Síndromes Colestáticas Flashcards
Quais as principais etiologias das síndromes colestáticas?
- Doença calculosa biliar
- Neoplasia maligna
- Doença autoimune de biliar
Anatomia de Vias Biliares
- Ducto hepático direito + esquerdo ➡️ Ducto hepático comum
- Vesícula biliar ➡️ Ducto cístico
- Ducto cístico + Ducto hepático comum ➡️ Ducto colédoco ➡️ Deságua na papila Duodenal (Ampola de Vater)
Qual primeiro exame a ser realizado em caso de síndrome colestática?
USG abdome
* Localiza nível de obstrução
Doença Calculosa Biliar.
Quais os tipos de cálculos biliares e seus fatores de risco?
- Cálculo amarelo - colesterol (mais comum), radiotransparente
- Fatores de risco: sexo feminino, obesidade, doença ileal (Chron, ressecação, linfoma, TB)
- Cálculo preto - bilirrubinato de cálcio
- Fator de risco: hemólise, cirrose
- Cálculo castanho - (mais raro) originado na via biliar
- Fator de risco: colonização bacteriana por obstrução ou parasitas
Colelitíase.
1) Definição
2) Quadro Clínico
3) Diagnóstico
4) Tratamento
5) Indicações de Cirurgia (5)
1) Definição
* Cálculos no interior da vesícula biliar
2) Quadro clínico:
* Geralmente assintomática
* Após alimentação vigorosa, rica em gordura, contração da vesícula pode causar dor em HCD
* Quando sintomático, dor por menos de 6 horas
3) Diagnóstico:
* USG de abdome
- Imagem hiperecoica + sombra acústica posterior
4) Tratamento:
* Colecistectomia Videolaparoscopica
5) Indicação de tratamento:
* Sintomático
* Vesícula em porcelana
* Pólipo + Cálculo
* Cálculo > 2,5-3,0 cm
* Anemia hemolítica
Colecistite Aguda.
1) Definição
2) Quadro Clínico
3) Guideline de Tokyo - Diagnóstico
4) Tratamento
5) Tratamento em pacientes em condição de gravidade
6) Complicações de Colecicstite
1) Definição: inflamação por obstrução duradoura da vesícula
2) Clínica:
* Dor em HCD > 6 horas
* Febre; leucocitose; ⬆️PCR
* Sinal de Murphy: interrupção súbita da inspiração à palpação profunda de HCD
3) Guideline de Tokyo:
* Clínica Local + Diagnóstico por imagem
- Mais usado: USG abdome
- Padrão ouro: Cintilografia biliar
4) Tratamento:
* Antibioticoterapia
* Colecistectomia Laparoscópica precoce (<72 horas)
5) Paciente em condição de gravidade:
* Antibioticoterapia
* Colecistostomia Percutânea
6) Complicações de Colecistite: Gangrena -> Perfuração (livre, fístula)
* Íleo Biliar (fístula entre vesícula e TGI)
* Colecistite Enfisematosa (Ag.etiológico: Clostridium perfrigens)
- Ar no interior e na parede da vesícula (Identificados à TC de abdome)
- Mais comumente em pacientes diabéticos
Colédocolitíase.
1) Definição
2) Quadro Clínico
3) Diagnóstico
4) Tratamento
1)Definição: Cálculo no colédoco (Primária 10% / Secundária 90%)
2) Quadro Clínico:
* Icterícia flutuante colestática
* Vesícula não palpável
3) Diagnóstico:
* USG de abdome (1º exame)
* Melhores:
- ColangioRM
- USG endoscópico
- CPRE (trata/invasão)
4)Tratamento:
* CPRE
- Esfincterotomia
- Dilatação papilar com balão
- Terapia intraductal
➕
Colecistectomia VLP
Investigação de Coledocolitíase em pré-operatório de CVL por Colecistite e Conduta. Risco alto(3), moderado e baixo.
1-Risco Alto: * USG com cálculo no colédoco * Colangite Aguda (icterícia + dor + febre) * Colédoco dilatado + BT > 4 ¥ Conduta: CPRE
2-Risco Moderado * Idade > 55 anos * Colédoco dilatado * Bioquímica hepática alterada ¥ Conduta: ColangioRM ou USG endoscópico OU Colangiografia Intraoperatória
3-Risco Baixo
* Nenhum preditor
¥ Conduta: nenhuma
Colangite Aguda.
