Vacinação infantil: completo. Flashcards

1
Q

O complexo Mycobacterium tuberculosis é constituído por espécies principalmente?

A

M.

tuberculosis, M. bovis e M. microti

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Q

Qual a amis responsável pela infecções do complexo tubercolosis?

A

M.

tuberculosis.

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3
Q

Característica da M.

tuberculosis. ?

A

Este microrganismo é um bacilo
não formador de esporos, sem flagelos e que
não produz toxinas. É uma espécie aeróbica
estrita.

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4
Q

Transmissão de tb?

A

Via respiraória

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5
Q

Como a M. turbercolosis chega a uma infecção maciça?

A

Durante os primeiros dias
após o contato, os bacilos são capazes de se
multiplicar nos alvéolos periféricos (provocando uma reação inflamatória exsudativa de
tipo inespecífico) e se disseminar por via
linfo-hematogênica. Esta disseminação é dita
benigna, de poucos bacilos. De forma rara
uma disseminação maciça pode ocorrer e
levar às formas graves da doença como a
tuberculose disseminada e a meningite tuberculosa.

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6
Q

Achado mais comum em tb priária?

A

o o complexo de

Ranke (nódulo de Gohn + linfonodo satélite)

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7
Q

Complexo primário de tb evolui ?

A

A maior parte dos indivíduos imunocompetentes expostos pela primeira vez
ao bacilo da tuberculose (90%) não adoece,
isto é, o complexo primário não evolui.

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8
Q

Após quantas semanas de contanto com M. turbecolosis o sis. imune entra em ação?

A

após três semanas do contato

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9
Q

BCG. Significado da sigla?

A

Bacilo de Calmette e Guérin

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10
Q

Qual cepa a vacina BCG tem?

A

Mycobacterium bovis (subcepa Moreau-Rio de Janeiro) atenuada, liofilizada, com glutamato de sódio

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11
Q

A eficácia da vacina BCG pode ser medida como ?

A

a eficácia
da vacina não pode ser medida através da dosagem de anticorpos. A maioria dos vacinados
torna-se reatora ao PPD, mas a hipersensibilidade não espelha o grau de imunização, apenas
indica uma subpopulação de linfócitos T estimulados. O Ministério da Saúde não recomenda a realização rotineira do teste tuberculínico
após a vacinação com BCG.

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12
Q

Prova tuberculínica. Resuma

A

consiste na inoculação intradérmica 0,1 ml (2 UT) de um derivado proteico do M. tuberculosis (PPD-RT23)
para medir a resposta imune celular a estes
antígenos. É utilizada em crianças e adultos
para o diagnóstico de infecção latente pelo M.
tuberculosis

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13
Q

PPD positivo se ?

A

TT ≥ 10 mm (crianças vacinadas há menos de 2 anos)
TT ≥ 5 mm (crianças vacinadas há mais de 2 anos ou não vacinadas, ou aquelas
com alguma condição
imunodepressora)

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14
Q

Indicação BCG MS?

A

todas
as crianças abaixo de 4 anos (inclusive 4
anos, 11 meses e 29 dias), sendo obrigatória em menores de 1 ano.

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15
Q

Indicação BCG para RN HIV +?

A
deverão receber a BCG o mais
precocemente possível. Se estas crianças
chegarem ao serviço de saúde ainda não
vacinadas, poderão ser vacinadas se assintomáticas e sem sinais de imunodepressão
até 18 meses. Aquelas com idade entre 18
meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, que
chegarem ao serviço sem vacina BCG,
somente poderão recebê-la se a sorologia
anti-HIV for negativa. Nas crianças HIV+
acima de 5 anos e contactantes intradomiciliares de paciente com hanseníase, pode-
-se administrar a vacina BCG com intuito
de prevenção da hanseníase, desde que a
criança seja assintomática e que tenha CD4
acima de 200/mm3.
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16
Q

Indicação BCG para contato intradomiciliar de HANS?

