Sinais e Sintomas Flashcards

1
Q
  1. Sinal de Allen
A

Quadro de febre + taquicardia + taquipneia em contexto de TEP

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2
Q
  1. Pupilas de Argyll Robertson
A

Pupilas sem reflexo fotomotor (a miose em resposta à luz diretamente no olho), mas que contraem para acomodação a um objeto próximo. Sinaliza alteração neurológica, principalmente Sífilis Neurológica.
(lesão entre o quiasma ótico e a área pré-tectal)

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3
Q
  1. Reflexo de Arnold
A

Ativação do reflexo da tosse ao mexer no ouvido externo (estimulação do Nervo de Arnold). É fisiológico, principalmente em crianças. Pode acontecer, por exemplo, em intervenções de ORL para remover cera do ouvido externo.

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4
Q
  1. Sopro de Austin Flint
A

Regurgitação aórtica. É um sopro diástólico ou até pelo mato regurgitante que bate na valva mitral, que é mais audível no Ápex Cardíaco.

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5
Q
  1. Reflexo Bainbridge
A

Com o aumento do retorno venoso, há um maior estiramento das fibras no Átrio Direito. Este estiramento é detetado pelo Nervo Vago, que vai ativar o centro cardíaco no tronco. Isto aumenta a FC.

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6
Q
  1. Quisto de Baker
A

Definição: Quisto rico em líquido sinovial e localizado na região posterior do joelho (mais concretamente na fossa poplítea, entre a cabeça medial do gastrocnémio e o semimembranoso).
Associa-se a lesões traumáticas, inflamatórias ou degenerativas. - por exemplo: artrite reumatóide, osteoartrite, lesões do menisco
Clínica: a maior parte são assintomáticos, quando sintomáticos verifica-se um edema da fossa poplítea associado a dor.
Diagnóstico: normalmente clínico, rx ou eco
Tratamento: quando sintomáticos - tratar a patologia de base que afeta a articulação do joelho, se persistir damos uma injeção intra-articular de glicocorticóides; em último caso é sempre possível fazer a remoção cirúrgica do quisto
Pormenor: em jovens e/ou atletas, a rotura deste quisto é um diagnóstico diferencial muito importante para edema do MI (contra a TVP) - pode mimetizar TVP

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7
Q
  1. Síndrome de Banti
A

O principal elemento da Síndrome de Banti é esplenomegália e hiperesplenismo. Isto vai levar a que haja anemia hemolítica, acompanhada de icterícia, leucopenia e trombocitopénia. Por esta última e ainda pelo aumento da pressão venosa Portal, podem ocorrer hemorragias digestivas
Não tem uma causa definida e acaba por mencionar causas mais gerais da hipertensão portal. Mesmo assim, esta síndrome parece vir mais associada a obstruções venosas esplénicas, portais e hepáticas (trombótica ou congénita). Acho que o importante da condição é mesmo a parte esplénico, por isso o mais importante é focar em saber essa parte.
A doença dá também hepatomegália, que depois pode evoluir para cirrose (com os estigmas associados).

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8
Q
  1. Doença de Barlow
A

O folheto posterior da válvula mitral está hipermóvel, condicionando uma regurgitação mitral durante a sístole. A isto chama-se prolapso da válvula mitral. A semiologia é caracterizada por um click no inicio da sístole (válvula a inverter) e um sopro ao longo da mesma (sangue a regurgitar do VE para AE). Este sopro é mais audível no foco mitral (5o EIC na linha medio-clavicular) e pode irradiar para a axila esquersa, como todos os sopros mitrais.

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9
Q
  1. Linhas de Beau
A

uma linha nas unhas que marca a zona em que houve uma pausa na regeneração das células ungueais. Ocorre por trauma.

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10
Q
  1. Tríade de Beck
A

Apresentação do Tamponamento Cardíaco. É composta por Sons Cardíacos hipofonéticos, Ingurjitamento Jugular e Hipotensão Arterial:
● Sons cardíacos hipofonéticos - A acumulação de de líquido no pericárdio vai criar uma barreira sonora extra entre as válvulas e a pele, diminuindo os sons.
● Ingurjitamento Jugular - O tamponamento aumenta a pressão no coração, diminuindo o gradiente de pressão entre as Veias Cavas e a AD. Isto diminui o retorno venoso, levando a congestão. O Ingurjitamento é sinal desta congestão
● Hipotensão Arterial - Com a diminuição do retorno, há também diminuição do volume sistólico, que causa uma diminuição do débito cardíaco. Por sua vez, este diminui a pressão arterial.