1) Definição
2) Quadro Clínico
3) Diagnóstico
4) Tratamento
1) Definição: Obstrução + Infecção do Colédoco
2) Quadro Clínico:
(1) Não grave: Tríade de Charcot
* Febre
* Icterícia colestática
* Dor abdominal
(2) Grave: Pêntade de Reynolds:
* Febre
* Icterícia colestática
* Dor abdominal
* Hipotensão
* Alteração nível de consciência
3) Diagnóstico: Clínica + Imagem
* USG abdome; ColangioRM; CPRE: Detecta etiologia ou dilatação biliar
4) Tratamento:
* Antibioticoterapia
* Drenagem Biliar (exemplo: CPRE) - eletiva ou imediata conforme gravidade
Qual apresentação clínica típica dos tumores periampulares? (3)
- Síndrome consumptiva
- Obstrução biliar progressiva - Icterícia progressiva
- Vesícula Palpável indolor (crescimento lento e gradual) - Sinal de Courvosier
Quais os tumores periampulares? (4)
- CA de cabeça de pâncreas
- CA de ampola de Vater
- Colangiocarcinoma
- CA de Duodeno
Como estabelecer diagnóstico de tumores periampulares?
- USG abdome (1º exame)
* TC de abdome (padrão ouro)
Quando indicado, qual tratamento cirúrgico dos tumores periampulares?
Cirurgia de Whipple (Duodenopancreatectomia)
Qual marcados tumoral do CA de cabeça de pâncreas e qual seu subtipo histológico?
- Marcador: CA 19-9
* Subtipo histológico: Adenocarcinoma ductal
Quais achados clínicos típicos do Câncer da Ampola de Vater? (3)
- Icterícia flutuante (devido necrose hemorrágica do tumor -> alívio da obstrução)
- Melena (devido necrose hemorrágica do tumor)
- Vesícula de Courvoisier
Tumor de Klatskin - Colangiocarcinoma peri-hilar
1) Epidemiologia
2) Quadro Clínico
3) Diagnóstico
4) Classificação de Bismuth
1) Epidemiologia:
* Colangiocarcinoma mais comum
2) Quadro clínico:
* Icterícia colestática progressiva
* Emagrecimento
3) Diagnóstico:
* USG abdome:
- Vesícula murcha
- Dilatação de via biliar intra-hepática
* Confirmação: ColangioRM e/ou TC
4)Classificação de Bismuth: Tipo I: restrito ao Ducto hepático comum Tipo II: acomete junção dos hepáticos Tipo IIIa: acomete hepático direito Tipo IIIb: acomete hepático esquerdo Tipo IV: acomete ambos hepáticos
Hepatite Alcoólica.
1) Com que condição faz diagnóstico diferencial?
2) Condição que propicia sua ocorrência:
3) Fisiopatologia
4) Manifestações clínicas
5) Tratamento
1) Colangite aguda
2) Condição que propicia sua ocorrência:
* Libação no bebedor crônico
3)Fisiopatologia:
Bebedor crônico -> + Libação -> Acetaldeído -> Agressão
4) Manifestações clínicas:
* Febre
* Icterícia
* Dor
* ⬆️Transaminases (TGO > TGP) - valor máximo 400U/L
* Reação Leucemoide (⬆️Leucocitose)
5) Tratamento:
* Abstinência
* Se Grave (Maddrey > ou = 32): Corticoide por 28 dias ou Pentoxifilina
Síndrome de Mirizzi.
1) Definição
2) Quadro Clínico
3) Tratamento
4) Classificação de Csendes
1)Definição: cálculo impactado no Ducto cístico, realizando efeito de massa sobre o Ducto hepático
2) Quadro Clínico:
* Complicação de Colecistite: Colestase
* Colecistite ➕ Colestase
3) Tratamento:
* Colecistectomia (aberta se diagnóstico pré operatório - segurança cirúrgica)
4)Classificação de Csendes:
Tipo I: apenas obstrução
Tipo II, III e IV: obstrução e fístula (< 1/3; 1/3 a 2/3; completa, respectivamente)
Quais as doenças autoimunes da via biliar? Diferencie-as.
- Colangite Biliar Primária
- Colangite Esclerosante Primária
Semelhanças:
* Icterícia colestática + Prurido —> Cirrose (sal biliar agredindo hepatocito)
Diferenças:
CBP: acometimento microscópico (ductulos biliares)
CEP: acometimento macroscópico (grandes vias biliares)
CBP: acomete mais mulheres
CEP: acomete mais homens
CBP: associado a AR, SS, tireoidite de hashimoto
CEP: associado tipicamente a RCU
CBP: anticorpo antimitocondria
CEP: p-anca
Como realizar tratamento das doenças autoimunes da via biliar?
- Retardar Evolução: Ácido Ursodesoxicólico (CBP x CEP*)
* Caso avançado: transplante hepático
Colangite Esclerosante Primária.
1) Quadro clínico
2) Qual doença tipicamente associada?
3) Marcador laboratorial
4) Tratamento
1) Quadro Clínico:
* Homens
* Acometimento de grandes vias biliares
* Associado à RCU
* Icterícia colestática
* Prurido
* Evolui para cirrose por sal biliar
2) Retocolite Ulcerativa (RCU)
3) Achado laboratorial: p-ANCA ➕
4) Tratamento:
* Retardar Evolução: Ácido Ursodesoxicólico (sem evidências)
* Caso avançado: transplante hepático