Síndromes Exantemáticas Flashcards

1
Q

Quais as fases de evolução comuns a todas as doenças exantemáticas?

A

1- Incubação
2- Prodrômica
3- Exantemática
4- Convalescença

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2
Q

Quais as três perguntas para diferenciar as doenças exantemáticas?

A

1- Qual o aspecto das lesões?
2- Como as lesões progridem?
3- O que ocorre quando elas desaparecem? Há descamação?

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3
Q

Quais os 4 aspectos de exantemas maculopapulares mais comuns? Estão associados a quais doenças respectivamente?

A

1- Morbiliforme - lesões vermelhas com pele sã de permeio => sarampo (Morbillivirus)
2- Rubeoliforme - lesões menores e mais claras que morbiliforme => rubéola
3- Escarlatiniforme - lesões puntiformes e distribuição homogênea => escarlatina
4- Urticariforme - lesões maiores, limites imprecisos => alergias medicamentosas.

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4
Q

Tipos (2) de descamação após desaparecimento do exantema.

A

1- Furfurácea - descamação fina (caspa) => sarampo

2- Lamelar/laminar - grosseira, em lascas => escarlatina e doença de Kawasaki.

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5
Q

Sarampo: agente etiológico.

A

Morbillivirus, família Paramyxoviridae.

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6
Q

Verdadeiro ou Falso:

Os anticorpos produzidos pelo organismo infectado pelo Morbillivirus não conferem imunidade duradoura.

A

FALSO !!

A infecção por sarampo confere imunidade duradoura.

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7
Q

Qual a definição de caso AUTÓCTONE?

A

Primeiro caso identificado após a confirmação da cadeia de transmissão sustentada (vírus circulando no país por mais de 12 meses, em uma mesma cadeia de transmissão).

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8
Q

Sarampo: período de incubação.

A

8 a 13 dias

1 a 2-3 semanas

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9
Q

Sarampo: período de modo de transmissão.

A

3 dias antes da erupção cutânea até 4-6 dias após seu início.
Transmissão por secreções nasofaríngeas e aerossol. Pode ser via fômites, vírus dura cerca de 1h (precaução de contato aéreo).
*imunodeprimidos podem eliminar vírus durante todo a doença.

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10
Q

Quais as vias de entrada do vírus do sarampo no organismo?

A

Via conjuntivas e mucosas do trato respiratório.

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11
Q

Sarampo: patogênese.

A

Entrada do vírus mucosa conjuntivas e respiratória =]> linfonodos regionais => sistema reticuloendotelial => superfícies corporais => replicação viral em todas as células do corpo (inclusive SNC) => necrose de epitélio, multiplicação viral e formação das células gigantes multinucleadas (células gigantes de Warthin-Finkeldey) => anticorpos séricos na fase exantemática => diminuição progressiva dos sintomas.

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12
Q

Sarampo: quadro clínico fase PRODRÔMICA.

A
  • febre ALTA => progressiva com pico no início do exantema
  • conjuntivite => não purulenta, com fotofobia
  • tosse (produtiva) => intensa
  • manchas de Koplik => manchas branco azuladas, < 1mm, com halo eritematoso. Na mucosa jugal, altura dos pré-molares.
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13
Q

Sarampo: quadro clínico fase EXANTEMÁTICA. Explique o tipo de exantema.

A

Exantema morbiliforme com progressão craniocaudal

  • lesões maculopapulares eritematosas (avermelhadas)
  • áreas de pele sã de permeio
  • podem confluir
  • início na fronte, região RETROAURICULAR e nuca
  • progressão para tronco e extremidades no 3º dia.
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14
Q

Sarampo: quadro clínico fase de CONVALESCENÇA.

A
  • DESCAMAÇÃO FURFURÁCEA

- tosse é o último sintoma a desaparecer (10 dias após início dos sintomas).

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15
Q

O que são as manchas de Koplik (4)?

A
  • manchas branco azuladas
  • < 1mm de diâmetro
  • halo eritematoso
  • mucosa jugal, altura dos pré-molares.
  • pode ocorrer no restante da mucosa oral, nas dobras da conjuntiva e na mucosa vaginal
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16
Q

Verdadeiro ou Falso:
Indivíduos que tenham recebido anticorpos contra sarampo (via transplacentária ou hemoderivados) ou a própria vacina podem desenvolver uma forma subclínica da doença quando infectados pelo vírus selvagem.