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11
Q
  1. Paralisia/Fenómeno de Bell
A

Paralisia do nervo facial - dos músculos faciais e incapacidade de fechar o olho totalmente.

  • lesão central: quarto inferior da hemiface (AVC)
  • lesão periférica: hemiface (paralisia de Bell idiopática)

Fenómeno de Bell: doente desvia o olho para cima e para fora qd fecha o olho, normal é só para cima (vírus herpes zoster, varicela)

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12
Q
  1. Respiração de Biot
A

É uma respiração caracterizada por período de apneia seguido de respiração superficial e rápida seguida de período de apneia, o padrão pode ser regular ou irregular. É um consequência de uma lesão neurológica central (que afete o tronco encefálico). As causas podem ser AVC, trauma, meningite e até uso de opióides.
A Cheyne-Stokes: cresce e decresce entre os períodos de apneia e é mais regular (IC congestiva)
A Kussmaul: não tem períodos de apneia e é + rápida e mais profunda (cetoacidose)

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13
Q
  1. Sinal de Blumberg
A

Dor à DEScompressão do ponte de MacBurney. Sinal de irritação peritoneal parietal ~ apendicite

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14
Q
  1. Doença de Bornholm
A

Doença infecciosa causado por Enterovírus (Coxsackie A, B e Echovírus). O seu principal sinal é a Pleurodinia (com os sinais característicos de dor pleural), daí ser também chamada de Pleurodinia Epidémica. Este sinal tem origem nos espasmos dolorosos que este vírus causa nos músculos da caixa torácica e do abdómen superior. Esta dor pode ser abdominal epigástrica também.
Faz diagnóstico diferencial com as outras muito mais prováveis de dor torácica e abdominal. É mais relevante em crianças e está associada a transmissão entre pessoas.

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15
Q
  1. Nódulos de Bouchard
A

Nódulos nas articulações interfalângicas proximais, que podem ser de osso, gelatinosos ou cartilagíneos. Em grande parte, a sua deposição é cálcica e é um sinal importante de Osteoartrite (dói em descanso pós-esforço). Em casos raros, são consequência da acumulação de Ig na sinovial por Artrite Reumatóide.

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16
Q
  1. Sinal de Branham
A

Ao fazer pressão na zona da artéria junto a uma fístula arteriovenosa induz-se bradicárdia. Parece estar presente quando os doentes têm uma fístula arteriovenosa em que a artéria consegue ser comprimida externamente.

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17
Q
  1. Afasia de Broca
A

Afasia provocada por uma lesão na Área de Broca, na região inferior e lateral do Lobo Frontal Esquerdo. Compreende o discurso, tenta repetir as palavras, mas não consegue.

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18
Q
  1. Sinal de Brudzinski
A

Sinal para encontrar meningite. Deita-se o doente. Depois, flete-se a sua cabeça anteriormente levando o queixo em direção ao esterno. Quando há irritação das meninges, a pressão vai fletir os joelhos, para aliviar a dor da irritação.

Outros sintomas de meningite: fotofobia, cefaleias, rigidez do pescoço, vómitos

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19
Q
  1. Síndrome Bud Chiari
A

Congestão da circulação ao nível das veias Suprahepáticas. Pode ocorrer por trombose nestas veias ou por compressão externa, como no caso de tumores ou traumas. É uma causa importante de Hipertensão Portal Pós-Hepática (como é tb a IC direita)

Sintomas clássicos: hepatomegália, hipertensão portal, insf hepática, dor abdominal

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20
Q
  1. Sinal de Buerger
A

É mais um teste do que um sinal, que vai aferir a existência de Doença Arterial Periférica nos membros inferiores. O doente deitado, eleva-se a perna até 30o - 45o graus durante 1 minuto e vemos se ocorre palidez do membro, isso sinaliza a doença. Quando voltamos a sentar o doente demora mais tempo a voltar à sua cor normal, e é possível que tenha um período de hiperémia reativa marcada.

