Sistema de administracao de Anestesia Inalatória Flashcards

1
Q

CONSTANTE DE TEMPO (CT)

A

A constante de tempo de um sistema é usada para calcular quanto tempo é necessário para que um novo gás substitua o gás existente dentro de um espaço (em quanto tempo o halogenado substituirá o gás do circuito anestésico e do pulmão). Fórmula: volume do espaço ÷ fluxo de gases frescos. Após uma CT, a concentração do novo gás será 63%, duas 85%, três 95%, quatro 98%, cinco 99,3%.

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2
Q

FLUXO LAMINAR ocorre quando o fluido se move de uma maneira ________, sem turbulências e em velocidades __________. O fluxo laminar é inversamente proporcional à __________ e o _______.
Com fluxo laminares, a velocidade de fluxo é ____ no centro e vai _______ em direção as paredes do tubo. Os fluxos laminares seguem a Lei de _______.

A

Fluxo laminar ocorre quando o fluido se move de uma maneira CONTÍNUA, sem turbulências e em velocidades NÃO MUITO ELEVADAS. O fluxo laminar é inversamente proporcional à VISCOSIDADE DO FLUIDO e o COMPRIMENTO DO TUBO.
Com fluxo laminares, a velocidade de fluxo é MAIOE no centro e vai DIMINUINDO em direção as paredes do tubo. Os fluxos laminares seguem a Lei de POISEIUILLE.

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3
Q

LEI DE POISEUILLE

A

Somente é válida para fluxos laminares e, segundo ela, a pressão é diretamente proporcional ao fluxo e ao comprimento do tubo e inversamente proporcional à quarta potência do raio. Ao dobrarmos a pressão, o fluxo também dobra. Se diminuirmos o raio pela metade, o fluxo cai 16 vezes e, para manter o fluxo, a pressão deverá aumentar em 16 vezes. Este é o motivo por que devem-se utilizar tubos traqueais do maior diâmetro possível. Quanto menor o calibre, maiores serão as pressões resultantes. Também, por isso, que devemos utilizar jelcos mais calibrosos para fornecer volume ao paciente, que dão maior fluxo ao invés de dispositivos de acesso venoso central que são longos e dão menor fluxo.
Utilizando essa mesma fórmula, quando dobramos a altura do fluído que estamos administrando ao paciente, dobramos o fluxo por aumentar a pressão da coluna de líquido.

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4
Q

FLUXO TURBILHONAR é presente após ______ ou _______ de um tubo ou em _____ velocidades de fluxo. O fluxo turbilhonar é inversamente proporcional à ______ do fluido e aumentando comprimento do tubo ______ o fluxo. Quando a taxa de fluxo de fluidos através de um tubo ultrapassam uma certa _______ (__________), ocorrem mudanças de fluxo laminar para fluxo turbulento e isso produz redemoinhos que reduzem o fluxo pela metade. Se o número de Reynolds é menor que _____ o fluxo é laminar, se é maior que ____ o fluxo é turbulento. Se estiver entre ___________, o escoamento é instável, podendo mudar de um regime para outro.

A

FLUXO TURBILHONAR é presente após estreitamentos ou acotovelamentos de um tubo ou em altas velocidades de fluxo. O fluxo turbilhonar é inversamente proporcional à densidade do fluido e aumentando comprimento do tubo diminuimos o fluxo. Quando a taxa de fluxo de fluidos através de um tubo ultrapassam uma certa velocidade (número de Reynolds), ocorrem mudanças de fluxo laminar para fluxo turbulento e isso produz redemoinhos que reduzem o fluxo pela metade. Se o número de Reynolds é menor que 2.000 o fluxo é laminar, se é maior que 3.000 o fluxo é turbulento. Se estiver entre 2.000 e 3.000, o escoamento é instável, podendo mudar de um regime para outro.

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5
Q

FLUXO TURBILHONAR é diretamente proporcional ao ____ e à ___________. Ou seja, o dobrar-se o fluxo a pressão ________, diferentemente do que ocorre com os fluxos laminares (que são _______ proporcionais à pressão e ao dobrarmos o ____ aumentamos em ____ o fluxo). Deve ser evitado na VA do paciente devido ao grande aumento de pressão.

