Sistema de administracao de Anestesia Inalatória Flashcards
CONSTANTE DE TEMPO (CT)
A constante de tempo de um sistema é usada para calcular quanto tempo é necessário para que um novo gás substitua o gás existente dentro de um espaço (em quanto tempo o halogenado substituirá o gás do circuito anestésico e do pulmão). Fórmula: volume do espaço ÷ fluxo de gases frescos. Após uma CT, a concentração do novo gás será 63%, duas 85%, três 95%, quatro 98%, cinco 99,3%.
FLUXO LAMINAR ocorre quando o fluido se move de uma maneira ________, sem turbulências e em velocidades __________. O fluxo laminar é inversamente proporcional à __________ e o _______.
Com fluxo laminares, a velocidade de fluxo é ____ no centro e vai _______ em direção as paredes do tubo. Os fluxos laminares seguem a Lei de _______.
Fluxo laminar ocorre quando o fluido se move de uma maneira CONTÍNUA, sem turbulências e em velocidades NÃO MUITO ELEVADAS. O fluxo laminar é inversamente proporcional à VISCOSIDADE DO FLUIDO e o COMPRIMENTO DO TUBO.
Com fluxo laminares, a velocidade de fluxo é MAIOE no centro e vai DIMINUINDO em direção as paredes do tubo. Os fluxos laminares seguem a Lei de POISEIUILLE.
LEI DE POISEUILLE
Somente é válida para fluxos laminares e, segundo ela, a pressão é diretamente proporcional ao fluxo e ao comprimento do tubo e inversamente proporcional à quarta potência do raio. Ao dobrarmos a pressão, o fluxo também dobra. Se diminuirmos o raio pela metade, o fluxo cai 16 vezes e, para manter o fluxo, a pressão deverá aumentar em 16 vezes. Este é o motivo por que devem-se utilizar tubos traqueais do maior diâmetro possível. Quanto menor o calibre, maiores serão as pressões resultantes. Também, por isso, que devemos utilizar jelcos mais calibrosos para fornecer volume ao paciente, que dão maior fluxo ao invés de dispositivos de acesso venoso central que são longos e dão menor fluxo.
Utilizando essa mesma fórmula, quando dobramos a altura do fluído que estamos administrando ao paciente, dobramos o fluxo por aumentar a pressão da coluna de líquido.
FLUXO TURBILHONAR é presente após ______ ou _______ de um tubo ou em _____ velocidades de fluxo. O fluxo turbilhonar é inversamente proporcional à ______ do fluido e aumentando comprimento do tubo ______ o fluxo. Quando a taxa de fluxo de fluidos através de um tubo ultrapassam uma certa _______ (__________), ocorrem mudanças de fluxo laminar para fluxo turbulento e isso produz redemoinhos que reduzem o fluxo pela metade. Se o número de Reynolds é menor que _____ o fluxo é laminar, se é maior que ____ o fluxo é turbulento. Se estiver entre ___________, o escoamento é instável, podendo mudar de um regime para outro.
FLUXO TURBILHONAR é presente após estreitamentos ou acotovelamentos de um tubo ou em altas velocidades de fluxo. O fluxo turbilhonar é inversamente proporcional à densidade do fluido e aumentando comprimento do tubo diminuimos o fluxo. Quando a taxa de fluxo de fluidos através de um tubo ultrapassam uma certa velocidade (número de Reynolds), ocorrem mudanças de fluxo laminar para fluxo turbulento e isso produz redemoinhos que reduzem o fluxo pela metade. Se o número de Reynolds é menor que 2.000 o fluxo é laminar, se é maior que 3.000 o fluxo é turbulento. Se estiver entre 2.000 e 3.000, o escoamento é instável, podendo mudar de um regime para outro.
FLUXO TURBILHONAR é diretamente proporcional ao ____ e à ___________. Ou seja, o dobrar-se o fluxo a pressão ________, diferentemente do que ocorre com os fluxos laminares (que são _______ proporcionais à pressão e ao dobrarmos o ____ aumentamos em ____ o fluxo). Deve ser evitado na VA do paciente devido ao grande aumento de pressão.
FLUXO TURBILHONAR é diretamente proporcional ao raio e à raiz quadrada da pressão. Ou seja, o dobrar-se o fluxo a pressão quadruplica, diferentemente do que ocorre com os fluxos laminares (que são diretamente proporcionais à pressão e ao dobrarmos o raio aumentamos em 16x o fluxo).
HELIOX
Mistura de 70% de hélio e 30% de O2 com a finalidade de reduzir a densidade do gás ofertado ao paciente que possui alguma patologia respiratória que causa fluxo turbilhonar na VA (estridor respiratório por exemplo). reduzindo a densidade, conseguimos aumentar o fluxo (no caso de fluxo turbilhonar).