Na pessoa saudável a 90o a perfusão deve estar mantida.

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21
Q
  1. Linha de Burton
A

Linha escura com um tom azulado escuro na gengiva. Sinal de envenenamento crónico por chumbo.

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22
Q
  1. Sinal de Campbell
A

Descida da traqueia durante a inspiração, em doentes com DPOC. Este sinal é provavelmente produzido pelo diafragma deprimido, que faz uma “tração para baixo”. Para perceber este sinal colocamos a ponta do dedo indicador na cartilagem tiroideia.

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23
Q
  1. Sopro de Carey Coombs
A

sopro que ocorre em doentes com valvulite mitral, normalmente por febre reumática aguda. O sopro é diastólico é ocorre pela passagem do sangue pela válvula espessada devido à inflamação. É mais audível ao nível do ápex e pode irradiar para a axila.
Não tem opening snap como o sopro da estenose mitral.

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24
Q
  1. Respiração Cheyne Stokes
A

Respiração rápida profunda e que cresce e decresce e alterna com períodos de apneia. Acompanha-se com períodos de cansaço e fadiga, tosse e ressonar.
Causas: insf cardíaca ~ edema pulmonar agudo, lesões do SNC, aumento pressão intracraniana, viagens a alta altitude

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25
Q
  1. Síndroma de Chilaiditi
A

Transposição (temporária ou permanente) de uma zona do cólon entre o fígado e o diafragma. Antes de mais, isto aumenta obviamente o risco de obstrução cólica. Acompanha-se de dor, náuseas, vómitos, mais raramente, oclusão intestinal ou sintomas respiratórios.
Atenção ao diagnóstico diferencial com pneumoperitoneu, derrame pleural e abscesso subfrénico.

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26
Q
  1. Sinal de Chvostek
A

Sinal presente em alguns doentes com Hipocalcémia (~ hipoparatiroidismo). Faz-se a percussão do Nervo Facial na zona zigomática e o sinal é positivo se a pessoa tiver um espasmo da face.

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27
Q
  1. Pulso de Corrigan
A

É um pulso carotídeo largo e pulsante, associado a:

  • Regurgitação aórtica
  • Situações de alto débito → sépsis, d. hepática (sangue acumulado da região esplancnica e hepática - menos vol efetivo detetado pelos recetores - compensação) …
  • Coartação da Aorta
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28
Q
  1. Sinal de Cullen
A

equimoses na região periumbilical devido à hemorragia retroperitoneal associado à pancreatite aguda (leva 24-48 horas para aparecer é bad news porque taxa de mortalidade cresce de 8-10% para 40%) e ruptura de gravidez ectópica
Sinal de Grey-Turner equimose irradia para os flancos)

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29
Q
  1. Contratura de Dupuytren
A

Fibromatose progressiva comum que afeta a fáscia palmar, levando à contratura do 4o e 5o dedos, principalmente no sexo masculino. A etiologia principal é o alcoolismo, tb associada a trauma e hipoxia.

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30
Q
  1. Sinal de Duroziez
A

Sopro sistólico à auscultação com ligeira pressão na porção proximal da artéria femoral, sopro diastólico se a auscultação for mais distal.
Presente na regurgitação aórtica severa.

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31
Q
  1. Síndroma de Eisenmenger
A

Qualquer idade, mas geralmente desenvolve-se durante os estágios finais de defeitos cardiacos congénitos.
Shunt da esquerda para a direita (congénito não cianótico) → Hipertensão pulmonar prolongada → constrição reativa com
remodelação permanente dos vasos pulmonares → hipertensão
pulmonar irreversível → Hipertrofia do ventrículo direito para
compensar a hipertensão pulmonar → aumento da pressão do ventrículo direito e, eventualmente, superação da pressão do ventrículo esquerdo → inversão do fluxo sanguíneo pelo shunt → agora shunt direita-esquerda → início da cianose (em repouso ou durante o exercício) → dedos em baqueta de tambor e policitemia (aumento dos eritocitos)

Isquémia dos tecidos: alt. mental, dor cardíaca, desconforto abdominal e náuseas

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32
Q
  1. Fetor hepaticus
A

mau hálito com um cheiro doce e pungente característico, causado por uma acumulação de sulfureto de dimetilo em pacientes com shunt porto-sistémico grave. Sintoma de cirrose.