A

FLUXO TURBILHONAR é diretamente proporcional ao raio e à raiz quadrada da pressão. Ou seja, o dobrar-se o fluxo a pressão quadruplica, diferentemente do que ocorre com os fluxos laminares (que são diretamente proporcionais à pressão e ao dobrarmos o raio aumentamos em 16x o fluxo).

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6
Q

HELIOX

A

Mistura de 70% de hélio e 30% de O2 com a finalidade de reduzir a densidade do gás ofertado ao paciente que possui alguma patologia respiratória que causa fluxo turbilhonar na VA (estridor respiratório por exemplo). reduzindo a densidade, conseguimos aumentar o fluxo (no caso de fluxo turbilhonar).

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7
Q

EFEITO VENTURI

A

Acontece quando tenho um tubo com estreitamento e alongamento graduais. A energia presente no sistema é representada pela energia cinética, expressa pela velocidade de fluxo, e pela energia potencial, expressa pela pressão. Na região de maior estreitamento haverá um grande aumento na velocidade de fluxo e, portanto, da energia cinética. Como energia potencial se transforma em energia cinética e vice-versa, a energia potencial nesse ponto de maior estreitamento sofrerá uma grande redução consequente ao aumento da energia cinética e, portanto, a pressão será reduzida, tornando- se subatmosférica. Essa pressão subatmosférica causa uma sucção permitindo o funcionamento dos aspiradores.

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8
Q

Os fluxômetros usados para equipamentos de anestesia devem ser compensados a pressão ou não compensados a pressão? Por que?

A

Os fluxômetros usados para equipamentos de anestesia não devem ser compensados a pressão (porque nesses casos a válvula de agulha, onde regulo o fluxo, está na saída do fluxômetro, então o fluxo de gases frescos que sai da parede mantém a bolinha alta mesmo com a valvula de agulha fechada, assim corro o risco de achar que estou dando um fluxo adequado ao paciente, podendo causar hipóxia) . Se existir mais de um fluxômetro para um mesmo gás, os fluxômetros devem possuir uma única válvula de controle. O controle de fluxo do oxigênio deve ser distinguido fisicamente dos demais, mas não deve ser menor que os demais controles. Os controles devem obedecer às normas brasileiras e serem claramente identificáveis com as cores padronizadas e as fórmulas químicas.

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9
Q

CONCEITO DE PRESSÃO DE VAPOR. ELA DEPENDE DE QUE?

A

Pressão que as moleculas de um gás exercem na parede do sistema. quanto maior a pressão de vapor, maior a volatilidade do líquido. Ela depende apenas da substancia e da temperatura. Quando um líquido vaporiza, ele retira calor do sistema, passando a vaporizar menos. Assim, perde-se eficiancia. O vaporizador compensa isso aumentando o borbulhamento.

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10
Q

FUNÇÃO DO VAPORIZADOR

A

Vaporização de um anestésico volátil, diluindo-o para concentrações compatíveis com a clínica. A vaporização do aparelho depende da pressão de vapor do anestésico e do fluxo de gases frescos. Explicando: a pressão de vapor do halotano é 243mmHg. Esse valor equivale a 32% da pressão atmosférica que é de 760mmHg. Então, na mistura de gases eu teria 32% de halotano, o que é uma dose muuuuito alta, incompatível com a pratica clinica. o equipamento converte isso para uma dose clinicamente aceitável, não deixa a concentração depender apenas da pressão de vapor do anestésico. Ele faz isso permitindo que apenas uma pequena parte do fluxo total de gases passe pela camara de vaporização. Isso é conhecido como “bypass de fluxo para a câmara de vaporização”. Com isso uma pequena quantidade do fluxo total que passa pela câmara e fica ricamente saturado de anestésico e na saída da câmara se mistura novamente com o fluxo total de gases. Com isso o fluxo total de gases ofertado ao paciente possui concentrações adequadas do anestésico.

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11
Q

TIPO DE VAPORIZADORES

A

VAPORIZADORES CALIBRADOS: específicos para cada agente.
VAPORIZADORES UNIVERSAIS: compatível com qualquer anestésico volátil. Não fazem compensação de acordo com temperatura e pressão de vapor do agente. podem ser sem fluxômetro (não recomendado) ou com fluxômetro (um pouco menos errático).

