Resposta endócrina e metabólica ao trauma Flashcards
- A resposta a um trauma varia de acordo com…
2. Quais são os tipos de respostas a fim de manter a hemostasia?
- a intensidade do trauma e a idade do paciente (são piores em crianças e idosos).
- As respostas envolvem mediadores humorais, hormônios, alteração inflamatória, endócrina, imunológica e neural.
No processo cirúrgico estão presentes quais tipos de trauma?
O trauma da incisão e o das drogas anestésicas, esse último é ainda maior do que o cirúrgico.
Cirurgias muito invasivas fazem uma agressão bem maior, devido a perda de líquido e outras causas. Além disso, quanto mais agressivo, maior a resposta.
Um trauma possui efeitos imediatos e tardios. Quais são eles?
Os imediatos são os que ocorrem no momento da cirurgia ou trauma. Já os tardios ocorrem de 2 a 3 dias depois, quando o paciente pode evoluir para sepse e falência múltipla dos órgãos.
Quais as finalidades da resposta ao estresse?
Manter e/ou restaurar a hemostasia
Estabilidade hemodinâmica (evitar queda da pressão)
Preservação do aporte de oxigênio
Mobilização de substratos calóricos (glicose)
Diminuição da dor e a manutenção da temperatura
Cicatrização
O mais importante no trauma não cirúrgico é evitar que o paciente chegue na tríade da morte, que envolve…
a hipotermia, hipotensão e acidose metabólica.
A avaliação da resposta ao estresse é feita por 1 sistema, que envolve 3 sinalizações, que são
O hipotálamo, através do tecido lesado, o sistema límbico é estimulado por neurônios aferentes e vias nervosas somatossensoriais, levando a informação até ele.
O qual, por sua vez, estimula a adenohipófise/neurohipófise, a qual, estimula o córtex e na medula suprarrenal, levando, por fim, à ativação do sistema-renina-angiotensina-aldosterona.
Os fatores desencadeantes que levam à ativação do SRAA são:
Redução da pressão arterial sistêmica (fazer hipotensão para reduzir sangramento)
Redução do volume de sangue circulante
Alteração do conteúdo de oxigênio arterial
Dor
Ansiedade
Mediadores tóxicos da infecção ou da inflamação
A resposta ao trauma envolve 2 fases, a ebb e a flow. A “ebb”, inicial, com duração de 2 a 3 dias, tem as seguintes características:
Hipovolemia e hipotensão
Diminuição do fluxo sanguíneo
Aumento da resistência vascular periférica - faz vasoconstrição para mandar sangue para os locais mais necessários (cérebro e coração)
Aumento das catecolaminas, glico e mineralocorticoides (manter a pressão)
Diminuição da insulina e esgotamento do glicogênio hepático
Aumento do glucagon
Hiperglicemia e aumento do consumo de O2
A resposta ao trauma envolve 2 fases, a ebb e a flow. A “flow”, posterior, que ocorre após 2 ou 3 dias, tem as seguintes características:
Retenção hídrica - pois diminui a excreção de H2O e Na
Aumento da permeabilidade vascular - para ocorrer a passagem das células da inflamação para o tecido - risco de SIRS e evolução para falência múltipla dos órgãos
Diminuição da resistência vascular periférica
Hipermetabolismo
Aumento das catecolaminas e glicocorticoides
Aumento da insulina
Hiperglicemia e proteólise - estado hipermetabólico
Uma evolução ruim do trauma é a SIRS (síndrome da resposta inflamatória sistêmica), pode ser transitória ou permanente. Ela ocorre devido a quais fatores e qual o seu desfecho, se for permanente?
Ocorre inflamação e vasodilatação, a qual pode ser corrigida com reposição volêmica. Entretanto, a infecção pode evoluir para sepse e choque, ambos podem evoluir para falência múltipla dos órgãos.
Quanto aos aspectos inflamatórios da resposta ao trauma, ela é composta por algumas substâncias que podem induzir ao estado hipermetabólico cujo objetivo é restaurar a homeostase. Quais são os mecanismos envolvidos e essas substâncias?
O dano ou dor vai estimular o hipotálamo, cuja resposta envolve a sinalização hipófise-adrenal.
Ocorre a liberação de proteínas de fase aguda, que medeiam essa resposta, as quais são a ptna C reativa (para saber se o paciente está inflamado ou não), fibrinogênio, a hepatoglobulina, seroamiloide A e glicoptna alfa-ácida (essas duas estimulam o corpo a aguentar a gravidade do trauma),
As citocinas, que agem na comunicação, defesa e reparo. As pró-inflamatórias são o TNF-alfa (induz ao estado catabólico, aumentando a gliconeogênese), as IL-1, 6 e 8. As anti-inflamatórias neutralizam e minimizam a resposta das citocinas inflamatórias, são a IL-10 e o TGF-beta.
A lesão de isquemia e reperfusão é um conjunto de alterações funcionais e estruturais que se tornam aparentes durante o restabelecimento do fluxo sanguíneo após um período de isquemia, na qual há a vasoconstrição e diminuição da oferta de substratos metabólicos, como glicose e O2. Quais são as respostas para isso?
Com a isquemia, há liberação de ácido lático e substâncias tóxicas, em seguida há a tentativa de fazer a reperfusão, na qual, há a liberação dessas substâncias tóxicas para a corrente sanguínea, o que aumenta mais ainda a inflamação. Por fim ocorre vasodilatação periférica. Se a lesão for muito grave e muito extensa, pode-se evoluir para a falência múltipla de órgãos.
Quais os mecanismos endócrinos envolvidos na resposta ao trauma?
Há a ativação dos seguintes eixos:
Hipotálamo-hipófise: hipotálamo - hormônio corticotropina (CRH) - adeno-hipófise - h. adrenocorticotrófico (ACTH) - córtex da suprarrenal. Libera o cortisol - gliconeogênese no fígado, diminuição do consumo da glicose, diminui a permeabilidade capilar. Libera também a aldosterona - mineralocorticoide mais potente - reabsorção de Na na alça de Henle e túbulos coletores renais.
Neuro-hipófise - h. antidiurético (ADH) - estimula o SRAA e os túbulos renais (retém água e Na). Ele também é estimulado pela angiotensina II.
*SRAA: reabsorção de água e sódio e vasoconstrição periférica, para aumentar pressão.
A resposta autonômica ao trauma envolve a liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) as quais promovem…
Vasoconstrição vascular, elevação da frequência cardíaca e pressão arterial, broncodilatação, glicogenólise e gliconeogênese, lipólise, inibição da ação da insulina no músculo e a produção dela no pâncreas e estimula a produção de glucagon.
No choque séptico há vasodilatação, sem sangramento, usa-se Noradrenalina para fazer a vasoconstrição e o sangue chegar nos tecidos.
Já em situação de parada cardíaca usa-se Adrenalina.
Noradrenalina - gânglios periféricos da inervação simpática.
Adrenalina - medula suprarrenal
Ambos agem nos receptores alfa e beta dopaminérgicos dos tecidos periféricos.
Quanto à resposta imunológica ao trauma, quais são os mecanismos envolvidos?
Em grandes lesões, há a liberação de citocinas pró-inflamatórias inicialmente, seguido das anti-inflamatórias. Ambas estimulam o SI por quimiotaxia, a fim de liberar imunoglobulinas.
Ocorre a ativação da cascata do complemento, que neutraliza substâncias estranhas, opsoniza antígenos, lisa bactérias, atrai plaquetas e estimula a liberação de histamina e a atração de leucócitos ao local da lesão.