Toracocentese e drenagem do tórax Flashcards

1
Q

O que é o derrame pleural? Quais são as principais queixas do paciente?

A

É o acúmulo anormal de líquidos na cavidade pleural no espaço virtual que se encontra entre as pleuras visceral e parietal. As queixas principais são: dor torácica, tosse e dispneia. A dor pleurítica é o sintoma mais comum no derrame pleural.

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2
Q

Em relação ao tórax, fale sobre os tipos de lesão e os agentes causais mais comuns?

A

Os tipos de lesões são causadas por ferimentos penetrantes e trauma fechado. Agentes causais mais comuns são: Ferimento por arma branca (FAB), ferimento por arma de fogo (PAF), acidentes automobilísticos, quedas e quedas.

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3
Q

Paciente chega com ferimento grave no tórax, o que se deve fazer?

A

Checar se o paciente está respondendo ou falando, checar vias aéreas e ver se ele possui um TCE associado.
ORDEM: VIA AÉREA –> CIRCULAÇÃO–> RESPIRAÇÃO.

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4
Q

Quais as principais complicações no trauma torácico?

A
Pneumotórax (hipertensivo ou não)
Hemotórax
Contusão pulmonar
Tórax instável
Tamponamento cardíaco
Pneumomediastino
Ferimento cardíaco
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5
Q

Características do trauma fechado direto.

A

Objeto em movimento X estrutura fixa;
A caixa torácica absorve o impacto e transmite a víscera;
Inspiração e fechamento da glote;
Pneumotórax, fratura de arcos costais, esterno, coração e grandes vasos;
O que pode matar mais é o ar dentro das pleuras (pneumotórax) e o sangramento maciço dentro
do tórax, uma vez que o sangramento maciço pode evoluir para choque hipovolêmico e o pneumotórax para um choque obstrutivo (relembrando: no choque obstrutivo o ar desloca o mediastino que comprime os grandes vasos obstruindo o retorno venoso).

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6
Q

Características do trauma penetrante.

A

As armas brancas provocam lesões mais
retilíneas e previsíveis, pela baixa energia cinética.
As armas de fogo causam lesões mais
tortuosas, irregulares, sendo por isso mais graves e de mais difícil tratamento.

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7
Q

Características do trauma fechado direto.

A

Objeto em movimento X estrutura fixa;
A caixa torácica absorve o impacto e transmite a víscera;
Inspiração e fechamento da glote;
Pneumotórax, fratura de arcos costais, esterno, coração e grandes vasos.

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8
Q

Quais as manifestações clínicas do trauma torácico?

A

Turgência das veias jugulares;
Hemoptise pós-traumática;
Assimetria da parede do tórax;
Enfizema subcutâneo localizado ou disseminado;
Instabilidade da parede torácica;
Grandes fugas aéreas pelo eventual sistema de drenagem (no primeiro atendimento).

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9
Q

Quais são os achados radiológicos de gravidade no trauma torácico?

A

Fratura do 1º e 2º arcos costais;
Fratura de 5 ou mais costelas, denominado tórax instável;
Fratura de esterno, lesão por alta energia cinética;
Alargamento do mediastino (sangue dentro do pericárdio- tamponamento cardíaco);
Lesão diafragmática no trauma;
Fratura de escápula (lesão por alta energia cinética).

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10
Q

Em relação ao trauma torácico, quais são os riscos imediatos de morte?

A
Obstrução de via aérea;
Tórax instável;
Pneumotórax;
Tamponamento cardíaco;
Hemotórax maciço;
Embolia pulmonar.
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11
Q

Paciente chega na emergência com fratura de costela, qual a conduta?

A

Deve-se checar as vias aéreas e se ele está estável hemodinamicamente e após, chamar o cirurgião torácico ou cirurgião geral.
Lembrando que na fratura de costela, pode estar associada a pneumotórax e hemotórax.
Exame físico do paciente com fratura de costela: nota-se dor, crepitação e limitação da inspiração. A dor pode gerar inspiração inadequada, evoluindo para pneumonia.

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12
Q

O que é um tórax instável? O que se deve fazer com o paciente neste caso?

A

O tórax instável é caracterizado por duas fraturas em 2 arcos costais consecutivos. Por conta da intensa dor, deve-se internar o paciente para analgesia, pois ainda que não necessite de cirurgia ou ventilação essa fratura impede os movimentos respiratórios.

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13
Q

Quais são as indicações da ventilação mecânica?

A

Paciente idoso (mais de 65 anos);
Mais de 5 costelas fraturadas;
Contusão pulmonar extensa;
Doença pulmonar previa;
Disfunção respiratória grave (PaO2 < 60mmHg,
PaCO2 > 55mmHg, com O2 por cateter ou mascara;
FR > 35rpm)
Trauma craniano associado;
Anestesia geral usada para outros
procedimentos de tratamento inicial do tórax.

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14
Q

Comente sobre a fratura de esterno.

A

É uma lesão rara, mas com alta mortalidade associada devido às lesões associadas como contusão cardíaca, ruptura traqueobrônquica, ferimentos musculares.

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15
Q

Quando ocorre o pneumotórax hipertensivo? Quais são os achados desse quadro?

A

Ocorre quando há entrada de ar no espaço pleural
por um sistema de “válvula unidirecional”, geralmente
por fratura de um arco costal, no qual o ar entra sem
a possibilidade de sair, colapsando o pulmão afetado.
O mediastino e a traqueia são desviados para o lado
oposto, diminuindo o retorno venoso. Além de
comprimir o pulmão oposto.
Tem-se hipotensão sem perda volêmica, turgência
das veias jugulares. hipertimpanismo a percussão,
assimetria torácica com murmúrio vesicular diminuído
ou ausente e hipóxia.