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12
Q

PARTICULARIDADES DO SISTEMA DE VAPORIZAÇÃO

A

1) Em locais de maior altitude, a pressão atmosférica é maior e a pressão de vapor do anestésico continua a mesma. Assim, o percentual do gás na mistura será maior na altitude se o vaporizador foi calibrado ao nível do mar.
2) Os vaporizadores não compensam as temperaturas aumentando a temperatura em si, mas sim aumentando o fluxo de borbulhamento para manter a vaporização constante quando cai a temperatura. Uma exceção é o desflurano. Por ter uma pressão de vapor muito alta, a temperatura cai muito quando ele vaporiza, então para não ter uma perda de eficiência muito grande, isso deve ser compensado com aumento da temperatura.

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13
Q

COMO SÃO CLASSIFICADOS OS SISTEMAS RESPIRATÓRIOS EM ANESTESIA?

A

SEM ABSORVEDOR DE CO2:

   - AVALVULARES ou MAPLESON
   - VALVULARES

COM ABSORVEDOR DE CO2:

   - VALVULARES CIRCULARES
   - VAI E VEM (inutilizado)
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14
Q

CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA COM ABSORVEDOR DE CO2 - TIPO VALVULAR CIRCULAR:

A
  • Manutenção de concentrações de gases inspirados relativamente estáveis
  • Conservação da umidade e do calor respiratórios
  • Eliminação de CO2
  • Economia de gases anestésicos
  • Prevenção da poluição da sala cirurgica
  • Fluxo unidirecional - válvulas
  • Separa gases inspiratórios e expiratórios
  • Permitem ventilação expontânea ou controlada
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15
Q

COMPONENTES DO SISTEMA COM ABSORVEDOR DE CO2 - TIPO VALVULAR CIRCULAR:

A

01 ) Fonte de fluxo de gás fresco

02) Válvulas unidirecionais inspiratórias e expiratórias
03) Tubos corrugados inspiratórios e expiratórios
04) Peça em Y que se conecta ao paciente
05) Uma válvula de excesso de fluxo ou uma válvula de excesso de fluxo (pop off) ou uma válvula ajustável limitadora de pressão (APL)
06) Um reservatório ou balão respiratório
07) Recipiente contendo um absorvente de CO2

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16
Q

APL

A

Válvula Ajustável Limitadora de Pressão (APL) é uma válvula de alívio ajustável pelo operador que exala excesso de gás do circuito para o sistema de remoção e proporciona controle da pressão do sistema respiratório durante os modos espontâneo e manual de ventilação. a alteração da estação de trabalho para o modo de ventilador exclui e fecha a válvula.

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17
Q

OUTROS NOMES PARA VÁLVULA APL. QUAIS SEUS TIPOS?

A

“pop-off” ou válvula de alívio de pressão.

Tipos:

 - Resistência variável (ou orifício variável)
 - Reguladora de pressão
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18
Q

CARACTERÍSTICAS IDEAIS DOS ABSORVENTES DE CO2

A

01) Pouca reatividade com os agentes inalatórios;
02) Baixa toxicidade;
03) Baixa resistência ao fluxo de ar;
04) Baixo custo;
05) Fácil manuseio;
06) Absorção eficiente;
07) Produção mínima de poeira

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19
Q

TIPOS DE ABSORVEDORES DE CO2

A

01) Cal com hidróxido de cálcio
02) Cal com hidróxido de sódio (cal sodada)
03) Cal baritada

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20
Q

COMPONENTES DA CAL SODADA

A
  • Ca(OH)2: reage com o CO2 expirado produzindo carbonato de cálcio (CaCO3) insolúvel. No entanto, essa reação nao ocorre rapidamente, então utiliza-se água em pequenas quantidades e bases mais fortes para acelerar o processo (KOH e NaOH)
  • NaOH: associada a degradação do anestésico
  • KOH: associada a degradação do anestésico
  • Sílica: dureza do grão
  • Corante violeta de etila: indicador

Uma marca de material absorvente exclui totalmente o Ca(OH)2 por hidroxido de lítio (LiOH), que não precisa de quaisquer catalisadores adicionais para reagir com o CO2

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21
Q

QUÍMICA DA ABSORÇÃO DE CO2 PELOS ABSORVENTES À BASE DE CAL SODADA

A
  1. CO2 + H2O = H2CO3
  2. H2CO3 + 2NaOH ou (KOH) = Na2CO3 ou (K2CO3) + 2H2O + calor
  3. NaCO3 ou (K2CO3) + Ca(OH)2 = CaCO3 + 2NaOH ou KOH + calor
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22
Q

QUANDO O INDICADOR VIOLETA DE ETILA MUDA DE COR?

