TECTÓNICA DE PLACAS Flashcards
Explique as observações e raciocínios que fundamentam a teoria da Deriva do continentes.
Proposta por Alfred Wegener a partir de uma série de evidências e estabelecendo uma analogia com o comportamento dos icebergs (os continentes de menor densidade, deslocavam-se sobre os fundos oceânicos, mais densos, devido a forças, como a da ação da gravidade).
As principais linhas de evidência que apoia a ideia que os continentes estiveram uma vez unidos, e posteriormente moveram-se separadamente; estão baseadas no estudo de fósseis, no estudo das rochas, na justaposição dos contornos geométricos dos continentes e no estudo dos climas.
Argumentos Morfológicos: Os contornos do continente africano e sul americano encaixam na perfeição.
Argumentos Geológicos: as rochas no local de encaixe destes 2 continentes, têm a mesma idade e são a mesma rocha.
Argumentos Paleontológicos: Fósseis iguais de plantas (feto Glossopteris) e de animais (Cynognathus, Lystrosaurus e Mesosaurus) encontravam-se em todos os continentes.
Argumentos Paleoclimáticos: depósitos glaciares podem ser encontrados em regiões com climas tropicais e subtropicais.
Explique as observações e raciocínios que fundamentaram a Teoria da Tectônica de Placas.
Esta teoria explica a deriva continental, tendo originado um novo modelo da estrutura da Terra e explica a dinâmica da Terra relacionando-a com os fenómenos de vulcanismo e sismos.
mecanismo responsável pelo movimento das placas são as correntes geradas no magma - as correntes de convecção -
Os materiais da astenosfera encontram-se num estado intermédio entre o líquido e o sólido e como se encontram a altas temperaturas geram-se movimentos nos materiais.
Caracterize a morfologia e os processos característicos de um Limite de Placas Divergente.
a) Limites divergentes– aqueles ao longo dos quais ocorre o movimento de afastamento entre duas placas, provocado por tensões distensivas.
Estas tensões originam estruturas geológicas conhecidas como rifte – fraturas situadas ao longo e no seio da dorsal média oceânica, através da qual emergem magmas responsáveis pela formação de novas rochas basálticas, aquelas que constituem as placas litosféricas oceânicas. Por este facto, este pode ser também chamado de limite construtivo. Um exemplo deste limite é aquele que separa a placa euroasiática da placa norte americana, originando o afastamento entre os continentes europeu e norte americano, com o consequente crescimento do oceano atlântico.
Caracterize a morfologia e os processos característicos de um Limite de Placas Convergente.
c) Limites convergentes– aqueles ao longo dos quais ocorre o choque entre placas. No entanto, neste caso, podem verificar-se diferentes situações, de acordo com o tipo de placas em causa.
i) Choque entre duas placas oceânicas – forma-se uma zona de subducção, isto é, uma zona de afundamento de uma dessas placas oceânicas (a mais densa delas) em profundidade na Terra, originando uma depressão entre as duas placas – a fossa marinha. Essa destruição por fusão em profundidade origina material magmático que, ascendendo sobre a outra placa oceânica, origina cones vulcânicos que podem originar arcos de ilhas vulcânicas (=arcos insulares). É o caso do arquipélago das Filipinas.
Analise a origem da cadeia montanhosa dos Himalaias ou dos Andes.
Os Himalaias estão entre as formações montanhosas mais jovens do planeta. De acordo com a moderna teoria das placas tectónicas, a sua formação é o resultado de uma colisão continental, ou então, pelo processo de orogénese (isto é, processo de formação de montanhas) entre os limites convergentes entre as placas Indo-australiana e da Eurásia. A colisão iniciou-se no Cretáceo Superior há cerca de 70 milhões de anos, quando a placa Indo-australiana moveu-se rumo ao norte e colidiu com a placa da Eurásia.
Choque entre duas placas continentais – nesta situação não se forma uma zona de subducção, uma vez que a placa continental granítica, menos densa que os materiais inferiores, não sofre afundamento. Assim, verifica-se a colisão e o enrugamento de ambas as porções continentais, originando cadeias montanhosas no interior dos continentes, tal como os Himalaias.
Analise a origem vulcânicas das ilhas do “Anel de Fogo” do Pacífico.
O Círculo de Fogo do Pacífico é uma área em que fenômenos como os abalos sísmicos acontecem com maior frequência. Essa região concentra a maior parte dos vulcões do mundo.
No Anel de Fogo do Pacífico acontece a chamada subducção. Isto é, o processo em que uma placa tectônica desliza sob a outra. “A imensa pressão que a placa deslocada para baixo exerce sobre o magma no interior da Terra faz com que se procure um caminho para a superfície no limiar da placa.
É assim que nascem os vulcões. Se esse processo ocorrer abaixo do oceano, também poderão surgir ilhas vulcânicas.
Foi assim, por exemplo, que surgiram as Ilhas Marianas – um arquipélago no limite entre a Placa das Filipinas e a Placa do Pacífico”,
As ocorrências vulcânicas estão essencialmente associadas aos limites convergentes e destrutivos (zonas de subducção) e aos limites divergentes e construtivos (dorsais oceânicas e riftes intracontinentais).
