PS Flashcards
Tempos Cirúrgicos.
DPHEES
Exérese.
Tempo operatório que o cirurgião visa extirpar um órgão ou segmento tecidual
cabos de bisturi nº 3
Lâminas 9 a 17
Comprimento menor
Cabos de bisturi nº 4
Lâmina 18 a 50
Comprimento maior
Formas de manuseio do bisturi
Empunhadura tipo lápis
Empunhadura tipo arco de violino
Tesouras: tempo cirúrgico
Diérese
Função: Secção de tecidos orgânicos, materiais cirúrgicos como gaze, fios e borracha
Tesouras: pontas
Pontiagudas, rombas ou mistas
Nome + (4)
TESOURA DE METZENBAUM
- Reta ou curva
- Diérese de tecidos orgânicos
- Pouco traumática - extremidade distal delicada e estreita
- Porção cortante menor que não cortante
Nome + (4)
Tesoura de Mayo
- Reta ou curva
- Secção de fios ou materiais cirúrgicos em superfícies ou cavidades
- Relativamente traumática - extremidade distal grosseira
- Porção cortante proporcional à não cortante
Nome + (2)
Tesoura de Potts
- Cirurgias vasculares
- Pontas finas em diferentes ângulos
Nome + função
Tesoura de Spencer - retirada de pontos cirúrgicos
obs: Possuem reentrância em uma de suas lâminas para encaixe do fio
Modelos básicos de pinças de preensão
- Pinça de Adson
- Pinça anatômica
Variações da pinça de Adson
- Atraumática - ranhuras finas e transversais
- Traumática - endentações e um sulco longitudinal
- Dente de rato
Nome
Pinça de Adson - Preensão
delicada - uso em cirurgias pediátricas
Nome
Pinça anatômica - Preensão
Utilização universal
Nome
Pinça dente de rato - Preensão
Preensão de tecido grosseiro (aponeurose, tendões)
Manipulação de pinças de preensão
Mão não dominante, tipo lápis
Dedo indicador faz fechamento da pinça
Dedo polegar e médio fazem o apoio
Nome e função
Pinça de Halstead / Mosquito - Hemostasia
pinçamento de vasos de pequeno calibre
tamanho reduzido comparado a outras pinças
Nome e função
Pinça de Kelly - Hemostasia
Reta - reparo (pinçamento de material cirúrgico)
Curva- pinçamento de vasos e tecidos mais delicados
Nome e função
Pinça de Crile - Hemostasia
Reta - reparo (pinçamento de material cirúrgico)
Curva- pinçamento de vasos e tecidos mais delicados
Diferença da pinça de Kelly e pinça de Crile
Ranhuras:
Kelly- até 2/3
Crile- toda face interna de sua ponta
Nome e função
Pinça Mixter - Hemostasia
- Passagem de fios ao redor de vasos para liagaduras
- Dissecção de vasos e outras estruturas
Pinça de Kocher - Hemostasia***
- Não é habitualmente usada na hemostasia pela presença de dentes na extremidade
- Uso mais habitual na manipulação de tecidos resistentes(ex.: aponeurose)
Nome e função
Pinça de Satinski - Hemostasia
- Cirurgias vasculares
- Atraumáticas
Nome e função
Pinças Bulldogs - Hemostasia
- Preensão automática por molas
- Pequenos clampes
- Manuseio de vasos de pequeno calibre
Nome e função
Afastador de Farabeuf - exposição
Formato semelhante a um C com pequena superfície de contato - afastamento de pele, tecido subcutâneo e músculos superficiais
Nome e função
Afastador de Doyen - exposição
Ângulo reto e ampla superfície de contato - cirurgias abdominais
Nome e função
Afastador de Deaver - exposição
Extremidade distal em semilua - cirurgias torácicas
Obs: também em cirurgias abdominais às vezes
Nome e função
Válvula Maleável - exposição
É flexível, podendo alcançar qualquer formato ou curvatura.
