TEP + ASMA Flashcards
Quais são as manifestações clínicas da TEP?
Evento súbito > dor torácica (pleurítica), hemoptise, sibilância, taquipneia (principal sinal), dispneia (principal sintoma
Quais as manifestações da TEP maciça?
Hipotensão (choque obstrutivo) e Cor pumonale (Insuficiência do VD por alteração pulmonar). Laboratório: aumento do BNP e troponina
Quais exames complementares pedir na TEP e quais alterações podem ser vistas?
ECG – Taquicardia sinusal; Padrão S1Q3T3 > S em D1/Q em D3/ T invertida em D3
RX de tórax – Sinal de Westermark (Hipertransparência – oligoemia localizada), Corcova de Hampton (Hipotransparência triangular periférica)
Ecocardiograma – Disfunção VD: pior prognóstico
Marcadores – Aumento do BNP/troponina: pior prognóstico; D-dímero aumentado (não confirma diagnostica para TEP)
Quais os critérios do Escore de Wells? Clínica de TVP (3 pts); Sem outro diagnóstico mais provável (3 pts);FC > 100 (1,5 pts); Imobilização ou cirurgia recente (1,5 pts); Episódio prévio de TVP/TEP (1,5 pts); hemoptise (1 pt); malignidade (1 pt).
Qual é o algoritmo do diagnóstico da TEP?
Suspeita
Baixa: Wells ≤4 > D-dímero normal – sem TEP/ D-dímero alto > Imagem: AngioTC, cintilografia, doppler MMII, arteriografia – positivo: TEP
Alta: Wells > 4 > Imagem: AngioTC, cintilografia, doppler MMII, arteriografia (padrão-ouro) – positivo: TEP/negativo: sem TP
Qual o tratamento da TEP?
Anticoagulação por 3 meses
Opções principais:
heparina + warfarin 5mg/dia – em obeso pode começar com 7 mg/dia (começam juntas)
Suspender heparina com 2 exames seguidos de INR entre 2-3
Heparina 5 dias, depois Dabigatrana 150 mg 2x/dia
Rivaroxabana 15 mg 2x/dia (Sem heparina)
Se TEP maciça (instabilidade, IVD)> Trombolisar até 14º dia (rtPA, estreptoquinase)
Filtro de veia cava inferior: evitar que os trombos dos MMII cheguem no pulmão > uso em contraindicação/falha de anticoagulação
Qual o fator de risco para embolia gordurosa?
Fraturas de ossos longos e pelve
Qual a manifestação clínica da embolia gordurosa?
Não é súbito, pulmão – hipoxemia; SNC – alteração neurológica; Pele – rash petequial.
Como se apresenta a espirometria na doença obstrutiva pulmonar?
VEF1 diminuída intensamente, CVF diminuído, VEF1/CVF (Tiffeneau) diminuída < 70%
Como se apresenta a espirometria na doença restritiva pulmonar?
Diminuído proporcionalmente o VEF1 e CVF, VEF1/CVF variável
Como diferencia a Asma da DPOC?
Na asma a obstrução é reversível. Pode ser avaliado através da Prova Broncodilatadora: Positiva se VEF1 <200 mL e > 12% = ASMA
Como se define Pneumoconiose?
Doença pulmonar por inalação de partícula no trabalho
Qual a fisiopatologia da pneumoconiose?
Inalação de micropartícula > Inflamação (alveolite) > Fibrose (restrição)
Como é feito o diagnóstico da pneumoconiose?
História ocupacional + raio-x de tórax? Infiltrado micronodular em zonas superiores; fibrose em zonas superiores; linfonodo com calcificação em casca de ovo (eggshell)
Como se apresenta a lesão na DPOC?
Como bronquite crônica obstrutiva (inflamação/fibrose) e enfisema pulmonar (enzimas proteolíticas
Quais são os fatores de risco da dpoc?
Tabagismo e deficiência de alfa1-antitripsina
Quais são as manifestações clínicas da DPOC?
Hiperinsuflação pulmonar; aumento de CO2 (retentor), diminuição de O2 (dispneia, cianose)- mudança do drive respiratório: dependente de hipoxemia; cor pumonale (hipoxemia crônica)
Qual o tratamento da DPOC descompensada?
A: antibiótico por 5-7 dias se escarro purulento/VNI/intubação
B: broncodilatador – inalatório de ação curta > B2-agonista e/ou anticolinérgico (ipratrópio)
C: Corticoide sistêmico por 5-7 dias > Prednisona VO ou metilprednisolona IV
D: Dar oxigênio: O2 suplementar alvo Sat 88-92%; VNI: pH ≤7,35 e PaCO2 ≥ 45 (acidose respiratória) – hipoxemia persistente, sinais de fadiga; Intubação: rebaixamento do nível de consciência/ falha de VNI.
Como se classifica o estágio da DPOC?
Estágio I — VEF1 (% previsto)
I ≥ 80%
II 50-79%
III 30-49%
IV < 30%
Como é feita a terapia de manutenção – ambulatorial da DPOC?
0-1 Exacerbação/ano
Grupo A: menos sintoma
Grupo B: mais sintoma > Broncodilatador de longa duração + reabilitação (Beta2 agonista/anticolinérgica)
≥2 exarcebações/ano ou 1 com internação
Grupo C: menos sintoma > Broncodilatador de longa duração + reabilitação (Beta2 agonista/anticolinérgica)
Grupo D: mais sintoma> Broncodilatador de longa duração + reabilitação (Beta2 agonista/anticolinérgica) + avaliar se necessita de Corticoide inalatório (se aumento de eosinófilo > 300)
Todos os grupos devem cessar tabagismo + vacina (pneumococo e influenza) + avaliar O2 domiciliar + broncodilatador SOS
Qual a indicação de O2 domiciliar no tratamento da DPOC?
PaO2 ≤55 mmHg ou SatO2 ≤88% em repouso; PaO2 56-59 + policitemia ( HT > 55%) ou cor pulmonar. Avaliar em paciente estável.
Qual a fisiopatologia da asma brônquica?
Inflamação crônica da via aérea com episódios reversíveis de hiperreatividade brônquica (crises asmáticas)
Quais as manifestações da crise asmática?
Tosse, dispneia, sibilo, aperto no peito
Como se classifica a crise asmática?
Clínica e pico de fluxo expiratório (PFE – peak flow)
Leve a moderada: PFE > 50%, paciente bem
Grave: PFE ≤50%; alcalose respiratória; frases incompletas; FC > 120 bpm
Muito grave: sonolência/confusão mental; acidose respiratória; MV reduzidos; sem sibilos
Qual o tratamento da crise asmática?
Alvo de satO2 93-95% (criança 94-98%); Beta2-agonista de curta duração (3 doses 20/20 min) – melhora reduzida ou crise grave/muito grave: ipratrópio; corticoide sistêmico: iniciar na 1ª hora. Sem melhora: considerar Sulfato de Magnésio IV.
Qual medicação é prescrita na alta de uma crise asmática?
Manter corticoide VO 5-7 dias (crianças 3-5 dias), iniciar ou otimizar tratamento crônico.