Além destes enquadramentos, há que considerar o vulcanismo intraplaca/hot spot. A origem e composição dos magmas/lavas condiciona diretamente os tipos de erupção vulcânica determinando, assim, o risco a que estão sujeitas as populações que vivem nessas regiões.
Enuncie os fundamentos geológicos e paleontológicos subjacentes à datação Relativa.
A datação relativa é baseada num conjunto de princípios da estratigrafia: horizontalidade, sobreposição, continuidade lateral, identidade paleontológica, interseção e inclusão;
A datação relativa consiste na ordenação dos acontecimentos geológicos no tempo, a partir das relações espaciais que eles estabelecem entre si sem, contudo, lhes atribuir uma idade quantitativa (=absoluta).
Significa, pois, ordenar os diferentes acontecimentos através da utilização de termos como “mais antigo que”, “mais recente que” ou “da mesma idade que”.
Esta forma de datação recorre aos princípios da datação relativa:
Princípio da sobreposição das camadas(=estratos) – numa sequência inalterada de estratos rochosos (=coluna estratigráfica), a camada inferior é sempre mais antiga do que a camada que a sobrepõe. Este princípio torna-se mais difícil de estabelecer em sequências de rochas fortemente deformadas (dobradas e/ou falhadas).
Princípio da horizontalidade original das camadas– a deposição dos sedimentos nas bacias sedimentares origina camadas rochosas com uma disposição horizontal. Qualquer processo que leve à alteração dessa disposição original (=deformação) é sempre posterior.
Princípio da continuidade lateral das camadas– as camadas rochosas estendem-se lateralmente, tornando-se progressivamente mais finas até atingirem o seu limite. Assim, a idade das rochas ao longo da mesma camada é igual em toda a sua extensão.
Princípio da intersecção– uma camada rochosa é sempre mais antiga do que qualquer outra rocha ou estrutura geológica que a atravesse. Por exemplo, uma camada rochosa intersectada por uma falha (estrutura geológica) ou por um filão (rocha), é sempre mais antiga do que
Princípio da inclusão– um fragmento rochoso incluído numa outra rocha (xenólito ou encrave) é sempre mais antigo do que esta.
Princípio da identidade paleontológica– duas camadas rochosas que apresentem o mesmo fóssil de idade (=fóssil estratigráfico) têm, por isso, a mesma idade.
Enuncie os fundamentos geológicos subjacentes à datação absoluta.
A datação absoluta consiste na determinação da idade quantitativa (=numérica) de certos minerais presentes em algumas das rochas, de onde se conclui que estas técnicas não podem ser usadas em todos os minerais/em todas as rochas.
A técnica de datação absoluta mais difundida em trabalhos de geologia é aquela que se baseia no facto de alguns dos elementos químicos serem instáveis (=radioativos), sofrendo decaimento ou desintegração radioativa – técnicas radiométricas.
Quando um destes elementos (elemento-pai) decai, originando um elemento estável (elemento-filho), ele pode ser utilizado como “relógio” geológico, permitindo a determinação da idade dos minerais/rocha que o contém, uma vez que cada elemento químico radioativo tem o seu tempo de meia vida característico.
Descreve o tipo de Limites que existem.
Limite Divergente
Limite Convergente
Limite Transformante
- Considere um determinado tipo de limite de placa litosférica (à sua escolha), caracterize-o do
ponto de vista geodinâmico e dê um exemplo do globo terrestre.
Limites Convergentes
Os limites são convergentes quando as placas colidem, com a mais densa mergulhando sobre a outra, ocorrendo uma fusão parcial da crosta que mergulhou (a área da placa diminui).
Exemplo: O principal exemplo deste limite é o Oceano Atlântico, com a Dorsal Meso-Atlântica.
Explique por que razão a distribuição dos sismos e do vulcanismo apresenta uma forte correlação
com os limites das placas litosfericas.
Vulcões e sismos estão intimamente ligados. Ambos resultam do movimento de placas tectónicas que está constantemente a modificar a superfície da Terra. Além disso, os sismos dão pistas de que um vulcão pode estar a caminho de uma erupção.
Explique por que razão a crosta oceânica do Atlântico Norte é tanto mais antiga quanto mais nos
afastamos da crista médio-atlântica.
Nas zonas de rift há subida de
magma que, ao ascender, vai
para um lado e outro da dorsal
acabando por solidificar e
formar nova crusta oceânica
(de natureza basáltica). Ou seja a rocha que se forma junto a zona de ascensão de magma a rocha tem uma idade superior em relação há rocha que se encontra mais distante dessa mesma zona.
Caracteriza Orogenia.
A orogénese, orogenia ou orognosia é a parte da geologia que se dedica ao estudo das montanhas, da sua formação e da sua configuração morfológica.
Explique as evidências e as diferenças entre a Teoria da Deriva Continental de
Wegener e a teoria das Tectónica de Placas.
Explique por que razão o vulcanismo activo e os sismos têm uma distribuição não uniforme ou preferencial na superfície terrestre.