Renascimento Flashcards
O que aconteceu no final da Idade Média?
- Ascensão da burguesia;
- Desenvolvimento do mercantilismo;
- Interesse pela aquisição de conhecimento;
- Surgimento de universidades;
- Domínio da escolástica.
Que interesses existiam nesta altura que foram possibilitados por certos acontecimentos?
- A expansão ultramarina e os descobrimentos (devido á interrupção das rotas comerciais com o Oriente);
- Disponibilidade de obras da antiguidade (devido à fuga de intelectuais para o Oriente);
- Libertação da escolástica (devido á apetência para a aquisição de conhecimento;
- Proliferação e popularização de obras fundamentais (devido á invenção da imprensa em 1450).
Estes acontecimentos foram cimentados por uma corrente humanista iniciada em Itália no séc. XIV.
O que é a corrente humanista?
É um movimento que envolvia alguns homens cultos, inicialmente nos campos da literatura e das belas-artes. Estes homens empreenderam:
- Exaltação da Antiguidade Greco-Latina;
- Procura e reunião de obras da Antiguidade;
- Restabelecimento da integridade dos textos originais (foram comentados, corrigidos e explicados)
O que foi possibilitado pela corrente humanista em conjunto com os acontecimentos referidos?
- Fundação de bibliotecas um pouco por toda a parte;
- Abandono progressivo da escolástica;
- Ensino do grego e do hebreu;
- Explicação e comentário dos filósofos da Antiguidade.
Nesta altura, o cavaleiro medieval foi substituído pelo Homem do Renascentismo. Como é caracterizado este homem?
- Incansável curioso intelectual;
- Eclético (dedicava-se a todos os tipos de conhecimento);
- Sensível a todas as formas de beleza;
- Apaixonado pela pintura, escultura e música.
Quem foi Desiderius Erasmus (1466 a 1536)?
Foi um humanista que teve uma vida dedicada à religião. Foi padre, teólogo, crítico da sociedade e da Igreja, professor e tradutor. A sua obra mais conhecida é “Stultitiae Laus” (O Elogio da Loucura).
O que foi a crise religiosa?
- Luthero e o protestantismo;
- Calvino e o calvinismo;
- Henrique VIII e o Anglicismo;
- O Concílio de Trento (a contra-reforma).
Com isto em conjunto com impostos e taxas, opulência, ignorância, tirania e indulgências a Igreja perdeu quase metade da Europa.
Personalidades do Renascentismo até ao séc. XVI
- Giotto di Bondone;
- Leonardo Da Vinci (o Homem de Vitrúvio - proporções anatómicas perfeitas. Não influenciou o conhecimento científico na época porque não publicou nada);
- Nicolau Copérnico (heliocentrismo);
- Michelangelo Di Ludovico;
- Albrecht Dürer;
- Miguel Serveto;
- Andreas Versálius (corrigiu Galeno em relação aos poros do coração).
Personalidades do Renascentismo até ao séc. XVII
- William Gilbert;
- Giordano Bruno;
- Francis Bacon (obra “Novum Organum Scientarium”. Ajudou no progrersso da ciência defendendo a investigação de factos observáveis);
- Galileu Galilei (abriu caminho às teorias do aparecimento do sistema solar);
- Johannes Kepler;
- William Harvey;
- René Descartes (“Discours de la Méthode”).
A Biologia antes do Renascimento
Tinha vertente naturalista - conhecimentos da flora e fauna - e vertente médica - cura d e doenças, anatomistas e herbologistas. Meios:
- Observação empírica;
- Tentativa e erro;
- Dedução;
- Experiências simples.
Temas mantidos no Renascimento
- Origem da vida;
- Evolução das espécies.
Temos reinspeccionados no Renascimento
- Classificação das espécies.
Temas adquiridos no Renascimento
- Formação dos indivíduos (embriologia);
- Transmissão da informação genética;
- Funcionamento dos sistemas vivos;
- Relações entre os organismos e o ambiente.
Vetentes novas da Biologia no Renascimento
- História Natural;
- Paleontologia;
- Medicina (anatomia, fisiologia, herbologia, microbiologia, embriologia, reprodução, geração espontânea).
Onde passou a Biologia a ser feita nesta altura?
Jardins botânicos:
- Pádua, Pisa, Bolonha e Montpellier
Gabinetes de curiosidades
Sociedades científicas:
- Sociedade Piacevola Brigada e Royal Society
Academias científicas:
- Florentina, Lincel, Naturae Curiosum e de Ciências.
Naturalistas de Campo (Eruditos Viajantes) - Edward Wotton (1492 a 1555)
Médico seguidor de princípios Aristotélicos. Reconhecido como o pioneiro da Zoologia Moderna. Escreveu duas grandes obras:
- “De differentiis animalium libri decem”;
- “Insectorum sive minimorum animalium theatrum”.
