Psicologia Social - 2ª Unidade Flashcards
Qual é o papel dos profissionais de saúde na criminalização do aborto, segundo o artigo?
Eles atuam como denunciantes, muitas vezes desrespeitando o sigilo profissional, o que leva à perseguição penal das mulheres.
Quais os impactos das denúncias feitas por profissionais de saúde sobre as mulheres que praticam aborto?
As denúncias afetam negativamente a saúde física e mental das mulheres e restringem seus direitos reprodutivos.
O que o artigo sugere sobre a eficácia da criminalização do aborto no Brasil?
O artigo sugere que a criminalização do aborto não tem sido eficaz em coibir a prática e que, na verdade, agrava as vulnerabilidades das mulheres e viola seus direitos fundamentais.
Qual é a principal causa do mal-estar dos psicólogos ao atuar no sistema judiciário, segundo o artigo?
O mal-estar decorre das funções avaliativas, da pressão ética em relação ao sigilo profissional e da falta de autonomia percebida pelos psicólogos no judiciário.
Como o artigo de Esther Arantes aborda a relação entre psicologia e direito?
O artigo questiona se o direito está colonizando a psicologia, impondo normas jurídicas sobre práticas psicológicas e comprometendo a autonomia dos psicólogos.
O que significa “normalização” no contexto do artigo e como ela se relaciona com o poder?
Normalização é um conceito de Foucault que se refere ao controle dos corpos e comportamentos (disciplina) e à gestão da vida (biopoder), influenciando práticas judiciais que integram tratamento como parte da pena.
O que caracteriza o processo de judicialização da vida e como isso impacta a atuação dos psicólogos?
A judicialização da vida refere-se à expansão do judiciário na resolução de conflitos sociais, o que aumenta a demanda por psicólogos no sistema de justiça, expondo o despreparo desses profissionais na elaboração de documentos judiciais e impactando a prática profissional.
Quais são os principais desafios enfrentados pelos psicólogos na interface com o sistema de justiça?
Os principais desafios incluem o despreparo na elaboração de documentos judiciais, a marginalização da Psicologia Jurídica no currículo acadêmico, e o conflito epistemológico entre abordagens positivistas e críticas.
Como o artigo “Psicologia Jurídica: Notas sobre um Novo Lobo Mau da Psicologia” propõe uma Psicologia Jurídica crítica?
O artigo propõe uma Psicologia Jurídica crítica que esteja engajada com a defesa dos direitos humanos, superando práticas normativas e de controle, e atuando de forma consciente das complexas realidades sociais e subjetivas.
Qual a importância de incluir a Psicologia Jurídica como disciplina obrigatória no currículo acadêmico?
Incluir a Psicologia Jurídica como disciplina obrigatória é crucial para preparar melhor os psicólogos para as demandas do sistema de justiça, melhorando sua prática ética e técnica e contribuindo para o desenvolvimento de políticas científicas na área.
O que significa a judicialização da vida ser vista como uma bio/necrópole, e quais são suas implicações para a Psicologia?
Ver a judicialização da vida como uma bio/necrópole implica entender o judiciário como uma forma de controle social que impacta diretamente as subjetividades, especialmente em questões de raça, gênero e classe, exigindo uma análise crítica da atuação da Psicologia.
O que é necropolítica e como ela se manifesta no Brasil?
Necropolítica é uma forma de gestão da morte pelo Estado, onde determinados grupos são vistos como matáveis devido à sua posição social, racial ou econômica. No Brasil, isso se manifesta por meio de políticas de encarceramento em massa, guerra às drogas e tratamento diferenciado dado a vidas negras e pobres.
Como a mídia contribui para a legitimação da necropolítica?
A mídia contribui para a legitimação da necropolítica ao construir e reforçar a imagem de “inimigo” associada a pessoas pobres e negras, utilizando narrativas que desumanizam e justificam a violência e o extermínio desses grupos.
Explique o conceito de “vidas não passíveis de luto” segundo Judith Butler.
“Vidas não passíveis de luto” são aquelas cuja perda não é lamentada pela sociedade, pois nunca foram verdadeiramente reconhecidas como vidas valiosas. Essas vidas, geralmente pertencentes a grupos marginalizados, são descartadas e desconsideradas dentro do contexto da necropolítica.
Como Joan W. Scott define o paradoxo da igualdade?
Scott define o paradoxo da igualdade como a interdependência entre igualdade e diferença, onde ambos os conceitos estão em tensão constante, sendo esta tensão necessária para alcançar justiça social e igualdade de direitos em sociedades democráticas.