EFEITO VENTURI
Acontece quando tenho um tubo com estreitamento e alongamento graduais. A energia presente no sistema é representada pela energia cinética, expressa pela velocidade de fluxo, e pela energia potencial, expressa pela pressão. Na região de maior estreitamento haverá um grande aumento na velocidade de fluxo e, portanto, da energia cinética. Como energia potencial se transforma em energia cinética e vice-versa, a energia potencial nesse ponto de maior estreitamento sofrerá uma grande redução consequente ao aumento da energia cinética e, portanto, a pressão será reduzida, tornando- se subatmosférica. Essa pressão subatmosférica causa uma sucção permitindo o funcionamento dos aspiradores.
Os fluxômetros usados para equipamentos de anestesia devem ser compensados a pressão ou não compensados a pressão? Por que?
Os fluxômetros usados para equipamentos de anestesia não devem ser compensados a pressão (porque nesses casos a válvula de agulha, onde regulo o fluxo, está na saída do fluxômetro, então o fluxo de gases frescos que sai da parede mantém a bolinha alta mesmo com a valvula de agulha fechada, assim corro o risco de achar que estou dando um fluxo adequado ao paciente, podendo causar hipóxia) . Se existir mais de um fluxômetro para um mesmo gás, os fluxômetros devem possuir uma única válvula de controle. O controle de fluxo do oxigênio deve ser distinguido fisicamente dos demais, mas não deve ser menor que os demais controles. Os controles devem obedecer às normas brasileiras e serem claramente identificáveis com as cores padronizadas e as fórmulas químicas.
CONCEITO DE PRESSÃO DE VAPOR. ELA DEPENDE DE QUE?
Pressão que as moleculas de um gás exercem na parede do sistema. quanto maior a pressão de vapor, maior a volatilidade do líquido. Ela depende apenas da substancia e da temperatura. Quando um líquido vaporiza, ele retira calor do sistema, passando a vaporizar menos. Assim, perde-se eficiancia. O vaporizador compensa isso aumentando o borbulhamento.
FUNÇÃO DO VAPORIZADOR
Vaporização de um anestésico volátil, diluindo-o para concentrações compatíveis com a clínica. A vaporização do aparelho depende da pressão de vapor do anestésico e do fluxo de gases frescos. Explicando: a pressão de vapor do halotano é 243mmHg. Esse valor equivale a 32% da pressão atmosférica que é de 760mmHg. Então, na mistura de gases eu teria 32% de halotano, o que é uma dose muuuuito alta, incompatível com a pratica clinica. o equipamento converte isso para uma dose clinicamente aceitável, não deixa a concentração depender apenas da pressão de vapor do anestésico. Ele faz isso permitindo que apenas uma pequena parte do fluxo total de gases passe pela camara de vaporização. Isso é conhecido como “bypass de fluxo para a câmara de vaporização”. Com isso uma pequena quantidade do fluxo total que passa pela câmara e fica ricamente saturado de anestésico e na saída da câmara se mistura novamente com o fluxo total de gases. Com isso o fluxo total de gases ofertado ao paciente possui concentrações adequadas do anestésico.
TIPO DE VAPORIZADORES
VAPORIZADORES CALIBRADOS: específicos para cada agente.
VAPORIZADORES UNIVERSAIS: compatível com qualquer anestésico volátil. Não fazem compensação de acordo com temperatura e pressão de vapor do agente. podem ser sem fluxômetro (não recomendado) ou com fluxômetro (um pouco menos errático).
PARTICULARIDADES DO SISTEMA DE VAPORIZAÇÃO
1) Em locais de maior altitude, a pressão atmosférica é maior e a pressão de vapor do anestésico continua a mesma. Assim, o percentual do gás na mistura será maior na altitude se o vaporizador foi calibrado ao nível do mar.
2) Os vaporizadores não compensam as temperaturas aumentando a temperatura em si, mas sim aumentando o fluxo de borbulhamento para manter a vaporização constante quando cai a temperatura. Uma exceção é o desflurano. Por ter uma pressão de vapor muito alta, a temperatura cai muito quando ele vaporiza, então para não ter uma perda de eficiência muito grande, isso deve ser compensado com aumento da temperatura.
COMO SÃO CLASSIFICADOS OS SISTEMAS RESPIRATÓRIOS EM ANESTESIA?