Usado também pra proteger as vísceras durante o ato da sutura
Nome e função
Afastador de Volkmann - exposição
Usado em músculos superficiais
Possuem garras que podem ser rombas ou agudas
Nome e função
Afastador de Gosset ou Laparostato - exposição
Cirurgias abdominais
Deve ser manipulado por suas extremidades próximas
Nome e função
Afastador de Balfour - exposição
Adaptação do afastador de Gosset, possui uma válvula supra púbica permitindo o afastamento de paredes superiores e inferiores, não apenas as laterais.
Nome e função
Afastador de Finochietto - exposição
Usado em cirurgias torácicas, possui uma válvula para possibilitar o afastamento das costelas
Nome e função
Afastador de Adson - exposição
Afastamento do couro cabeludo (cirurgias neurológicas) e afastamento de musculatura superficial (cirurgias de membros ou coluna)
Nome e função
Pinça de Backaus - especial
Fixação de campos cirúrgicos
Nome e função
Pinça de Duval - especial
Manipulação das alças intestinais pela ampla superfície de contato
Nome e função
Clamp intestinal - especial
Interrupção do fluxo intestinal = instrumento de coproestase
Nome e função
Pinça de Allis - especial
Muito traumática, usada em tecidos resistentes ou que irão sofrer exérese
Nome e função
Saca-bocado
Usado em cirurgias ortopédicas e neurológicas para retirada de espículas ósseas
Nome e função
Fórceps- especial
Utilizado em cirurgias obstétricas
Nome e função
Cureta de Siemens ou Cureta uterina - especial
Procedimentos obstétricos para a retirada de restos placentário se endometriais
Possui uma superfície lisa e uma áspera
Nome e função
Pinça de Babcock - especial
Pouco traumática
Manipulação de alças intestinais e exérese
Nome e função
Pinça de Collin - especial
Manipulação de estruturas como alça intestinal
Nome e função
Pinça Péan - especial
Serrilhado transversal ou longitudinal
Coproestase - clampeamento gastrointestinal
Nome e função
Porta agulha Mayo-Hegwr - sintese
Nome e função
Porta-agulhas de Mathieu - síntese
Empunhado sempre de forma empalmada
Nome e função
Porta agulhas de Olsen-Hegar
Possui função de porta agulhas e de tesoura
Período da infecção cirúrgica
Primeiros 30 dias do pós operatório, exceto quando há implante de material sintético
Esterilização - conceito
Destruição completa de todos os micro-organismos, patogênicos ou não
Pode ser por agentes
1.Físicos
2.Químicos
Esterilização - Calor seco
Oxidação do citoplasma dos micro-organismos
Materiais metálicos e vidrarias
Esterilização- calor úmido
Coagulação de proteínas citoplasmaticas, osmose do vapor
Materiais: luvas, tecidos(capotes, campos cirúrgicos…), instrumentais
Esterilização - Radiação
Materiais: termossensíveis
Escala industrial
- Radiação ionizante: boa penetrabilidade até em empacotados
- Radiação não-ionizante: baixa eficácia
Esterilização - Gases
ÓXIDO DE ETILENO
Escala industrial
Tóxico, usar depois de 7 dias do processo
Antissepsia - conceito
A antissepsia visa combater micro-organismos patogênicos, pela sua destruição ou inativação
Obs: diferente de desinfecção -> superfícies inanimadas
Antisséptico ideal - características (6)
- Amplo espectro de ação (bactérias, fungos, vírus, esporos)
- Exercer atividade microbicida na presença de sangue, pus, muco e soro
- Início de ação imediato
- Efeito residual prolongado
- Baixa toxicidade para pele e mucosas
- Baixo custo
Álcool
Antisséptico e desinfetante
70 a 92%
Bactericida, fungicida e virucida para alguns vírus
Pouco efeito residual
Espectro de ação limitado
Ação quase imediata
Baixo custo
Desinfecção de nível médio , eficaz após 3 aplicações
Agentes oxidantes
Antisséptico (ex.: peróxido de hidrogênio)
Liberam oxigênio quando entram em contato com a catalase, enzima de tecidos e do sangue.