A

VERDADEIRO

Em geral, período de incubação maior e sintomas mais leves. NÃO SÃO CAPAZES DE ELIMINAR O VÍRUS.

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17
Q

Sarampo: investigação laboratorial.

A
  • SOROLOGIAS
    IgM (1-2 dias após início do exantema) e IgG.
  • PCR
    coleta até 5 dias após início do exantema.
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18
Q

Sarampo: complicações (5).

A
  • PNEUMONIA
  • OTITE MÉDIA AGUDA
  • PANENCEFALITE ESCLEROSANTE SUBAGUDA
  • apendicite
  • diarreia e vômitos
  • convulsões
  • encefalite
  • miocardite
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19
Q

Qual a complicação bacteriana mais frequente no Sarampo?

A

OTITE MÉDIA AGUDA

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20
Q

Qual a causa de morte mais frequente no sarampo?

A

PNEUMONIA

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21
Q

Sarampo: tratamento.

A
  • SUPORTE

- vitamina A em crianças ( 2 doses)

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22
Q

Sarampo: medidas de prevenção pré e pós-exposição e intra-hospitalar.

A

Pré-exposição:
- vacinação (tríplice/tetraviral => 12 e 15 meses)
- evitar contato com infectados até 4-6 dias após início do exantema
Pós-exposição:
- vacinação de bloqueio => ATÉ 72H !! 6 meses a 39 anos (familiares, vizinhos próximos, escola, trabalho)
- imunoglobulina => ATÉ 6 DIAS !! para quem não pode receber vacina (menores de 6 meses, gestantes e imunocomprometidos).
Intra-hospitalar:
- isolamento
- precaução de contato
- precaução para aerossóis.

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23
Q

Rubéola: agente etiológico.

A

Gênero RUBIVÍRUS, família TOGAVIRIDAE (RNA vírus).

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24
Q

Rubéola: patogênese.

A

Entrada do vírus pelo epitélio respiratório => linfonodos regionais => viremia com disseminação sistêmica.

*patogênese não esclarecida completamente.

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25
Q

Rubéola: via e período de transmissão.

A

Via: secreções nasofaríngeas, gotículas

Período: 5 dias antes até 6 dias após início do exantema.

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26
Q

Rubéola: quadro clínico fase prodrômica (3) e fase exantemática (2).

A
Fase prodrômica: sintomas inespecíficos
- LINFADENOMEGALIA (suboccipital, retroauricular, cervical posterior)
- febre baixa, mal-estar
- dor de gargante
- conjuntivite
- cefaleia
Fase exantemática:
- exantema maculopapular róseo craniocaudal
- sinal de Forchheimer (
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27
Q

Rubéola: diagnóstico laboratorial.

A
  • Coleta de IgM no 1º atendimento => resultados positivos/indeterminados => notificação e coleta da 2ª amostra.
  • PCR => coleta até o 5º dia do início do exantema.
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28
Q

Rubéola: tratamento.

A

Sintomáticos e suporte.

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29
Q

Rubéola: prevenção pré e pós-exposição.

A

Pré-exposição:
- Vacinação
Pós-exposição:
- Bloqueio vacinal em contatos suscetíveis => até 72h da exposição
*gestantes não podem receber a vacina => vírus vivo

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30
Q

Rubéola pós-natal: complicações (3).

A
  • Artrite => mulheres adultas, pequenas articulações de mãos, autolimitada
  • Trombocitopenia => mulheres e crianças, autolimitada
  • Encefalite pós-infecciosa
  • Panencefalite progressiva
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31
Q

Eritema infeccioso: agente etiológico.

A

Parvovírus B19 - DNA vírus

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32
Q

Eritema infeccioso: faixa etária de infecção sintomática.

A

5-15 anos.

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33
Q

Eritema infeccioso: via e período de transmissão.

A

Via: gotículas de saliva e secreções nasofaríngeas (e hemoderivados).
Período: entre 7 e 11 dias após inoculação do vírus. QUANDO TEM O EXANTEMA NÃO TRANSMITE MAIS !!!

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34
Q

Eritema infeccioso: patogênese.