A

O esquema é feito com uma
dose (0,1 ml cada) por via ID na inserção
do músculo deltoide direito. Gestantes contactantes de pacientes
com hanseníase deverão receber a BCG
somente após o parto.

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17
Q

BCG

Conservação?

A

Temperatura: 2-8ºC, devendo ser protegida

da luz solar direta.

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18
Q

BCG

Esquema vacinal?

A

Dose única (0,05 (antes de 12 meses completos)/0,1 ml) no braço direito na inserção
do deltoide por via Intradérmica (ID).
O Ministério da Saúde não recomenda
mais a revacinação rotineira aos 6 anos.

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19
Q

BCG

Contraindicações relativas?

A

 Recém-nascidos com peso < 2 kg.
 Afecções dermatológicas extensas no local
da aplicação.
 Uso de imunodepressores: em tratamento
com corticosteroides em dose elevada (equivalente a prednisona na dose de 2 mg/kg/dia
ou mais; para crianças, ou de 20 mg/dia ou
mais; para adultos, por mais de duas semanas); quimioterapia, radioterapia. A vacina
deverá ser adiada até três meses após a suspensão da medicação imunodepressora.
 Neoplasias malignas.
 RN de mães bacilíferas. A amamentação
não é contraindicada em mães bacilíferas,
desde que máscara apropriada seja utilizada. Nesta situação, o recém-nascido não
deve ser imunizado com a BCG ao nascer.
A criança recebe quimioprofilaxia com
isoniazida (INH) na dose de 10 mg/kg/dia
até três meses de vida. Aos três meses de
idade, caso o PPD seja não reator, suspende-se a INH e a BCG é aplicada. Em caso
de PPD reator sendo a criança assintomática e apresentando radiografia de tórax
sem alterações, mantém-se a INH até a
criança completar seis meses e não se
aplica a BCG. Caso, a qualquer momento,
o lactente apresente sinais clínicos ou
radiológicos de adoecimento, é indicado
o esquema RIP.

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20
Q

BCG

Contraindicação absoluta?

A

Crianças HIV positivas sintomáticas.

 Imunodeficiências congênitas ou adquiridas

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21
Q

BCG

Evolução da cicatriz?

A

 1ª a 2ª semana: mácula avermelhada com
enduração de 5 a 15 mm de diâmetro.
 3ª a 4ª semana: pústula que se forma com o
amolecimento do centro da lesão, seguida
pelo aparecimento de crosta.
 4ª a 5ª semana: úlcera com 4 a 10 mm de diâmetro.
 6ª a 12ª semana: cicatriz com 4 a 7 mm de
diâmetro, encontrada em cerca de 95% dos
vacinados. Não se deve cobrir a úlcera ou
colocar qualquer tipo de medicamento.

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22
Q

BCG

Reações locais?

A

 Abscessos subcutâneos frios ou quentes. Os
abcessos frios devem ser tratados com isoniazida 10 mg/kg/dia (máximo de 400 mg) até a
completa regressão da lesão. Para os abcessos
quentes está indicado o uso de antimicrobianos apropriados para germes de pele.
 Úlceras de grandes dimensões (> 1 cm) que
não evoluem para cicatrização dentro de 12
semanas. A conduta é notificar e acompanhar. A não cicatrização orienta início de
isoniazida 10 mg/kg/dia (máximo de 400
mg/dia) até a completa regressão da lesão.
 Linfonodos grandes > 3 cm de diâmetro flutuantes e fistulizados são alguns exemplos.
Estas complicações deverão ser tratadas com
isoniazida na dose de 10 mg/kg/dia (máximo
de 400 mg/dia) por via oral até a regressão
da lesão, que acontece ao redor do 45º dia.
Não está indicada a punção do gânglio.

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23
Q

BCG

Reação sistêmica?

A

Nas reações disseminadas o quadro mimetiza
a forma de tuberculose disseminada, com hepatoesplenomegalia, febre e linfadenite generalizada. Esta manifestação acontece em pacientes imunocomprometidos, que podem
evoluir para o óbito. Nestes casos utiliza-se o
esquema tríplice, substituindo a pirazinamida
pelo etambutol (RHE), uma vez que o M. bovis é
naturalmente resistente a essa droga.