Oxida enzimas de micro-organismos
Efeito residual diminuto
Derivados furânicos
Antisséptico (ex.: nitrofurazona)
Amplo espectro antibacteriano
Inibição do metabolismo de carboidratos
Utilização apenas tópica em infecções de pele, queimaduras ou feridas
Halogênios e derivados
Antisséptico (ex.: Iodopolivinilpirolidona - PVPI )
Formado por substâncias a base de cloro e iodo
Amplo espectro, eliminam até esporos
Amplo efeito residual
Até promovendo a liberação de iodo livre, que forma poros e causa o rompimento da membrana + desloca a síntese proteica
Antissépticos inadequados (5)
- Compostos mercuriais
- Compostos de amônio quaternário
- Éter
- Clorofórmio
- Acetona
Desinfecção- Conceito e níveis
Conceito: destruição de micro-organismos em superfícies inanimadas, mesmo em suas formas vegetativas
3 Níveis:
- Artigos críticos - entram diretamente em contato com tecidos corporais e o sistema vascular (obrigatoriamente esterilizados)
- Artigos semicríticos - entram em contato com a pele não íntegra ou mucosa íntegra (desinfecção de alto ou médio nível)
- Artigos não críticos - entram em contato com a pele íntegra (desinfecção de baixo nível)
Aldeídos e derivados
Desinfetante
Não possuem nenhum efeito antisséptico
Preservação de peças anatômicas e tecidos
Mecanismo: coagulação de proteínas dos microorganismos
Glutaraldeido
Desinfetante
Ação bactericida, tuberculicida e esporicida
Material deve ficar imerso por 10h para ser esterilizado e após isso ser lavado com água destilada
Compostos clorados
Desinfetantes
Virucidas e bactericidas
Inibem as reações enzimáticas
Liberam o anion hipoclorito que é oxidante
Artigos apenas de plástico pois corrói metais
Fenóis
Desinfetantes
bactericidas, fungicidas porém não esporicidas
Apenas desinfecção de superfícies, exposição por 30min
Obs: causam HIPERBILIRRUBINEMIA em recém nascidos
Zonas do centro cirúrgico
- Zona de transferência
- Zona limpa
- Zona asséptica (salas de cirurgia e subesterilização)
- Zona de proteção
Vias de administração traumáticas de anestesia (10)
Utilizam agulhas
- Endovenosa
- Intramuscular
- Intradérmica
- Subcutânea
- Intra peritoneal
- Gavagem
- Tópica
- Espinal
- Intracerebral
- Intranasal
Cetamina
ANESTÉSICO via traumática
Promove dissociação funcional entre sistemas tálamo-cortical e sistema límbico , cortando a conexão tálamo e córtex e atiçando o sistema límbico
Tambem é antagonista dos receptores de glutamato NMDA e não NMDA
Efeitos adversos: taquicardia, hiperestesia, hipertensão, convulsão, manutenção dos reflexos protetores (deglutição e pálpebra)
Xilazina
ANESTÉSICO via traumática
Pertence ao grupo dos alfa-2 agonistas
Age no neurônio pré-sináptico reduzindo a liberação de noradrenalina
Efeitos adversos: bradicardia, hipotensão, bradipneia, relaxamento muscular
Propofol
ANESTÉSICO via traumática
Interage com o receptor GABAa, tendo efeito inibitório
Via endovenosa
Analgesia limitada, geralmente usado em associação com ópioides
Opioides
ANESTÉSICOS via traumática
Ex.:Morfina, fentanil, meperidina, butorfanol, tramadol
Ligam-se a receptores opioides, principalmente os mu nas regiões supreespinal e espinal, diminuindo liberação de neurotransmissores
geralmente utilizados na medicação pré-anestésica
Usado em associação com outros anestésicos
Diazepam
ANESTÉSICO via traumática
modula a ação do neurotransmissor GABA
Favorece acúmulo de adenosina -> deprime ação sináptica excitatória
Início de ação rápido e longa duração
Anti convulsionante e miorrelaxante