A

O corante altera sua cor, de incolor para violeta, quando o absorvente se esgota. Nessa situação, o pH cai abaixo de 10,3 e a violeta de etila muda para sua forma violeta devido a desidratação do álcool.

A exposição prolongada da violeta de etila a luz fluorescente pode produzir fotodesativação do corante. Quando isso ocorre, o absorvente permanece branco mesmo com o pH abaixo de 10,3 e a capacidade de absorção totalmente exaurida.

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23
Q

COMPOSTO A: O que é e o que aumenta sua produção?

A

É um produto de degradação do sevoflurano quando em contato com absorvedores que contém bases fortes, como NaOH e KOH. Pode ser nefrotóxico (não comprovado em humanos). Fatores que aumentam a produção desse composto:

  • baixo fluxo ou circuito fechado
  • uso de cal baritada
  • altas concentrações de sevoflurano no circuito
  • alta temperatura do absorvedor
  • absorvente fresco
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24
Q

Quando ocorre a formação de CO como produto de degradadação? Quais são os fatores que intensificam sua formação?

A

Materiais absorventes com bases fortes em contato com anestésicos inalatórios modernos (desflurano > enflurano > isoflurano > halotano = sevoflurano). Fatores que aumentam a produção de CO:

  • baixo fluxo ou circuito fechado
  • uso de cal baritada
  • altas concentrações de anestesico no circuito
  • alta temperatura do absorvedor
  • tipo de anestesico inalatorio
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25
Q

CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS AVALVULARES SEM ABSORVEDOR DE CO2

A
  • Fluxo bidirecional e sem absorvedor de CO2
  • Mistura de fluxo inspiratório e expiratório
  • Vantagem: circuito mais simples, mais barato, fácil desmontagem, baixa resistência à expiração, fácil posicionamento.
  • Desvantágens: maior reinalação, maior poluição do ambiente e desperdício de gases, perda de calor e umidade
  • Mapleson: A, B, C, D, E e F (na prática usamos mais o A e o D).
26
Q

COMPONENTES DOS SISTEMAS AVALVULARES SEM ABSORVEDOR DE CO2

A
  • Reservatório
  • Tubo corrugado
  • Entrada para fluxo de gases frescos
  • Tubo para conexão com paciente
  • Válvulas de escape (pop-off)
27
Q

GRUPOS FUNCIONAIS DO SISTEMA MAPLESON

A
  • A ou circuito de Magill: pop-off próximo à máscara facial e o fluxo de gás fresco entra pela extremidade oposta do circuito, perto da bolsa reservatória
  • BC: nos sistemas B e C, a válvula pop-off carregada por mola é localizada próximo a mascara facial e o tubo de entrada de gás fresco também localiza-se próximo ao paciente. A tubulação de reservatório e o balão respiratório servem como um ramo cego, no qual o gás fresco, o gás do espaço morto e o gás alveolar podem se reunir.
  • DEF: grupo da “peça em T”, (?) o gás fresco entra perto do paciente e o excesso de gás é ventilado para fora na extremidade oposta do circuito
28
Q

MAPLESON A

A

Também chamado de circuito de Magill. Pode ter uma variação chamada variação de Lack (Mapleson A coaxial). O fluxo de gases frescos é próximo a bolsa reservatório, escape próximo ao paciente. É o sistema de escolha para ventilação espontânea porque precisa de um menor FGF para evitar a reinalação (fluxo mínimo igual 1 vez o volume minuto). O tubo corrugado deve ter um volume pelo menos igual ao do volume alveolar (por que?)

29
Q

MAPLESON B

A

Pode ser utilizado para ventilação controlada com ramo expiratório. (?) Sem muita importância e utilidade. Exige um FGF 20-25L/min para evitar reinalação. Semelhante ao A, mas tanto o FGF e a APL estão próximas ao paciente.

30
Q

MAPLESON C

A

Pode ser utilizado para ventilação controlada com ramo expiratório. (?) Sem muita importância e utilidade. Semelhante ao B, mas sem o tubo corrugado.

