Síndrome do Olho Vermelho Flashcards

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1
Q

Anatomia das conjuntivas

A
  • Conjuntiva bulbar: globo ocular (anterior)

* Conjuntiva tarsal: pálpebras

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Q

Principais tipos de conjuntivites

A
  • Viral (mais comum)
  • Bacteriana
  • Alérgica
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3
Q

Quadro clínico das conjuntivites

A
  • Hiperemia conjuntival
  • Secreção ocular
  • Crostas matinais
  • Sensação de “areia nos olhos”
  • Blefarite
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4
Q

Diagnóstico das conjuntivites

A

Biomicroscopia:
• Papilas: mosaico de pequenos pontos vermelhos poligonais medindo entre 0,3–1
mm; representam uma hiperplasia do epitélio conjuntival, com reação inflamatória mista do estroma subconjuntival e vasos dilatados no centro
- conjuntiva tarsal superior (por
eversão da pálpebra)
- todas conjuntivites
• Folículos: pequenas protuberâncias arredondadas de 1–2 mm, translúcidas com vasos em sua periferia;
- conjuntiva tarsal inferior;
- virais;
• Papilas gigantes:
- conjuntivite alérgica
crônica, conjuntivite primaveril e conjuntivite das lentes de contato
• Pseudomembranas e membranas: camadas de leucócitos e fibrina aderidos à conjuntiva tarsal, com um aspecto de uma membrana amarelada
- bacterianas
- a pseudomembrana pode ser removida sem sangrar e a membrana deixa uma zona sangrante quando removida.

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5
Q

Tratamento das conjuntivites

A
  • Compressas com água gelada
  • Colírios lubrificantes
  • Gerais: lavagem frequente das mãos, afastamento do trabalho
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6
Q

Principais características da ceratoconjuntivite adenoviral

A
  • Adenovírus
  • Causa mais comum
  • Altamente contagiosa
  • Autolimitada
  • Transmissão direta ou respiratória
  • Acometimeno de conjuntiva e córnea
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7
Q

Estágios da ceratoconjuntivite adenoviral

A

Dois estágios:
• Febre faringoconjuntival: febre + IVAS + conjuntivite
• Ceratoconjuntivite: ceratite (80%)

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8
Q

Achados clínicos da ceratoconjuntivite adenoviral

A
  • Injeção conjuntival (vasos da conjuntiva ingurgitados)
  • Lacrimejamento
  • Secreção mucoide (mais clara)
  • Folículos
  • Adenopatia pré-auricular
  • Geralmente nos dois olhos
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9
Q

Tratamento ceratoconjuntivite adenoviral

A

Medidas gerais

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10
Q

Principais características da conjuntivite bacteriana aguda:

A
  • S. aureus, S. pneumoniae, H. influenzae, M. catarrhalis
  • Autolimitada (tendência de resolução em 5 dias)
  • Transmissão direta
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11
Q

Achados clínicos da conjuntivite bacteriana aguda

A
  • Papilas e pseudomembranas

* Secreção purulenta

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12
Q

Tratamento da conjuntivite bacteriana aguda

A

Medidas gerais + colírios ATB
• Ciprofloxacina 0,3% (colírio ou pomada oftálmica), norfloxacina 0,3% (colírio), tetraciclina (pomada
oftálmica), tobramicina 0,3% (colírio ou pomada oftálmica) e cloranfenicol 0,4% (colírio);
• ATBs tópicos são aplicados 4–6x/dia durante 5–7 dias;
• As pomadas oftálmicas são mais indicadas para as crianças.

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13
Q

Principais características da conjuntivite gonocócica

A
  • Neisseria gonorrhoeae (diplococo G-)
  • IST
  • Transmissão direta
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14
Q

Achados clínicos da conjuntivite gonocócica

A
  • Hiperaguda: secreção purulenta copiosa

* Linfadenopatia intensa

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15
Q

Tratamento da conjuntivite gonocócica

A

Ceftriaxone + colírio ATB

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16
Q

Principais características da conjuntivite meningocócica

A
  • Neisseria meningitidis

* Mais comum em crianças

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17
Q

Achados clínicos da conjuntivite meningocócica

A
  • Sistêmico: febre alta + septicemia + meningite
  • Hemorragia subconjuntival
  • Linfadenopatia
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18
Q

