Sinais e Sintomas Flashcards
- Sinal de Allen
Quadro de febre + taquicardia + taquipneia em contexto de TEP
- Pupilas de Argyll Robertson
Pupilas sem reflexo fotomotor (a miose em resposta à luz diretamente no olho), mas que contraem para acomodação a um objeto próximo. Sinaliza alteração neurológica, principalmente Sífilis Neurológica.
(lesão entre o quiasma ótico e a área pré-tectal)
- Reflexo de Arnold
Ativação do reflexo da tosse ao mexer no ouvido externo (estimulação do Nervo de Arnold). É fisiológico, principalmente em crianças. Pode acontecer, por exemplo, em intervenções de ORL para remover cera do ouvido externo.
- Sopro de Austin Flint
Regurgitação aórtica. É um sopro diástólico ou até pelo mato regurgitante que bate na valva mitral, que é mais audível no Ápex Cardíaco.
- Reflexo Bainbridge
Com o aumento do retorno venoso, há um maior estiramento das fibras no Átrio Direito. Este estiramento é detetado pelo Nervo Vago, que vai ativar o centro cardíaco no tronco. Isto aumenta a FC.
- Quisto de Baker
Definição: Quisto rico em líquido sinovial e localizado na região posterior do joelho (mais concretamente na fossa poplítea, entre a cabeça medial do gastrocnémio e o semimembranoso).
Associa-se a lesões traumáticas, inflamatórias ou degenerativas. - por exemplo: artrite reumatóide, osteoartrite, lesões do menisco
Clínica: a maior parte são assintomáticos, quando sintomáticos verifica-se um edema da fossa poplítea associado a dor.
Diagnóstico: normalmente clínico, rx ou eco
Tratamento: quando sintomáticos - tratar a patologia de base que afeta a articulação do joelho, se persistir damos uma injeção intra-articular de glicocorticóides; em último caso é sempre possível fazer a remoção cirúrgica do quisto
Pormenor: em jovens e/ou atletas, a rotura deste quisto é um diagnóstico diferencial muito importante para edema do MI (contra a TVP) - pode mimetizar TVP
- Síndrome de Banti
O principal elemento da Síndrome de Banti é esplenomegália e hiperesplenismo. Isto vai levar a que haja anemia hemolítica, acompanhada de icterícia, leucopenia e trombocitopénia. Por esta última e ainda pelo aumento da pressão venosa Portal, podem ocorrer hemorragias digestivas
Não tem uma causa definida e acaba por mencionar causas mais gerais da hipertensão portal. Mesmo assim, esta síndrome parece vir mais associada a obstruções venosas esplénicas, portais e hepáticas (trombótica ou congénita). Acho que o importante da condição é mesmo a parte esplénico, por isso o mais importante é focar em saber essa parte.
A doença dá também hepatomegália, que depois pode evoluir para cirrose (com os estigmas associados).
- Doença de Barlow
O folheto posterior da válvula mitral está hipermóvel, condicionando uma regurgitação mitral durante a sístole. A isto chama-se prolapso da válvula mitral. A semiologia é caracterizada por um click no inicio da sístole (válvula a inverter) e um sopro ao longo da mesma (sangue a regurgitar do VE para AE). Este sopro é mais audível no foco mitral (5o EIC na linha medio-clavicular) e pode irradiar para a axila esquersa, como todos os sopros mitrais.
- Linhas de Beau
uma linha nas unhas que marca a zona em que houve uma pausa na regeneração das células ungueais. Ocorre por trauma.
- Tríade de Beck
Apresentação do Tamponamento Cardíaco. É composta por Sons Cardíacos hipofonéticos, Ingurjitamento Jugular e Hipotensão Arterial:
● Sons cardíacos hipofonéticos - A acumulação de de líquido no pericárdio vai criar uma barreira sonora extra entre as válvulas e a pele, diminuindo os sons.
● Ingurjitamento Jugular - O tamponamento aumenta a pressão no coração, diminuindo o gradiente de pressão entre as Veias Cavas e a AD. Isto diminui o retorno venoso, levando a congestão. O Ingurjitamento é sinal desta congestão
● Hipotensão Arterial - Com a diminuição do retorno, há também diminuição do volume sistólico, que causa uma diminuição do débito cardíaco. Por sua vez, este diminui a pressão arterial.