Naturalistas de Campo (Eruditos Viajantes) - Gonçalo Fernández de Oviedo y Valdés (1478 a 1557)
Historiador e escritor de origem nobre. Foi através deste indivíduo que se conheceu o ananás, o tabaco e as camas de rede. Três grandes obras:
- “La Natural hystoria de las Índias”;
- “La Historia general de las Índias”;
- “Las Quinquagenas de la nobreza de España”.
Naturalistas de Campo (Eruditos Viajantes) - Francisco Hernández de Toledo (1514 a 1587)
Foi médico e naturalista, membro da corte do rei Filipe II. Produziu descrições detalhadas de doenças no México. Três grandes obras:
- “Plantas y Animales de la Nueva Espanã, y sus virtudes”;
- “Cuatro libras de la naturaleza y virtudes medicinais de las plantas y animales de la Nueva España”;
- “Rerum medicarum Novae Hipaniae Thepaurus, seu Plantarum Animalium, Mineralium Mexicanorten Historia curo nolis Joaenis Teranti Limeu”.
Naturalistas de Campo (Eruditos Viajantes) - José de Acosta (1539 a 1600)
Foi um missionário jesuíta que escreveu uma garnde obra, “Historia natural y moral de las Índias”. A obra constitui uma das descrições mais detalhadas do Novo Mundo abordando:
- História natural;
- História filosófica;
- História e costumes dos Incas e Aztecas;
- Ventos e marés, largos e rios;
- Recursos botânicos, animais e minerais.
Naturalistas de Gabinete (Eruditos Polígrafos) - Pierre Belon (1517 a 1564)
Boticário de origem modesta formado em medicina. Escreveu 5 grandes obras.
Naturalistas de Gabinete (Eruditos Polígrafos) - Ippolito Salviani (1514 a 1572)
De origem modesta, foi médico de 3 papas sucessivos. Uma grande obra sobre peixes.
Naturalistas de Gabinete (Eruditos Polígrafos) - Guillaume Rondelet (1507 a 1557)
Foi um médico francês de origem infeliz. Desempenhou funções como anatomista e naturalista. Uma grande obra sobre animais aquáticos.
Naturalistas de Gabinete (Eruditos Polígrafos) - Conrad Gessner (1516 a 1565)
Foi um médico e linguista suíço. Também assumiu cargos de botânico, naturalista e zoólogo. A sua principal obra está dividida em 4 volumes. A obra foi escrita tendo como base as suas observações e dados de fontes antigas:
- Velho testamento;
- Aristóteles;
- Plínio;
- Folclore;
- Bestiários medievais.
Naturalistas de Gabinete (Eruditos Polígrafos) - Ulisse Aldrovandi (1522 a 1605)
Foi um professor e médico italiano de origem nobre. Assumiu cargos de naturalista, professor, botânico e zoólogo. Foi considerado pai da História Natural. Ao longo da vida escreveu inúmeras obras que continham criaturas fantásticas como o peixe-bispo.
Anatomistas do Renascentismo - Leonardo Da Vinci (1452 a 1519)
Italiano, filho bastardo, educado no estúdio do pintor Verrocchio. Tipifica o ideal do humano renascentista. Foi pintor, escultor, escritor, músico, cartógrafo, arquiteto, inventor, engenheiro, matemático, anatomista, botânico e geólogo. Não tinha educação formal e não sabia latim.
Anatomistas do Renascentismo - Andreas Versalius (1514 a 1564)
Bela, estudou medicina em Paris. Foi médico, anatomista e professor. Dirigiu e realizou dissecações públicas, incentivando os alunos a praticá-las. As dissecaões eram realizadas na presença de 3 elementos: Leitor (recita Galeno), Cirurgião/Barbeiro (realizava a dissecação) e Professor (instruciona e indica).
Em 1543 publicou “De Humani Corporis”, um exame completo de anatomia humana composto por 7 livros.
Outros anatomistas do Renascentismo
- Miguel Serveto (descreveu a circulação pulmonar);
- Gabriele Falloppio (estudou o sistema nervoso e o aparelho reprodutor);
- Girolamo Fabrizio d’Acquapendente (Estou anatomia de órgãos dos sentidos em mamíferos e embriologia em frangos, descreveu as válvulas venais no Homem).
Outros avanços na Medicina - A Queda de Galeno - Girolamo Fracastoro (1478 a 1553)
Foi um veneziano que praticou medicina, matemática, geografia, astronomia, poesia e música. Em 1530 publicou “Syphilis sive morbus gallicus”, um poema épico com a primeira descrição da sífilis.
Em 1546 publicou “De contagione et contagiosis morbis” sobre doenças contagiosas causadas por partículas minúsculas - esporos. Afirmou que os agentes transmissores seriam pessoas, animais, e objetos, através do contacto direto ou indireto.
A queda de Galeno - outros médicos
Ambroise Paré - considerado o pai da cirurgia e da patologia forense;
Paracelso - Trabalhou como médico, botânico, alquimista, astrólogo e ocultista (doutor da peste). Precursor da medicina psicossomática.
