Semiologia Flashcards
Aparelho respiratório
O sistema respiratório é dividido em geral, em trato respiratório superior e trato respiratório inferior. Respectivamente:
Compartimento nasofaringolaríngeo; compartimentos traqueobrônquico e alveolar.
As vias respiratórias superiores, além de servirem como conduto respiratório, desempenham papel de condicionador do ar inspirado, fazendo com que ele chegue aos locais de trocas gasosas em uma temperatura de aproximadamente 37ºC. Cabe-lhes, também, umidificar e filtrar o ar na sua passagem. Quais os 5 componentes das vias respiratórias superiores?
Fossas nasais; Nasofaringe; Orofaringe; Laringofaringe; Laringe.
O tórax, esse arcabouço osteomuscular externo aloja 4 estruturas. Quais são?
Coração;
Pulmões;
Pleuras;
Estruturas do mediastino.
O que é o triângulo de segurança?
Ponto de referência no tórax. Sendo denominado dessa maneira por ser um local seguro para a drenagem torácica, e a drenagem nessa área minimiza o risco de lesão da artéria torácica interna e evita lesão do tecido mamário.
Essa área é marcada pela borda anterior do músculo grande dorsal, borda lateral do peitoral maior e uma linha horizontal que passa pelo mamilo.
O que é Drenagem torácica?
O dreno torácico consiste num tubo que é inserido no tórax para drenagem de gases ou secreções. .A drenagem torácica restabelece a pressão negativa pulmonar, remove ar ou líquidos do espaço pleural, permite a expansão pulmonar e impede que o refluxo do material drenado volte ao tórax.
O trato respiratório inferior se estende da ____________ às porções mais distais do __________ __________. Qual a função primária das vias respiratórias?
traqueia; parênquima pulmonar.
É conduzir o ar para a superfície alveolar, local em que a transferência gasosa ocorre entre o gás inspirado e o sangue dos capilares alveolares.
A via respiratória inferior pode ser dividida em 3 zonas (C,T e R). Explique as três zonas.
Z. Condutora: vias respiratórias de paredes grossas para não possibilitar a difusão dos gases. Incluem a traqueia, os brônquios e os bronquíolos membranosos. Porção não parenquimatosa do pulmão.
Z. de Transição: realiza funções condutoras e respiratórias e consiste em bronquíolos respiratórios e ductos alveolares.
Z. Respiratória: composta somente de alveólos e tem função exclusivamente respiratória.
Quais zonas constituem o parênquima pulmonar?
Z. de Transição + Z. Respiratória.
Qual a menor unidade fundamental do parênquima parênquima pulmonar, do ponto de vista histológico?
Lóbulo pulmonar primário = consiste em todos os ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos em conjunto com seus vaso sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo distal ao último bronquíolo respiratório.
Qual a porção pulmonar utilizada para a radiologia, vista na tomografia de tórax de alta resolução para avaliar padrões de distribuição em auxílio ao diagnóstico diferencial das doenças pulmonares?
Lóbulo pulmonar secundário.
Durante muitos anos, os pulmões foram divididos apenas em lobos, porções de pulmão envolvidas por pleura: o pulmão direito com três lobos, superior, médio e inferior, e o esquerdo com dois, o superior e o inferior. Estudos anatômicos posteriores mostraram que os lobos dividiam-se em unidades menores:
- os segmentos broncopulmonares. A forma dos segmentos broncopulmonares é piramidal, com a
base voltada para a periferia e o vértice para o hilo. São separados entre si por uma camada de tecido conjuntivo. Seu pedículo é formado por um brônquio (brônquio segmentar) e por artérias, veias, linfáticos e nervos.
Quais são os dois sistemas que compõem a circulação pulmonar?
A grande e a pequena circulação, isto é, a circulação geral e a própria, a da artéria pulmonar e a das artérias brônquicas.
A respiração compreende quatro processos cuja finalidade é a transferência de O2 do exterior até o nível celular e a eliminação de C02, transportado no sentido inverso. Quais são esses 4 processos?
Ventilação - Trocas gasosas - Transporte sanguíneo dos gases - Respiração celular.
Explique Ventilação Pulmonar.
Seu objetivo é levar o ar até os alvéolos, distribuindo-o adequadamente, de tal maneira que, ao entrar em contato com o sangue dos capilares pulmonares, possa processar-se a etapa seguinte- as trocas gasosas.