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24
Q

HEPATITE B

Etiologia?

A

um vírus DNA, membro da família Hepadnaviridae com tropismo pelas células do fígado.

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25
Q

HEPATITE B

Transmissão?

A

1) parenteral – transfusão de sangue e derivados; 2) percutânea – drogas injetáveis, acupuntura, tatuagens, lâminas de barbear, acidentes
perfurocortantes; 3) sexual – forma importante
de contaminação entre adultos e 4) vertical – exposição perinatal no momento do parto;

26
Q

HEPATITE B

Patogênese?

A

As grandes complicações advindas da infecção crônica são a evolução para cirrose
hepática e desenvolvimento de hepatocarcinoma.

27
Q

HEPATITE B

Clínica?

A

O período de incubação para o vírus
da hepatite B é em média 60 a 90 dias, após os
quais se iniciam os sintomas. Surgem então sintomas de anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal, e mal-estar. Em 25% das crianças pode
ocorrer icterícia.

28
Q

HEPATITE B

Sorologia?

A

Agora, vamos relembrar a interpretação dos marcadores sorológicos. Na infecção aguda, o HBsAg é o primeiro marcador
sorológico a aparecer, coincidindo com o
início dos sintomas. Mas como seus níveis caem rapidamente, antes da resolução dos
sintomas clínicos, o anti-HBc IgM também
auxilia na identificação do quadro agudo. Cerca de meses depois, o anti-HBc IgM é substituído pelo anti-HBc IgG, que persiste por anos.
A positividade do anti-HBs, isoladamente,
significa imunidade vacinal adequada. A presença de anti-HBs e anti-HBc IgG denota infecção passada já resolvida. O HbeAg pode
estar presente em infecções agudas ou crônicas e denota replicação e infectividade do
vírus. O anti-HBe é o marcador que se objetiva durante o tratamento de pessoas cronicamente infectadas, pois traduz controle sobre
a replicação viral.

29
Q

HEPATITE B

Resuma a produção da vacina?

A

A vacina recombinante é produzida pela inserção do plasmídeo contendo o gene para o HbsAg no interior de leveduras. Estas células
produzem o antígeno recombinante de superfície (rHBsAg) que é purificado por vários
métodos físico-químicos, adsorvido por hidróxido de alumínio e adicionado de timerosal
como conservante.

30
Q

HEPATITE B

Duração da vacina?

A

A proteção conferida pela vacina da
hepatite B é superior a 12 anos e, provavelmente
vitalícia quando o indivíduo é imunocompetente.

31
Q

HEPATITE B

Deve ser mantida em:?

A

Deverá ser mantida entre + 2ºC + 8ºC

32
Q

HEPATITE B

Esquema vacinal MS?

A

Todo
recém-nascido após o nascimento, nas primeiras 12 horas após o parto, ainda na maternidade, deve receber uma dose da vacina
anti-hepatite B. Esta medida reduz significativamente o risco de infecção. A vacina
contra hepatite B é administrada de forma
isolada ao nascer, e aos 2, 4 e 6 meses em
combinação com a DPT + Hib sob a forma
de pentavalente. Também está indicada para
toda a população, em um total de três doses,
independente de idade ou condição de vulnerabilidade. Para crianças que iniciam o
esquema vacinal entre as idades de 1 mês a
4 anos (11 meses e 29 dias), deve-se administrar três doses da vacina Penta (DPT +
Hib + HepB) com intervalo de 2 meses entre
as doses

33
Q

HEPATITE B

Esquema vacinal RN HIV +?

A

Esquema em quatro doses – ao
nascer de forma isolada, e aos 2, 4 e 6 meses de idade junto com a Penta (DPT + Hib
+ HepB). Reforço da Penta aos 15 meses e
4 anos. Dosar o anti-Hbs nas crianças verticalmente expostas 30 a 60 dias após a
última dose, e se o nível sérico do anti-Hbs
< 10 UI, revacinar com o esquema 0, 1, 2
e 6 da vacina anti-hepatite B monovalente
com dose dobrada

34
Q

HEPATITE B

Esquema vacinal SBP?

