Transplantação de orgãos Flashcards

1
Q

Tipos de dador

A

Cadáver
- morte cerebral
- paragem CR - doentes mantidos em ECMO até ser colhido o órgão
- assitolia - só podem fornecer córnea e células hematopoiéticas
Vivo
Sequencial: doente com CHC recebe de doente com PAF e doente com PAF recebe fígado saudável

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2
Q

Imunologia

- principais agentes

A

Grupo de sangue: AB0
Major histocompatibility complex: HLA
Minor Histocompatibility: MICA, H-Y antigénio

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3
Q

Pode mos transplantar sem qualquer compati- bilidade HLA, mas quanto maior a compatibilidade para os grupos HLA, maior o sucesso do transplante, porque menos grupos HLA vão ser reconhecidos como non-self e, consequente- mente, formam-se menos anticorpos contra o dador.

A

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4
Q

MHC classe 1

MHC classe 2

A

O MHC classe I está presente em todas as células nucleadas, associ- ada ao auto-reconhecimento. O MHC classe II estão presentes nas células apresentadoras de antigénio e são res- ponsáveis pelo alo-reconhecimento. Nós herdamos os alelos do MHC em bloco (alelos A, B e DR), 3 do pai e 3 da mãe, num total de 6 alelos. Pode- mos, então, com os nossos irmãos, ser totalmente compatíveis (6/6) ou não ser compatíveis de todo e não partilhar nenhum haplótipo de HLA.

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5
Q

Gravidezes; Transfusões; Transplante prévios e infeções que levam a reações cruzadas. Estes anticorpos surgem quando estamos sujeitos proteínas estranhas e que quando presentes numa percenta- gem alta, podem ser um entrave alto à transplantação.

A

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6
Q

Testes para deteção de compatibilidade

A

Determinação do PRA - (Panel Reactive Antibodies) – determinação inespecífica de anticorpos. Usa-se sangue de potenciais dadores (por exemplo dadores de sangue) e faz-se a reação com os linfócitos do potencial recetor. Se houver reatividade em 50% sabemos que há 50% de probabilidade de arranjar um dador com o qual não tenha anticorpos. Se tiver 70% de reatividade, esta probabilidade já baixa para 30%. Quanto maior o PRA, maior dificuldade em arranjar um dador;

Pesquisa de DSA - (Donor Specific Antibodies) – É um teste de especificidade entre o dador e o recetor para verificar se o dador reage com o recetor ou não com deter- minação de anticorpos específicos;

Crossmatch

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7
Q

O PRA influencia então a alocação de órgãos (quanto maior o PRA, mais difícil é obter um órgão e, como tal, estes doentes estão no topo da lista quando há um órgão compatível) e influencia a terapêutica de indução (doentes são mais reativos, logo precisam de uma terapêutica de indução mais agressiva).

A

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8
Q

A identificação dos anti-
corpos HLA específicos é feita por citometria de fluxo com umas esferas revestidas por antigénios HLA que se juntam aos linfócitos dos recetores e se houver ligação com anticorpos
pré-formados, ligam-se às esferas, emitindo fluorescência e permitem detetar qual o anti-
corpo. Pré-transplante pode influenciar o prognóstico de um recetor, pois este pode ter um anticorpo contra um antigénio muito prevalente na população.
Pós-transplante se surgir determinado anticorpo dá-nos um alerta da possível ocorrência de uma rejeição mediada por anticorpos.

A

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9
Q

O crossmatch é o teste mais es- pecífico entre o dador e recetor. Pode ser feito por citotoxicidade (técnica antiga) ou por citometria de fluxo (técnica mais re- cente e sensível). Pré-transplante deter- mina a alocação do órgão e tem de ser negativo para se poder avançar com o transplante e pós-transplante permite de- tetar anticorpos que podem mediar uma rejeição humoral.

A

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10
Q

Imunossupressão

A

Terapêutica de dessensibilização

  • tto dador vivo
  • tto dador cadáver

Terapêutica de indução
- dependente do grau de sensibilização e compatibilidade HLA

Terapêutica de manutenção
- balanço entre eficácia/efeitos acessórios

Terapêutica de rejeição

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11
Q

Terapêutica de dessensibilização

A
  • presença de Ac HLA pré Tx
  • crossmatch positivo pré Tx

Opções:

  • plasmaferese (remoção do Ac)
  • imunoglobulina IV poliespecífica (múltiplos efeitos)
  • Rituximab (anti cd20 - diminuição da formação de Ac)
  • Bortezomib (anti-proteossoma- plasmócitos - diminuição da formação de Ac)
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12
Q

TTo de indução

A
  • pré e pós tto imediato
  • depende de:
    tipo de orgão (MO> pâncreas > rim > fígado)
    dador (cadaver vs vivo, idade e comorbilidades)
    recetor (raça, grau de sensibilização e compatibilidade HLA)
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13
Q

TTO manutenção

A
  • Corticoides
  • Inibidor da calcineurina
  • MMF
  • mTorI
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14
Q