31
Q

MAPLESON D

A
  • Pode ter uma variação chamada variação de Bain (Mapleson D coaxial).
  • O fluxo de gases frescos é próximo paciente, escape próximo à bolsa reservatório.
  • Pode ser utilizado em ventilação controlada. Conecta-se o ramo do respirador no lugar da bolsa. É eficiente para ventilação controlada e não tão eficiente para espontânea. (para ventilação espontânea exige um maior FGF para evitar reinalação).
32
Q

MAPLESON E

A

Constituído por uma peça com formato em T (peça em T de Ayres, que reduz a pressão e resistência do sistema). Embora não exista bolsa reservatória, nem válvula, a respiração pode ser controlada por oclusão intermitente do ramo expiratório, que força o gás fresco para dentro do tubo, mas a respiração não pode ser monitorada, o que tornou o sistema pouco útil. Por isso surgiu em tão a modificação de Jackson-Rees.

33
Q

MAPLESON F

A

Também conhecido como Jackson-Rees’s modification of Ayre’s T piece. O funcionamento é similar ao Mapleson D. Diferem entre si na posição da válvula pop-off. O fluxo de gases frescos varia de duas a três vezes o volume minuto. É usado para ventilação controlada. O escape dos gases é no fundo do reservatório. O sistema F é funcionalmente em T de Ayre (Mapleson E) com bolsa reservatório. Sistema de escolha para ventilação controlada ou espontânea em pediatria.

34
Q

Mapleson D coaxial

A

Sistema de Bain é caracterizado pelo tubo do FGF no interior do tubo corrugado, o qual carrega os gases expirados. O fluxo já sai proximalmente ao paciente. Essa construção produz um sistema leve, ideal para manipulação à distância, como nas cirurgias de cabeça e pescoço. É recomendável que o sistema seja montado com peças transparentes, o que permite o exame dos componentes internos garantindo que não estejam avariados. Esse sistema exige o uso de fluxos altos para manutenção de níveis adequados de ETCO2 (entre 70 e 150 mL/kg/min). Por fim, a disposição do “tubo sobre tubo” permite o (teórico) aquecimento dos gases inalados pela mistura exalada.

35
Q

Em relação a eficiência e a menor retenção de CO2 e os sistemas avalvulares temos o seguinte:

Ventilação espontânea: do mais para o menos eficiente
Ventilação controlada: do mais para o menos eficiente

A

Ventilação espontânea: A > DFE > CB

Ventilação controlada: DFE > BC > A

36
Q

Nos sistemas avalvulados, o fluxo de gás fresco (FGF) é determinante para reinalação da mistura expirada. O FGF necessário para evitar a reinalação pode ser calculado da seguinte forma:

Fluxo com entrada distal (isto é, próximo da bolsa):

FGF = (VC - 1/3VC) x FR + VBOLSA

Fluxo com entrada proximal (isto é, próximo do paciente):
 FGF=(VC-1/3VC)xFR+VBOLSA +DM

A

Fluxo com entrada distal (isto é, próximo da bolsa):

FGF = (VC - 1/3VC) x FR + VBOLSA

Fluxo com entrada proximal (isto é, próximo do paciente):
 FGF=(VC-1/3VC)xFR+VBOLSA +DM

Sendo: VC o volume corrente, FR a frequência respiratória, VBOLSA o volume da bolsa reservatório, DM o volume-minuto do espaço morto mecânico (ou seja, da boca do paciente até a saída próxima à bolsa).

Como medida adjuvante, pode-se usar a monitoração da capnometria para regulagem do menor fluxo possível sem reinalação. Nesses casos, é importante lembrar que o uso do sistema aspiratório aspira um volume de 150-300 mL/min (o que deve ser considerado no cálculo do FGF).

37
Q

TEMPERATURA CRÍTICA

A

Temperatura acima da qual um gás não pode ser liquefeito, não importando a pressão exercida sobre ele

38
Q

PRESSÃO CRÍTICA

A

Pressão acima da qual é impossível ter uma substância no estado gasoso

39
Q

LEIS QUE COMPÕEM A LEI GERAL DOS GASES

A

LEI DE BOYLE
LEI DE CHARLES
LEI DE GAY-LUSSAC

40
Q

FÓRMULA DA LEI GERAL DOS GASES

Ela deriva de qual equação?

A

(P1xV1)÷T1 = (P2xV2)÷T2

Deriva da Equação de Clayperon:
PxV = n x R x T (onde n e R são constantes)

41
Q

LEI DE BOYLE

A

Em TEMPERATURA CONSTANTE, o volume de uma massa de gás varia inversamente com a pressão.