Midalozam
ANESTÉSICO via traumática
Medicação pré anestésica
Classe dos diazepínicos
Características físico-químicas que determinam a potência do anestésico local:
Lipossolubilidade: determina potência
Grau de afinidade proteica: duração de ação do anestésico
Lidocaína (5)
ANESTÉSICO LOCAL - uso tópico ou injetável por infiltração
Aplicação na pele danificada ou mucosa
Ação 30s-5m
Impede o influxo de sódio nas membranas nervosas
Contraindicado nos olhos e em gestantes
Uso com vaso constritores aumentam o tempo de efeito (ex: epinefrina)
Não é recomendada associação com vasoconstritores em pequenos roedores
Lidocaína- dose
4,5 mg/kg - sem epinefrina
6,0 mg/kg - com epinefrina
Bupivacaína
ANESTÉSICO LOCAL
Semelhante a lidocaína
Anestesia prolongada
Bloqueio mais sensorial do que motor
Uso: analgesia durante trabalho de parto ou pós operatório
Etidocaína - Duranest
ANESTÉSICO LOCAL
Curto período de latência
Promove boa analgesia e relaxamento muscular
Indicado em cirurgias abdominais
Anestésico inalatorio ideal (6)
- Ser depressor reversível do SNC
- Ser inerte (não sofrer biotransformação)
- Não ser tóxico em concentração clínica (principalmente a órgãos nobres)
- Ter odor agradável e não ser irritante as vias aéreas
- Não ser inflamável
- Baixo custo
Obs: nenhum anestésico inalatorio possui todas as características
Óxido nitroso
ANESTÉSICO INALATÓRIO
gasoso
Rápida indução, é inerte, rápido despertar
Trabalho de parto - analgesia sem reduzir as contrações uterinas
Halotano
ANESTÉSICO INALATORIO
uso reduzido nos últimos anos - nefrotóxico, hepatóxico
Uso em crianças aparenta ter menos efeitos adversos graves
Isoflurano
ANESTÉSICO INALATORIO
Profundidade anestésica (quantidade de anestésico no SNC) ajustada rapidamente
Potencializa a ação dos relaxantes musculares
Mantém o débito cardíaco e raramente provoca arritmias
Estimula reflexos das vias aéreas -> secreções, tosse, laringoespasmo
Pouca vasodilatação cerebral
Sevoflurano
ANESTÉSICO INALATORIO
rápido despertar
Rápida indução
Pouquíssima vasodilatação cerebral
Taxa de biodegradação considerável , tóxico para ratos quando metabolizado
Éter etílico
ANESTÉSICO INALATORIO
Baixo custo, fácil manuseio, boa analgesia e rápida recuperação
Não é metabolizada no organismo
Inflamável e explosivo, irritante das vias aéreas, não tem indução rápida
Causa agitação e desconforto p animais
Estimula liberação de catecolamina pelas adrenais
Pode causar broncoconstrição
Níveis anestésicos
Tempos anestésicos
- Indução anestésica
- Manutenção anestésica
- Recuperação
Indução anestésica- sinais da boa indução
- Incapacidade do animal mexer a cabeça
- Relaxamento do corpo, perda do tônus abdominal
- Perda dos reflexos
- FR: 80-100 irpm
Manutenção anestésica - deve ser observado:
Ratos
Temperatura - próximo a 37°
Sistema cardiovascular - evitando perdas sanguíneas
Respiração - 80-100 irpm
Observar a quantidade de secreção traqueobronquica principalmente nos 5-10 minutos iniciais
Recuperação anestésica
Inicia-se com a interrupção do fluxo do anestésico até a recuperação das funções fisiológicas habituais
Tempo anestésico em que ocorre o maior número de óbitos decorrente da anestesia
Situações em que deve-se submeter o animal a eutanásia (7)
- Níveis de dor ultrapassam limites aceitáveis
- Estado se saúde ou bem estar preocupantes
- No final da experiência, quando pode ter ocorrido efeito adverso
- Obtenção de sangue ou tecidos para estudo
- Quando não servem para reprodução
- Idade avançada
7.