SEM ABSORVEDOR DE CO2:
- AVALVULARES ou MAPLESON - VALVULARES
COM ABSORVEDOR DE CO2:
- VALVULARES CIRCULARES - VAI E VEM (inutilizado)
CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA COM ABSORVEDOR DE CO2 - TIPO VALVULAR CIRCULAR:
- Manutenção de concentrações de gases inspirados relativamente estáveis
- Conservação da umidade e do calor respiratórios
- Eliminação de CO2
- Economia de gases anestésicos
- Prevenção da poluição da sala cirurgica
- Fluxo unidirecional - válvulas
- Separa gases inspiratórios e expiratórios
- Permitem ventilação expontânea ou controlada
COMPONENTES DO SISTEMA COM ABSORVEDOR DE CO2 - TIPO VALVULAR CIRCULAR:
01 ) Fonte de fluxo de gás fresco
02) Válvulas unidirecionais inspiratórias e expiratórias
03) Tubos corrugados inspiratórios e expiratórios
04) Peça em Y que se conecta ao paciente
05) Uma válvula de excesso de fluxo ou uma válvula de excesso de fluxo (pop off) ou uma válvula ajustável limitadora de pressão (APL)
06) Um reservatório ou balão respiratório
07) Recipiente contendo um absorvente de CO2
APL
Válvula Ajustável Limitadora de Pressão (APL) é uma válvula de alívio ajustável pelo operador que exala excesso de gás do circuito para o sistema de remoção e proporciona controle da pressão do sistema respiratório durante os modos espontâneo e manual de ventilação. a alteração da estação de trabalho para o modo de ventilador exclui e fecha a válvula.
OUTROS NOMES PARA VÁLVULA APL. QUAIS SEUS TIPOS?
“pop-off” ou válvula de alívio de pressão.
Tipos:
- Resistência variável (ou orifício variável) - Reguladora de pressão
CARACTERÍSTICAS IDEAIS DOS ABSORVENTES DE CO2
01) Pouca reatividade com os agentes inalatórios;
02) Baixa toxicidade;
03) Baixa resistência ao fluxo de ar;
04) Baixo custo;
05) Fácil manuseio;
06) Absorção eficiente;
07) Produção mínima de poeira
TIPOS DE ABSORVEDORES DE CO2
01) Cal com hidróxido de cálcio
02) Cal com hidróxido de sódio (cal sodada)
03) Cal baritada
COMPONENTES DA CAL SODADA
- Ca(OH)2: reage com o CO2 expirado produzindo carbonato de cálcio (CaCO3) insolúvel. No entanto, essa reação nao ocorre rapidamente, então utiliza-se água em pequenas quantidades e bases mais fortes para acelerar o processo (KOH e NaOH)
- NaOH: associada a degradação do anestésico
- KOH: associada a degradação do anestésico
- Sílica: dureza do grão
- Corante violeta de etila: indicador
Uma marca de material absorvente exclui totalmente o Ca(OH)2 por hidroxido de lítio (LiOH), que não precisa de quaisquer catalisadores adicionais para reagir com o CO2
QUÍMICA DA ABSORÇÃO DE CO2 PELOS ABSORVENTES À BASE DE CAL SODADA
- CO2 + H2O = H2CO3
- H2CO3 + 2NaOH ou (KOH) = Na2CO3 ou (K2CO3) + 2H2O + calor
- NaCO3 ou (K2CO3) + Ca(OH)2 = CaCO3 + 2NaOH ou KOH + calor
QUANDO O INDICADOR VIOLETA DE ETILA MUDA DE COR?
O corante altera sua cor, de incolor para violeta, quando o absorvente se esgota. Nessa situação, o pH cai abaixo de 10,3 e a violeta de etila muda para sua forma violeta devido a desidratação do álcool.
A exposição prolongada da violeta de etila a luz fluorescente pode produzir fotodesativação do corante. Quando isso ocorre, o absorvente permanece branco mesmo com o pH abaixo de 10,3 e a capacidade de absorção totalmente exaurida.
COMPOSTO A: O que é e o que aumenta sua produção?
É um produto de degradação do sevoflurano quando em contato com absorvedores que contém bases fortes, como NaOH e KOH. Pode ser nefrotóxico (não comprovado em humanos). Fatores que aumentam a produção desse composto:
- baixo fluxo ou circuito fechado
- uso de cal baritada
- altas concentrações de sevoflurano no circuito
- alta temperatura do absorvedor
- absorvente fresco
Quando ocorre a formação de CO como produto de degradadação? Quais são os fatores que intensificam sua formação?
Materiais absorventes com bases fortes em contato com anestésicos inalatórios modernos (desflurano > enflurano > isoflurano > halotano = sevoflurano). Fatores que aumentam a produção de CO:
- baixo fluxo ou circuito fechado
- uso de cal baritada
- altas concentrações de anestesico no circuito
- alta temperatura do absorvedor
- tipo de anestesico inalatorio