Trauma Flashcards

1
Q

Toracotomia

Indicações de toracotomia no centro cirúrgico no trauma (6)

A
  1. Hemotórax maciço (drenagem de 1.500ml ou mais pelo dreno ou saída de 200ml/h nas primeiras duas a quatro horas)
  2. Lesões penetrantes na parede torácica anterior com tamponamento cardíaco.
  3. Feridas da caixa torácica de grandes dimensões
  4. Lesões de vasos nobres do tórax + instabilidade hemodinâmica
  5. Lesões traqueobronquicas extensas
  6. Evidência de perfuração esofagianas
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2
Q

Tórax Instável

Definição

A

Fratura de 2 ou mais arcos costais consecutivos, sendo que cada arco costal esteja fraturado em pelo menos 2 pontos

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3
Q

Contusão pulmonar

Fisiopatologia

A

O líquido e sangue provenientes do interior dos vasos rotos tomam os alvéolos, o interstício e os brônquios, produzindo hipoxemia e consolidações no parênquima, podendo gerar SARA

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4
Q

Contusão Pulmonar

Como diferenciar contusão pulmonar (CP) de atelectasia em exames radiológicos?

A

A atelectasia não ultrapassa as fissuras pulmonares, enquanto a CP não é limitada por segmentos ventilatórios

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5
Q

Contusão Pulmonar

Conduta (2)

A
  1. Se SatO2 > 90% - O2, analgesia e monitoramento com gasometria, ECG e oxímetro.
  2. se PaO2 < 65 ou SatO2 < 90% - considerar IOT + VM

OBS: cautela na administração de volumes em excesso para não piorar o infiltrados pulmonares, porém não fazer restrição hídrica

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6
Q

Pneumotórax Simples

Defina pneumotorax simples pequeno e grande, de acordo com a classificação utilizada

A
  1. Pequeno - perda de parênquima inferior a 1/3 do volume do pulmão
  2. Grande - colapso de todo ou quase todo o pulmão sem a presença de desvio do mediastino ou hipotensão (o que caracteriza o pneumotórax simples).
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7
Q

Pneumotórax Simples

Conduta no pneumotórax simples grande

A

Drenagem intercostal sob selo d’água

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8
Q

Toracostomia

Onde deve ser realizada a drenagem intercostal (toracostomia) sob selo d’água?

A

No 4º ou 5º espaço intercostal, entre as linhas axilares média e anterior, porém mais próximo da média, a nível da linha mamilar.

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9
Q

Pneumotórax Simples

Conduta no penumotórax simples pequeno (3)

A
  1. Observação
  2. Reavaliação em 24h
  3. Drenagem em caso de indicação
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10
Q

Pneumotórax

Critérios para retirada do dreno de tórax (2)

A
  1. Pulmão totalmente expandido
  2. Não borbulhamento pelo frasco de drenagem por 48 a 72h
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11
Q

Pneumotórax Hipertensivo

Causa mais comum de pneumotórax hipertensivo, segundo o ATLS

A

Ventilação com pressão positiva em pacientes com lesões pleuropulmonares prévias

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12
Q

Pneumotórax Hipertensivo

Fisiopatologia

A

Lesão ocasionando a entrada de ar entre as pleuras funciona como uma válvula de direção única, permitindo a entrada de ar e impedindo sua saída

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13
Q

Pneumotórax Hipertensivo

Características (2)

A
  1. Instabilidade hemodinâmica
  2. Desvio acentuado do mediastino.
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14
Q

Pneumotórax Hipertensivo

Manifestações clínicas do pneumotórax hipertensivo (8)

A
  1. Dispnéia
  2. Redução da expansibilidade do hemitórax
  3. Desvio contralateral da traquéia
  4. Som timpânico à percussão
  5. Ausência ou diminuição do murmúrio vesicular
  6. Turgência jugular
  7. Hipotensão (podendo haver instabilidade hemodinâmica)
  8. Enfisema subcutâneo
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15
Q

Pneumotórax Hipertensivo

Diagnóstico

A

É clínico, porém caso haja disponibilidade imediata a beira leito de USG (FAST) esta pode e deve ser feita

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16
Q

Pneumotórax Hipertensivo

Conduta imediata

A

ToracoCENTESE de alívio

Em adultos: 4º ou 5º espaço intercostal, entre a linha axilar média e anterior, a nível da linha mamilar

Em crianças: 2º espaço intercostal, na linha hemiclavicular

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17
Q

Toracocentese

Onde deve ser realizada a toracocentese (em adultos e em crianças)?