Eutanásia - métodos físicos
- Irradiação por microondas (máquinas especiais)
- Decapitação
- Atordoamento
- Deslocamento cervical
Eutanásia - métodos químicos
- Inalação de gases (CO2)
- Inalação de vapores (anestésicos inalatorio em altas concentrações)
- Injeção de drogas (barbitúricos intraperitoneais)
diérese - conceito
Manobra cirúrgica destinada a criar uma via de acesso através dos tecidos, separando os planos anatômicos
diérese - conceito
Manobra cirúrgica destinada a criar uma via de acesso através dos tecidos, separando os planos anatômicos
Tipos de diérese (6)
- Incisão
- Secção
- Divulsão
- Punção
- Dilatação
- Serração
Incisão
Feita com instrumental de corte em tecidos moles, por meio de uma lâmina
Pode ser feita com: Bisturi com lâmina removível, lâmina de bisturi isolada, bisturi elétrico, raios laser
Secção
Ato de cortar utilizando instrumentais como tesouras de ultrassom ou tesoura de Metzenbaum
Divulsão
Ato de separação dos tecidos sem seccionar
Utiliza: Tesouras(face não cortante), pinças hemostáticas , tentacânulas, afastadores…
Punção- Finalidades
Pode ser diagnóstica ou terapêutica
1) drenagem de coleções líquidas das cavidades ou órgãos
2) coleta de fragmentos de tecido e líquido orgânico para exame diagnóstico
3) injeção de contraste ou medicamento
Instrumentais para punção
Agulhas
Cateteres venosos (Jelco)
Trocater - videolaparoscopias, para passagem de instrumentais
Agulha de Veress - insufla CO2 para maior segurança das vísceras abdominais
Dilatação
Usada para aumentar o diâmetro de canais e orifícios naturais, pela dilatação de fibras musculares e pequena rotura de tecido
instrumentais: Anuscópio e Especulo vaginal
Serração
Realizada por serras adequadas em tecidos ósseos
Serra de Gigli - composta por um cabo de aço com endentações em toda sua extensão, com argolas nas extremidades
Via de acesso - Requisitos fundamentais (6)
- Extensão suficiente e boa visibilidade do campo
- Ter bordas nítidas e regulares
- Respeitar anatomia e atravessar um plano de cada vez
- Não comprometer grandes vasos e nervos da região
- Seccionar aponeurose na direção das duas fibras
- Acompanhar as linhas de força da pele (Kraissl)
Planos a sofrerem diérese
Pele
Tela subcutânea
Aponeurose
Músculos
Serosas
obs:
Linha media do corpo -> não tem músculos
porção mais lateral -> nao tem aponeurose
Diérese da pele
perpendicularmente a ação dos musculos linhas de Krassil)
bisturi frio empunhado com a mão dominante
3 tempos:
1) tempo de pressão
2) tempo se deslizamento
3) tempo de separação
Diérese do subcutâneo
requer hemostasia satisfatória pela rica irrigação
bisturi elétrico geralmente é utilizado
Diérese da aponeurose
incisão inicial com bisturi frio, pode ser ampliada com secção com tesoura
Diérese dos músculos
Pode ser feita por secção das fibras com bisturi elétrico, tesoura ou divulsão
há preferencia pela divulsão por conservar as estruturas e evita hemorragias
deve-se observar a inervação e irrigação dos músculos
Diérese da Pleura
antes de abrir a serosa pleural é necessário que o pulmão esteja inflado
Diérese do peritônio
Deve-se pinçar essa serosa com duas pinças hemostáticas e tracionar para obter uma pequena prega
será feita uma pequena incisão para acabar com a pressão negativa do peritônio e descolar os órgãos do peritônio
após isso se faz a divulsão utilizando uma tesoura ou pinça fechada, ou o dedo mesmo
posteriormente a incisão é ampliada
Classificação das vias de acessos
- Craniotomia
- Cervicotomias
- Toracotomias
- Laparotomias
Craniotomia Pterional / fronto-têmporo-esfenoidal
Propicia exposição de todo o opérculo frontoparietal e viabiliza abertura da fissura silviana e todas as cisternas anteriores da base do encéfalo
é o acesso mais utilizado na neurocirurgia atual
é feita a partir de 3 locais de trepanação (furos na abóbada craniana)
Cervicotomias - principais características dessa via
- Necessidade de uma hemostasia eficaz (fragilidade de estruturas e rica irrigação dessa região)
- Necessidade de amplo acesso
Cervicotomias exploradoras - é recomendado? vantagens?
