Tributo Flashcards

1
Q

Definição de tributo tem sede legal?

A

Sim, CTN.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual a definição de tributo, de acordo com o CTN?

A

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Que entende o STF sobre lei local instituindo a possibilidade de o crédito tributário ser extinto mediante dação em pagamento de bens móveis?

A

Entende que essa previsão é inconstitucional, em virtude de reserva de elei nacional para dispor sobre regras de licitação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

STF entende que Estados e DF podem estabelecer outros meio não previstos expressamente do CNT, de extinção de seus créditos tributários?

A

Sim, máxime porque podem conceder remissão, e quem pode o mais, pode o menos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual a diferença entre tributo e multa?

A

A multa é, por definição, justamente o que o tributo, também por definição, está proibido de ser: sanção a penalidade por um ato ilícito.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Que entende o STF sobre a tributação de rendimentos oriundos de um ato ilícito, ou até criminoso, como corrupção, tráfico ilícito de entorpecentes etc.?

A

STF, ao julgar um caso sobre tráfico ilícito de entorpecentes, entendeu que, antes de ser agressiva à moralidade, a tributação do resultado econômico de tais atividades é decorrência do princípio da isonomia fiscal, de manifesta inspiração ética. É o princípio do “pecunia non olet”.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual a correlação entre a proibição de tributo de caráter sancionatório e o princípio que proíbe a instituição de tributo com efeito de confisco?

A

A CF prevê a possibilidade de que lei, regulando a individualização da pena, adote, entre outras, a de perda de bens. Trata-se de formal autorização para a existência de confisco no Brasil, mas tão somente como punição.
Ora, considerando que o tributo não pode se constituir em sanção por ato ilícito e que o confisco somente é admitido no Brasil como pena, há de se concluir que o tributo não pode ter caráter confiscatório, justamente para não se transformar numa sanção por ato ilícito.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Há exceção à regra de que o tributo só pode ser criado por lei (complementar ou ordinária) ou ato normativo de igual força (medida provisória)?

A

Não.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Há exceções ao princípio da legalidade quando à alteração de alíquotas?

A

Sim:
1- alíquotas de II, IE, IPI, IOF;
2- CIDE-combustíveis;
3- ICMS monofásico sobre combustíveis.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

A destinação legal do produto da arrecadação do produto importa na definição de sua natureza jurídica?

A

Consta no CTN que tal dado é irrelevante para definir a natureza jurídica específica do tributo.
Apesar disso, nos julgados em que foi discutida a natureza jurídicas das contribuições destinadas ao FGTS, o STJ entendeu que o dato de a arrecadação não ser destinada ao erário, devendo ser carreada às contas vinculadas dos empregados, que poderão sacar seus saldos em caso de despedida sem justa causa, demonstraria que a exação não tem caráter tributário.
Posteriormente, o STJ sumulo entendimento de que o CTN não se aplica às contribuições do FGTS.
Importante destacar que o STF não mudou o seu entendimento no sentido de que as contribuições para o FGTS não são tributos, ao definir aplicação de prescrição quinquenal e não trintenária ao FGTS.
A Lei 4.320/64 traz outra definição de tributo em que, expressamente, se exige que o produto da arrecadação tributária seja destinada ao custeio de atividades gerais ou específicas exercidas pelas pessoas jurídicas de direito público.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Como se classificam os tributos, quanto as suas espécies?

A

1- dualista, bipartida ou bipartite: impostos e taxas;
2- tripartida, tricotômica ou tripartite: impostos, taxas e contribuições de melhoria - adotada pelo CTN;
3- pentapartida ou quinquipartida: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais - adotada pelo STF;
4- quadripartida, tetrapartida ou tetrapartite: impostos, taxas, contribuições e empréstimos compulsórios.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Como é determinada a natureza jurídica específica do tributo?

A

Pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei, bem como a destinação legal do produto de sua arrecadação.

Em virtude da CF proibir que as taxas tenham bases de cálculo próprias de impostos, poder-se concluir que, além do fato gerador, torna-se necessário, também, avaliar a base de cálculo para decifrar sua natureza jurídica. Dessa forma um cotejo entre base de cálculo e fato gerador é o melhor método para o deslinde da questão.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Imposto goza de referibilidade?