Explique trocas gasosas.
Por diferença da pressão parcial dos gases envolvidos (02 e C02), no alvéolo e no sangue, ocorre a passagem dos mesmos através da membrana alveolocapilar.
Explique transporte sanguíneo dos gases.
Tanto na etapa anterior quanto nesta é importante a interação dos processos respiratórios com o sistema circulatório. A circulação sistêmica promove a distribuição periférica do oxigênio e a extração do C02
, havendo a participação de múltiplos mecanismos, tais
como captação de 02 pela hemoglobina, sistemas tampões, além de outros.
Explique Respiração Pulmonar.
É a etapa terminal de todo o processo e sua finalidade
maior. Por meio da respiração celular, consubstancia-se a utilização celular do oxigênio por meio das cadeias enzimáticas mitocondriais.
Em um indivíduo saudável, na posição ortostática, encontra-se predomínio da perfusão sanguínea nas bases pulmonares, que diminui gradativamente em
direção aos ápices. Assim como a perfusão, a ventilação também não é uniforme, havendo evidências de ser menor nos alvéolos dos ápices do que nas bases pulmonares. As alterações da relação ventilação/perfusão podem ser:
Efeito shunt: o alvéolo está hipoventilado e normalmente perfundido;
Shunt: o alvéolo não está ventilado, mas continua perfundido (p. ex., alvéolo atelectasiado);
Efeito espaço morto: seria o volume de ar alveolar que não participa das trocas gasosas na hipoperfusão do alvéolo, que, no entanto, está normoventilado;
Espaço morto: alvéolo não perfundido, porém, ventilado.
As alterações da relação ventilação/perfusão levam
as consequências?
Hipoxemia predominantemente (efeito shunt); Produção de hipercapnia (efeito espaço morto) .
O que é hipercapnia?
Presença de altas doses de CO2 no sangue.
O que é hipoxemia?
Insuficiência de 02 no sangue.
(V ou F) No diagnóstico das doenças do sistema respiratório, a anamnese tem grande destaque. Além disso, este é o momento decisivo na relação médico-paciente.
V.
(V ou F) História da doença atual é a meta principal da anamnese. No primeiro momento, o médico deixa o paciente falar livremente, sem interrompê-lo. Não deve escrever continuamente enquanto o paciente relata
sua história, tentando registrar tudo de uma só vez e de
maneira definitiva. Convém anotar as principais ocorrências durante as pausas que o paciente ou o acompanhante concede, quando o fazem.
V.
(V ou F) Estatisticamente, a tuberculose e a sarcoidose predominam entre os negros. As colagenoses são mais comuns entre os caucasianos.
V.
(V ou F) O tabagismo apresenta relações diretas com a bronquite, a asma, o enfisema e o carcinoma brônquico.
V.
(V OU F) O etilismo não é fator decisivo na eclosão de determinadas pneumonias, como as causadas pela Klebsiella. Pacientes que fazem da nebulização um hábito, e não um método terapêutico, correm maior risco de exacerbar a atividade de certas bactérias, particularmente as do grupo Pseudomonas-Aerobacter.
Superdose de heroína provoca edema pulmonar.
F. O etilismo é um fator decisivo.
O que é COR PULMONALE ?
É o aumento do ventrículo direito secundário à pneumopatia, o qual provoca hipertensão arterial pulmonar, sucedida por insuficiência ventricular direita. Segue-se insuficiência ventricular direita. Os achados são edema periférico, distensão das veias do pescoço, hepatomegalia e impulso paraesternal.
O que é Síndrome de Pickwick ?
A Síndrome da Hipoventilação Alveolar da Obesidade (SHAO) é um distúrbio respiratório caracterizado pelo binômio obesidade (IMC>30 kg/m²) + hipercapnia (PaCO2>45 mmHg), na ausência de outros transtornos como causa principal.
(V ou F) Os principais sintomas e sinais das afecções do aparelho respiratório são: dor torácica, tosse, expectoração, hemoptise, vômica, dispneia, sibilância, rouquidão e cornagem.
V.
