SOI Flashcards

1
Q

Paciente 58 anos, cirrótico por álcool, distensão abdominal, sinal de piparote positivo, contagem de polimorfonucleares > 250 células/mm3. Conduta inicial:

A

Internação hospitalar, iniciar ceftriaxona/cefotaxina e albumina EV

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Conduta para com o paciente com DRGE:

A

Modificações comportamentais: elevar cabeceira da cama, não deitar em menos de 2 horas após comer, cessar tabagismo, perder peso, suspender medicações que interferem na barreira antirrefluxo (antidepressivos tricíclicos, anticolinérgicos, agonistas beta-adrenérgicos), fracionar refeições.
Paciente com sintomas típicos —> IBP dose padrão por 4-8 semanas, 30 minutos antes das refeições.
Pacientes com sintomas atípicos —> IBP dose dobrada por 2-6 meses, 30 minutos antes das refeições.
Pacientes com complicações e esofagite grau C e D —> IBP 12 semanas, 30 minutos antes das refeições

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Conduta para paciente com dispepsia:

A

Dispepsia: dor/desconforto epigástrico, azia, náuseas e plenitude pós-prandial.
Verificar se o paciente possui os critérios para realizar EDA —> Acima de 40 anos, sinais de alarme (anemia, perda de peso inexplicável, vômitos, histórico de ca, odinofagia, disfagia, sangramento do TGI e/ou abdominal).
Se sim —> Fazer análise histológica —> se h.p positivo —> terapia de erradicação.
Se não —> 14 dias sem IBP e 30 dias sem ATB —> Fazer teste rápido respiratório de urease —> se sim —> terapia de erradicação. Se não —> IBP por 2 - 4 semanas.
Se Úlcera duodenal —> h.p positivo —> terapia de erradicação. Se h.p negativo e úlcera induzida por AINE —> IBP dobrado por 8 semanas.
Se úlcera gástrica/ gastroduodenal complicada —> h.p positivo —> terapia da erradicação + IBP por mais 4-8 semanas. Se h.p negativo e úlcera induzida por AINE —> IBP dobrado por 8 semanas.
Esquemas terapêuticos
1. Amoxicilina 1g + Claritomicina 500 mg + IBP 2x dia (omeprazol 20 mg ou esomeprazol 40 mg) por 14 dias.
2. Se alergia à Amoxicilina —> IBP 2x dia + Claritomicina 500 mg 2x dia + levofloxacina 500 mg 1x dia por 14 dias.
3. Segunda linha —> IBP + bismuto + metronidazol + tetraciclina por 10-14 dias.
Monitoramento : Teste rápido da urease em 4 semanas após o fim do tratamento.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Paciente com HDA, qual a conduta inicial:

A

a. Analisar as vias aéreas e realizar a intubação orotraqueal caso necessário.
b. Monitorizar o paciente (oxímetro, sinais vitais).
c. Fornecer oxigênio se necessário.
d. Obter dois acessos venosos calibrosos.
e. Solicita exames complementares: TGO, TGP, hemograma, eletrólitos, bilirrubina total, albumina, TTPA, ureia, creatinina e tipagem sanguínea.
f. Dieta zero.
g. Controle da diurese.
h. Reposição volêmica com 1-2 L de cristalóides.
Após chegar os exames:
- Fazer transfusão sanguínea se for necessário para manter o Hb entre 7 e 8 g/dl. Em cardiopatas < 9 g/dL
Após estabilização:
a. Esomeprazol ou omeprazol 80 mg IV em bolus seguido por 40-80 mg IV 12/12.
Avaliação para a endoscopia em 12 horas —> Glasgow Blatchford —> ao menos um dos seguintes critérios:
a. Hb < ou igual a 13 g/dL em homens ou 12 g/dL em mulheres.
b. PA sistólica < 110 mmHg.
c. FC > 100 bpm.
d. Ureia > 40 mg/dL.
e. Melena ou síncope.
f. História de cirrose ou IC.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Paciente hipotenso, confusão mental, com hipoalbuminemia, antecedente de cirrose alcoólica, bradicárdico, usando diuréticos, com ascite e com uma diurese de 50 ml em 6 horas, qual a conduta inicial:

A

Suspender diuréticos e iniciar albumina endovenosa.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Interpretação de sorologia de hepatites:
HAV IgM+ HAV IgG-
HAV IgM- HAV IgG-
HAV IgM- HAV IgG+
HbsAg- Anti-Hbs+ Anti-HbC ( IgM- IgG-)
HbsAg- Anti-Hbs+ Anti-HbC ( IgM- IgG+)
HbsAg+ Anti-Hbs- Anti-HbC ( IgM+ IgG-)
HbsAg+ Anti-Hbs- Anti-HbC ( IgM+ IgG+)
HbsAg+ Anti-Hbs- Anti-HbC ( IgM- IgG+)
HbsAg+ HbeAg- Anti-Hbe+ Anti-Hbs- HBV-DNA> 2.000 UI/mL
Anti-HCV+
Anti- HCV-

A

Hepatite A aguda
Nunca teve contato nem vacinou
Já teve contato ou vacinou
Imunizado por vacina
Imunizada por doença (cicatriz imunológica)
Hepatite B aguda
Hepatite B aguda
Hepatite B crônica
Hepatite B crônica mutante pré-core
Já teve contato com hepatite C —> pedir PCR
Nunca teve contato com o HCV

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Conduta para profilaxia pós-exposição:
(Vítimas de acidentes perfurocortantes com material contaminado, vítima de abuso sexual, imunodeprimidas após exposição de risco)
-Indivíduo não vacinado em contato com: HbsAg positivo; HbsAg negativo; HbsAg desconhecido
-Indivíduo com vacinação incompleta em contato com: HbsAg positivo; HbsAg negativo; HbsAg desconhecido
-Indivíduo com resposta vacinal conhecida e adequada
- Sem resposta vacinal após 3 doses em contato com: HbsAg positivo; HbsAg negativo; HbsAg desconhecido

A

1 caso - Imunoglobulina + vacina; vacina; vacina + imunoglobulina se pessoa-fonte com alto risco de infecção.
2 caso - imunoglobulina + completar vacina; completar vacina; completar vacina.
3 caso - Nenhuma medida.
4 caso - imunoglobulina; nova série de 3 vacinações; nova série de 3 vacinações.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Tratamento para as hepatites:

A

Hepatite B:

Critérios para hepatite B sem agente Delta:
- HBeAg reagente e ALT> 2x LSN;
- Adulto maior de 30 anos com HBeAg reagente;
- Paciente com HBeAg não reagente, HBV-DNA> 2000 UI/mL e ALT> 2x LSN;

Tratamento com entecavir:
- Child-Pugh A —> 0,5 mg/dia
- Child-Pugn B/C —> 1mg/dia
Tratamento com tenofovir:
300 mg/dia

Hepatite C:

Sem cirrose —> Sofosbuvir/Veltapasvir (12 semanas)
CHILD A —> Sofosbuvir/Veltapasvir (12 semanas)
CHILD B/C —> Sofosbuvir/Veltapasvir + Ribavirina (12 semanas)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Tratamento para ascite:

A
  • Reduzir o acúmulo de sódio e interromper os medicamentos que pioram a retenção de Na e água (AINES ex).
  • Ascite leve —> dieta hipossódica.
  • Ascite moderada —> uso de diuréticos (furosemida 40-160 mg, espironolactona 100-400 mg) + dieta.
  • Ascite grave —> dieta hipossódica + diuréticos + paracentese de alívio (caso >5L, 6-8 g/L de albumina).
  • Ascite refratária —> Parecentese de alívio; TIPS; Transplante de hepático.

Avaliação do líquido ascítico:
GASA —> Albumina do soro - Albumina da ascite
< 1,1 mg/dL —> doenças peritoneais, carcinomatose, tuberculose.
> 1,1 mg/dL —> Hipertensão portal —> se proteínas totais do L.A < 2,5 mg/dL cirrose, se > 2,5 mg/dL insuficiência cardíaca ou Budd-chairi

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Tratamento para Peritonite bacteriana:

A

Cefotaxina 2g IV 12/12h. Alternativa ceftriaxona.
- Profilaxia primária para síndrome hepatorrenal—> albumina 1,5 g/kg no 1 dia e 1 g/kg no 3 dia.
- Profilaxia PBE—> Child C e proteína < 1,5 no LAS —> norfloxacino.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Diagnóstico e Tratamento para pancreatite:

A

Pancreatite aguda:
- Critérios diagnósticos
Manifestações clínicas —> dor em andar superior do abdome, normalmente em faixa, com irradiação para o dorso com náuseas e vômitos associados.
Laboratório —> Lipase (até 140) e Amilase (até 160)> 3x normal.
Imagem —> a USG é exame mandatório, confirma a presença de cálculos biliares. Evidência também aumento do pâncreas e edema.
Indicação para realizar a TC —> ausência de melhora ou piora da dor, proteína-c reativa, impossibilidade ou dificuldade de alimentação, peritonite/distensão abdominal, avaliação de gravidade local pela tomografia (após 72 horas), dúvida diagnóstica (após 72 horas), USG com líquido peripancreático, SIRS, impossibilidade ou dificuldade de alimentação.

