-ANCA - Urina: sedimento nefrítico - Imagiologia: lesões cavitárias nodulares múltiplas e bilaterais no pulmão - Biopsia (necessária para confirmação do diagnóstico): granuloma necrótico
50
Granulomatose com poliangeíte (tratamento)
- Em fase aguda: corticoterapia + metotrexato (ou ciclofosfamida ou rituximab) - Manutenção da remissão: azatioprina, metotrexato ou rituximab
51
Granulomatose com poliangeíte (doença dos Cs)
- Curvy nose - Chronic sinusitis - Cough - Conjunctivitis - Corneal ulceration - Cardiac arrhythmias - nonCaseating granulomas - c-ANCA - Corticosteroids as treatment
52
Síndrome de Churg-Strauss (clínica)
- Ataques de asma alérgica graves - Rinossinusite alérgica - Nódulos cutâneos / púrpura palpável - Envolvimento do coração, trato GI, rim ou SNC
53
Síndrome de Churg-Strauss (MCDs)
- Análises: eosinofilia, aumento da IgE, MPO-ANCA/p-ANCA + (não é muito sensível) - Biopsia: granulomas necróticos com infiltração eosinofílica
54
Síndrome de Churg-Strauss (tratamento)
Glicocorticoides (+ ciclofosfamida)
55
Poliangeíte microscópica (clínica)
- Renal: glomerulonefrite pauci-imune - Pulmão: hemoptise - Pele: púrpura palpável, necrose
56
Poliangeíte microscópica (MCDs)
- Análises: MPO-ANCA/p-ANCA + (~70%) | - Biopsia: necrose fibrinoide, infiltração neutrofílica, sem granulomas
57
Poliangeíte microscópica (tratamento)
Glicocorticoides (+ ciclofosfamida)
58
Púrpura de Henoch-Schönlein (epidemiologia)
Mais frequente em crianças <10 anos
59
Púrpura de Henoch-Schönlein (etiologia)
Desconhecida, mas frequentemente precedida 1-3 semanas por ITR superior por Strepto A Pode também ser por fármacos ou outras infeções
60
Púrpura de Henoch-Schönlein (clínica)
Tétrada clássica - Pele: máculas ou lesões urticariformes que coalescem em púrpura palpável, esp. nas extremidades inferiores - Articulações: artrite/artralgias (esp. joelho e tornozelo) - Trato GI: dor abdominal tipo cólica; melenas/hematoquezias - Rim: síndrome nefrítica Outros - Escroto - Pulmão - SNC
61
Púrpura de Henoch-Schönlein (diagnóstico)
- É clínico! MCDs são para DDx - Análises (sangue e urina) - Imagiologia - Biopsia
62
Púrpura de Henoch-Schönlein (análises)
Indicada na dúvida diagnóstica - Trombocitose ou plaquetas normais (diferencia a HSP das outras causas de púrpura!) - Coagulação normal - Aumento da IgA
63
Púrpura de Henoch-Schönlein (imagiologia)
Indicada quando se suspeita de complicações GI - Eco abdominal - TAC
64
Púrpura de Henoch-Schönlein (biopsia)
Apenas em doentes com apresentação atípica ou envolvimento renal grave - Deposição de IgA e C3
65
Púrpura de Henoch-Schönlein (tratamento)
- Normalmente não é necessário tratamento - Tratamento sintomático - Se grave: glicocorticoides e fluidoterapia
66
Vasculite crioglobulinémica (fisiopatologia - associação com hep C)
Formação de fator reumatoide (IgM anti-Fc) contra as IgMs e IgGs anti-HCV
67
Vasculite crioglobulinémica (doenças associadas)
- HEPATITE C - MM - Linfoproliferativas - DTC - Autoimunes
68
Vasculite crioglobulinémica (clínica)
- Sintomas inespecíficos (esp. artralgias) - Lesões da pele (púrpura palpável) - Sintomas vasomotores (Raynaud, acrocianose) - Polineuropatia - Hepatosplenomegalia - Glomerulonefrite
69
Vasculite crioglobulinémica (análises)
- Crioglobulinemia - FR+ - Hipocomplementemia - Infeção por HCV
70
Vasculite crioglobulinémica (tratamento)
- Tratamento da causa subjacente | - Imunossupressão se lesão de órgão grave (corticosteroides e/ou ciclofosfamida)
71
Vasculite de hipersensibilidade (epidemiologia)
É a vasculite mais comum
72
Vasculite de hipersensibilidade (etiologia)
- Induzida por fármacos | - Secundária a infeções
73
Vasculite de hipersensibilidade (clínica)
- Púrpura palpável, dolorosa | - Outras lesões cutâneas
74
Vasculite de hipersensibilidade (tratamento)
- Normalmente sintomático - Descontinuação do fármaco causador - Pode ser necessária imunossupressão
75
Vasculite de hipersensibilidade (diagnóstico)
- Biopsia - Pesquisa da causa subjacente - Devem ser excluídas vasculites sistémicas!
76
Doença de Behçet (epidemiologia)
- Mais comum no Mediterrâneo e na Ásia | - Afeta normalmente adultos jovens
77
Doença de Behçet (etiologia)
- Pode ser desencadeada por outras doenças autoimunes ou infeções virais - Forte associação com HLA-B51
78
Doença de Behçet (clínica)
- Aftas recorrentes - Úlceras genitais recorrentes - Envolvimento ocular: esp. uveíte - Lesões cutâneas (eritema nodoso, dermatografia) - Artrite (articulações não proximais e não distais) - Ulceração ileocecal - Vasculopatia (trombose, aneurismas... - APENAS BEHÇET dá aneurismas pulmonares!) - Teste de patergia positivo (pápula ou pústula pós punção)
79
Doença de Behçet (análises)
Sem autoanticorpos
80
Doença de Behçet (critérios de diagnóstico)
Ulceração oral 3x no período de 1 ano E 2+ dos seguintes: - Ulceração genital recorrente - Lesões oculares - Lesões cutâneas - Teste de patergia positivo
81
Doença de Behçet (tratamento)
- Úlceras: corticosteroides tópicos - Lidocaína tópica - Colchicina (eritema nodoso, artrite) - Envolvimento ocular ou vasculopatia: corticoterapia sistémica e/ou imunossupressores (azatioprina)
82
Doença de Behçet (PATHERGY)
- Positive pathergy test - Aphtous mouth ulcers - Thrombosis - Hemoptysis - Eye lesions - Genital ulcers - Young at presentation