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33
Q
  1. Doença de Gaucher
A

Doença hereditária autossômica recessiva em que défice de β-glucocerebrosidase → acumulação de glucocerebrosídeo no cérebro, fígado, baço e medula óssea

  • Características clínicas: Hepatoesplenomegalia, crises ósseas, osteoporose, necrose avascular do fêmur, hiperesplenismo: anemia, trombocitopenia, pancitopenia
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34
Q
  1. Fáscia de Gerota
A

Fáscia de Gerota (fáscia perirrenal anterior): lâmina fina que passa anteriormente ao ao rim e à adrenal e se une de forma variável com a fáscia anterior oposta.
NOTA: tumor renal grau 4 quando ultrapassa tecidos perirrenais limitados pela fascia de Gerota

Fáscia de Zuclerklandl é a posterior

35
Q
  1. Cápsula de Glisson
A

camada interna fibrosa (cápsula de Glisson) que cobre todo o fígado (incluindo a área exposta do fígado), a artéria hepática, a veia porta e os dutos biliares

36
Q
  1. Sopro de Graham Steel
A

Sopro protodiastolico em decrescendo - início diastólico que vai decrescendo, epicentro no foco pulmonar.

Quando há regurgitação pulmonar secundária à hipertensão pulmonar. Vai ser mais intenso na inspiração.

estenose mitral » hipertensão pulmonar » regurgitação pulmonar = sopro de Graham Steell

É mais audível com o paciente sentado e inclinado para frente?

37
Q
  1. Sinal de Grey Turner
A

manifestação subcutânea incomum de patologia intra-abdominal que se manifesta como equimoses ou descoloração dos flancos. Relaciona-se com pancreatite necrosante aguda grave, muitas vezes em associação com o sinal de Cullen (equimose periumbilical).

38
Q
  1. Doença de Hansen
A

É Lepra causada por Mycobacterium leprae (bacilo de incubaçao 5-20anos). Ocorre principalmente em países tropicais

Afeta + pele, mucosa e nervos.
3 manifestações clínicas cardinais são: 
- lesões cutâneas hipopigmentadas, 
- espessamento dos nervos 
- paralisia dos nervos periféricos.
39
Q
  1. Nódulos de Heberden
A

Nódulos de Heberden: dor e espessamento nodular nos lados dorsais das articulações interfalangianas distais, ♀> ♂. Indica osteoartrite (dói em descanso pós-esforço)
As radiografias simples mostram (LOSS): perda de espaço articular (Loss), osteófitos (lOss), esclerose subarticular (loSS) e quistos subcondrais. PCR pode estar um pouco aumentada.

40
Q
  1. Manobra de Heimlich
A

Manobra na qual é aplicada rapidamente pressão sobre o abdómen superior. Esta força é transmitida para o compartimento intratorácico verificando-se um aumento da pressão intrapulmonar, com o objetivo ideal de desalojar o corpo estranho presente nas vias aéreas.
- de pé/com o joelho semi fletido atrás da pessoa
- procuramos o apêndice xifóide, colocamos um punho abaixo do apêndice
xifóide e acima do umbigo
- com a outra mão, seguramos o punho e fazemos uma pressão rápida para
dentro e para cima
- verificar se o corpo estranho é expulso, senão repetir 5 vezes (e ir
intercalando com 5 pancadas interescapulares)

41
Q
  1. Fácies Hipocrática
A
Descrito por Hipócrates, este é um termo para um aspeto facial que anuncia a morte (muitas vezes relacionado com caquexia). Pode ser também observado em situações de doença longa, fome extrema ou defecação excessiva.
Tipicamente descrito (por Hipócrates) com nariz pontiagudo, olhos sem brilho, têmporas caídas, orelhas frias e caídas, com os lobos distorcidos e a pele da cara dura, estirada e seca.
42
Q
  1. Feixe de His
A

