Revisão Sistemática e Metanálise Flashcards
Qual o melhor tipo de estudo pra tomada de decisão clínica?
Revisão Sistemática
Quando a Revisão Sistemática não precisa passar por avaliação crítica?
Revisão Sistemática Cochrane
O que é uma Revisão Sistemática? (Resumidamente)
É a análise de um conjunto de estudos, principalmente Ensaios Clínicos Randomizados, mas pode ser Coorte, Caso Controle. Dependendo do tipo de estudo que a Revisão Sistemática vai analisar, há diferentes métodos para prosseguir
O que é um estudo primário e um estudo secundário?
Estudos primários: Caso Controle, Coorte Prospectivo, Coorte Retrospectivo, Ensaio Clínico Randomizado (lidam com as pessoas diretamente)
Estudos Secundários: Revisão Sistemática (analisa os estudos primários) - toda síntese é um estudo secundário
Indique o principal tipo de estudo necessário para sanar cada um dos problemas clínicos a seguir:
- Tratamento e prevenção
- Acurácia de um teste diagnóstico
- Prognóstico
- Fator de Risco
- Segurança/Eventos Adversos
- ECR ou Revisão Sistemática de Ensaios Clínicos Randomizados
- Estudos de Acurácia
- Coorte Prospectivo
- Coorte Prospectivo
- ECR ou Observacionais
Objetivos de uma Revisão Sistemática
- Unir vários pequenos estudos e unir os pequenos resultados em um grande resultado (metanálise)
- Quando os resultados dos trabalhos existentes são contraditórios
- Necessidade de urgência na resposta da pergunta clínica
- tratamentos que ficam em uso por longos períodos antes que se perceba que eles
podem trazer mais malefícios do que benefícios
Qual a diferença entre Revisão Sistemática e Narrativa?
Revisão Narrativa: Com ela, não se toma uma decisão clínica, pois ela não tem método. Não tem avaliação crítica ( de risco e viés)
Revisão Sistemática: Ajuda na decisão clínica e tem método
Qual a diferença entre Revisão Sistemática e Metanálise?
Metanálise NÃO é um desenho de estudo, é uma análise estatística. Método estatístico para agrupar os resultados dos estudos encontrados na revisão,
quando possível.
Revisão Sistemática: Método de estudo. Coletar, analisar e manter atualizados resultados de pesquisas com metodologia clara e reprodutível.
Para realizar uma metanálise, deve-se ter antes uma Revisão Sistemática
Qual o método de estudo utilizado na Revisão Sistemática?
PRISMA: composto por um check-list, significa Principais Itens para Relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises
Quais as perguntas do PRISMA?
- Definição da pergunta de forma estruturada (PICO) e Publicação de Prontocolo
- Busca na literatura
- Seleção dos estudos que preencham os critérios de inclusão
- Avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos (estimativa do risco de viés
de cada estudo) - Somatória dos resultados dos estudos, quando possível (Metanálise- parte numérica, quantitativa, como valor de p, intervalo de confiança…)
- Avaliação do corpo da evidência - GRADE avaliação tanto das análises quantitativas quanto qualitativas
- Interpretação dos resultados
Quais os critérios para seleção de busca?
o Leitura dos títulos e resumos capturados na busca
o 2 revisores independentes
o Leitura do artigo completo dos estudos selecionados
o Reunião de consenso ou terceiro revisor
o Plataforma Rayyan
Ler o título de todos e excluir os não condizentes, além de precisar ser um Ensaio Clínico Randomizado. Não tem restrição de data, idioma…
Isso se faz 2 pessoas cada uma vai escolher os estudos que acha condizentes através de mascaramento. Depois os escolhidos serão expostos para as 2. Se ocorrer conflitos, Uma 3º pessoa será chamada para escolher os estudos que devem ou não ficar dos escolhidos
Como avaliar a qualidade metodológica?
• Avalia do risco de viés dos estudos incluídos
• VIÉS → Erro sistemático, ou desvio da verdade, que podem influenciar os resultados e
conclusões de um estudo. É MEDIDO EM CADA UM DOS DOMÍNIOS
• Ferramenta Cochrane (RoB) → 7 DOMÍNIOS
• Dois autores independentes
• Em caso de discordância, terceiro autor
• Se necessário, contato com os autores dos estudos incluídos
7 Domínios
• Geração da sequência de randomização
• Sigilo de alocação (envelopes opacos selados)
• Mascaramento dos participantes e da equipe
• Mascaramento dos avaliadores dos desfechos
• Dados faltantes/perdas (até 20% e DEVE ser equilibrada)
• Relato seletivo
• Outras fontes de viés
Quais os dois principais tipos de desfecho na metanálise?
- Dados dicotômicos → (binário) onde o desfecho de cada indivíduo é um de apenas duas
categorias, “sim” ou “não”, por exemplo, melhora clínica ou não, ocorrência de um evento adverso
ou não. Para a metanálise de desfechos clínicos dicotômicos é necessário o número de eventos
e o tamanho da amostra de cada grupo. - Dados contínuos → o desfecho de cada indivíduo é mensurado gradualmente, por exemplo, a
intensidade da dor, avaliada pela escala analógica visual. Para a metanálise dos desfechos
clínicos contínuos são necessários, em cada grupo, média, desvio padrão e tamanho da amostra.
Quando o desfecho de interesse é DICOTÔMICO, as estimativas de efeito mais
comumente utilizadas são:
• Risco relativo (RR) (“Risk ratio”): é a razão entre probabilidade (risco) de que um
determinado evento ocorra entre o grupo intervenção e o grupo controle.
• Razão de chance (OR) (“Odds ratio”): é a razão entre a chance (“odds”) de ocorrência
de um determinado evento no grupo intervenção e no grupo controle.
• Diferença de risco (DR) (“Risk difference”): é a diferença entre os riscos observados
(proporção de indivíduos com o desfecho de interesse) nos dois grupos. A diferença de
risco pode ser calculada para qualquer estudo, mesmo quando não há eventos em ambos
os grupos.
Quando o desfecho de interesse é CONTÍNUO, as estimativas de efeito mais comumente utilizadas são:
• Diferença média (DM) (“Mean Difference”): é a estatística que mede a diferença
absoluta entre o valor médio de dois grupos em um ensaio clínico. Estima o quanto a
intervenção experimental pode modificar o desfecho, em média, em comparação com o
grupo controle. Pode ser utilizada na metanálise, quando as mensurações do desfecho
em todos os estudos são feitas na mesma escala.
• Diferença média padronizada (DMP) (“Standard Mean Difference”): é a estatística
utilizada na metanálise, quando os estudos avaliam o mesmo desfecho, porém mensurado
por diferentes escalas (por exemplo, todos os estudos avaliam a depressão, mas usam
diferentes escalas psicométricas). É necessário então padronizar os desfechos dos
estudos para uma escala uniforme antes que eles sejam combinados.