P1xV1 = P2xV2

42
Q

LEI DE CHARLES

A

Em PRESSÃO CONSTANTE, o volume de uma massa de gás varia diretamente com a temperatura.

V1÷T1 = V2÷T2

43
Q

LEI DE GAY-LUSSAC

A

Em VOLUME CONSTANTE, a pressão absoluta de uma massa de gás varia diretamente com a temperatura

P1÷T1 = P2÷T2

44
Q

LEI DE DALTON

A

Também conhecida como lei das pressões parciais, diz que numa mistura de gases, a pressão exercida por cada gás é a mesma que ele exerceria se ocupasse sozinho o recipiente da mistura e a soma das pressões parciais será igual à pressão total.

Pparcial = concentração x Ptotal

45
Q

LEI DE HENRY

A

Relacionada a SOLUBILIDADE DOS GASES EM LÍQUIDOS. A quantidade de um gás dissolvido num líquido é diretamente proporcional à pressão da fase gasosa e inversamente proporcional à temperatura.

46
Q

COMO CALCULAR O VOLUME DE O2 A SER LIBERADO PELO CILINDRO?

A

Capacidade do cilindro (volume armazenado) multiplicada pela pressão marcada no manômetro. Quando a pressão do cilindro se igualar a pressão do ambiente, o volume de gás no mesmo não pode ser liberado, então descontamos o volume do cilindro para encontrar a quantidade de gás disponível para uso.

O cálculo segue a LEI DE BOYLE (P1xV1 = P2xV2). Sendo P1 a pressão marcada no manômetro, V1 o volume do cilindro, P2 a pressão atmosférica (1 atm ao nível do mar) e V2 a capacidade de armazenamento do cilindro.

47
Q

Fluxo de mínimo admissão de O2 a 100% (mL/kg/min) em anestesia inalatória com fluxos basais de gases:

A

O FGF mínimo de O2 necessário corresponde ao consumo metabólico de oxigênio do paciente, ou seja 3 a 4 mL/Kg/min.

48
Q
Para a ventilação com ressuscitador manual constituído de uma válvula bidirecional e uma bolsa reservatório autoinflável (“AMBU”), deve-se utilizar um fluxo mínimo de gás fresco igual a:
A) metade do volume minuto 
B) uma vez o volume minuto 
C) duas vezes o volume minuto 
D) três vezes o volume minuto
A

B, uma vez o volume minuto. Quando se utiliza uma válvula bidirecional e uma bolsa reservatório (“AMBU”), deve-se utilizar um fluxo mínimo de gás fresco igual ao volume-minuto do paciente. Esta redução do fluxo de gás fresco é possível porque durante a fase expiratória o fluxo que seria eliminado na atmosfera fica armazenado na bolsa, sendo reaproveitado na próxima inspiração.

49
Q

Temperatura na qual a pressão de vapor do desflurano se iguala à pressão atmosférica de 760mmHg (1 atm) ou seja, qual é o ponto de ebulição do desflurano?

A pressão de vapor de um agente inalatório varia com a temperatura. O ponto de ebulição de um líquido é definido como a temperatura na qual a pressão de vapor se iguala à pres- são atmosférica.

A

22,8ºC

50
Q

Temperatura na qual a pressão de vapor do isoflurano se iguala à pressão atmosférica de 760mmHg (1 atm)?

A

48,5ºC

51
Q

Temperatura na qual a pressão de vapor do halotano se iguala à pressão atmosférica de 760mmHg (1 atm)?

A

50,2ºC

52
Q

Temperatura na qual a pressão de vapor do enflurano se iguala à pressão atmosférica de 760mmHg (1 atm)?

A

56,5ºC

53
Q

Temperatura na qual a pressão de vapor do sevoflurano se iguala à pressão atmosférica de 760mmHg (1 atm)?

A

58,5ºC

54
Q

Um anestesiologista está administrando isoflurano em Denver (altitude: 1.609 m) através de um vaporizador de fluxo variável. As taxas de fluxo de gases frescos são de 1 L/min de oxigênio e 2 L/min de óxido nitroso. Quando o vaporizador é ajustado para fornecer isoflurano a 2%, a concentração do isoflurano presente na saída de gás comum é maior ou menor?:

A

Maior

55
Q

(?) O sistema aberto de exaustão de gases expiratórios:

A) Deve ter uma válvula de alívio de pressão negativa
B) Deve ter uma válvula de alívio de pressão positiva
C) Deve ser conectado a uma fonte de vácuo
D) Não necessita de um reservatório
E) Não pode ser simultaneamente conectado às válvulas APL e de alívio do ventilador

A

Um sistema aberto de exaustão de gases exalados requer um reservatório, mas não válvu- las. Deve ser conectado a uma fonte de vácuo para remover ativamente os gases exalados. É geralmente conectado às válvulas APL e de alívio do ventilador por meio de um conector em “Y”.