(V ou F) São inúmeras as causas de dor no tórax. A isquemia do miocárdio manifestada pelo quadro de angina do peito ou de infarto do miocárdio, as pleurites, as alterações musculoesqueléticas, as disfunções do esôfago e as afecções pericárdicas são as causas
mais comuns.
V.
(V ou F) Para se compreender a fisiopatologia da dor, é conveniente considerá-la sob quatro características básicas: localização, irradiação e referência e temperatura.
F. Apenas 3 características: localização, irradiação e referência. A temperatura não se enquadra na fisiopatologia da dor.
O que são PLEURITES ?
Pleurisia, também denominada pleurite, é uma inflamação da membrana que envolve os pulmões e reveste a cavidade torácica, denominada pleura.
Explicite PLEURITE.
As pleurites ou pleurisias são importantes causas de dor
torácica. Em geral, a dor vem acompanhada de tosse seca de timbre alto. Pode ocorrer febre e, em certa fase da doença,surgir dispneia. A dor costuma ser aguda, intensa e em pontada (“dor pleuríticà’). O paciente a localiza com precisão e facilidade. Sua área é pequena, bem delimitada, e ela não se irradia, podendo o paciente cobri-la com a polpa de um dedo, ou fazer menção de agarrá-la sob as costelas com os dedos semifletidos. A dor aumenta com a tosse, o que faz
o paciente reprimi-la, o mesmo acontecendo com os movimentos do tórax. Nem sempre o decúbito sobre o lado da dor proporciona alívio. Em muitos casos de pleurite, quando a dor desaparece, surge a dispneia; isso significa que o derrame se instalou.
O que é DERRAME PLEURAL ?
O derrame pleural, ou água na pleura, é caracterizado pelo acúmulo excessivo de líquido no espaço entre a pleura visceral e a pleura parietal.
O que é DISPNEIA ?
Dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente associada a doença cardíaca ou pulmonar.
Dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente associada a doença cardíaca ou pulmonar.
V.
(V ou F) Tendo em vista que as pneumonias alveolares (bacterianas) iniciam-se na periferia dos lobos, estruturas em estreito contato com a pleura parietal, as características semiológicas da dor nesses casos são as mesmas das pleurites.
V.
(V ou F) A dor no pneumotórax espontâneo benigno dos jovens é inconfundível- súbita, aguda e intensa. O paciente quase sempre a compara a tremores. Acompanha-se de dispneia, de maior ou menor intensidade, dependendo da pressão na
cavidade pleural. Há queixa de febre, e a dor surpreende o paciente em plena saúde, na imensa maioria das vezes.
F. O paciente compara a uma apunhalada; Não há queixa de febre.
(V ou F) O infarto pulmonar cortical, parietal ou diafragmático, provoca dor muito parecida com a das pleurites e das pneumonias. A concomitância de doença emboligênica (trombose venosa profunda e trombose intracavitária) até então não identificada contribui decisivamente para o diagnóstico de infarto pulmonar.
V.
(V ou F) A sensação dolorosa provocada pelas viroses respiratórias é bem diferente. O paciente queixa-se de dor difusa, como um desconforto, quase sempre de localização retroesternal, que se exacerba com a tosse, que é seca.
(V ou F) Nas laringotraqueítes e nas traqueobronquites agudas, o paciente localiza a dor respectivamente na laringe e na traqueia, colocando a mão espalmada sobre o esterno.
(V ou F) A dor mediastínica, que surge principalmente nas neoplasias benignas da região, é uma sensação dolorosa profunda, sem localização precisa (mas que varia com a sede da neoplasia), surda e mal definida.
V, V e F(malignas).
(V ou F) A dor de angina do peito clássica aparece após esforço, quando o paciente anda ou faz algum exercício, após alimentação abundante ou quando sofre grandes emoções. Consiste em uma sensação de aperto e opressão. Sua duração é de alguns minutos, cessando com a interrupção do esforço que a provocou ou com o uso de vasodilatadores coronários. A dor do infarto de miocárdio dura horas e não melhora com coronariodilatadores.
V.
(V ou F) Na pericardite, a dor não se confunde com a angina, dela se diferenciando por não ser desencadeada por esforço, pela sua menor intensidade, por haver atrito, por não se irradiar e acompanhar-se frequentemente de quadro infeccioso como o
da pleurite. Os pacientes com pericardite às vezes assumem a “posição ortostática’.