Corticoides

  • mecanismos de ação
  • efeitos adversos
  • risco neoplásico
  • interações
A
  • mecanismos de ação
    supressão produção citocinas
    alteração quimiotaxia
    regulação produção de fatores de transcrição
  • efeitos adversos
    Cushing, DM, dislipidemia, HTA, cataratas, osteoporose, necrose avascular da anca, psicose
  • risco neoplásico
    neutro
  • interações
    inibidores ou indutores do citP450
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15
Q

CNI

  • mecanismos de ação
  • efeitos adversos
  • risco neoplásico
  • interações
A
  • mecanismos de ação
    bloqueio da fosforilação de fatores de transcrição nuclear
  • efeitos adversos
    nefrotoxicidade - vasoconstriçao, Alt tubulares, HTA, diabetes, dislipidemia, hirsutismo, neurotoxicidade
  • risco neoplásico
    aumentado
  • interações
    inibidores do citP450
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16
Q

MMF

  • mecanismos de ação
  • efeitos adversos
  • risco neoplásico
  • interações
A
  • mecanismos de ação
    inibidores da síntese das purinas
  • efeitos adversos
    toxicidade GI, medular, risco de infeções virais e teratogenicidade
  • risco neoplásico
    aumentado
  • interações
    alimentos atrasam a absorção e antiácidos e colestiramina diminuem absorção
17
Q

mTOR1

  • mecanismos de ação
  • efeitos adversos
  • risco neoplásico
  • interações
A
  • mecanismos de ação
    complexo: inibe a tradução de sinal proliferação celular
  • efeitos adversos
    dislipidemia, toxidade medular, defeitos de cicatrização, proteinuria, pneumonias
  • risco neoplásico
    diminuído
  • interações
    gorduras alteram a absorção
    ciclosporina aumenta a concentração plasmática
18
Q

Avaliação do recetor

A
  • prognóstico vital
  • risco cirurgico
  • risco infecioso - infeções ativas (HIV, HCV; HBV); rastreio para tuberculose e parasitas
  • risco neoplásico - neos com menos de 5 anos são CI para órgãos sólidos
  • risco de recidiva da doença de base
  • capacidade de cumprir a terapêutica e seguimento
19
Q

Critérios de órgãos para transplante

- fígado, coração e pulmão

A
  • Fígado: critérios de MELD;
  • Coração: Classes IC; testes CP; scores (HFSS; SHFM);
  • Pulmão: Testes F Respiratória; testes DCO; Classes IC; Scores (BODE).
20
Q

Complicações precoces e tardias

A

Precoces

  • ato cirurgico (iatrogenia, cirurgia, cateterizações, ventilação)
  • infeções
  • rejeição (aguda celular ou humoral)

Tardias

  • Infeções – da comunidade ou oportunistas;
  • Rejeição - aguda ou crónica;
  • Recidiva da doença de base;
  • Morbilidade cardiovascular e metabólica – por agravamento da doença de base, idade e imunossupressão (os inibidores da calcineurina por exemplo aumentam o risco CV), diabetes;
  • Neoplasias – quer pela idade, quer pela imunossupressão e diminuição da vigi- lância imune. Aqui as neoplasias e as neoplasias linfoproliferativas são as mais prevalentes;
  • Disfunção enxerto – pode ter multiplicidade de causas (idade dador, episódios de rejeição, infeções, complicações CV).
21
Q

Rejeição

- quanto ao tipo

A
  • Celular – mediado por linfócitos T. O tratamento destas rejeições é através dos mesmos fármacos usados na terapêutica de indução, nomeadamente corticoides (com pulsos de metilprednisolona) e anticorpos anti-linfocitários (timoglobulina) que fazem a diminuição dos linfócitos T e da inflamação mediada por estas células;
  • Humoral – mediado por anticorpos com ativação dos linfócitos B e mediado pelo complemento e citotoxicidade. Neste caso o tratamento é feito com as mesmas técnicas usadas na terapêutica de dessensibilização através da remoção de anticorpos com plasmaferese, bloqueio da atuação destes anticorpos através de imunoglobulina poliespecífica e utilização de fármacos que impedem a formação de novos anticorpos, como o rituximab.
22
Q

Rejeição

- quanto à forma de apresentação

A
  • Hiperaguda – hoje raramente observada pela existência dos métodos de cros- smatch e pela avaliação pré-transplante;
  • Aguda – quando há uma disfunção aguda do órgão que nem sempre se traduz por alterações da função. Por vezes há disfunções agudas em que se for feita a avaliação dos anticorpos e por biópsias protocoladas conseguem ser detetadas antes da disfunção orgânica. Isto porque as alterações na histologia antecedem sempre a disfunção orgânica;
  • Crónica – traduz-se por perda progressiva da função e com alterações histoló- gicas irreversíveis.
23
Q

TTO da rejeição

  • celular
  • humoral
A

Celular
- metilprednisolona e timoglobulina

Humoral

  • plasmaferese (remoção de AC)
  • imunoglobulina ev
  • rituximab