Sim, estudos dizem que independente do quadro clínico desde que tenha ultrapassado o músculo PLATISMA
vantagens:
- identifica lesões no intraoperatório, sem equipamentos tecnológicos
- não necessita de humanos capacitados para exames complementares
- identifica lesões que possam passar despercebidas em exames complementares
Incisão em colar ou cervical de Kocher
Objetivos:
1. visibilizar a glândula tireóide
2. traqueostomias
3. traumas em estruturas cervicais (ex.: laringe)
realizada na metade do trajeto entre cartilagem cricóide e a incisura jugular(incisura supraesternal)
Incisura longitudinal mediana
Cervicotomia
Objetivos: utilizada na exposição da traqueia
ex: traqueectomias (ressecções de aneis cartilaginosos da traqueia)
- linha média do pescoço acima da incisura jugular
-expõe alguns pontos de referência entre os aneis da traqueia (2o e 8o)
Nome da incisão?
Cervicotomia
Incisão em colar ou cervical de Kocher
Objetivos:
1. visibilizar a glândula tireóide
2. traqueostomias
3. traumas em estruturas cervicais (ex.: laringe)
realizada na metade do trajeto entre cartilagem cricóide e a incisura jugular(incisura supraesternal)
Nome da incisão
Incisão longitudinal mediana
Cervicotomia longitudinal mediana
Incisão longitudinal lateral
Cervicotomia
-acesso cirúrgico às artérias carótidas comum, interna e externa, veia jugular, e para ressecção de divertículos faringoesofagianos
-feita na borda anterior do músculo esternocleidomastóideo, de forma oblíqua, do lado esquerdo ou direito
-pode terminar em arco, passando a ser chamada de incisão em “j”
Nome da incisão
Incisão longitudinal lateral
Cervicotomia longitudinal lateral
Mapa mental das cervicotomias
Toracotomias exploradoras - são recomendadas?
Não, toracotomias necessitam de apurada investigação pré-operatória
Videotoracotomias e minitoracotomias - vantagens notáveis (2)
- benefício estético
- menor tempo de estadia hospitalar
Toracotomia - estruturas que são possíveis explorar e tratar (7)
- Parede torácica
- Pleuras
- Pulmões, traqueia e brônquios
- Pericárdio, coração e grandes vasos
- Esôfago
- Mediastino
- Diafragma
Classificação geral das toracotomias
- Toracotomia simples - via de acesso confinada ao tórax
- Toracotomia combinada - via de acesso se estende ao abdome ou pescoço
Toracotomia hemitorácica / unilateral + tipos de incisão
Via de acesso atinge só um hemitórax
-podem ser classificadas de acordo com a incisão: anterior, axilar, ântero-lateral, póstero-lateral e póstero-látero-anterior
obs:
incisão póstero-lateral - exposição do campo operatório na maioria das cirugias torácicas (transsecção de grandes musculos)
incisão axilar - ressecção de lóbulos pulmonares(mínimas transsecções de músculos)
Nome da incisão
Toracotomia hemitorácica anterior
(porra n consigo cortar)
Toracotomia mediana + classificação quanto a incisão(3)
Atravessa longitudinalmente o osso esterno, podem ser:
1.Incisão vertical total
2.Incisão vertical parcial superior
3.Incisão vertical parcial inferior
Nome da incisão + estrutura que acessa
-Incisão vertical total
-Acesso ao mediastino
Nome da incisão + estrutura que acessa
-Incisão vertical parcial superior
-Acesso à base do coração
Nome da incisão + estrutura que acessa
-Incisão verical parcial inferior
-Acesso ao ápice do coração
Nome da incisão
Incisão em ômega
união de duas toracotomias unilaterais mais uma toracotomia mediana
Nome da incisão + função
Toracotomia arciforme
curvatura excêntrica para evitar a coincidência de planos de secção cutâneo e ósseo
Toracotomias medianas - LIMITAÇÕES PRINCIPAIS
tratamento inadequado de aderências pleurais não previstas no pré-operatório e as ressecções de segmentos em lobo inferior esquerdo.