A
  • Em adultos: 4º ou 5º espaço intercostal, entre a linha axilar média e anterior, a nível da linha mamilar.
  • Em crianças: no 2º espaço intercostal, na linha hemiclavicular
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18
Q

Pneumotórax

Pneumotórax que não melhora após drenagem em selo d’água com técnica correta, o que pensar?

A

Lesão de via aérea de grosso calibre (brônquio fonte)

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19
Q

Lesão de Brônquio Fonte

Conduta na lesão de brônquio fonte no pneumotórax hipertensivo (imediata e definitiva)

A
  • Imediata: IOT seletiva ou 2º dreno
  • Definitiva: toracoTOMIA
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20
Q

Lesão de Brônquio Fonte

Exame diagnóstico da lesão de brônquio fonte no pneumotórax hipertensivo

A

Broncoscopia

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21
Q

Pneumotórax Aberto

Definição

A

Ferida torácica que promova uma solução de continuidade entre o ar atmosférico e a cavidade pleural, com tendencia a equilíbrio dessas pressões (ferida torácica aspirativa)

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22
Q

Pneumotórax Aberto

Tratamento imediato

A
  • Imediato: ocluir a ferida com um curativo de aspecto quadrangular fixado em apenas três pontos (com esparadrapo ou fita adesiva), permitindo a saída de ar com a expiração e impedindo a entrada do ar com a inspiração
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23
Q

Hemotórax

Tratamento

A

Toracostomia com drenagem em selo d’água para TODO paciente com trauma torácico que se apresente com derrame pleural pois todo derrame pleural nesses pacientes é hemotorax até que se prove o contrário.

24
Q

Hemotórax Maciço

Definição (2)

A
  1. Acúmulo rápido > 1.500 ml ou
  2. > 1/3 do volume sanguíneo do paciente
25
Q

Hemotórax Maciço

Clínica do hemotórax maciço

A
  1. Macicez à percussão
  2. MV abolido ausculta
  3. Hipotensão/choque
  4. Jugular colabada
26
Q

Hemotórax

Conduta

A
  1. Toracostomia com drenagem em selo d’água
  2. Infusão de cristalóides e sangue no hemotórax maciço
  3. Avaliar toracotomia
27
Q

Hemotórax

Indicações de toracotomia no hemotórax de acordo com o ATLS

A
  1. Drenagem imediata de 1.500 ml - Drenagem de 200 ml/h nas primeiras 2 a 4 horas
  2. < 1.500 ml, mas que continuam a sangrar
  3. Instabilidade hemodinâmica
  4. Necessidade continua de hemotransfusão
28
Q

Toracotomia

Indicações de toracotomia de acordo com o Sabiston

A

Drenagem imediata > 1.500 ml (apenas se continuarem a sangrar e fique hemodinamicamente estável) + drenagem > 300 ml/h em 3 horas consecutivas

29
Q

Quilotórax

Definição

A

Presença de linfa na cavidade pleural que ocorre quando há obstrução do ducto torácico em qualquer ponto de seu trajeto

30
Q

Lesão Traqueobrônquica

Clínica

A
  1. Enfisema subcutâneo
  2. Hemoptise
  3. Hematoma paratraqueal
  4. Pneumotórax hipertensivo
31
Q

Lesão Traqueobrônquica

Como ventilar o paciente?

A

Intubação endotraqueal guiada com fibroscopia, muitas vezes necessitando de intubação seletiva

32
Q

Contusão Miocárdica

Manifestações clínicas e em exames complementares

A
  1. Hipotensão, principalmente se acompanhada de aumento inexplicado da PVC (disfunção sistólica do VD)
  2. Alterações na motilidade na parede torácica vistas no ECO bidimensional
  3. Alterações eletrocardiográficas (arritmias, extrassístoles ventriculares, bloqueio de ramo
33
Q

Contusão Miocárdica

Tratamento

A

Sintomático: se arritmia, dar antiarrítmicos; se falência ventricular, dar drogas isotrópicas, infusão de volume, etc.

34
Q

Tamponamento Cardíaco

Tríade de Beck (3)

A
  1. Turgência jugular
  2. Hipofonese de bulhas
  3. Hipotensão
35
Q

Tamponamento Cardíaco

Clínica

A
  1. Tríade de beck: abafamento de bulhas, hipotensão e turgência jugular
  2. Congestão pulmonar
  3. Pulso paradoxal
  4. Sinal de Kussmaul
36
Q

Pulso paradoxal

Definição

A

Queda superior a 10mmHg na pressão arterial sistólica ao término da inspiração

37
Q

Sinal de Kussmaul

Definição

A

Aumento da pressão venosa na inspiração vista por uma acentuação na turgência jugular que acompanha cada inspiração.