O feixe de His, ou feixe atrio-ventricular (AV) é um conjunto de células musculares cardíacas especializadas para transmissão elétrica. Impede condução retrógrada no coração. Filtra potenciais de ação de alta frequência, impedindo que frequências atriais elevadas passem para o miocárdio (impede FA).
Recebe impulsos elétricos do nodo AV e, a nível ventricular, divide-se em dois ramos (ramos de Tawara):
- ramo direito para o ventrículo direito;
- ramo esquerdo, que se divide em ramo anterior e posterior. Estes ramos dão feixes terminais mais curtos, conhecidos por fibras de Purkinje.

43
Q
  1. Reação de Jarish-Herxheimer
A

Reação que ocorre em doentes infetados com espiroquetídeos que iniciam terapêutica antibiótica. Há lixe celular e libertação de toxinas que levam a uma reação aguda, transitória e sistémica com

  • febre e calafrios
  • hipotensão e taquicardia e taquipneia
  • cefaleias
  • leucitose

Tratamento com AINE’s.

44
Q
  1. Lesões de Janeway
A

Lesões características de endocardite infecciosa, tipicamente de fase aguda. Máculas eritematosas pequenas, não dolorosas localizadas nas palmas das mãos e plantas dos pés. Causadas por micro-êmbolos sépticos.

45
Q
  1. Síndrome de Kasabach-Merrit
A

Síndrome raro caraterizado por: tumor vascular de rápido crescimento, marcada trombocitopénia, anemia hemolítica angiopática e coagulopatia consumista (consumptive coagulopathy). Os distúrbios sanguíneos ocorrem pelo uso de plaquetas e de outros elementos da coagulação serem, pelo tumor vascular a ser formado.

46
Q
  1. Anel de Kaiser Fleischer
A

Acumulação de cobre na membrana de Descemet da córnea que resulta em anéis de cor verde-acastanhada na periferia da íris.
São característicos da doença de Wilson, ocorrem em 98% dos doentes, juntamente com sintomas neurológicos.

47
Q
  1. Sinal de Kehr
A

Dor referida no ombro esquerdo, quando o doente está deitado com os joelhos levantados. Associada a irritação peritoneal diafragmática secundária a ruptura esplénica.

48
Q
  1. Sinal de Kernig
A

Sinal indicador de meningite. Teste realizado com o doente deitado, com flexão da coxa. Este teste provoca estiramento das raízes nervosas e meninges, que pode resultar em dor, caso exista meningite.

49
Q
  1. Plexo de Kiesselbach
A

Plexo localizado na porção antero-inferior do septo nasal, formado pela anastomose de 4 artérias: etmoidal anterior, esfenopalatina, palatina maior e labial superior.
Importância: é o local mais comum para epistáxis. (a roxo na imagem)

50
Q
  1. Tumor de Klatskin
A

Também conhecido como colangiocarcinoma perihilar, localiza-se na junção dos ductos hepáticos esquerdo e direito. Representa 50% dos casos de colangiocarcinoma.

51
Q
  1. Manchas de Koplik
A

São pequenos pontos brancos (máculas), com halo eritematoso difuso, que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema. É um sinal patognomônico do SARAMPO e que desaparecem 24 a 48 horas após o início da erupção.

52
Q
  1. Respiração de Kussmaul
A

Compensação respiratória devido a um estado de acidose metabólica - hiperventilação (volume respiratório por minuto que excede as necessidades metabólicas, causando uma alcalose respiratória devido à eliminação excessiva de CO2).
Padrão respiratório que se caracteriza por inspirações profundas, seguidas de um período de apneia e uma expiração rápida e breve, acompanhado por outro período de apneia.
Acidose diabética

53
Q
  1. Sinal de Kussmaul
A

Fenómeno em que a altura do PVJ (pulso venoso jugular) aumenta (=distensão das veias jugulares) durante a inspiração (em vez de diminuir). Acontece devido a uma pressão intratorácica negativa que tenta “puxar” o sangue para o coração direito, ação que é restrita devido a um miocárdio ou a um pericárdio não complacente. Este enchimento deficiente leva a que o fluxo sanguíneo volte para o sistema venoso, fazendo com que a veia jugular se distenda.