A

Parvovírus B19 se multiplica em células de alta atividade mitótica => LINHAGEM ERITROIDE (proeritroblasto) células endoteliais, placenta e miocárdio fetal => lise celular => interrupção temporária da eritropoese => viremia com sintomas inespecíficos + queda Hb, neutropenia e trombocitopenia => controle da infecção pela imunidade HUMORAL => período assintomático => exantema

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35
Q

Eritema infeccioso: complicações em indivíduos imunocomprometidos.

A

Pessoas com imunidade HUMORAL prejudicada podem desenvolver infecção crônica pelo parvovírus B19 => aplasia medular crônica.

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36
Q

Verdadeiro ou Falso:
Crianças diagnosticadas com Eritema Infeccioso devem ser afastadas das atividades escolares por 15 dias devido à alta taxa de transmissão.

A

FALSO

A taxa de ataque secundário em surtos escolares são de até 60%, porém no momento do exantema não há mais transmissão do vírus, não necessitando de afastamento.

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37
Q

Eritema infeccioso: quadro clínico.

A

1ª fase:
- eritema malar bilateral => face esbofeteada; asa de borboleta
2ª fase:
- exantema macular eritematoso com clareamento central em tronco e extremidades proximais, poupando palmoplantar => exantema rendilhado/reticulado
3ª fase:
- recidiva do exantema quando exposto ao sol, calor, estresse e exercício.

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38
Q

Quais as possíveis manifestações (3) pela infecção com parvovírus B19?

A
  • eritema infeccioso
  • artropatia (adolescentes e adultos)
  • aplasia de medula/crise aplásica transitória (em doenças hematológicas)
  • infecção crônica/recorrente (em imunocomprometidos)
  • infecção fetal (anemia grave, IC, hidropsiafetal, óbito)
  • miocardite
  • síndrome de luvas e meias (papular-purpúrica)
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39
Q

Eritema infeccioso: tratamento (3).

A

SUPORTE E SINTOMÁTICOS

  • artropatia => analgésicos
  • imunodeprimidos com anemia crônica => imunoglobulina
  • hemólise crônica => hemotransfusão
  • infecção fetal => hemotransfusão intrauterina
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40
Q

Eritema infeccioso: quadro característico.

A

Face esbofeteada + exantema rendilhado + fase de recidiva (quando exposto a desencadeantes).

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41
Q

Exantema súbito: agente etiológico.

A

Herpes-vírus humano 6 (e 7 mais raramente).

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42
Q

Verdadeiro ou Falso:

O exantema súbito é uma doença típica de lactentes. O pico de incidência ocorre entre 6 e 9 meses de idade.

A

VERDADEIRO.

Anticorpos maternos transplacentários protegem a criança nos primeiros meses de vida.

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43
Q

Exantema súbito: via de transmissão.

A

Via gotículas de saliva.

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44
Q

Exantema súbito: faixa etária.

A

Lactentes

6 meses - 2 anos.

45
Q

Exantema súbito: quadro clínico.

A

FASE PRODRÔMICA:
- FEBRE ALTA que desaparece súbita após 72h (pode ser gradual)
- irritabilidade
- hiperemia faríngea, conjuntival ou timpânica
- sintomas gastrointestinais
- linfadenomegalia cabeça e pescoço
FASE EXANTEMÁTICA:
- surge algumas horas após desaparecimento da febre
- maculopapular, róseo, não pruriginoso
- início tronco => cabeça e extremidades centrífuga
- desaparece entre algumas horas e 3 dias
- não descamativo

46
Q

Exantema súbito: complicação mais comum.

A

Crise convulsiva febril.

47
Q

Exantema súbito: laboratório.

A

NÃO É NCESSÁRIO! Mas…

  • queda na leucometria total
  • queda de linfócitos e neutrófilos
  • pode ter linfocitose relativa
48
Q

Exantema súbito: tratamento (2).

A
  • SINTOMÁTICOS.

- Ganciclovir, cidofovir e foscarnet para casos graves => encefalite, imunodeprimidos, encefalite pós-transplante.

49
Q

Varicela: agente etiológico.

A

Vírus varicela-zóster (família Herpesviridae)

50
Q

Verdadeiro ou Falso:

A vacina contra varicela entrou no calendário vacinal do PNI na década de 90.