Tratamento da conjuntivite meningocócica

A

Colírio ATB

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19
Q

Principais características da conjuntivite por clamídia (do adulto)

A
  • Chlamydia trachomatis

* IST: conjuntivite + (uretrite ou cervicite)

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20
Q

Achados clínicos da conjuntivite por clamídia (do adulto)

A

• Conjuntivite crônica folicular unilateral

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21
Q

Tratamento da conjuntivite por clamídia (do adulto)

A

ATB tópico ou sistêmico

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22
Q

Principais características do tracoma

A
  • Chamydia trachomatis
  • Inflamação crônica autolimitada
  • Recidivas - cegueira
  • Baixa condição de higiene
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23
Q

Achados clínicos do tracoma

A
  • Secreção mucupurulenta
  • Fossetas de Herbet
  • Cicatrizes e opacidades corneanas
  • Cicatrizes palpebrais
  • Triquíase (pelas cicatrizações): cílios voltados para o olho

Alterações geralmente na parte superior do olho

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24
Q

Tratamento do tracoma

A

Azitromicina DU + colírio ATB

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25
Q

Definição das conjuntivites neonatais

A

• Até os primeiros 28 dias de vida

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26
Q

Tipos de conjuntivites neonatais

A
  • Tóxica (química)

* Gonocócica

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27
Q

Principal tipo de conjuntivite neonatal

A

Tóxica (química)

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28
Q

Conjuntivite neonatal tóxica (química) (idade acometida, etiologia, manifestação clínica e tratamento):

A
  • 1 a 2 dias de vida
  • Causa mais comum de conjuntivite neonatal
  • Causada pelo colírio de nitrato de prata 1%
  • Tratamento: expectante, resolução espontânea em 2 ou 3 dias
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29
Q

Conjuntivite neonatal gonocócica (idade acometida, etiologia, manifestação clínica e tratamento):

A
  • 2 a 5 dias de vida
  • Neisseia gonorrhoeae
  • Hiperaguda: secreção purulenta copiosa
  • Tratamento: ceftriaxone DU
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30
Q

Conjuntivite neonatal por clamídia (idade acometida, etiologia, manifestação clínica e tratamento):

A
  • 5 a 19 dias de vida
  • Chlamydia trachomatis
  • Principal causa infecciosa de conjuntivite neonatal
  • Tratamento: eritromicina oral
31
Q

Principais características da conjuntivite alérgica

A

• Associada à rinite alérgica, asma dermatite atópica
• Exacerbações sazonais (verão e primavera)
• Homens > mulheres
Mediada por IgE e imunidade celular (hipersensibilidade I e IV)

32
Q

Achados clínicos da conjuntivite alérgica

A
  • Prurido e dermatite
  • Secreção mucosa
  • Hipermia conjuntival
  • Papilas conjuntivais
  • Pontos de Horner-Trantas (elevações na região do limbo que representam depósitos de eosinófilos e de restos de células)
33
Q

Tratamento da conjuntivite alérgica

A
  • Compressas geladas
  • Anti-histamínicos tópicos e orais
  • Corticoides tópicos (ceratites)
34
Q

Definição de uveítes

A

Anatomia do trato uveal: íris + corpo ciliar + coroide

35
Q

Classificação das uveítes

A
  • Anteriores
  • Posteriores
  • Intermediárias
  • Pan-uveítes
36
Q

Tipo de uveíte mais comum

A

Anteriores (70-80% dis casos)

37
Q

Locais acometidos nas uveítes anteriores:

A
  • 70-80% dos casos

* Íris (irites) e/ou corpo ciliar (ciclites)

38
Q

Achados clínicos das uveítes anteriores

A
  • Dor, fotossensibilidade intensa, lacrimejamento, hiperemia da conjuntiva, redução da AV
  • Turbidez do humor aquoso (flare)
  • Precipitados ceráticos (depósitos de células inflamatórias na córnea)
  • Sinéquias posteriores (pupila irregular), hipópio (acúmulo de pus na câmara anterior) e miose
39
Q

Doenças que cursam com uveíte anterior

A

• Artropatias: espondilite anquilosante, Sd. de Reiter, AIJ, hanseníase

40
Q

Locais acometidos nas uveítes posteriores

A

Retina (retinites) e/ou coroide (coroidites)

41
Q

Achados clínicos das uveítes posteriores

não causam olho vermelho

A
  • Moscas volantes (escotomas) (quando afeta as porções mais periféricas)
  • < acuidade visual (quando afeta a porção mais central)
  • Opacidades na retina
  • Nódulos na coroide
42
Q