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16
Q

Qual a importância da toracocentese descompressiva?

A

Toracocentese descompressiva é feita para descomprimir o tórax. No 2º espaço intercostal do lado do pneumotórax, coloca-se o jelco para o ar sair. Essa manobra é para transformar o pneumotórax hipertensivo em um pneumotórax comum, o qual não causa tantos dados como desviar a traqueia e chocar o paciente. O mais comum hoje é realizar uma incisão no espaço intercostal na região axilar anterior, abrindo com o bisturi ou com a kelly até a pleura e colocar o dedo saindo o ar. Depois dessa manobra, drena-se o tórax.
Em crianças menores de 10 anos ainda se utiliza jelco.

17
Q

Qual o tratamento do pneumotórax hipertensivo?

A

Toracocentese descompressiva e drenagem em sela d’água.

18
Q

O que é o pneumotórax aberto? O que pode ser feito e qual o tratamento definitivo?

A

Ocasionado por uma ferida grande que possui 2/3 ou mais de diâmetro da traqueia do indivíduo ( o ar entra pela traqueia e não sai pela expiração causando um tórax hipertensivo).
Pode se realizar um curativo de 3 pontos (produz efeito de válvula).
Tratamento definitivo: drenagem torácica e cirurgia para o fechamento da ferida.

19
Q

O que causa o hemotórax maciço? Fale sobre o tratamento inicial, contraindição e o qual a indicação para realização da toracotomia.

A

É causado por sangue na avidade pleural.
O tratamento inicial é por meio da drenagem torácica por selo d’agua. A autotransfusão (o sangue do paciente é passado em um filtro e recolocado no paciente) deve ser utilizada sempre que possível nas primeiras 24 horas decorridas do trauma. Esta é contraindicada no caso de lesão de diafragma, víscera oca, via aérea ou lesão de esôfago.
Se ao drenar o tórax do paciente sair 1500 ml de sangue em menos de uma hora ou 500 ml/hr nas 3 a 4 horas, significa que este tórax não vai parar de sangrar, sendo assim necessário fazer uma toracotomia.

20
Q

Comente sobre a contusão pulmonar. O que pode ocorrer devido à sua progressão? Quando é indicado a ventilação mecânica?
Qual a conduta que deve ser realizada?

A

Ocorre em traumas de grande impacto como em pacientes com tórax instável; mais frequente em trauma fechado e também em traumatismos penetrantes onde a velocidade é um fator determinante.
A progressão das lesões depois de 48 horas pode ser resultado da presença de aspiração, gerando pneumonia e SARA.
Quando o espaço aéreo estiver com 50% da área consolidada é necessário suporte com ventilação mecânica.
Deve-se ocorrer internação hospitalar, monitorização, suplementação de oxigênio, analgesia, quando a ventilação mecânica for instituída deve durar no máximo 7 dias. E a utilização de corticosteroides e antibiótico ainda é controversa.

21
Q

O que é toracocentese e quais suas indicações.

A
Toracocentese é qualquer punção realizada na parede torácica. 
Indicações:
1) Identificação do tipo do liquido/secreção
no interior do tórax.
2) Coleta de amostra para laboratório.
3) Biopsia da pleura parietal.
4) Descompressão torácica em pneumotórax
hipertensivo.
5) Procedimento de todo médico.
22
Q

Descreva a técnica de toracocentese.

A

1) Assepsia e antissepsia.
2) Anestesia local (lidocaína 2%)
3) Paciente acamado: decúbito dorsal,
cabeceira 45º (para o derrame acumular na metade
inferior do espaço pleural).
4) Paciente sentado: posterior no 5º espaço
intercostal.
5) Pneumotórax hipertensivo: 2º espaço
intercostal anterior.
6) Jelgo (14 ou 16) 90º graus, conectar no
equipo de soro e em um coletor aberto.

23
Q

Como é feito o sistema de drenagem em selo d’água?

A

Frasco coletor fechado acoplado a um tubo, com
capacidade de 1000 a 2000 ml.
O tubo acoplado a tampa do frasco deve estar
2cm mergulhado no liquido.
Soro fisiológico ou agua destilada (250 ou 500ml).
Dreno tubular de silicone fenestrado (tamanhos
variados …28, 30, 32, 34, 36).
Coletor
O frasco coletor deve distar mais de 50cmabaixo
da saída do dreno torácico na pele.

24
Q

Descreva a técnica de drenagem em selo d’água.

A

Paciente em decúbito dorsal.
Assepsia e antissepsia (mascara, gorro, capote,
luva estéril e campos cirúrgicos estéreis).
Paciente coloca a mão atrás da cabeça. Anestesia local com lidocaína 2% no espaço
intercostal.
Incisão transversal entre 4-5, 5-6 arcos costais na
alinha axilar anterior. Divulcionar com a kelly no tecido celular
subcutâneo. E fazer uma pressão na pleura parietal.
Depois, fazer uma divulsão romba (dedo) no interior
da cavidade torácica (entre as duas pleuras).
Mediada (do dreno) entre o terço médio da
clavícula e o local onde irá fazer a incisão. Fazer a
introdução do dreno fenestrado, com todas as
fenestras no interior do tórax, com o auxílio de uma
pinça longa.
Depois conectar o dreno ao frasco coletor.
Observar se vai sair ar (pneumotórax) quando for
pedido ao paciente para tossir, ou se a coluna de
liquido no interior do tubo vai se mover com a
respiração devido a saída de liquido ou sangue.
O dreno deve ser fixado com fio não absorvível
zero ou 2.

25
Q

fgtr

A

rertt