Verifica-se na pericardite crónica constritiva, na falência ventricular direita grave (causa mais frequente) e no enfarte ventricular direito. E no embolisms pulmonar massivo

54
Q
  1. Sinal de Lasègue
A

também chamado teste de elevação da perna esticada (SRLT)
Doente em posição supina. O examinador eleva a perna do doente 30o-70o com o joelho em extensão.
Interpretação: o surgimento de dor que irradia para a mesma perna, na zona posterior, abaixo do joelho, indica compressão da raiz nervosa lombar. Esta dor é provocada pela flexão da coxa sobre a bacia. Devido a hérnia do disco lombosagrado

55
Q
  1. Síndroma de Marfan
A

Doença autossómica dominante do tecido conjuntivo, que afeta as microfibrilhas e elastinas do corpo. Associada a distúrbios cardiovasculares (rutura e aneurismas da aorta e prolapso da válvulva mitral), a distúrbios musculo-esqueléticos (estrutura alta, magros, extremidades longas, escoliose), e a distúrbios oculares (deslocação do cristalino).

56
Q
  1. Linhas de Mees
A

Visíveis bandas brancas ao longo das unhas, sinal característico de envenenamento crónico por arsénio ou tálio.

57
Q
  1. Síndroma de Meigs
A

tríade de ascite, efusão pleural e tumor ovário benigno (fibroma, por ex.). Remoção cirúrgica do tumor leva à resolução deste sindrome.

58
Q
  1. Síndroma de Mirizzi
A

Rara complicação de colelitíase, causada por compressão extrínseca do ducto hepático comum por cálculos biliares, levando a inflamação crónica.

59
Q
  1. Mittelschmerz
A

Dor fisiológica pré-ovulatória em mulheres em idade fértil. Também referida como dor ovulatória ou de metade do ciclo. Ocorre em 40% das mulheres férteis.
Causada pelo aumento e ruptura do cisto folicular e contração das trompas de Falópio durante a ovulação, que levam a irritação peritoneal transitória pelo fluido folicular.
Pode mimetizar apendicite

60
Q
  1. Síndrome de Munchausen
A

Condição psiquiátrica em que os pacientes fingem intencionalmente sinais e sintomas (até mesmo automutilação, como por exemplo injetar insulina) para assumir o papel de um paciente doente. Está associado a uma história de exposição significativa a cuidados de saúde e a transtornos de personalidade.

61
Q
  1. Sinal de Nikolsky
A

Sinal indicador de doença bolhosa autoimune. Surge devido a ligeira pressão mecânica na pele (por esfregar) > camada epidérmica superior descola-se da camada inferior > separação da epiderme > bolha.
Presente em Síndrome de Stevens-Johnson, e queimaduras

62
Q
  1. Nódulos de Osler
A

Lesões nodulares dolorosas, tender, e vermelhas que aparecem nas palmas das mãos, dedos e dedos dos pés. Causado por deposição de imunocomplexos e muito associado a endocardite infecciosa mas também pode ser indicativo de lupus sistémico eritematoso, endocardite trombótico não bacteriana e infeção disseminada de gonococcos.
Lesões de Janeway + Nódulos de Osler = patognomónico de endocardite infecciosa

63
Q
  1. Doença de Rendu-Osler-Weber
A

Vasculopatia sistémica autossómica dominante (apenas 1 alelo é necessário) caracterizada por telangiectasias (dilatação de pequenos vasos superficiais) da pele e mucosas, particularmente na área da face (nariz, lábios, língua). Sangue acumula-se nos capilares venosos

Clínica: epistaxis, hemorragia do trato GI, malformações arteriovenosas* pulmonares, hepáticas e cerebrais.

64
Q
  1. Tumor de Pancoast
A

Carcinoma apical do pulmão, efeito de massa do tumor nas estruturas adjacentes.