  • Tratamento
    Reposição de fluidos —> reposição com 250-500 ml de solução cristaloide, com o objetivo de 0,5-1 ml/kg/hora.
    Jejum —> na leve, dieta começa mesmo dia ou dia seguinte, na grave, em até 3 dias.
    Analgesia —> tramadol/morfina.
    Tratar a causa subjacente —> se for cálculo biliar/cálculo no colédoco —> cirurgia.

Pancreatite crônica:
- Critérios diagnósticos
Manifestações clínicas —> esteatorreia + calcificação + DM.
Imagem —> TC e RM para o diagnóstico de primeira linha.

  • Tratamento
    Cessação de alcoolismo e tabagismo.
    Controle de dor —> analgésico.
    Reposição enzimática —> 40.000 - 50.000 unidades de lipase/refeição.
    Diabetes —> hiperglicemia com metformina, hipoglicemia com insulina.
    Terapia nutricional
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Conduta Hemorragia digestiva varicosa:

A

Tratamento agudo: Estabilização clínica + drogas vasoconstritoras ( terlipressina 2mg EV em bôlus ou octreotide 0,05 mg EV em bôlus) + EDA em até 12 horas.
Profilaxia primária: Beta-bloqueador (caverdilol 12,5 mg) ( indicado para pacientes com varizes de médio-grosso calibre ou varizes de pequeno calibre em pacientes de risco de sangrar - child b/c ou pontos vermelhos na EDA) ou tratamento endoscópico (ligadura elástica).
Profilaxia PBE: Norfloxacino ou Ceftriaxone.
Profilaxia secundária: Beta-bloqueador (carvedilol 12,5 mg) + tratamento endoscópico.
Sangramento refratário —> balão esofágico ou prótese metálica autoexpansível.

Repetir EDA a cada 2-3 anos na ausência de varizes, de 1-2 anos na presença de pequenas varizes e anualmente na Child-pugh B/C.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Tratamento para encefalopatia hepática:

A

Lactulose oral 20-30 g 2/4x ao dia —> “meta” de 2-3 evacuações pastosas ao dia.
Se não der certo —> Lactulose + rifaximina (se não tiver, neomicina/metronidazol).
Fatores desencadeantes —> constipação, pbe, HDA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Tratamento para síndrome hepatorrenal:

A

Medidas gerais —> retirada de agentes nefrotóxicos, reposição euvolêmica, repouso, suspender diuréticos.
Farmacológico—> Terlipressina + infusão de albumina 1 g/kg no primeiro dia, seguido de 20-40 g/dia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Etiologias para a cirrose:

A

Hepatite autoimune —> doença típica de mulheres jovens que se acompanha de hipergamaglobulinemia (>2,5 g/dL), positiva de marcadores sorológicos: FAN, antimúsculo liso, anti-LKM ou anti-SLA. Tratamento com prednisona 30 mg/dia + azatioprina 50 mg/dia.

Hepatite alcoólica —> a esteatose hepática costuma ser assintomática, com o paciente apresentando apenas hepatomegalia, já a esteato-hepatite apresenta sintomas como anorexia, hepatomegalia dolorosa, febre e ictería acentuada. Em homens > 80 g/dia por mais de 10 anos, já em mulheres > 30-40 g/dia por mais de dez anos. Relação AST/ALT > 2 (sempre) é FA e GGT < 3x LSN. Tratamento: suspender o álcool.

Hemacromatose —> aumento progressivo dos estoques de ferro, acompanhada hepatomegalia, dor abdominal, DM, hipergmentação cutânea, artropatia hemocromatótica. Critérios diagnósticos: aumento da IST/transferrina, ferro hepático corável grau 3 ou 4, concentração hepática de ferro superior a 80 umol/g de ácido hepático seco, índice hepática de ferro superior a 1,9. Tratamento: evitar suplemento de ferro, ingesta de carne vermelha e realizar sangrias.