Nome da incisão + utilização
Toracotomia bilateral - união de duas toracotomias hemitorácicas anteriores
acesso simultâneo aos pulmôes e coração (incisão utilizada no transplante desses órgaos)
Incisão Tóraco-abdominal - variedades
- Unilateral - expõe apenas uma cavidade pleural e a cavidade abdominal ( ex.: tóraco-freno-laparotomias)
- Mediana - expõe o mediastiono anterior e a cavidade peritoneal em um traçado mediano longitudinal ( ex.: mediastino-laparotomias)
Incisão Tóraco-cervical - variedades
- unilateral - pode expor uma das cavidades pleurais, o mediastino superior e o pescoço
- mediana - expõe o mediastino anterior e estruturas cervicais, através de uma incisão em colar e uma toracotomia mediana. Incisão usada em patologias que atigem as duas regióes, ex: bócio mergulhante/endotorácico, quando há hiperplasia e hipertrofia da tireóide em direção a cavidade torácica
Mapa mental das toracotomias
Finalidades da Laparotomia (3)
- Via de acesso a órgãos abdominais em cirurgias eletivas
- Via de drenagem de coleções líquidas
- Método diagnóstico
Princípios anatomofisiológicos das incisões (3)
- Respeitar anatomia e fisiologia da região, para acesso mais rápido e menos cruento
- A extensão da incisão dependerá da estrutura a ser explorada e habilidade do cirurgião
- Optar pelas regiões de menor tensão e maior estabilidade
Laparatomia longitudinal mediana - classificações e funções
- podem ser:
A- supra-umbilicais (processo xifóide até cicatriz umbilical)
B- infra-umbilicais (cicatriz umbilical até a região púbica)
C- xifopúbica (extensão variável, contorna cicatriz umbilical pela esquerda) - é considerada a incisão universal, pois permite a realização de qualquer cirurgia intra-abdominal
Laparatomia longitudinal paramediana - classificações e funções
A- Pararretal interna (Lennander) - contorna o reto abdominal por sua face interna
B- Pararretal externa - contorna o reto abdominal por sua face externa (quando infra-umbilical - Jalaguier)
C- Transretal- atravessa o reto abdominal (pouco utilizada)
Nome das incisões
Laparatomias longitudinais medianas
A- supra-umbilicais (processo xifóide até cicatriz umbilical)
B- infra-umbilicais (cicatriz umbilical até a região púbica)
C- xifopúbica (extensão variável, contorna cicatriz umbilical pela esquerda)
Incisão de Lennander
Incisão pararretal interna
Incisão de Jalaguier - conceito + casos indicados
Incisão pararretal externa infra-umbilical
casos:
lado direito: apendicite aguda quando há contratura muscular ou tumor doloroso mais próximo da linha média que da fossa ilíaca direita
lado esquerdo: acesso ao cólon sigmóide e ao reto
Laparatomias transversais supraumbilicais (2)
Sprengel - parcial, cirurgia das vias biliares
Chevron - total, utilizada em colectomias, pancreatectomias, acesso as adrenais como em feocromocitomas (tumores originados das células cromafins do eixo simpático da medula adrenal, fazendo produção de catecolaminas)
Laparatomias transversais infraumbilicais (3)
A- Pfannestiel - técnica de abertura da cavidade abdominal mais usada, principalmente em procedimentos ginecológicos (pode produzir parestesia pela lesão dos nervos sensitivos superficiais), diérese transversa, suprapúbica e levemente arciforme
B- Cherney - ampla exposição da pelve, cirurgias intraperitoneais, exposição da aorta abdominal e artérias ilíacas, eletivamente usada em cirurgias oncológicas