  • Gânglio estrelado (ou simpático cervical) = Síndrome de Horner (miose ipsilateral, ptose, anidrose)
  • Plexo braquial = neuralgia localizada, défices motores e sensitivos do membro superior
  • Nervo laríngeo recorrente = voz rouca
  • Veia braquiocefálica = edema unilateral do braço, edema da face
  • Nervo frénico = paralisia do hemidiafragma
65
Q
  1. Síndroma de Horner
A

Doença neurológica caracterizada por tríade sintomática de 1 miose (constrição) ipsilateral, 2 ptose & enoftalmia (afundamento do globo ocular dentro da orbita) aparente, e 3 anidrose (não suar) facial.
Causa: compressão do gânglio cervical superior (estralado) ~ tumor Pancoast

66
Q
  1. Sinal de Pemberton
A

Elevação bilateral dos braços que leva a diminuição do diâmetro do opérculo torácico superior. Na existência de bócio mergulhante, pode haver compressão de estruturas levando a estase no território da veia cava superior com ingurgitamento jugular, congestão e cianose facial. Eventualmente pode também resultar em dificuldade respiratória e estridor.

67
Q
  1. Síndroma de Peutz-Jeghers
A

Mutação autossómica dominante de gene supressor de tumor STK11 que causa sardas escuras mucocutáneas nos lábios, mucosa oral, palmas das mãos e plantas dos pés (95% das pessoas têm) e pólipos no trato GI, que podem dar complicações.
Risco aumentado para cancro colorectal, da mama, ovário

68
Q
  1. Síndroma Pickwick
A

Doença em que pessoas com IMC > 30kg/m2 têm hipoventilação relacionada com o sono, hipercapnia diurna e dificuldade respiratória durante o sono.

Clínica: sono agitado, ressonar alto, sonolência, cefaleias. Pode haver dispneia ao longo do dia.

69
Q
  1. Angina de Prinzmetal
A

Angina (dor no peito associado a isquémia do miocárdio) de espasmo (constrição temporária) da artéria coronária. Pode acontecer mesmo em coronárias saudáveis! A dor pode ocorrer sem esforço físico e ocorre tipicamente durante a manhã.
Etiologia: tabaco, cocaína/estimulantes, hiperventilação, stress, exposição ao frio (induz vasoconstrição), outras doenças vasoespásticas (ex. fenómeno de Raynaud, enxaquecas)

  • Não usar bloqueadores beta porque podem induzir a vasoconstrição -
70
Q
  1. Sinal de Quincke
A

Pulso capilar visível quando pressão é aplicada à ponta do dedo na unha. Indica pressão de pulso alta (aumento da diferença entre pressão sistólica e diastólica) e está associado à regurgitação aórtica.

71
Q
  1. Fenómeno de Raynaud
A

Vasoespasmos na mão desencadeados por frio ou stress.
Palidez -> Cianose -> Eritema
Idiopatico ou devido à deposição de complexos imunes (LES), hiperviscosidade (policitemia), d. arterial

72
Q
  1. Sinal de Rumpel-Leede
A

Deteta doenças da hemostase primária e aumento de fragilidade capilar
Procedimento: torniquete é posto no membro superior e a pressão da braçadeira é aumentada para estar entre a pressão sistólica e diastólica do doente. Depois de 5 min, o torniquete é removido. O antebraço é examinado para petéquias.
Teste é positivo se > 10 aparecerem por 2.5 cm2

Causas: Febre dengue hemorrágica, doenças da hemostase primárias (ex. trombocitopénia), aumento de fragilidade capilar (ex. uso prolongado de esteroides), escarlatina, doenças vasculares hemorrágicas (doença Rendu-Osler-Weber, vasculite IgA)

73
Q
  1. Tríade de Saint
A

Colelitíase + diverticulose + hérnia do hiato

~ herniose, uma doença sistémica do tecido conjuntivo

74
Q
  1. Síndroma de Selye
A

Reações inespecíficas ao stress.
1ª fase ALARME: midriase, aum. Fc e Fr, aumento TA
2ª fase RESISTÊNCIA: retorno ao estado basal ou ativação permanente do simpático (patológico)
3ª fase ESGOTAMENTO: fadiga, burnout, exaustão, dim. sist imune, risco CV e DM

75
Q
  1. Síndroma de Snedon
A

Combinação de AVC + livedo reticularis + HTA = Sneddon

Doença progressiva das artérias de pequeno e médio calibre que é caracterizada por oclusões das artérias, levando a uma reduação do fluxo sanguíneo ao cérebro e pele.