- Paralisia/Fenómeno de Bell
Paralisia do nervo facial - dos músculos faciais e incapacidade de fechar o olho totalmente.
- lesão central: quarto inferior da hemiface (AVC)
- lesão periférica: hemiface (paralisia de Bell idiopática)
Fenómeno de Bell: doente desvia o olho para cima e para fora qd fecha o olho, normal é só para cima (vírus herpes zoster, varicela)
- Respiração de Biot
É uma respiração caracterizada por período de apneia seguido de respiração superficial e rápida seguida de período de apneia, o padrão pode ser regular ou irregular. É um consequência de uma lesão neurológica central (que afete o tronco encefálico). As causas podem ser AVC, trauma, meningite e até uso de opióides.
A Cheyne-Stokes: cresce e decresce entre os períodos de apneia e é mais regular (IC congestiva)
A Kussmaul: não tem períodos de apneia e é + rápida e mais profunda (cetoacidose)
- Sinal de Blumberg
Dor à DEScompressão do ponte de MacBurney. Sinal de irritação peritoneal parietal ~ apendicite
- Doença de Bornholm
Doença infecciosa causado por Enterovírus (Coxsackie A, B e Echovírus). O seu principal sinal é a Pleurodinia (com os sinais característicos de dor pleural), daí ser também chamada de Pleurodinia Epidémica. Este sinal tem origem nos espasmos dolorosos que este vírus causa nos músculos da caixa torácica e do abdómen superior. Esta dor pode ser abdominal epigástrica também.
Faz diagnóstico diferencial com as outras muito mais prováveis de dor torácica e abdominal. É mais relevante em crianças e está associada a transmissão entre pessoas.
- Nódulos de Bouchard
Nódulos nas articulações interfalângicas proximais, que podem ser de osso, gelatinosos ou cartilagíneos. Em grande parte, a sua deposição é cálcica e é um sinal importante de Osteoartrite (dói em descanso pós-esforço). Em casos raros, são consequência da acumulação de Ig na sinovial por Artrite Reumatóide.
- Sinal de Branham
Ao fazer pressão na zona da artéria junto a uma fístula arteriovenosa induz-se bradicárdia. Parece estar presente quando os doentes têm uma fístula arteriovenosa em que a artéria consegue ser comprimida externamente.
- Afasia de Broca
Afasia provocada por uma lesão na Área de Broca, na região inferior e lateral do Lobo Frontal Esquerdo. Compreende o discurso, tenta repetir as palavras, mas não consegue.
- Sinal de Brudzinski
Sinal para encontrar meningite. Deita-se o doente. Depois, flete-se a sua cabeça anteriormente levando o queixo em direção ao esterno. Quando há irritação das meninges, a pressão vai fletir os joelhos, para aliviar a dor da irritação.
Outros sintomas de meningite: fotofobia, cefaleias, rigidez do pescoço, vómitos
- Síndrome Bud Chiari
Congestão da circulação ao nível das veias Suprahepáticas. Pode ocorrer por trombose nestas veias ou por compressão externa, como no caso de tumores ou traumas. É uma causa importante de Hipertensão Portal Pós-Hepática (como é tb a IC direita)
Sintomas clássicos: hepatomegália, hipertensão portal, insf hepática, dor abdominal
- Sinal de Buerger
É mais um teste do que um sinal, que vai aferir a existência de Doença Arterial Periférica nos membros inferiores. O doente deitado, eleva-se a perna até 30o - 45o graus durante 1 minuto e vemos se ocorre palidez do membro, isso sinaliza a doença. Quando voltamos a sentar o doente demora mais tempo a voltar à sua cor normal, e é possível que tenha um período de hiperémia reativa marcada.
Na pessoa saudável a 90o a perfusão deve estar mantida.
- Linha de Burton
Linha escura com um tom azulado escuro na gengiva. Sinal de envenenamento crónico por chumbo.