Esteato hepatite não alcoólica —> glicemia em jejum > 100 mg/dL ou tratamento hipoglicemiante; HDL < 40 mg/dL em homens ou < 50 mg/dL em mulheres ou tratamento para HDL baixo; triglicerídeos > 150 mg/dL ou tratamento para triglicerídeos alto; obesidade central: cintura > 102 cm para homens ou > 88 cm para mulheres. AST/ALT < 1, porém quando cirrose AST/ALT > 2. Tratamento: perder peso e lançar mão de inibidores de PPAR - gama.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Distúrbios funcionais para o esôfago:

A

Dor torácica funcional —> dor torácica recorrente e retroesternal e inexplicável; Não é explicada por outros distúrbios; critérios diagnósticos: ausência de sintomas esofágicos associados, como azia e disfagia. Ausência de evidências que o refluxo ou a esofagite eosinofílica seja, as causas dos sintomas; ausência de distúrbios motores principais do esôfago. Tratamento: devido à prevalência de DRGE, pode-se tentar um curso com IBP, caso não haja melhora —> pHmetria ou manometria.

Azia funcional/ pirose funcional —> presença de queimação, desconforto retroesternal ou dor refratária à terapia antissecretória na ausência de DRGE, alterações hispotalógicas ou distúrbios motores. Avaliação com EDA e nos não respondedores, pHmetria (superior a 6% DRGE/ inferior a 4% normal), manometria.

Hipersensibilidade ao refluxo —> pacientes com sintomas (azia ou dor torácica). EDA normal e ausência de esofagite eosinofílica, ausência de distúrbios motores, evidência de ocorrência de sintomas associados ao refluxo normal (pacientes com exposição ácida normal). Tratamento: moduladores da dor e antidepressivos.

Globus —> sensação permanente/intermitente de corpo estranho na garganta, sendo que essa sensação não está associada com disfagia ou odinofagia. Piora com alimentação e deglutição. Diagnóstico: história clínica + laringoscopia + terapia com IBP—> se não houver resposta, EDA e manometria.

Disfagia funcional —> sensação de trânsito alimentar anormal no esôfago na ausência de lesões estruturais, de mucosa ou lesões motoras. Tratamento —> estilo de vida, IBP e antidepressivos.

17
Q

Esofagite eosinofílica: diagnóstico e tratamento:

A

Diagnóstico: disfagia + eosinofilia e aumento do igE. Na endoscopia—> anéis mucosos dando o aspecto de traqueia ao esôfago; pápulas esbranquiçadas, correspondendo a microabcessos eosinofílicos; erosões lineares. Tratamento: IBP 2x ao dia por oito semanas, seguido de nova EDA + biópsia.

18
Q

Conduta paciente com colelitíase + colecistite:

A

Colelitíase —> pedra na vesícula que gera cólica biliar.
Colecistite —> inflamação da vesícula por impactação de cálculo em ducto cístico.
Diagnóstico colelitíase: sintomas geralmente inespecíficos, incluindo distensão abdominal, náuseas e dor no HPD. A cólica biliar é um sintoma específico sendo caracterizado como dor epigástrico-hipocondríaca, geralmente 15-30 minutos após refeições, com destaque nas comidas gordurosas, persistindo por até 5 horas, desaparecendo gradualmente/repentinamente. Pode se irradiar para a margem costal dorsal ou ser referida na região epigástrica, além disso pode haver febre, calafrios, leucocitose.
Sinal de murphy —> sensibilidade acentuada e parada respiratória repentina durante a palpação da região subcostal direita, no ponto cístico.
- A USG de abdome superior é indicada para completar o diagnóstico.
- Terapêutica para a colelitíase + colecistite —>analgesia (AINE) + internação + hidratação venosa na vesícula + dieta zero + antibiotico terapia parenteral. Definitiva —> colecistectomia (pacientes com história prévia de colecistite ou pancreatite)

19
Q

Conduta e tratamento para nódulos hepáticos:

A

Diagnóstico: sintomas inespecíficos, dor abdominal, anorexia, emagrecimento, febre, insuficiência cardíaca congestiva. Ao exame físico, pôde-se perceber massa de fígado palpável e distensão abdominal. O USG é o exame de escolha e de mais fácil acesso. A TC e a RM são utilizados em caso de dúvida.