56
Q

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CIRCUITO DE BAIN

A

O tubo interno pode se desconectar ou entortar, resultando em reinalação excessiva de gases exalados ou comprometimento do fluxo de gases frescos. O circuito de Bain permite ventilação espontânea, requer fluxos de gases frescos relativamente altos, possibilita a fácil exaustão de gases exalados e posiciona a válvula de segurança longe do paciente para um fácil ajuste.

57
Q

Um circuito de anestesia é conectado a um sistema circular, e o volume com- binado de ambos é de 6L. O fluxo de gases frescos é de 3L/min. Após ligar i fluxo de isoflurano a 2%, quanto tempo irá levar para que a concentração do circuito al- cance 1,96% de isoflurano (ou seja, 98,1% da concentração ajustada do vaporiza- dor)?

A

Fórmula da constante de tempo: volume do espaço ÷ fluxo de gases frescos.
Após uma CT, a concentração do novo gás será 63%, duas 85%, três 95%, quatro 98%, cinco 99,3%. nesse caso, como a CT é de 2min, a resposta é 8 minutos

58
Q

(?)O tubo que conecta a válvula APL (válvula limitadora de pressão ajustável ou válvula de segurança) ao sistema de exaustão de gases exalados tem o mesmo diâ- metro que o tubo ou conector que é conectado ao/à:
A) Sistema circular
B) Saída de gás comum
C) Tubo endotraqueal
D) Balão reservatório
E) Válvula de alívio de pressão do ventilador

A

O sistema de exaustão de gases exalados é conectado à válvula APL e à válvula de alívio de pressão do ventilador com um tubo de 19 ou 30 mm. Os conectores do sistema circular e a conexão para o balão reservatório são de 22 mm, enquanto as conexões à saída de gás comum e ao tubo endotraqueal são de 15 mm. Todas essas medidas são do diâmetro interno.

59
Q

Um mL de desflurano líquido ocupa qual volume a 1 atm e 37°C, se todo o líquido for vaporizado? A constante dos gases perfeitos é de 0,082 L-atm-°K-1-mol- 1, a gravidade específica do desflurano é de 1,45 e seu peso molecular é 168.

A

LEI GERAL DOS GASES (PxV = n x R x T)
P: 1 amt
T: 37ºC convertido para kalvin: 273 + 37
R: constante universal dos gases perfeitos: 0,082 atmL/K/mol
n: o desflurano tem 168g em 1mol (168g/mol). Logo, 1,45g são 0,00863 mol

Um mL de desflurano líquido é de 1,45 g ou 0,00863 mol (1,45 g/ 168 g/ mol). Portanto, pela lei dos gases perfeitos, V = nRT/P = (0,00863) x (0,082) x (273 + 37) = 0,219 L = 219 mL.

60
Q

Se o isoflurano a 2% em oxigênio fluindo a uma taxa de 3L/min for adicionado ao sistema circular, qual será a concentração de isoflurano após 6 minutos? Suponha uma mistura completa de gás no sistema e exaustão do excesso de gases. O balão reservatório possui um volume de 2L, o absorvedor de dióxido de carbono possui um volume de 3L, e a mangueira de conexão e válvulas possuem um volume de 1L.

A

A constante de tempo do circuito é o seu volume total (6L) divido pela taxa de fluxo de gases frescos (3 L/min) ou 2 minutos. Após uma CT, a concentração do novo gás será 63%, duas 85%, três 95%, quatro 98%, cinco 99,3%. Depois de uma constante de tempo ter sido decorrida, a concentração do anestésico no sistema é 2% de 63,2%, ou seja, 1,26% de isoflurano no circuito. Depois de duas constantes de tempo, 86,5 ou 1,73% de isoflurano; depois de três constantes de tempo, 95 ou 1,9% de isoflurano; e depois de quatro constantes de tempo, 98,2 ou 1,96% de isoflurano.