A

Não, pois é um tributo não vinculado a qualquer atividade.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Como conciliar a teoria da pentapartição e o fato de que, ao comparar as contribuições para financiamento da seguridade social até hoje criadas com os impostos, percebe-se que os fatos geradores não servem para distinguir as duas figuras tributárias?

A

As diferenças perceptíveis são apenas o nome e a destinação legal do produto da arrecadação. A única maneira de salvar a teoria da pentapartição é considerar que a normatividade do art. 4 do CTN foi parcialmente não recepcionada pela CF, não sendo mais aplicável às contribuições especiais e aos empréstimos compulsórios (estes só se distinguem das demais espécies pelo fato de serem - ou, ao menos, deverem ser - restituíveis pelo destino da arrecadação).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Por que se diz que o imposto e sustenta sobre a ideia da solidariedade social?

A

Porque os impostos são, por definição, tributos não vinculados que incidem sobre manifestações de riqueza do sujeito passivo.
Têm caráter contributivo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Os impostos são tributos de arrecadação não vinculada?

A

Sim, como regra, a vinculação de sua receita a órgão, fundo ou despesa é proibida diretamente pela CF.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

A receita de impostos remunera que tipo de serviços?

A

Serviços universais (uti universi).

18
Q

Quais os impostos de competência privativa da União?

A
1- II;
2- IE;
3- IR;
4- IPI;
5- IOF;
6- ITR;
7- IGF.
19
Q

Quais os impostos de competência privativa dos Estados e DF?

A

1- ITCMD;
2- ICMS;
3- IPVA.

20
Q

Quais os impostos de competência privativa dos Municípios e DF?

A

1- IPTU;
2- ITBI;
3- ISS.

21
Q

As listas de de competências privativas do impostos na CF são exaustivas (numerus clausus)?

A

A princípio sim; entretanto, a União pode instituir, mediante lei complementar, novos impostos, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na CF.
É a chamada competência tributária residual, que também existe para a criação de novas fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social.
Em ambos os casos, a instituição depende de lei complementar, o que impossibilita a utilização de medidas provisórias.

22
Q

Qual a competência tributária extraordinária da União?

A

A União poderá criar, na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária.

23
Q

Existe competência tributária privativa absoluta?

A

Com o imposto extraordinário de guerra (IEG), a União pode delinear como fato gerador, praticamente, qualquer base econômica não imune, inclusive as atribuídas a outros entes federativos; assim, seria possível dizer que é o único caso de bitributação constitucionalmente autorizada.
Dessa forma, é possível afirmar que, no tocante a impostos, somente a União possui competência tributária privativa absoluta, pois, no caso de guerra externa ou sua iminência, está autorizada a tributar as mesmas bases econômicas atribuídas aos demais entes políticos.

24
Q

A CF cria tributos?

A

Não, apenas atribui competência para que os entes políticos o façam.

25
Q

Cite um exemplo de inércia legislativa.

A

Apesar de a CF atribuir à União a competência para a criação do IGF, a inércia legislativa faz com que esse tributo não exista no atual ordenamento jurídico.

26
Q

Seria correto dizer que, para os impostos, a amplitude da autonomia legislativa desfrutada pelos entes tributante é menor?

A

Sim.
Regra geral, os tributos são instituídos mediante lei, que define seus fatos geradores, bases de cálculo, alíquotas e contribuintes.
No tocante a impostos, todavia, a CF exige que lei complementar de caráter nacional defina os respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes.
Ou seja, a autonomia legislativa desfrutada é condicionada pela legislação nacional, visando assegurar a uniformidade da incidência tributária em todo o território nacional, de forma a dar concretude ao princípio da isonomia.

27
Q

Que STF entende sobre a aplicação, no exercício de competência tributária, da regra de que, quando a União deixa de editar normas gerais, os Estados poderiam exercer a competência legislativa plena?