F. Os pacientes com pericardite assumem a “posição de prece maometana”.
A respeito da tosse, explicite sua relação sobre o sistema respiratório.
A tosse é o mais significativo e frequente sintoma respiratório. Consiste em uma inspiração rápida e profunda, seguida de fechamento da glote, contração
dos músculos expiratórios, principalmente o diafragma, terminando com uma expiração forçada, após abertura súbita da glote. A última parte da tosse- a expiração forçada- constitui um mecanismo expulsivo de grande importância para as vias respiratórias. A tosse resulta de estimulação dos receptores da mucosa das vias respiratórias. Os estímulos podem ser de natureza inflamatória (hiperemia, edema, secreções e
ulcerações), mecânica (poeira, corpo estranho, aumento ou diminuição da pressão pleural como ocorre nos derrames e nas atelectasias), química (gases irritantes) e térmica (frio ou calor excessivo).
Quais as características clínicas que envolvem a investigação da tosse?
Frequência, intensidade, tonalidade, existência ou não de expectoração, relações com o decúbito, período do dia em que é maior sua intensidade.
(V ou F) A tosse pode ser produtiva ou úmida, acompanhada de secreção, não devendo nesses casos ser combatida; ou seca, quando é inútil, causando apenas irritação das vias respiratórias.
(V ou F) A tosse quintosa caracteriza-se por surgir em acessos, geralmente pela madrugada, com intervalos curtos de acalmia, acompanhada de vômitos e sensação de asfixia. Embora seja característica da coqueluche, ocorre também em outras afecções broncopulmonares.
V e V.
Explique TOSSE SÍNCOPE.
Denomina-se tosse-síncope aquela que, após crise intensa, resulta na perda de consciência.
Explique TOSSE BITONAL.
A tosse bitonal deve-se a paresia ou paralisia de uma das cordas vocais, que pode significar comprometimento do nervo laríngeo inferior (recorrente), situado à esquerda no mediastino médio inferior.
(V ou F) A tosse rouca é própria da laringite crônica, comum nos tabagistas.
(V ou F) Tosse reprimida é aquela que o paciente evita, em razão da dor torácica ou abdominal que ela provoca, como acontece no início das pleuropneumopatias, no pneumotórax espontâneo, nas neuralgias intercostais, nos traumatismos toracoabdominais e nas fraturas de costela.
V e V.
Há pacientes que apresentam tosse ou seu equivalente, o pigarro, quando em situações que implicam certa tensão emocional (__________), como reuniões e falar em público. Esse tipo de tosse é um diagnóstico de exclusão.
(TOSSE PSICOGÊNICA).
Explicite EXPECTORAÇÃO.
Na maioria das vezes, a expectoração costuma
ser consequência da tosse. Sua constatação é o primeiro passo para diferenciar uma síndrome brônquica de uma síndrome pleural.
As características semiológicas da expectoração compreendem o volume, a cor, o odor, a transparência e a consistência. Não se deve esquecer que as mulheres e as crianças têm o costume de deglutir a expectoração.
As características do escarro dependem de sua composição. Quais os tipos de escarro?
O seroso contém água, eletrólitos, proteínas e é pobre em células;
O mucoide, embora contenha muita água, proteínas, inclusive mucoproteínas, eletrólitos, apresenta celularidade baixa;
O purulento é rico em piócitos e tem celularidade
alta;
No hemoptoico, observam-se “rajas de sangue’’.
(V ou F) A expectoração do edema pulmonar agudo é bem característica, tendo aspecto seroso, rico em espuma. Ocasionalmente apresenta coloração rósea.
(V ou F) A expectoração do asmático é mucoide, com alta viscosidade, aderindo às paredes do recipiente que a contém, lembrando a clara de ovo; ela marca o término da crise asmática. Sua riqueza em eosinófilos é bem característica. Nestes casos, às vezes, encontram-se pequenas formações sólidas, brancas e
arredondadas, justificando a expressão “escarro perolado’: dos asmáticos.
(V ou F) Nas formas iniciais de bronquite, a expectoração é mucoide. O paciente portador de DPOC tipo “magro” (PP = pinker puffer) quase não expectora, em oposição ao “gordo” (BB = blue bloater), que o faz quase constantemente.