Doenças que cursam com uveítes posteriores

A
  • Toxoplasmose

* CMV (lesão em queijo com ketchup)

43
Q

Locais acometidos nas uveítes intermediárias

A

Retina periférica e vítreo

44
Q

Doenças que cursam com uveíte intermediária

A

Sarcoidose, HIV, EM, TB, sífilis

45
Q

Principal achado clínico e doença que cursa com uveíte difusa/panuveíte

A
  • Todo o trato uveal
  • Baixa severa da acuidade visual
  • Behçet (doença inflamatória crônica)
46
Q

Tratamento das uveítes

A
  • Midriáticos
  • Corticoides tópicos e/ou orais
  • Antimetabólicos (azatioprina, metrotrexate)
  • Moduladores imunológicos (ciclosporina, tacrolimus)
47
Q

Uveítes:

- Espondilite anquilosante

A
• Doença inflamatória crônica
• HLA B27 (+)
• Homem (4x), 20-40 anos
• Acometimento ocular 25% dos casos
- Sem relação com atividade da doeça articular
• Clínica: 
- Artropatia sacroilíaca e coluna vertebral
- Uveíte (+)/conjuntivite
48
Q

Uveítes:

- Síndrome de Reiter

A

• Causa mais comum de aligoartropatia em jovens
• HLA B27 (+)
• Agentes: Shigella, Salmonella, Campylobacter, Yersinia, Chlamydia e Mycoplasma
• Clínica:
- Artropatia MMII
- Uretrite/cervicite
- Conjuntivite (60%), uveíte (30%)

49
Q

Uveítes:

- Artrite idiopática juvenil

A

• Causa mais comum de uveíte anterior em crianças
• HLA B27 (+)
• Mulheres (3x), < 16 anos
• Quadro ocular não está relacionado com a gravidade
articular
• Critério diagnóstico:
- Artrite em 1 ou mais articulações
- Duração mínima de 6 semanas
- Início antes dos 16 anos
• Classificação:
- Poliarticular (5 ou > articulações): uveíte anterior 5%
- Pauciarticular (4 ou < articulações): uveíte anterior 20%
- Sistêmica ou doença de Still (febre + rash + artrite)

50
Q

Uveítes:

- Doença de Behçet

A
• HLA B51
• Clínica:
- Úlceras orais
- Úlceras genitais
- Uveíte 
- Acometimento cutâneo
51
Q

Uveítes:

- Toxoplasmose

A

• Toxoplasma gondi - taquizoíta
• Causa mais comum de uveíte posterior (pode causar uveíte anterior, mas é mais branda e não deixa sequelas)
• Infecção congênita (80%): tétrade de Sabin (hidrocefalia + calcificações intracranianas + retardo + uveíte)
• Adquirida (20%): carnes cruas ou mal cozidas → assintomáticos (70%)
• Diagnóstico: sorológico (IgM+) + fundoscopia
- Títulos séricos não estão associados à atividade da doença
• Tratamento: sulfadiazina, pirimetamina, ácido folínico, prednisona
• Profilaxia:
- Linfócitos T CD4 < 100-200 cel/mm3
- SMT + TMP
• Recidivas em 3 anos em até 50%

52
Q

Uveítes:

- Citomegalovírus

A
  • Infecção ocular oportunista mais comum da AIDS
  • Ocorre em 30% dos aidéticos (CD4 < 50 cel/mm3)
  • Tratamento: ganciclovir
53
Q

Principais características das ceratites

A

• Definição: grupo de doenças que provocam lesão inflamatória da córnea, muitas delas apresentando um potencial destrutivo e ameaçador à visão, especialmente as causas infecciosas.
• Anatomia da córnea
- Tecido transparente, ricamente inervado, avascular
- Camadas: epitélio, camada de Bowman, estroma, membrana de Descemet, endotélio

54
Q

As ceratites devem ser classificadas a princípio em (1) e (2), sendo estas últimas as maiores responsáveis por uma evolução desfavorável, caso não recebam tratamento precoce

A
  1. não infecciosas

2. infecciosas

55
Q

Quanto a profundidade da lesão corneana, as ceratites podem ser classificadas em:

A

(1) epiteliais
superficiais;
(2) subepiteliais;
(3) estromais

56
Q

Principais características da ceratite bacteriana

A
  • Geralmente há lesão corneana prévia

* Agentes: S. aureus, S. epidermidis, Streptococcus sp. e Pseudomonas sp

57
Q

Fatores de risco para ceratite bacteriana

A
Fatores de risco:
• Uso inadequado de lentes de contato
• Traumas oculares
• Queimaduras químicas
• Anormalidades de pálpebras e cílios
• Síndrome do olho seco
58
Q

Achados clínicos da ceratite bacteriana

A
  • Aguda ou hiperaguda
  • Ceratite ulcerada necrosante
  • Dor ocular
  • Fotofobia
  • Lacrimejamento
  • Hiperemia conjuntiva
  • Quemose
  • Hipópio
59
Q

Tratamento da ceratite bacteriana

A

Colírio de quinolona de amplo espectro

60
Q

Principais características da ceratite fúngica

A

• Meio rural: trauma com vegetais
- Formas mais comums
- Fungos dilamentosos: Fusarium sp e Aspergillus sp
• Meio urbano: imunosuprimidos, lesão corneara prévia, uso de múltiplos ATB
- Fungos leveduriformes: cândida

61
Q

Achados clínicos da ceratite fúngica

A
  • Insidiosa (crônica, arrastada)
  • Ceratite ulcerada necrosante
  • Outros: hipópio, infiltrados satélites (lesões localizadas distantes da lesão principal, ainda na córnea)
62
Q

Tratamento da ceratite fúngica

A
  • Filamentoso: colírio de natamicina

* Leveduriforme: colírio de imidazol

63
Q

Principais características da ceratite viral (herpética), achados clínicos e tratamento

A

• Agente: Herpes simples
• Sinais e sintomas
- Ceratite dendrítica (arboriforme, fluoresceína), injeção ciliar
- Dor leve, lacrimejamento, turvação visual, fotofobia
- Extensão da lesão com uso de corticoides
- Acometimento mais superficial
• Tratamento:
- Aciclovir pomada
- Aciclovir oral (profilático): se 2 ou + recidivas anuais

64
Q

Hemorragia subconjuntival

A

• Rotura de veias da conjuntiva
• Acúmulo de sangue entre conjuntiva e esclera
• Causas:
- Pequeno trauma
- Tosse ou vômitos
- Esforço físico
- Fragilidade capilar (corticoides, ACO, HAS, DM, cirurgia ocular prévia)
• Tratamento: expectante (até 4 semanas regride)

65
Q

Etiologia, achados clínicos, diagnóstico e tratamento da obstrução congênita do ducto lacrimal

A

• 10% dos RN
• Causa: falha na canalização da válvula de Hasner
• Sinais clínicos:
- Lacrimejamento
- Secreção mucoide à expressão digital do saco lacrimal
- Eritema da pele
- Dacriocistite: inflamação do saco lacrimal
- Conjuntivite de repetição
• Diagnóstico: dacriocistografia
• Tratamento
- Melhora espontânea antes de 1 ano: 90%
- Manobra de Crigler (massagem)
- Colírio de ATV: conjuntivite ou dacriocistite
- Sondagem do ducto nasolacrimal: (a) sem resolução até 1 ano de vida; (b) dacriocistite de repetição

66
Q

Causas mais comuns, achados clínicos e tratamento de corpo estranho na córnea

A
• Causas: partículas de ferrugem, vidro, plástico, madeira, fragmentos vegetais
• Sinais e sintomas:
- Dor
- Fotofobia
- Sensação de corpo estranho
• Tratamento
- Retirada mecânica precoce
67
Q

Queimadura química da córnea

A

• Emergência médica (alto potencial de lesão)
• Ácidos
- pH <4
- Ex: ácido sulfúrico (bateria de carro), ácido clorídrico
- Epitélio corneano (lesão superficial
• Bases
- pH >10
- Ex: cal, amônia, soda cáustica
- Pior prognóstico (lesão mais profunda que o epitélio)
• Sinais clínicos:
- Dor
- Hiperemia e edema de conjuntiva
- Opacidade de córnea
• Tratamento
- Imediato (emergência)
- Lavagem ocular copiosa (água limpa, SF 0,9% ou ringer lactato)
- ATB tópico (colírio/pomada)
- Cicloplégicos e corticoides tópicos: controlar dor e inflamação
- Graves: enxerto de conjuntiva, transplante de córnea

68
Q

Etiologia, achados clínicos e tratamento do hordéolo

A

• Infecção aguda das glândulas de Zeis e Meibomius
• Sinais e sintomas: eritema, dor, calor, edema e pús-palpebral
• Tratamento: compressa com água quente +/- ATB tópicos
- Refratários: cirurgia
• Calázio: nódulo residual indolor após cura → remoção cirúrgica.