A

FALSO

A vacina entrou no PNI em 2013.

51
Q

Varicela: faixa etária.

A

Mais comum até os 15 anos.

Quando atinge adultos, há maior risco de internação e óbito.

52
Q

Herpes-zóster: agente etiológico.

A

Vírus varicela-zóster (família Herpesviridae).

53
Q

Herpes-zóster: faixa etária.

A

Acima de 45 anos.

Pode acometer crianças e adolescente imunossuprimidos (HIV).

54
Q

Varicela / Herpes-zóster: via e período de transmissão.

A

Via: aerossóis orofaringe e contato direto com lesões.

Período: 1-2 dias antes do exantema até todas as lesões tornarem-se crostas (3-7 dias do início).

55
Q

Varicela / Herpes-zóster: patagênese.

A

Vírus entra pela mucosa das vias respiratórias => 1ª viremia subclínica => 2ª viremia com disseminação cutânea => vírus transportado para mucosa respiratória => exantema => controle pela IMUNIDADE CELULAR => vírus retorna retrógrada pelos axônios sensoriais até os gânglios das raízes dorsais, permanecendo em latência por anos => reativação do vírus => herpes-zóster.

56
Q

Varicela: quadro clínico (3 cada fase).

A
Fase Prodrômica:
- crianças pequenas oligo/assintomáticas
- febre, mal estar
- dor abdominal
Fase Exantemática:
- POLIMORFISMO regional
- mácula eritematosa => pápula => vesícula => pústula (umbilicada) => crosta
- prurido intenso
- início couro cabeludo, face e tronco
57
Q

Varicela: evolução exantema até convalescença.

A

Máculas => pápulas => vesículas => pústulas => crostas => hipo ou hiperpigmentação
*cicatrizes são por infecções secundárias!

58
Q

Defina “breaktrough varicella” (varicela em vacinados). Até quanto tempo é uma infecção vacinal com certeza?

A

Até 2 semanas pós-vacinação => vírus vacinal.
De 2 semanas à 42 dias (6 semanas) => vírus vacinal ou selvagem.
Após 42 dias (6 semanas) pós vacinação => vírus selvagem.

59
Q

Varicela neonatal: período de maior risco.

A

Mãe com sintomas iniciados 5 dias antes até 2 dias após o parto !!

Desenvolve o quadro clínico no fim da primeira semana de vida.

60
Q

Varicela congênita: período de infecção materno e consequências fetais (3).

A

Em geral, até 20ª semana de gestação.

  • lesões cicatriciais cutâneas zosteriformes (dermátomos)
  • hipoplasia de membros
  • malformações neurológicas, oculares, renais e SNA.
61
Q

Herpes-zóster: quadro clínico.

A
  • lesões vesiculares agrupadas em 1 ou 2 dermátomos

- idosos: queimação local antes das lesões; neuralgia pós-herpética

62
Q

Varicela: complicações (4).

A
  • infecções bacterianas cutâneas
  • pneumonia (maior morbimortalidade)
  • ataxia cerebelar aguda
  • meningoencefalite
  • Síndrome de Reye (disfunção hepática + hipoglicemia + encefalopatia)
  • varicela progressiva (imunocomprometidos)
  • hepatite leve
63
Q

Como identificar uma infecção de pele bacteriana secundária num quadro de varicela?

A
  • eritema na base de uma vesícula nova

- volta da febre após 3 ou 4 dias do início do exantema

64
Q

Varicela: qual infecção bacteriana secundária mais frequente e de maior morbimortalidade em crianças imunocompetentes?

A

Mais frequente: infecção cutânea.

Maior morbimortalidade: pneumonia.

65
Q

Varicela: tratamento.

A
SINTOMÁTICOS
- antitérmicos
- anti-histamínicos
ACICLOVIR (ver indicações)
Antibióticos para infecções bacterianas secundárias
66
Q

Varicela: indicações de Aciclovir (4).

A

ATÉ 72H DO INÍCIO DO EXANTEMA !!!

  • > 12 anos
  • > 12 meses com doenças cutâneas ou pulmonares crônicas
  • uso de corticoide sistêmico ou inalatório
  • uso crônico de salicilatos
  • 2º caso do domicílio
  • doença grave ou progressiva (EV)
  • imunossupressão (EV)
  • RN com varicela perinatal (EV)
67
Q

Herpes-zóster: tratamento e benefícios (2).