76
Q
  1. Sopro de Still
A

Sopro mesossistólico aórtico benigno mais comum nas crianças entre 3-8 anos que desparece por volta da puberdade.

Ocorre por alto volume de ejeção / alta contractilidade.

Aumenta a intensidade quando o paciente está deitado e diminui quando sentado.

Diagnóstico diferencial: defeito do septo ventricular (sopro pansistólico)

77
Q
  1. Síndroma de Tietze
A

Dor benigna localizada na junção costoesternal e costocondral, que agrava com movimento, tosse e espirros. Tenderness (sensibilidade ?) é característico. É mais frequente na segunda costela. Pode haver tumefação e rubor localizado.

Tratamento: analgesia simples (AINEs)

78
Q
  1. Sinal de Tinel
A

Sensação de formigueiro ou dor quando se toca (tapping) no pulso na localização dum nervo irritado/danificado.
Pode indicar síndrome do tunel cárpico mas é um sinal bastante inespecífico.

79
Q
  1. Sinal de Trousseau
A

Procedimento: Insuflar esfigmomanómetro até pressão superior à pressão sistólica que se mantem durante 5 minutos (ou até aparecer o sinal). O sinal é positivo quando há flexão do punho, adução do polegar, flexão das articulações metacarpofalângicas e extensão das articulações interfalângicas. Indica hipocalcémia mas é menos sensível que o sinal de Chvostek (percutir face onde passa nervo facial aka abaixo do pavilhão auricular e há
contração homolateral).
- Este sinal está presente antes de outras manifestações como a hiperreflexia ou tetania.

80
Q
  1. Manobra de Valsava
A

Expiração forçada com uma glote fechada.
↑Pressão intratorácica →↓ retorno venoso → ↓preload → ↓DC

Utilizado para:
- Tratamento de taquicardia supraventricular
- Aumenta sons cardíacos de prolapso da válvula mitral e da HOCM
(miocardiopatia hipertrófica obstrutiva)
- Diminuição de sons cardíacos na estenose aórtica e regurgitação mitral
(menos RV = menos sangue a passar na válvula)

81
Q
  1. Nódulo de Virchow
A

Metastase para o gânglio linfático supraclavicular esquerdo. Estes sãos os primeiros a receber a linfa do ducto torácico enquanto este entra para a circulação venosa através da veia subclávia. Logo este é o sítio mais comum de metastases de carcinoma gástrico.

Sinal de Troisier é o achado clínico de um nódo supraclavicular esquerdo aumentado e rijo.

82
Q
  1. Tríade de Virchow
A

3 componentes que resultam na trombose:

  • Dano endotelial = dano traumático ou inflamatório que leva à ativação de fatores de coagulação através do contacto com colagénio subendotelial exposto.
  • Hipercoagulabilidade = aumento de adesão plaquetar, trombofilia
  • Fluxo sanguíneo anormal = estase favorece trombos venosos e turbulência favorece trombos arteriais.
83
Q
  1. Encefalopatia de Wernicke
A

Deficiência de tiamina (vitamina B1 - Beriberi) com a tríade de confusão, ataxia e oftalmoplegia (paralisia dos músculos extra oculares → nistagmo, reto lateral ou paralisia do olhar conjugado*). Leva a dano cerebral focal.
*Paralisia do olhar conjugado = os 2 olhos não conseguem se mover na mesma direção ao mesmo tempo.

84
Q
  1. Sinal de Westermark
A
Corresponde a hipertransparência focal periférica secundária a diminuição do volume de sangue (oligoemia) para determinada região do pulmão.
Oclusão proximal → oligoemia → colapso do vaso distal ao embolo → deixa de haver tecido mole → hipertransparência
Baixa sensibilidade (só aparece em 11%) e elevada especificidade (92% são positivos para TEP) para diagnóstico de embolismo pulmonar. O RX é normal na maioria dos casos de TEP!
  • Obstrução da artéria pulmonar de grande calibre (mais frequente)
  • Obstrução de diversos vasos com menor calibre