69
Q

Pterígio (etiologia, sinais e sintomas, tratamento)

A
  • Causas genéticas + exposição ambiental (solar)
  • Sinais: massa fibrovascular conjuntival de forma de triangular com vértice que invade a córnea
  • Sintomas: sensação de corpo estranho, ardor, alteração da acuidade visual em alguns casos
  • Tratamento: colírio lubrificante, controle da alergia, e uso de óculos de proteção solar, cirurgia (risco de recidiva)
70
Q

Episclerite (definição, etiologia, epidemiologia, manifestações clínicas, tratamento)

A

• Episclera: delgado tecido conjuntivo frouxo vascularizado que se localiza entre a conjuntiva bulbar e a esclera, recoberto por uma capa de tecido elástico, a cápsula de Tenon.
• Episclerite: é uma inflamação aguda da episclera, de evolução benigna e autolimitada, não trazendo risco á
acuidade visual do paciente. Pode ser nodular ou difusa.
• Etiologia: idiopática (70% dos casos), pode estar associada a doenças sistêmicas inflamatórias (solicitar hemograma, VHS, proteína C-reativa e fator reumatoide);
• Mulheres jovens;
• Manifestações clínicas: olho vermelho, desconforto ocular, sensibilidade á palpação da área avermelhada,
lacrimejamento, unilateral (na maioria das vezes).
- Sinais: injeção nos vasos episclerais superficiais
• Resolução em 2-21 dias
• Tratamento:
- colírios lubrificantes (hidroxipropilmetilcelulose 0,5%) 4–6x/dia até a resolução da inflamação
ocular
- colírios AINE 4x/dia, como o colírio de cetorolaco de trometamina 0,5% (Acular) ou o diclofenaco 1% (Still).

71
Q

Esclerite (definição, etiologia, epidemiologia, manifestações clínicas, tratamento)

A

• Esclera (“branco do olho”): faz parte da túnica fibrosa do olho, unindo-se à córnea no limbo corneoescleral. É
uma camada constituída de tecido conjuntivo denso, rico em fibras colágenas, sendo nutrida por vasos emissários
provenientes dos vasos episclerais.
• Esclerite anterior: desordem ocular potencialmente grave, ameaçadora da visão, pelo risco de ulceração ou
perfuração escleral, envolvimento corneano secundário e associação com esclerite posterior.
• Associada a doenças do colágeno em 50% dos casos (AR). Outras doenças: sífilis, TB, zóster oftálmico, DII, sarcoidose, LES.
• 30–60 anos
• Manifestações clínicas: quadro subagudo ou insidioso de olho vermelho e importante dor ocular, fotofobia, lacrimejamento
- Sinais: injeção nos vasos episclerais profundos
• EF: vermelhidão difusa ou localizada, associada a “injeção conjuntival e episcleral” e descoloração violácea do
“branco do olho”
• Apresentações clínicas: difusa, nodular, necrosante, escleromalácia perfurante
• Complicações: estafiloma; perfuração escleral; ceratite ulcerativa; glaucoma secundário; catarata precoce.
• Tratamento: AINE, corticoides sitêmicos (prednisona 1-1,5 mg/kg/dia), imunossupressores, cirurgia

72
Q

Glaucoma agudo de ângulo estreito

A
  • Sinais: injeção ciliar, edema epitelial de córnea, ângulo estreito da CA
  • Sintomas: redução da AV, fotossensibilidade intensa, dor ocular aguda
  • Tratamento: pilocarpina colírio; manitol
73
Q

Principais achados que sugerem gravidade:

A
  • Dor ocular acentuada;
  • Redução da acuidade visual;
  • Sensação de desconforto intenso, provocando fechamento palpebral reflexo;
  • Pupila não fotorreagente ou pouco fotorreagente;
  • Fotofobia;
  • Opacidade corneana;
  • Hipópio;
  • Sinais e sintomas compatíveis com crise aguda de glaucoma.