Tuberculose Flashcards
Caracterize o líquido pleural em caso de tuberculose pleural
Se exsudato ou transudato, nível de glicose, tipo de leucócito predominante e ADA
Exsudato com glicose baixa ou normal, predomínio de linfócitos, ADA+
Análise do líquido pleural na TB pleural, porque predominam linfócitos?
Por ser uma doença crônica, este é o seu predomínio e não de polimorfonucleares, que já seria mais típico de um derrame parapneumônico.
Quando solicitar exames de seguimento para pacientes em tratamento para TB?
Na primeira consulta e posteriormente apenas em quadros sintomáticos.
Quando considerar que o tratamento para TB está sendo hepatotóxico?
Em casos de transaminases acima de 5x o limite superior de normalidade ou acima de 3x somada a sintomas hepáticos.
Conduta em caso de hepatotoxicidade diagnosticada na UBS durante o tratamento padrão da tuberculose?
Não há necessidade de encaminhar para serviços terciários todos os casos.
- Deve-se suspender TODAS as medicações do esquema RHZE, acompanhar normalização das transaminases e só então reintroduzir droga a droga, iniciando da menos hepatotóxica à mais hepatotóxica.
- A ordem é E-Z-R-H, sempre dosando novamente transaminases a cada nova adição.
Qual a droga mais hepatotóxica do RHZE? E a menos?
Isoniazida
A menos é o Etambutol
Principais efeitos colaterais do tratamento para RHZE, definição dos dois grupos
Menores:
Não obrigam suspensão do tratamento, apenas ajustes. Todas podem exercer
Maiores:
Suspensão de tratamento!
Principais efeitos colaterais menores do tratamento para RHZE, quais são e quais drogas relacionadas
Menores:
- Náuseas, vômitos, intolerância digestiva etc (todas as drogas)
- Distúrbios do sono, alteração comportamental, euforia (isoniazida)…
- Parestesia (etambutol e principalmente isoniazida)
- Hiperuricemia (Etambutol e Pirazinamida)
- Febre (Isoziniazida e Rifampicina)
- Suor alaranjado e urina escura (Rifampicina)
Conduta caso paciente em tratamento para TB curse com náuseas e/ou vômitos
Manter tratamento, por se tratar de um efeito colateral menor, e manejar horário das tomadas para longe das refeições, ou até adicionar sintomáticos, como anti-eméticos.
- IMPORTANTE: solicitar transaminases, pela possibilidade de ser um sinal clínico de hepatotoxicidade.
Conduta caso paciente em tratamento para TB curse com parestesia
(extra: qual(is) droga(s) relacionada(s) a isso?)
(Etambutol e principalmente Isoniazida)
Manter tratamento, por se tratar de um efeito colateral menor e associar Piridoxina (50mg/dia), que é a Vitamina B6.
Principais efeitos colaterais maiores do tratamento para RHZE, quais são e quais drogas relacionadas
- Hepatotoxicidade (todos, menos etambutol)
- Neuropatia óptica (Etambutol - ETAMBUTOLHO)
- Surtos psicóticos e alucinações (Isoniazida)
- Rabdomiólise e IRA (Pirazinamida)
- Alterações hematológicas graves (Rifampicina)
Sintomático respiratório, definição com diferenciação entre grupo geral e grupos de maior risco
São pacientes com sintomas respiratórios associados a tosse por mais de 3 semanas e que, por isso, devem ser investigados para TB. Exceto:
Se pessoa em situação de rua, em situação de privação de liberdade, idosos de asilo/instituições de longa permanência, indígena ou profissional da saúde, investigar TB a partir de 1 semana.
Quais órgãos podem ter TB e, destes, quais podem transmitir?
Todos os órgãos!
Porém, só são transmissories pacientes com TB pulmonar ou laríngea.
Tratamento padrão para TB pulmonar, temporalidade e dosagem
- Dose de ataque com RHZE por 2 meses e dose de manutenção com RH por 4 meses.
Dosagem por peso:
- RHZE 150/75/400/275 mg:
20kg-35kg 2 comp, 36kg-50kg 3 comp, 51kg-70kg 4 comp, >70kg 5 comp.
- RH 300/150 mg (a) ou 150/75 mg (b):
20kg-35kg 1 comp de a ou 2 comp de b, 36kg-50kg (1 comp de a + 2 comp de b) OU 3 comp de b, 51kg-70kg 2 comp de a ou 4 comp de b, >70kg (2 comp de a + 1 comp de b) OU 3 comp de b.
Baciloscopia, qual frequência solicitar e quando normalmente o paciente negativa durante o tratamento
Duas coletas em dias diferentes para diagnóstico seguidas de 1 baciloscopia mensal para seguimento. Geralmente, a partir da 2 semana de tratamento bem aderido há negativação.