Séc. XVI - A História Natural - Os naturalistas e os herbalistas, como tudo começou
Através das descobertas, explorações e cristianização dos nativos despertou-se curiosidade que levou à recolha de amostras. Essas amostras eram depois levadas para a Europa onde eram armazenadas em coleções. Estas coleções foram importantes pois melhorou-se o conhecimento acerca da diversidade dos seres vivos. Visto que o número de seres vivos diferentes estava a aumentar, era necessário um sistema que os pudesse organizar. Nessa busca por organização, teve-se em conta nomes, organização da diversidade, procura de regras gerais e estudo da diversidade.
Séc. XVI - Jardins Botânicos e Gabinetes de Curiosidades - Luca Ghini (1490 a 1556)
Foi médico e botânico que criou o 1º jardim botânico (Orto Botanico di Pisa) em 1544 e o primeiro herbário moderno (Hortus siccius).
Séc. XV - XVI - Os Herbalistas - Otto Brunfels (1488 a 1534)
Foi teólogo, botânico e médico. Publicou sobre pedagogia, linguagem, farmacologia, entomologia e botânica.
Os Herbalistas - Hieronymus Bock (1498 a 1554)
Foi um médico, botânico e pastor luterano que se interessou pelas plantas alemãs. Em 1539 publicou o livro “New Kreterbuch von Underscheidt, Würchung und Namen dar Kreuter, so in teutschen Landen wachsen”.
Os Herbalistas - Leonhart Fuchs (1501 a 1566)
Médico botânico que publicou livros acerca das suas atividades. Era interessado em Dioscórides. A sua obra mais importante foi “De Historia Stirpium Commentarii Insignes” publicada em 1542.
Os Herbalistas - Garcia d’Orta (1501 a 1534)
Foi um médico botânico português que publicou livros sobre o tema da botânica. A sua obra mais importante foi Colóquios dos simples e drogas e cousas medicinais da Índia publicada em 1563. Através desta obra Orta mostrou diferenças entre a medicina tradicional e a académica.
Os Herbalistas - Valerius Cordus (1514 a 1544)
Foi médico e botânico que publicou sobre farmacologia e botânica. 3 obras mais importantes.
Os Herbalistas - Charles de l’Écluse (1526 a 1609)
Médico botânico, publicou sobre botânica. Obra mais importante: “Rariorum plantarum historia”.
Os Herbalistas - Adrea Cesalpino (1519 a 1603)
Foi médico, filósofo e botânico. A sua principal obra foi “De plantis libri XVI”, em 1583. Considerado um dos mais importantes botânicos pré-lineanos.
Os Herbalistas - Johann Bauhin (1541 a 1631)
Foi médico, botânico e aluno de Leonhart Fuchs e Conrad Gessner.
Principal obra: “Historia Plantarum Universalis”, uma compilação do conhecimento botânico.
Herbalistas - Gaspard Bauhin (1560 a 1624)
Médico botânico. Escreveu 3 principais obras. Pensava-se que usava nomenclatura binominal devido à disposição das palavras, mas na verdade ele usava nomenclatura plurinominal.
Outros Herbalistas da época
- Pietro Andrea Mattioli;
- Rembert Dodoens;
- Joachim Camerarius;
- Matthias de l’Obel;
- John Gerard;
- William Turner
Séc. XV - XVI: De onde achava Xenófanes de Colófon que os fósseis resultavam?
- Acidentes minerais
- Jogos da natureza
- Falhas na criação.
Qual a evolução do termo “fóssil”?
Numa obra de George Pawer surge o termo “fóssil” que se traduz para “tirado da terra”. Mais tarde. Bernard Palissy afirma que as conchas fósseis são verdadeiras conchas outrora depositadas.
Século XVII - O que se quer dizer com “na via para a biologia moderna”?
Ao longo do séc. XVII a biologia foi alvo de grande progresso. Continuou o interesse pela aquisição de conhecimento, aperfeiçoou-se a metodologia, desenvolveram-se instrumentos e técnicas e houve proliferação de instituições, sociedades e academias científicas.
Aumentou o nº de eruditos, patrocinaram-se atividades científicas; o conhecimento gera questões cujas respostas geram conhecimento; diferenças de opinião levam à discussão e à troca de argumentos.
Século XVII - O Novo Paradigma Metodológico - Francis Bacon
Escreveu o Novum Organum Scientarium que apresentava um raciocínio indutivo, observações cuidadosas e apresentação de experiências.
Afirmou que a ciência não se pode limitar á mera contemplação da natureza e á dedução das regras que a regem.
O Novo Paradigma Metodológico - René Descartes
Escreveu “o Discurso do Método” que apresentava regras para a investigação científica e o “Traité de l’homme” que apresentava a teoria mecanicista aplicável a todos os animais.
O Novo Paradigma Metodológico - Galileu Galilei
Introduziu o tema da experimentação quantitativa na astronomia e física.
Em que consistia o Método Científico?
- Adoção do raciocínio indutivo;
- Com base em factos formulam-se hipóteses;
- Hipóteses postas á prova através de experiências;
- Hipóteses comprovadas pelas experiências tornam-se teorias.