A

Esquema: 0, 2, 4 e 6 meses. A
vacina contra a hepatite B deve ser administrada ao nascer, dentro das primeiras 12
horas de vida, aos 2 meses (2ª dose) e aos 6
meses (3ª dose), ou, ainda, aos 2, 4 e 6 meses
sob a forma de pentavalente, como preconiza
o MS. Os neonatos que nascerem com < 33
semanas ou < 2 kg, deverão obrigatoriamente realizar 4 doses: 0, 2, 4 e 6 meses. Crianças maiores de 6 meses poderão realizar o
esquema em três doses: 0, 1 e 6 meses. A
vacina contra a hepatite A + B pode ser realizada de 1 a 15 anos em duas doses, com
intervalo de 6 meses, e acima de 16 anos, com
esquema de três doses (0, 1 e 6 meses).

35
Q

HEPATITE B

Administração?

A

IM, deltoide ou vasto lateral da coxa. Apesar
deste pormenor, a via subcutânea poderá ser
utilizada nas pessoas que possuem doenças
hemorrágicas.
O volume da vacina contra hepatite B monovalente é de 0,5 ml até 19 anos e 1 ml a partir
dos 20 anos. Apenas em algumas situações
recomenda-se dobrar a dose (ex: renais crônicos, politransfundidos, hemofílicos): 1,0 ml
até 19 anos e 2,0 ml a partir de 20 anos.

36
Q

HEPATITE B

Eventos adversos?

A

São raros e resumem-se a reações locais, febre, mal-estar leve ocorrendo nas 48 horas após
a aplicação. A dor local é vista em 29% dos
casos e febre em apenas 6%.

37
Q

HEPATITE B

Contra indicação?

A

 Reação anafilática com dose administrada
anteriormente.
 Púrpura trombocitopênica imunológica
após dose administrada anteriormente.

38
Q

HEPATITE B

Obtenção da imunoglobulina?

A

a partir do plasma de indivíduos doadores selecionados, submetidos
recentemente à imunização ativa contra hepatite B, com altos títulos de anticorpos específicos (anti-HBs).

39
Q

HEPATITE B

Dose da IGHAHB?

A

A dose de IGHAHB é de 0,5 ml para recém-
-nascidos ou 0,06 ml/kg de peso corporal, e
máximo de 5 ml para as demais idades. Deve
ser aplicada por via intramuscular, inclusive na
região glútea. Quando for aplicada simultaneamente com a vacina de hepatite B, cada uma
deverá ser administrada em grupamentos musculares distintos.
Deve ser conservada a uma temperatura
de +2ºC a +8ºC.

40
Q

HEPATITE B

Indicações de IGHAHB?

A

 Prevenção da infecção perinatal pelo vírus
da hepatite B.
 Vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente suspeito de infecção por VHB.
 Comunicantes sexuais de casos agudos de
hepatite B.
 Vítimas de abuso sexual.
 Imunodeprimido após exposição de risco,
mesmo que previamente vacinados.

41
Q

HEPATITE B

Eventos adversos da IGHAHB?

A

Efeitos locais como eritema, enduração e dor
de intensidade leve são comuns. Já os sinais e
sintomas sistêmicos como febre, náuseas, vômitos, mal-estar, cefaleia e exantema ocorrem
ocasionalmente.

42
Q

Procedimento para RN mãe HBsAg+?