A

ACICLOVIR

  • reduz duração da doença.
  • reduz riscos de neuralgia pós-herpética.
68
Q

Varicela: profilaxia.

A

Pré-exposição:
- vacina (vírus vivo atenuado) => 15 meses e 4 anos
Pós-exposição:
- vacinação de bloqueio => até 5 dias pós-exposição (MS só libera para surtos intra-hospitalares)
- imunoglobulina humana antivaricela-zóster (IGHAVZ / VZIG) => até 96h pós-exposição para quem não pode receber a vacina => imunodeprimidos, gestantes e < 9 meses (em surtos intra-hospitalares) suscetíveis.
*VZIG em RNs => se contactante com varicela até 96h RNs < 37 semanas e mãe suscetível; e RNs < 28 semanas OU < 1kg.

69
Q

Como conduzir casos de RNs com mães que adquiriram varicela no período perinatal?

A

IGHAVZ / VZIG em TODOS os RNs, independente da idade gestacional, com mães que adquiriram varicela 5 dias antes e 2 dias após o parto.

70
Q

Verdadeiro ou Falso:

A varicela é uma doença de notificação compulsória.

A

FALSO

Os casos graves internados e os óbitos por varicela devem ser notificados imediatamente.

71
Q

Enteroviroses: agentes etiológicos (5).

A

Gênero Enterovirus; família Picornaviridae

  • poliovírus
  • coxsackie A
  • coxsackie B
  • echovirus
  • enterovírus
72
Q

Enteroviroses (exceto pólio): vias de transmissão (4).

A
  • FECAL-ORAL
  • RESPIRATÓRIA
  • vertical
  • fômites
73
Q

Quais enteroviroses fazem diagnóstico diferencial com as doenças exantemáticas (3)?

A
  • Doença mão-pé-boca
  • Herpangina
  • Doença febril inespecífica
74
Q

Doença mão-pé-boca: agente etiológico.

A

Coxsackie A16

enterovírus 71, outros coxsackies A e B

75
Q

Doença mão-pé-boca: quadro clínico (4).

A
  • sem febre/febre baixa
  • lesões papulovesiculares nas mãos, pés e nádegas
  • vesículas e úlceras em cavidade oral
  • em geral, autolimitado
76
Q

Doença febril inespecífica: quadro clínico (4).

A
  • febre (38,5-40ºC)
  • acometimento TGI
  • acometimento respiratório
  • adenomegalia
  • duração total 4-7 dias
  • exantemas variados (maculares, maculopapulares, vesiculares, petequiais)
77
Q

Herpangina: quadro clínico (3).

A
  • febre alta
  • odinofagia
  • vesículas e úlceras na faringe posterior, não disseminadas
78
Q

Enteroviroses (exceto pólio): tratamento.

A

SINTOMÁTICOS E SUPORTE

pode ser necessário UTI em casos mais graves!

79
Q

Herpangina: agentes etiológicos (2).

A
  • COXSACKIE
  • Enterovírus
  • Echovirus
80
Q

Mononucleose infecciosa: agente etiológico.

A

Epstein-Barr vírus (EBV)

Família Herpesviridae

81
Q

Mononucleose infecciosa: via de transmissão.

A

SALIVA

Secreções orofaringe, sexual, hemoderivados, transplantes.

82
Q

Mononucleose infecciosa: patogênese.

A

Contato pela saliva contaminada => infecta células epiteliais orais => sintomas de faringite => replicação intracelular com ruptura e infecção de estruturas adjacentes (ex: glândulas salivares) => infecção linfócitos B no sangue e sistema reticuloendotelial => manifestações sistêmicas => infecção latente nos linfócitos B.

83
Q

Mononucleose infecciosa: período de incubação.

A

30-50 dias em adolescentes

*assintomático em primo-infecção em crianças.

84
Q

Mononucleose infecciosa: quadro clínico (5).

