Resposta endócrina, metabólica e imunológica ao trauma Flashcards
Situações que levam a resposta:
Trauma;
Infecção;
Cirurgia.
Armazém principal de glicose do corpo:
Glicogênio do fígado que sofre glicogenólise. Quando acaba ocorre a gliconeogênese, que produz glicose a partir de outros substratos.
Como ocorre a ativação do cortisol?
Quando esses estímulos alcançam o SNC (hipotálamo), provocam a liberação do Hormônio Liberador da Corticotrofina (CRF); este, por sua vez, estimula a síntese e secreção de Hormônio Adrenocorticotrófico ou Corticotrofina (ACTH) pela adeno-hipófise. Citocinas pró-inflamatórias, colecistoquinina, Hormônio Antidiurético (ADH), peptídeo intestinal vasoativo, catecolaminas, dor e ansiedade, parecem também contribuir para o aumento do ACTH. O ACTH atua no córtex da suprarrenal estimulando a produção de cortisol.
Funções do cortisol:
Lipólise e catabolismo tecidual.
Os níveis de cortisol permanecem elevados de duas a cinco vezes o normal por no mínimo 24 horas em cirurgias de grande porte, porém não complicadas. V ou F?
V.
Função das catecolaminas:
Vasoconstrição, as funções metabólicas, como estímulo à glicogenólise, à gliconeogênese e à lipólise. As catecolaminas e os opioides endógenos são os responsáveis por atonia intestinal pós-operatória; além disso, o neurohormônio adrenérgico leva à piloereção, à broncodilatação, ao aumento da frequência cardíaca e ao relaxamento esfincteriano.
Na presença de trauma, a insuficiência suprarrenal inicialmente subclínica pode manifestarse, sendo responsável por hipertensão ou choque. V ou F?
F. Hipotensão.
As catecolaminas urinárias permanecem elevadas por ………… horas após cirurgias eletivas não complicadas.
48-72 HORAS.
É natural encontrarmos certa retenção hídrica no pósoperatório, justificando uma queda do débito urinário a despeito de hidratação adequada (oligúria funcional, com menos 30 ml/h de diurese) e edema de ferida operatória. V ou F?
V. O ADH promove reabsorção de água pelo segmento medular dos túbulos coletores Em cirurgias não complicadas, o hormônio permanece elevado por cerca de uma semana após o ato operatório. Os níveis elevados de ADH também estimulam dois importantes processos metabólicos: glicogenólise e gliconeogênese. o ADH determina vasoconstrição esplâncnica.
Produzido pelo núcleo supraóptico do hipotálamo e armazenado pela neuro-hipófise, o ADH tem sua secreção aumentada no trauma
Importância da aldosterona na resposta:
Mineralocorticoide sintetizado na zona glomerulosa da suprarrenal, a aldosterona é liberada por ação da angiotensina II e por elevação do potássio no soro (lesões teciduais). Sendo assim, existe no pósoperatório uma tendência natural à alcalose metabólica. Em alguns pacientes, a presença de drenagem nasogástrica (que acen
tuaa alcalose metabólica), somada à hiperventilação anestésica e ao aumento da frequência respiratória produzida pela dor, promove um fenômeno conhecido como alcalose mista do pós-operatório.
Glucagon na resposta a cirurgia:
Aumenta. Produzido pelas células alfa do pâncreas endócrino, tem seus níveis elevados no trauma, sendo o principal mediador responsável pela gliconeogênese hepática. O cortisol parece exercer um efeito permissivo à ação do glucagon.
Valores tireoideanos na resposta a cirurgia:
TSH normal( mais comum) ou reduzido; Os níveis totais de T4 estão diminuídos, embora a fração livre esteja preservada, o que faz com que o paciente permaneça eutireoideo. A conversão periférica de T4 em T3 está reduzida, o que justifica os baixos níveis de T3 total.
Do ponto de vista clínico, somente a PTNC reativa tem sido empregada como marcador da resposta ao trauma. V ou F?
V. PCR.
É possível modificar as respostas pós-operatórias ?
Sim. Videolaparoscopia, Outro dado interessante consiste no bloqueio eficaz das vias aferentes com a anestesia epidural, reduzindo valores de cortisol por exemplo em relação a anestesia geral.
Quem causa atonia intestinal pós-operatória?
Catecolaminas e opioides endógenos.
Quem causa elevação discreta na temperatura pós-operatório?
IL-1
Quem causa anorexia?
TNFA
Fases do metabolismo após traumatismos acidentais graves e pós-operatórios:
Fase adrenérgica corticoide;
Fase anabólica precoce;
Fase anabólica tardia;
É o período inicial após procedimentos cirúrgicos. Nesta fase, as alterações promovidas pelas catecolaminas e pelo cortisol são mais intensas. A detecção de mediadores pró-inflamatórios é máxima. A taxa de gliconeogênese, a síntese de proteínas de fase aguda, a atividade imune das células de defesa e o balanço negativo de nitrogênio também atingem níveis insuperáveis. A lipólise também se encontra exacerbada, com liberação de ácidos graxos, e sua posterior oxidação pelos tecidos, e glicerol, para ser utilizado como substrato no processo de gliconeogênese
Fase adrenérgica-corticoide.
A fase adrenérgica-corticoide dura:
6-8 dias em cirurgias não complicadas e semanas em complicada.
A ação anabólica do IGF-1 começa a se fazer presente. A diminuição dos teores de ADH promove diurese de água retida. O paciente manifesta desejo de se alimentar, fenômeno que reflete uma redução dos níveis de TNF-α. Após um período variável, os pacientes entram em um balanço nitrogenado positivo, representado por síntese proteica e ganho de massa corporal magra (até 100 g/dia) e peso. Fase:
Fase anabólica precoce.
Nesse período, o paciente apresenta um ganho ponderal mais lento, principalmente à custa de tecido adiposo; este fenômeno é conhecido como balanço positivo de carbono. A duração desta fase pode durar de meses a anos. Fase:
Fase anabólica tardia.
Resposta no acidente:
A proteólise descontrolada leva a um comprometimento da musculatura diafragmática (utilização contínua de aminoácidos para a gliconeogênese).
A persistência da lipólise pode determinar a formação de microêmbolos gordurosos, agravada pelo decúbito dorsal e imobilidade do paciente. A acidose metabólica pode advir, após um período inicial de alcalose mista.
O empilhamento de hemácias, os fenômenos trombóticos e distúrbios da coagulação sanguínea podem se instalar. A insuficiência renal e a síndrome do desconforto respiratório agudo são complicações desta cascata de eventos. A disfunção de múltiplos órgãos aparece então como circunstância final de uma evolução prolongada de processos traumáticos graves e persistentes.
Fase inicial do trauma:
Baixo fluxo ou Ebb phase.