A

RN a termo, filhos de mães com HBsAg positivo (independente do resultado do HBeAg,
quer dizer, seja ele positivo, negativo ou não
realizado) deverão receber a vacina contra a
hepatite B + imunoglobulina de preferência
dentro das primeiras 12-24 horas de vida. A
imunoglobulina poderá ser administrada dentro do prazo máximo de 7 dias, mas a vacina
deverá ser administrada preferencialmente
dentro das primeiras 12 horas. A proteção
conferida por estas medidas é próxima de
100%. A imunoprofilaxia não tem qualquer
papel de proteção quando a infecção é adquirida intraútero. Quando a sorologia da mãe é
desconhecida, recomenda-se apenas a administração da vacina contra a hepatite B.
Para os RN pré-termo com menos de 33 semanas de gestação ou menos de 2.000 g
expostos ao vírus também estão indicadas a
vacina e a imunoglobulina.

43
Q

Procedimento de Hepatite B para vítimas de abuso sexual ?

A

Se a vítima não for vacinada ou estiver com
vacinação incompleta deve-se vacinar ou
completar a vacinação. Não se recomenda o
uso rotineiro de IGHAHB, exceto se a vítima
for suscetível e o agressor AgHBs positivo ou pertencente a grupo de risco (usuários de
droga, por exemplo). Quando indicada, a
IGHAHB deve ser aplicada o mais precocemente possível, até no máximo 14 dias após
a exposição.

44
Q

Procedimento de hepatite b para imunodeprimidos após exposição de risco?

A

Imunodeprimidos devem receber IGHAHB
após exposição de risco, pois sua resposta à
vacinação pode ser inadequada.

45
Q

POLIOMELITE

Etiologia?

A

O agente da poliomielite é um enterovírus (RNA), pertencente à família Picornaviridae. Existem três sorotipos distintos
antigenicamente: os sorotipos I, II e III. O
homem é o hospedeiro natural.

46
Q

POLIOMELITE

Transmissão?

A

A infecção natural e a vacinação
conferem imunidade duradoura tipo-específica.
Entretanto, mesmo essas pessoas imunes podem
se reinfectar com outro sorotipo e eliminar o
vírus pela saliva e fezes, com a diferença de
fazê-lo em menor proporção e por um período
mais curto de tempo. A transmissão é fecal-oral
ou oral-oral através de gotículas de saliva. Os
indivíduos infectados transmitem o vírus pela
saliva durante uma semana e pelas fezes por
cerca de seis semanas. O vírus resiste por bastante tempo em água, leite e alimentos, porém é
sensível ao calor, sendo inativado com a pasteurização e o ressecamento. O período de incubação é de 7 a 12 dias. O vírus se multiplica na
mucosa intestinal, de onde passa para a corrente
circulatória e, raramente, atinge os tecidos neurais e o sistema nervoso central.

47
Q

POLIMELITE

Quais os três tipos de paralisia?

A

1) poliomielite paralítica forma espinhal; 2) poliomielite paralítica forma bulbar e 3) polioencefalite.

48
Q

POLIOMELITE

Diagnósticos diferenciais?

A

importante o diagnóstico diferencial com outras paralisias de início agudo, como a síndrome
de Guillain-Barré, mielite transversa, botulismo,
difteria, miastenia gravis, paralisia periódica
hipocalêmica e miosite viral.

49
Q

DEIFINA:

Polimelite vacinal

A

efine-se poliomielite vacinal como sendo a
situação de paralisia motora iniciada no período
de 4 a 45 dias após a administração da vacina
de pólio oral (VOP) e sequela neurológica 60
dias após o início do quadro, sendo imprescindível o isolamento do vírus vacinal nas fezes dos
indivíduos acometidos para confirmação do
caso. Também se inclui na definição de “poliomielite associada à vacina” o quadro de paralisia
motora desenvolvida entre 4 a 85 dias após o
contato com criança que tenha recebido a VOP.
Associada ao tipo 2 e 3 comumente.

50
Q

POLIOMELITE

Diagnóstico?

A

O diagnóstico específico é obtido através do
isolamento do vírus nas fezes dos pacientes com
quadro suspeito.

51
Q

POLIOMELITE

Sorologia se utiliza?