A
  • sintomas vagos (mal-estar, mialgia, cefaleia, odinofagia, náusea)
  • febre aguda ou prolongada
  • PIORA PROGRESSIVA DE FEBRE E ODINOFAGIA
  • LINFADENOPATIA GENERALIZADA (90%)
  • ESPLENOMEGALIA (50%)
  • hepatomegalia (10%)
  • edema palpebral (sinal de Hoagland)
  • exantema maculopapular (3-15%)
  • EXANTEMA PÓS AMOXI/AMPICILINA => VASCULITE IMUNOMEDIADA (80%)
85
Q

Mononucleose infecciosa: laboratório (5).

A
  • leucocitose (10.000-20.000)
  • linfócitos atípicos (20-40%)
  • trombocitopenia (50.000-200.000)
  • anticorpos heterófilos => teste de Paul-Bunnel (carneiro) e monoteste (cavalo)
  • anticorpos específicos
86
Q

Interpretação dos anticorpos heterófilos na mononucleose infecciosa.

A

Ocorre aumento da produção de anticorpos, inclusive heterófilos. Haverá aglutinação de hemácias de CAVALO e de carneiro.
Em crianças < 4 anos, os títulos são baixos e NÃO SÃO DETECTADOS EM MAIS DE 50% DOS CASOS !!!

87
Q

Mononucleose infecciosa: quais os anticorpos específicos (4) e sua interpretação.

A
  • IgM anti-VCA (antígenos capsídeo viral) => surge precoce, declínio em 1-3 meses
  • IgG anti-VCA => surge precoce, altos títulos por toda a vida
  • anti-EA (antígeno precoce) => pode ou não surgir precoce, desaparece mais lento que IgM
  • anti-EBNA (antígeno nuclear) => último a surgir, permanece detectável por toda a vida.
88
Q

Mononucleose infecciosa: complicações (3).

A
  • OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES
  • RUPTURA ESPLÊNICA (adultos)
  • cefaleia
  • convulsões
  • ataxia cerebelar
  • Sd Guillain-Barré
  • Sd Reye
  • anemia hemolítica
  • NEOPLASIAS A LONGO PRAZO ( ex: carcinoma nasofaríngeo, linfoma de Burkitt, doença de Hodgkin)
89
Q

Mononucleose infecciosa: tratamento.

A

SINTOMÁTICOS E SUPORTE

  • aciclovir reduz replicação viral, porém não reduz gravidade ou duração
  • corticoterapia controversa => usada em complicações (ex: obstrução vias aéreas, anemia autoimune, convulsões)
90
Q

Escarlatina: agente etiológico.

A
Streptococcus pyogenes
(Estreptococo Beta-Hemolítico do Grupo A)
91
Q

Qual a exotoxina responsável pelo quadro de escarlatina?

A

EXOTOXINAS PIROGÊNICAS (ou eritrogênicas) A, B e C
Levam à formação de anticorpos que protegem o paciente contra novos episódios de escarlatina PELA MESMA TOXINA, porém pode apresentar por outra toxina.

92
Q

Escarlatina: faixa etária.

A

5-15 anos

raro em < 3 anos

93
Q

Quais os mecanismos (2) de virulência do S pyogenes?

A
  • proteína M

- toxinas (exotoxina pirogênica)

94
Q

Escarlatina: quadro clínico fase prodrômica.

A
  • odinofagia
  • febre
  • ausência de tosse
  • faringite é a associação mais comum, porém pode estar associada a infecções em outros lugares.
95
Q

Escarlatina: quadro clínico fase exantemática.

A
  • lesões papulares puntiformes difusas em tronco e membros, que sofrem CLAREAMENTO À DIGITOPRESSÃO
  • pele áspera (aspecto em lixa)
  • mais intenso em áreas de dobras (Sinal de Pastia)
  • hiperemia na região malar com palidez perioral (SINAL DE FILATOV)
  • língua em morango (branco, depois vermelho)
  • descamação fina e descamação extensa (lamelar) em extremidades
96
Q

Escarlatina: diagnóstico.

A

CLÍNICO

pode haver eosinofilia

97
Q

Escarlatina: tratamento.

A

ANTIBIÓTICO IMEDIATO
. Penicilina Benzatina 600.000U (até 27kg); 1.200.000U (>27kg).
. Amoxicilina 50 mg/kg/dia 2-3 vezes ao dia por 10 dias

98
Q

Doença de Kawasaki: epidemiologia (faixa etária, sexo, raça).