Hemangioma:
- sintomas são incomuns, no entanto se o hemangioma é muito grande, há um grande risco de romper, gerando hemorragia interna ou formação de coágulos que consomem fatores de coagulação e provocam com facilidade hemorragias em outros órgãos.
- Na USG percebe-se lesão hipercogênica (mais branca), com bordas bem definidas e fluxo sanguíneo ao Doppler. Na TC, mostra-se como massa hipodensa no estudo pré-contraste, já com a impregnação de contraste, geralmente de modo uniforme.
Tratamento: acompanhamento clínico a cada 6 meses e só ressecados se muito grandes ou se comprimirem alguma estrutura.

Adenoma hepático:
- Associação em mulheres jovens que usam contraceptivos.
Sintomas: inespecífica, podendo-se traduzir em dor abdominal aguda, crônica ou quadro de hemorragia intra-abdominal grave
- Na USG percebe-se lesão hipoecóico, hipodenso na TC. Não se preenche no contraste, diferente do hemangioma.
Tratamento: sempre cirúrgico—> cirurgia aberta ou laparoscópica. Nas mulheres, evitar usar contraceptivos orais gravidez.

Hiperplasia nodular focal:
- Associação com mulheres jovens, contudo sem relação com contraceptivos.
Sintomas: devido a seus achados não serem característicos aos exames de imagem, o diagnóstico diferencial é com adenoma hepático.
- Na TC, observa-se cicatriz no centro.

Carcinoma hepatocelular:
Câncer derivado de hepatócitos, lesão única e altamente agressivo.
Laboratório: elevação de AST, ALT, GGT, FA, de alfa-fetoproteína.
- Na USG pôde-se detectar nódulos de até 0,5 cm. Na TC com contraste, impregnação pelo contraste na arterial e wash-out tardio na fase de excreção.
- Tratamento: ressecção do tumor (hepatectomia parcial ou transplante).

20
Q

Retocolite Ulcerativa e Doença de Chronn

A

Retocolite Ulcerativa
- Atinge a mucosa do retocólon, tendo uma progressão ascendente e contínua, poupando o ânus.
- Manifestações clínicas —> Pode haver proctite, colite esquerda e pancolite, ileíte de refluxo + pancolite —> sd. desabsortiva —> diarreia mais baixa.
- alterações clínicas patológicas:
* erosão (lesão superficial) —> gera sangramento e diarreia (não consegue absorver líquido).
* perdão de haustrações —> aspecto cano de chumbo.
* pseudopolipos —> consequente excesso de inflamação.
* Biópsia —> criptite, microabcessos.

Doença de Chronn
- Pega da boca ao ânus, podendo ser transmural e atingindo toda a espessura do TGI. Sua progressão saltada/ descontínua, pegando principalmente o delgado e poupando o reto.
- 1/3 dos acometidos pode ter doença perianal —> fístula, fissura, etc.
- síndrome disabsortiva.
- Alterações clínicas patológicas —> úlceras aftoides, estenoses, pedras de calçamento na EDA (úlceras profundas + mucosa normal), fístula, doença perianal,
- biópsia—> granuloma não caseoso.

Manifestações extraintestinais —> resposta imune (febre, leucocitose, aumento do PCR), colangite esclerosante primária (RCU), uveíte (manifestação ocular), eritema nodoso (DC), pioderma gangrenoso (RCU), artralgia e espondilite anquilosante, cálculos renais e biliares (DC).
—> cápsula endoscópica (delgado) —> contraindicação: não pode ser feito em suboclusão.
—> enteroTC ou entero RM —> fístula, abcesso, espessamento de parede, etc.
—> autoanticorpos: ASCA (DC), p-ANCA (RC).
—> calprotectina fecal —> marcador de inflamação não invasivo.

Tratamento:

  • Clínico:
    —> remissão clínica e endoscópica sem corticoides.
    —> avaliar sinais de doença grave:
  • RCU —> maior ou igual a 6 evacuações, hematoquezia, FC maior igual a 8, Temp igual a 37,8, anemia (Hb <10.5) e VHS ou PCR aumentados.
  • DC —> RCU + estenoses, fístula e doença perianal.

—> Doença leve a demorada:

RCU —> 5-ASA; mesalazina e sulfassalazina -> VO ou retal.
DC —> 5-ASA?, budenosida, MTX, azatioprina,.

—> Doença grave:
RCU e DC —> hospitalização, imunobiológico (anti-tnf = inflixamabe ou adalimumabe), se não der certo, associar com corticoide IV
- após alta —> anti-TNF, azatioprina, corticoide VO.