A

a. A sorologia deixou de ser um método diagnóstico
útil, pois com o aumento da cobertura vacinal,
os resultados tornaram-se difíceis de interpretar.
A análise liquórica na primeira semana revela
um aumento da celularidade 20-300 céls/mm³,
com predomínio de polimorfonucleares no início
e mononucleares posteriormente. As proteínas
passam a aumentar somente a partir da segunda
semana de doença e podem atingir níveis de 50-
100 mg/dl.

52
Q

VOP

Composição?

A

É composta por três tipos (I, II e III) de vírus
atenuado cultivado em células de rim de macaco.
Contudo, desde janeiro de 2016, a VOP trivalente está sendo substituída pela VOP bivalente (1 e 3). Outras substâncias como o cloreto de magnésio,
a sacarose, a neomicina, a estreptomicina, canamicina ou polimixina (estabilizantes) também
estão presentes na vacina

53
Q

VOP

Armazenamento?

A

Deverá ser
mantida entre 2 e 8ºC, protegida da luz solar direta. Após aberto, o frasco pode ser usado por
cinco dias ou 24h em caso de utilização extramuros (campanha). O congelamento por até 10 ciclos
não altera a potência da vacina.

54
Q

VOP

Indicação MS?

A

A VOP
será usada aos 15 meses (reforço), 4 anos
(reforço) e anualmente nas Campanhas Nacionais de Vacinação contra a Pólio para
crianças menores de 5 anos. Lembrar que as
três primeiras doses, aos 2, 4 e 6 meses de
vida deverão ser feitas com a VIP (Vacina
Inativada contra a Pólio).

55
Q

VOP

Indicação SBP?

A

a VOP é aceitável aos 15 meses
(1º reforço), aos 4 anos (2º reforço) e nas
campanhas anuais de vacinação para crianças menores de 5 anos e que já receberam
pelo menos duas doses anteriores com VIP.

56
Q

VOP

Esquema vacinal?

A

Cada dose corresponde a duas gotas administradas por via oral.
 Campanhas vacinais: ocorrem anualmente
e todas as crianças entre 0 e 5 anos deverão
ser vacinadas, independente de seu calendário.Para crianças acima de 5 anos ainda
sem qualquer comprovação vacinal no cartão de vacinação, deve-se administrar três
doses da VOP com intervalo de 60 dias
entre elas; se o esquema for incompleto,
basta completá-lo com as doses que faltarem. Para crianças abaixo de 5 anos, deve-
-se administrar a primeira e segunda doses
com a VIP e a terceira com a VOP.

57
Q

VOP

Criança regurgitou, vomitou ou cuspiu deve repetir?

A

NÃO

58
Q

VOP

Efeitos adversos?

A

pode haver paralisia aguda flácida
após a administração da vacina nas crianças
vacinadas (4 a 45 dias após a VOP) ou nos contactantes imunodeprimidos de crianças vacinadas (4 a 85 dias após a VOP). Este fenômeno
deve-se à mutação para neurovirulência que o
vírus pode sofrer. A taxa de paralisia é maior na
primeira dose de VOP, sendo o risco substancialmente maior que nas doses subsequentes.
Outros eventos raros associados à VOP são a
meningite asséptica, encefalite e reações de
hipersensibilidade.

59
Q

VOP

Contraindicação de adiantamento?

A

Diarreia grave e/ou vômitos incoercíveis
(exceto em campanhas);
 Quadro clínico compatível com enterovirose,
já que o poder de imunização pode estar reduzido;
 Gravidez.

60
Q

VOP

Contraindicação total?

A

 Imunodeficiências congênitas e adquiridas
(ex.: leucemias, linfomas, tumores sólidos, infecção pelo HIV): Nestes casos
recomenda-se o uso da vacina inativada
para o paciente e seus contactantes. Caso
um familiar tenha recebido a pólio oral,
ele deve ser afastado da criança com distúrbio da imunidade por um período de
quatro a seis semanas;
 A vacina oral não deve ser administrada em
hospitais pelo risco teórico de poliomielite
vacinal em crianças internadas;
 Alergia tipo anafilática a antibióticos contidos
na vacina (neomicina, polimixina e estreptomicina);
 Pólio vacinal associada à dose anterior.