C- Gurd - estende-se de flanco a flanco, pode ter a linha média cruzada acima ou abaixo do umbigo ( uso em colectomias e cirúrgias oncológicas)
Nome das incisões
A - Incisão de Chevron
B- Incisão de Sprengel
Nome das incisões
A- Pfannestiel
B- Cherney
Nome da incisão
Gurd
Incisões oblíquas supraumbilicais
Incisão subcostal:
A) direita (paracostal de Kocher) - acesso ao fígado e vesícula e vias biliares
B) esquerda- esplenectomias e adrenalectomias
são realizadas paralelas ao rebordo costo-condral, desde o processo xifóide até os flancos
Incisões oblíquas infraumbilicais
Incisão estrelada, caracterizada por divulsionar os músculos abdominais na direção de suas fibras
quando na fossa ilíaca direita - incisão de McBurney - apendicectomias
Ponto de McBurney
- traça-se uma linha imaginária da cicatriz umbilical até a espinha ilíaca antero-superior direita, dividindo essa linha em 3 terços
- na transição do terço médio para o terço lateral está o ponto de McBurney
- Faz-se a incisão na direção do oblíquo externo (mão no bolso)
Nome das incisões
A- Paracostal de Kocher
B- Subcostal esquerda
C- Incisão de McBurney
Laparatomias Combinadas
- Toraco-laparotomias
direita: fígado, hilo hepático, veia porta e veia cava supra e infre hepática
esquerda: esôfago distal, cárdia e estômago - Toraco-freno-laparatomias
ultrapassa a cúpula diafragmática
lado esquerdo: correção de hérnias diafragmáticas graves
lado direito: traumatismo ou transplante hepático
Mapa mental das Laparotomias
Nome da incisão
Toraco-freno-laparotomia
Nome da incisão
Toraco-laparatomia
Hemostasia primária
Agregação plaquetária - formando o tampão plaquetário
Hemostasia secundária
Trombina -> ativação de plaquetas adicionais e polimerização da fibrina
Hemostasia terciária
Cascata de coagulação
Classificação da hemostasia quanto a permanencia
- Temporária
- Definitiva
Classificação da hemostasia quanto a finalidade
- Preventiva
- Corretiva
Classificação da hemostasia quanto ao local de aplicação
- Cruenta (no campo operatório)
- Incruenta (fora do campo)
Técnicas de hemostasia TEMPORÁRIA (11)
- Garroteamento
- Ligadura elástica
- Compressão
- Tamponamento
- Oclusão endovascular (cateter com balão)
- Parada circulatória (oxigenação extracorpórea)
- Vasocontrição local
- Hipotensão controlada
- Pinçamento
- Clampeamento vascular
- Ligadura falsa
Garroteamento - 4 tipos
- Garrote de borracha
- Manguito pneumático
- Sistema de Esmarch
- Torniquete
Hemostasia definitiva
- adesivo de fibrina
- clipagem
- ligadura
- suturas
- obturação
- cauterização
- fotocoagulação
características do fio de sutura ideal
- Ausência de reação tecidual
- Fácil manuseio
- Calibre fino e regular
- Força tênsil adequada
- Fácil esterilização
- Baixo custo
Classificação dos fios quanto à origem
- Animal - categute(simples e cromado, seda)
- Vegetal - linho e algodão
- Sintética - nylon, polipropileno, vicryl, monocryl
- Mineral - aço inox
Classificação dos fios quanto à absorçao
- absorvível - absorção em até 90 dias
- inabsorvível - absorção ocorre em mais de 90 dias ou não ocorre
Classificação dos fios quanto à estrutura
- monofilamentar
- multifilamentar (+traumático e +reação inflamatória)
Fios absorvíveis (4)
- Categute
- Vycril
- Monocryl
- Ácido poliglólico
Fios inabsorvíveis
- Seda
- Algodão e linho
- Nylon
- Polipropileno
- Aço
Sutura - finalidades
1- aproximação
2- hemostasia
3- sustentação
4- estética