Sintomas, diagnóstico, manejo e insulinoterapia Flashcards
Liste os sintomas clássicos de hiperglicemia.
Poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento.
Cite os fatores de risco para o desenvolvimento de DM2.
história familiar da doença, avançar da idade, obesidade, sedentarismo, diagnóstico prévio de pré-DM, DM gestacional e presença de componentes da síndrome metabólica (HAS, dislipidemia).
Explique os critérios laboratoriais para pré-diabetes e diabetes.
glicose em jejum: pré- diabetes: 100-125 diabetes: maior ou igual a 126 Hemoglobina glicada: pré-diabetes: 5,7-6,4% diabetes: maior ou igual a 6,5% TOTG: pré-diabetes: 140-199 diabetes: maior ou igual a 200 OU INDIVÍDUOS COM GLICEMIA AO ACASO MAIOR OU IGUAL A 200 E SINTOMÁTICOS. Na ausência de sintomas, para fechar o diagnóstico o paciente deve REPETIR O EXAME ALTERADO para confirmação.
Quais as metas terapêuticas para controle glicêmico?
O melhor exame para monitorar o controle glicêmico é a hemoglobina glicada.
Pela SBD:
adultos: menor que 7%
menores de 18 anos: menor que 7,5%
em idosos, cerca de 8% indica um bom controle glicêmico.
A glicemia pré-prandial, pela SBD:
adultos: menor que 100
Glicemia pós-prandial: menor que 160 mg/dl mas é tolerável até 180 mg/dL.
Como manejar o paciente que é pré-diabético?
Orientar MEV e solicitar exames após 3 meses, se glicemia continuar alterada começar com anti-hiperglicemiante oral METFORMINA.
Conduta terapêutica para o paciente com HbA1c < 7,5% e manifestações leves.
Se glicemia < 200mg/dl + ausência de sintomas ou sintomas leves: MEV + metformina em monoterapia.
Pelo SUS só tem glifage de 850mg, mas pela farmácia popular tem glifage XR de 500mg que é o melhor para começar a monoterapia logo após almoço, ou se preciso, logo após almoço e janta.
Como é feito o manejo do paciente com DM2?
o tratamento é individualizado porque depende da resposta de cada organismo aos medicamentos, além da MEV que depende do indivíduo. Mas se após 1 a 3 meses o paciente não tiver atingido metas terapêuticas e estar com muita alterações na glicemia: acrescentar outros agentes hipoglicemiantes orais ou , em casos mais avançados, insulinoterapia.
Conduta para o paciente com HbA1c maior que 7,5% e menor 9% e manifestações moderadas.
Ou paciente com glicemia entre 200-299 mas SEM CRITÉRIOS DE GRAVIDADE: MEV+METFORMINA + segundo agente anti-hiperglicemiante. A conduta deve ser individualizada para cada paciente mas se o retorno entre 1-3 meses o paciente ainda não atingiu metas terapêuticas deve-se adicionar outro agente anti-hiperglicemiante.
Conduta para o paciente com manifestações graves e HbA1c >9%.
Se o paciente apresenta sintomas graves e significantes ou uma perda de peso significante ou a glicemia de jejum maior que 300mg/dl, além de MEV esse paciente é indicado para insulinoterapia ou agonista do receptor de GLP-1.
Cite a ordem de escolha para adicionar um agente anti-hiperglicemiante CASO O PACIENTE POSSA PAGAR.
- Metformina é a droga de escolha para iniciar a terapia medicamentosa
- agonistas do receptor do GLP-1 (glutidas)
- inibidores do SGLT2 (glifozinas)
- Inibidores da DDP4 (gliptinas)
- Pioglitazona
- glinidas
- sulfonilureias (gliclazidas - SUS).
Indicações de insulinoterapia imediata.
- emagrecimento rápido e inexplicado
- hiperglicemia grave + cetonemia/cetonúria
- Doença renal ou hepática
- gravidez
- Infecção
- Cirurgia
- Pós IAM ou AVC
- ineficácia da terapia não farmacológica com 3 agentes anti-hiperglicemiantes.
Explique as etapas para iniciar o tratamento com insulinoterapia.
Num primeiro momento, quando o paciente tem indicação terapêutica para insulinizar inicia-se com a BED TIME: mantém os anti-hiperglicemiantes orais em uso (ou pode retirar a sulfonilureias) e entra com a Insulina NPH ANTES DE DORMIR- precisa ser 22h ou depois para não fazer hipoglicemia durante a madrugada.
Caso o paciente apresente picos de hiperglicemia pós-prandial: ampliar o esquema para o basal-bolus em que aplica-se a insulina REGULAR 30 MINUTOS ANTES DA REFEIÇÃO que provoca a hiperglicemia. Mantém metformina e a NPH antes de dormir.
Se a hiperglicemia pós-prandial ocorrer em mais de uma refeição: fazer insulina regular antes do almoço e antes do jantar + NPH como bed time + metformina.
Se ainda assim não obtiver bom controle nem atingir metas terapêuticas, seguir para insulinização plena, a metformina pode manter mas fazendo controle para evitar hipoglicemia no paciente, ou pode suspender e deixar apenas a insulina para controle glicêmico.
BED TIME: mantém anti-hiperglicemiantes + insulina NPH
BASAL-BOLUS: Pode manter todos os anti-hiperglicemiantes orais (ou tirar a sulfonilureias) colocando a NPH + REGULAR
BASAL-PLUS : mantém SOMENTE a metformina + insulinas.
Diferencie Efeito Somogy do Fenômeno do Alvorecer.
Efeito Somogy: hipoglicemia de madrugada porque o paciente aplicou a bed time MUITO CEDO e faz hiperglicemia pela manhã como resposta da glicogenólise (liberação de adrenalina e glucagon).
Fenômeno do Alvorecer: O paciente faz uma hiperglicemia pela manhã, sem ter feito hipoglicemia de noite, isso acontece pela liberação do cortisol e GH e faz glicogenólise pelo ritmo circadiano e é fisiológico.
para diferenciar entre um e outro precisa pedir a glicemia da MADRUGADA.
se for efeito Somogy: alterar o horário da tomada da insulina NPH, se for efeito do alvorecer provavelmente tenha que aumentar a dose da insulina.
Qual a dose da insulina NPH?
0,2UI/Kg ou 10UI o que for maior no esquema bed time.
De 0,5 UI/Kg até 1UI/kg se for fazer esquema basal de NPH: NPH dividida em 3 doses, 1 antes de cada refeição.
Explique a diferença entre os esquemas de insulinoterapia.
BED TIME: insulina NPH (longa ação) antes de dormir.
BASAL-PLUS: insulina NPH antes de dormir a uma injeção de insulina REGULAR antes da principal refeição com hiperglicemia pós-prandial.
BASAL-PLUS AMPLIADO: insulina NPH antes de dormir e insulina REGULAR antes do almoço e da janta.
INSULINIZAÇÃO PLENA: duas doses de insulina NPH + 3 doses de insulina REGULAR (rápida)