38
Q

Tamponamento Cardíaco

Diagnóstico

A

Clínica + FAST

Caso o FAST seja inconclusivo: ECOTT

39
Q

Tamponamento Cardíaco

Tratamento

A

Toracotomia de emergência ou esternotomia

Caso não possam ser realizadas de imediato, é realizada como medida provisória uma pericardiocentese subxifoidiana com agulha de ponta romba (retirada de 10 a 20 ml de sangue)

40
Q

Trauma Aórtico

Principais alterações no Raio-X (3)

A
  1. Mediastino alargado (> 8cm) - sinal mais consistente
  2. Perda do contorno aórtico
  3. Desvio TOT/ sonda nasogástrica para a direita
41
Q

Lesão de Aorta

Diagnóstico

A

Clínica + imagem (aortografia* ou angioTC)

OBS: na presença de hipotensão a TC helicoidal de tórax contrastada está indicada

42
Q

Lesão de Aorta

Padrão ouro para diagnostico

A

Aortografia

43
Q

Lesão de Aorta

Conduta

A
  • A aorta fica estável por cerca de 24h, ou seja, deve-se tratar outras lesões mais graves antes. - Iniciar betabloqueador se possível - Controle da pressão - Tratamento definitivo: toracotomia esquerda ou cirurgia endovascular
44
Q

Trauma de diafragma

Como deve ser feita a investigação por lesões penetrantes? (3)

A
  1. Lavado peritoneal nas feridas penetrantes no hipogástrio
  2. Videolaparoscopia nos indivíduos com hemotórax e/ou pneumotórax
  3. Videolaparoscopia nos pacientes com lesão na transição toracoabdominal e radiografia de tórax normal
45
Q

Trauma de diafragma

Quando devemos investigar em pacientes com lesão penetrante?

A

Em todo paciente com lesões penetrantes abaixo dos mamilos e acima da margem costal.

46
Q

Trauma Abdominal

Órgão mais lesionado no trauma abdominal fechado

A

Baço

47
Q

Trauma Abdominal

Órgão mais afetado no trauma abdominal penetrante por arma de fogo

A

Intestino delgado

48
Q

Trauma Abdominal

Órgão mais afetado no trauma penetrante por arma branca

A

Fígado

49
Q

Trauma Abdominal

Quais são as indicações absolutas de laparotomia exploratória em pacientes com trauma abdominal penetrante? (3)

A
  1. Instabilidade hemodinâmica
  2. Evisceração
  3. Sinais de peritonite
50
Q

Trauma Abdominal

Qual a conduta perante ao trauma abdominal por arma de fogo

A
  • Abdome anterior: laparotomia
  • Flancos e dorso: TC antes para ver se há indicação para a laparotomia
51
Q

Trauma Abdominal

Quais são as indicações absolutas de laparotomia exploratória em pacientes com trauma abdominal fechado? (2)

A
  1. Pneumoperitônio (ou pneumoretroperitôneo)
  2. Sinais de peritonite
52
Q

Pneumotórax Simples

Indicações de drenagem no pneumotórax simples pequeno (4)

A
  1. Progressão
  2. Presença de sintomas
  3. Transporte aéreo
  4. Necessidade de ventilação Mecânica

OBS: em 3 e 4 necessitam ser drenados porque podem se tornar hipertensivos.

53
Q

Pneumotórax Hipertensivo

Nome clássico da lesão

A

Lesão em saco de papel

54
Q

Pneumotórax Hipertensivo

Conduta definitiva

A

ToracoSTOMIA em selo d’água

(4º ou 5º espaço intercostal, entre a linha axilar média e anterior, a nível da linha mamilar)

55
Q

Pneumotórax Aberto

Tratametno definitivo

A

Drenagem intercostal sob selo d’água seguida de fechamento cirúrgico da ferida

56
Q

Trauma Abdominal

Quando indicamos o Lavado Peritoneal Diagnóstico ou Fast em trauma abdominal (3)

A
  1. Vítimas de contusão abdominal, para as quais o exame físico não é confiável devido a rebaixamento do nívelde consciencia
  2. Circunstâncias em que o abdome pode ser uma das possíveis fontes de hemorragia (pacientes politraumatizados com contusão abdominal e fraturas pélvicas)
  3. Hipotensão ou choque no politrauma sem causa aparente
57
Q

Lavado Peritoneal Diagnóstico

Quando é positivo? (5)

A
  1. Retorno de > 10 ml de sangue na aspiração inicial
  2. Presença de 100.000 hemácias por mm3 ou mais
  3. Presença de 500 leucócitos ou mais
  4. Amilase acima de 175 U/dL
  5. Pesquisa positiva para bile, bactérias ou fibras alimentares