A
  • média 2-3 anos, 75% em menores de 5 anos
  • mais frequente em asiáticos
  • mais frequente sexo masculino
99
Q

Doença de Kawasaki: patogênese.

A
  • vasculite de artérias de médio calibre => predileção pelas CORONÁRIAS !!!
    Processo inflamatório intenso nas paredes vasculares => destruição da lâmina elástica interna => enfraquecimento => formação aneurismática OU regeneração por proliferação intimal => estenose e oclusão do vaso.
100
Q

Doença de Kawasaki: critérios diagnósticos (6).

A

FEBRE COM DURAÇÃO DE PELO MENOS 5 DIAS + 4 dos seguintes:

  • conjuntivite bilateral bulbar não exsudativa
  • alterações lábios e cavidade oral
  • linfadenopatia cervical (>1,5 cm; em geral unilateral)
  • exantema polimórfico
  • alterações de extremidades
101
Q

Doença de Kawasaki: fases da doença não tratada.

A
AGUDA
- febre e outras manifestações agudas
- 1-2 semanas
SUBAGUDA
- descamação, trombocitose, pico de surgimento dos aneurismas coronarianos
- risco aumentado de MORTE SÚBITA
- 3 semanas
CONVALESCENÇA
- sinais clínicos desaparecem 
- termina com a normalização do VHS
- até 6-8 semanas do início da doença
102
Q

Doença de Kawasaki: características do exantema.

A
  • POLIMÓRFICO => maculopapular, escarlatiniforme, eritema multiforme EXCETO VESÍCULAS
  • mais exuberante em tronco e REGIÃO INGUINAL
  • eritema palmoplantar
  • eritema cicatriz BCG
103
Q

Doença de Kawasaki: sinais clínicos frequentes (5).

A
  • febre > 5 dias
  • conjuntivite bilateral não exsudativa
  • língua em framboesa
  • fissuras labiais
  • linfadenopatia cervical > 1,5 cm (menos comum)
  • eritema palmoplantar
  • edema de mãos e pés
  • exantema polimórfico (sem vesículas)
  • descamação periungueal
104
Q

Doença de Kawasaki: complicações (3).

A
  • MIOCARDITE (na fase aguda)
  • ANEURISMAS coronarianos (20-25% dos não tratados precocemente)
  • aneurismas de outras artérias (axilares, poplíteas, ilíacas)
  • articulares
  • respiratórios
  • gastrointestinais
105
Q

Verdadeiro ou Falso:
Caso o paciente não preencha os critérios diagnósticos clínicos para a Doença de Kawasaki, será considerada doença atípica ou incompleta e não há necessidade de exames complementares para fechar diagnóstico.

A
FALSO
Na doença atípica deve ter:
- febre > 5 dias
- 2 ou 3 dos critérios clínicos
- PCR > 3 mg/dl e/ou VHS > 40 mm/h
- 3 ou + alterações laboratoriais: 
         . Albumina < 3 g/dl
         . Anemia
         . Aumento transaminases
         . Aumento plaquetas após 7º dia
         . Leucocitose > 15.000
         . Leucocitúria
- < 3 alterações laboratoriais com ECO compatível.
106
Q

Doença de Kawasaki: laboratório (3).

A
  • anemia normocítica normocrômica
  • leucocitose discreta, predomínio de neutrófilos
  • plaquetas aumentadas na 2ª-3ª semanas
  • VHS e PCR aumentados
  • urina I com piúria estéril
  • discreto aumento de transaminases
107
Q

Doença de Kawasaki: quando fazer ecocardiograma?

A
  • ao diagnóstico
  • com 2-3 semanas de doença
  • após, periódico conforme achados anteriores.
108
Q

Doença de Kawasaki: tratamento.

A

FASE AGUDA
- Imunoglobulina humana endovenosa dose única (de preferência até 10º dia) (pode ser repetida 1 vez em 48-72h se recidiva)
- AAS em dose anti-inflamatória (80-100 mg/kg/dia)
- corticoterapia endovenosa se persistência da febre
FASE DE CONVALESCENÇA
- AAS em dose antiplaquetária (3-5 mg/kg/dia)
- AAS ou clopidogrel contínuo para pacientes com anomalias coronarianas (antitrombótico)