A

STF entende aplicável.
O caso submetido ao Tribunal referia-se ao IPVA, que, por ter sido previsto apenas na CF/67, sequer foi mencionado no CTN.

28
Q

Princípio da capacidade contributiva é aplicável aos impostos?

A

Segundo a CF, sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultando à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Assim, havendo viabilidade, a pessoalidade é obrigatória. A finalidade da regra é dar concretude ao princípio da isonomia.

29
Q

CF impõe a aplicação do princípio da capacidade contributiva a todos os tributos?

A

Não, apenas aos impostos, e somente quando possível.
STF entende que, apesar de previsto como de observância obrigatória apenas na criação dos impostos, nada impede que o princípio da capacidade contributiva seja levado em consideração na criação de taxas.

30
Q

Como se dá a competência para instituição de taxas?

A

Segundo a CF:
1- a União, os Estados, o DF e os Municípios poderão instituir taxas;
2- em razão do exercício do poder de polícia ou;
3- pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.

CTN segue a mesma linha de raciocínio.

31
Q

É correto dizer que taxas são tributos retributivos ou contraprestacionais?

A

Sim, uma vez que não podem ser cobrados sem que o Estado exerça o poder de polícia ou presta ao contribuinte, ou coloque à sua disposição, um serviço público específico e divisível.

32
Q

Quais as espécies de taxas?

A

1- taxa de polícia;

2- taxa de serviço.

33
Q

Qual o fato gerador da taxa de polícia?

A

Exercício regular do poder de polícia (atividade administrativa).

34
Q

Como o CTN conceitua o poder de polícia?

A

Atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

35
Q

A lista de interesses públicos fundamentais cuja proteção pode dar ensejo ao exercício de poder de polícia, que consta no CTN, é taxativa?

A

Não , é meramente exemplificativa (numerus apertus), pois, com base na mesma fundamentação (supremacia do interesse público sobre o privado), outros interesses também podem ser protegidos.

36
Q

Pode se cobrar taxa de polícia por exercício potencial desse poder?

A

Não, a possibilidade de cobrança por atividade estatal potencial ou efetiva refere-se apenas às taxas de serviço, de forma que só se pode cobrar taxa de polícia pelo efetivo exercício desse poder.

37
Q

Qual o entendimento jurisprudencial acerca da cobrança periódica da taxa municipal de licença de funcionamento?

A

Há clássico entendimento jurisprudencial no sentido da ilegitimidade da cobrança periódica da taxa a título de mera renovação, sem que haja novo procedimento de fiscalização (entendimento era semelhante no STF e STJ).
Em decisões mais recentes, o STF tem presumido o exer´cicio do poder de polícia quando existente o órgão fiscalizador, mesmo que este não comprove haver realizado fiscalizações individualizadas no estabelecimento de cada contribuinte.
Ocorre a presunção do exercício, mas não se pode dizer que se passou a aceitar a cobrança de taxa de polícia sem o efetivo exercício do poder de polícia.

38
Q

Qual o entendimento do STJ acerca da natureza jurídica da contribuição para o FUNDAF - Função Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização?

A

Essa contribuição destina-se a reforçar o caixa da Secretaria da Receita Federal, fazendo face aos encargos específicos de sua atividade fiscalizatória.
O STJ, percebendo o caráter compulsório da exação e verificando na norma instituidora que a contribuição serve para ressarcimento de despesas administrativas decorrentes de atividades extraordinárias de fiscalização, entende que estas atividades configuram fato gerador do tributo, enquadrando-o como uma verdadeira taxa pelo exercício do poder de polícia.
O Tribunal, então, declarou a impossibilidade de cobrança feita com base em meros atos regulamentares da Receita Federal.

39
Q

Cite taxas de polícia que já passaram pelo crivo do STF.

A

1- taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários;
2- taxa de fiscalização e controle dos serviços públicos delegados;
3- taxa de fiscalização de anúncio.

40
Q

Quais os elementos mínimos necessários para a válida instituição e cobrança da taxa de serviço?

A

1- serviço deve ser específico e divisível;
2- destinatário deve utilizar efetiva ou potencialmente o serviço;
3- o serviço deve ser prestado