(V ou F) No paciente bronquítico crônico, quando o escarro muda de aspecto, passando de mucoide para mucopurulento ou purulento, é sinal de infecção. Essa mudança denuncia, na maioria das vezes, a participação de germes como pneumococos e hemófilos.
(V ou F) A expectoração é um divisor de águas importante que muito contribui para diferenciar as lesões alveolares (pneumonias bacterianas) das intersticiais (pneumonias virais). No início das pneumonias bacterianas, não existe expectoração ou
ela é discreta. Após algumas horas ou dias, surge uma secreção abundante, amarelo-esverdeada, pegajosa e densa.
(V ou F) A expectoração, na tuberculose pulmonar, na maioria das vezes contém sangue desde o início da doença. Costuma ser francamente purulenta, com aspecto numular, inodora e aderindo às paredes do recipiente.
Todas V.
Explique HEMOPTISE.
A hemoptise é a eliminação de sangue pela boca,
passando através da glote.
As hemoptises podem ser devidas a hemorragias brônquicas ou alveolares, explique-as.
Nas hemoptises de origem brônquica, o mecanismo é a
ruptura de vasos previamente sãos, como ocorre no carcinoma brônquico, ou de vasos anormais, dilatados, neoformados, como sucede nas bronquiectasias e na tuberculose.
Nas hemorragias de origem alveolar, a causa é a ruptura de capilares ou transudação de sangue, sem que haja solução de continuidade no endotélio.
Explique ANEURISMA DE RASMUSSEN.
Aneurisma de Rasmussen (AR) é descrito como uma erosão da adventícia e média de uma artéria brônquica que dilata para o interior de uma cavidade pulmonar levando a hemoptise maciça. Embora pouco freqüente, a formação aneurismática é encontrada em pacientes com tuberculose pulmonar.
EM RELAÇÃO À HEMOPTISE:
(V ou F) A ausculta muitas vezes possibilita determinar o
local de origem do sangue eliminado.
A radiografia do tórax deve ser feita logo que as condições do paciente a viabilizem. O exame broncoscópico é obrigatório mesmo durante o episódio de sangramento, atendendo-se, naturalmente, às características particulares de cada caso.
V.
HEMOPTISE, EPISTAXE E HEMATÊMESE.
Deve-se iniciar o diagnóstico diferencial partindo das vias respiratórias superiores. Hemorragias nasais podem confundir-se com hemoptises, embora seja fácil diferenciá-las após rinoscopia anterior. As epistaxes são devidas a traumatismos, manipulações e espirros. As rinorragias dependem de modificações intrínsecas nas regiões hemorragíparas de Kiesselbach. Em ambos os casos, antes de ser eliminado, o sangue, ao descer pela laringe, provoca tosse, com sensação de asfixia, o que pode confundir o médico.
A hematêmese é a hemorragia que mais facilmente se confunde com as hemoptises. Na hematêmese, o sangue eliminado tem aspecto de borra de café, podendo conter ou não restos alimentares, de odor ácido, e não é arejado. Na história pregressa desses pacientes, na maioria das vezes, há referência a
úlcera gastroduodenal, esofagite ou melena. Quando as hematêmeses são de grande volume, o diagnóstico diferencial torna-se difícil.
VÔMICA.
É a eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma quantidade abundante de pus ou líquido
de outra natureza .
Pode ser única ou fracionada, proveniente do tórax ou do abdome. Na maioria das vezes, origina-se de abscessos ou cistos nem sempre localizados no tórax, mas que drenam para os brônquios.
Suas causas mais frequentes são o abscesso pulmonar, o empiema, as mediastinites supuradas e o abscesso subfrênico.
DISPNEIA.
É a dificuldade para respirar, podendo o
paciente ter ou não consciência desse estado. Será subjetiva quando só for percebida pelo paciente, e objetiva quando se fizer acompanhar de manifestações que a evidenciam ao exame físico. A dispneia subjetiva nem sempre é confirmada pelos médicos, e a objetiva nem sempre é admitida pelo paciente.
Relacionando a dispneia com as atividades físicas, pode-se classificá-la em dispneia aos grandes, médios e pequenos esforços.
Dispneia de repouso é a dificuldade respiratória mesmo em repouso. A dispneia pode acompanhar-se de taquipneia (frequência aumentada) ou hiperpneia (amplitude aumentada).