- Sinal de Campbell
Descida da traqueia durante a inspiração, em doentes com DPOC. Este sinal é provavelmente produzido pelo diafragma deprimido, que faz uma “tração para baixo”. Para perceber este sinal colocamos a ponta do dedo indicador na cartilagem tiroideia.
- Sopro de Carey Coombs
sopro que ocorre em doentes com valvulite mitral, normalmente por febre reumática aguda. O sopro é diastólico é ocorre pela passagem do sangue pela válvula espessada devido à inflamação. É mais audível ao nível do ápex e pode irradiar para a axila.
Não tem opening snap como o sopro da estenose mitral.
- Respiração Cheyne Stokes
Respiração rápida profunda e que cresce e decresce e alterna com períodos de apneia. Acompanha-se com períodos de cansaço e fadiga, tosse e ressonar.
Causas: insf cardíaca ~ edema pulmonar agudo, lesões do SNC, aumento pressão intracraniana, viagens a alta altitude
- Síndroma de Chilaiditi
Transposição (temporária ou permanente) de uma zona do cólon entre o fígado e o diafragma. Antes de mais, isto aumenta obviamente o risco de obstrução cólica. Acompanha-se de dor, náuseas, vómitos, mais raramente, oclusão intestinal ou sintomas respiratórios.
Atenção ao diagnóstico diferencial com pneumoperitoneu, derrame pleural e abscesso subfrénico.
- Sinal de Chvostek
Sinal presente em alguns doentes com Hipocalcémia (~ hipoparatiroidismo). Faz-se a percussão do Nervo Facial na zona zigomática e o sinal é positivo se a pessoa tiver um espasmo da face.
- Pulso de Corrigan
É um pulso carotídeo largo e pulsante, associado a:
- Regurgitação aórtica
- Situações de alto débito → sépsis, d. hepática (sangue acumulado da região esplancnica e hepática - menos vol efetivo detetado pelos recetores - compensação) …
- Coartação da Aorta
- Sinal de Cullen
equimoses na região periumbilical devido à hemorragia retroperitoneal associado à pancreatite aguda (leva 24-48 horas para aparecer é bad news porque taxa de mortalidade cresce de 8-10% para 40%) e ruptura de gravidez ectópica
Sinal de Grey-Turner equimose irradia para os flancos)
- Contratura de Dupuytren
Fibromatose progressiva comum que afeta a fáscia palmar, levando à contratura do 4o e 5o dedos, principalmente no sexo masculino. A etiologia principal é o alcoolismo, tb associada a trauma e hipoxia.
- Sinal de Duroziez
Sopro sistólico à auscultação com ligeira pressão na porção proximal da artéria femoral, sopro diastólico se a auscultação for mais distal.
Presente na regurgitação aórtica severa.
- Síndroma de Eisenmenger
Qualquer idade, mas geralmente desenvolve-se durante os estágios finais de defeitos cardiacos congénitos.
Shunt da esquerda para a direita (congénito não cianótico) → Hipertensão pulmonar prolongada → constrição reativa com
remodelação permanente dos vasos pulmonares → hipertensão
pulmonar irreversível → Hipertrofia do ventrículo direito para
compensar a hipertensão pulmonar → aumento da pressão do ventrículo direito e, eventualmente, superação da pressão do ventrículo esquerdo → inversão do fluxo sanguíneo pelo shunt → agora shunt direita-esquerda → início da cianose (em repouso ou durante o exercício) → dedos em baqueta de tambor e policitemia (aumento dos eritocitos)
Isquémia dos tecidos: alt. mental, dor cardíaca, desconforto abdominal e náuseas
- Fetor hepaticus
mau hálito com um cheiro doce e pungente característico, causado por uma acumulação de sulfureto de dimetilo em pacientes com shunt porto-sistémico grave. Sintoma de cirrose.
- Doença de Gaucher
Doença hereditária autossômica recessiva em que défice de β-glucocerebrosidase → acumulação de glucocerebrosídeo no cérebro, fígado, baço e medula óssea
- Características clínicas: Hepatoesplenomegalia, crises ósseas, osteoporose, necrose avascular do fêmur, hiperesplenismo: anemia, trombocitopenia, pancitopenia