Prova SC - DSTs Flashcards
Aprender saúde coletiva e DSTs
Tricomoníase - Diagnóstico
Nenhuma das características clínicas da tricomoníase é suficientemente sensível ou específica para permitir um diagnóstico baseado apenas em sinais e sintomas.
Laboratorial:Protozoários com flagelos móveis em microscopia a fresco (com solução salina), cultura positiva (em meio Diamond), PCR ou teste sorológico rápido positivo.
Outros achados que estão quase sempre, mas não são diagnósticos, incluem um pH vaginal elevado (> 4,5) e um aumento de leucócitos polimorfonucleares (≥ 10 piócitos por campo) em microscopia salina.
Trichomonasaparecem por vezes como um achado incidental em testes realizados para o rastreio do câncer do colo do útero (“papanicolau”)
Tricomoníase - Clínica
Cerca de 50% das mulheres infectadas são assintomáticas.
Vaginite:Secreção purulenta verde-amarelada, bolhosa, fétida e fina, associada a queimação, prurido, disúria, dor em hipogastro ou dispareunia. Os sintomas podem ser intensos durante a menstruação.
Pode haver sangramento pós-coito.
Exame especular:Lesões hiperemiadas e puntiformes podem estar presentes no colo do útero (colpite tigroide: colo em framboesa).
Nos homens, a infecção é assintomática em até ¾ dos casos.
Sífilis - Promoção a saúde
A transmissão de Treponema pallidum pode ocorrer por via congênita, por transfusão sanguínea ou por contato sexual.
Prevenção deve ser realizada utilizando-se métodos contraceptivos e iniciando o pré-natal o mais precocemente possível afim de detectar mães portadoras e tratá-la.
Sífilis - Diagnóstico
A partir da suspeita clínica, o diagnóstico deve ser confirmado através de exames sorológicos ou por microscopia, na dependência do estágio da doença.
Se sífilis primária:Solicitar pesquisa direta deTreponema pallidumpor microscopia de campo escuro ou imunofluorescência direta de material do cancro.
Se sífilis secundária:Solicitar sorologia incluindo um teste não treponêmico (VDRL, do inglêsVenereal Disease Research Laboratory;RPR, do inglêsRapid Test Reagin) E um teste treponêmico (Ex. FTA-Abs, ELISA, teste rápidos imunocromatograficos, EQL, TPHA).
Se sífilis terciária:Solicitar sorologia incluindo um teste não treponêmico e um teste treponêmico. Acometimento ósseo - rx ossos longos; nervoso: liquor; cardiovascular - eco
Se sífilis latente:Na suspeita de sífilis latente (através da história ou exame não treponêmico em screening) completar com teste treponêmico e não treponêmico
Sífilis - Clínica
Sífilis Primária:A primeira manifestação se caracteriza por úlcera ou erosão no sitio de entrada da bactéria. Pápula indolor surge no sítio de inoculação (geralmente, genitália), evoluindo com ulceração e formação do cancro - “cancro duro” (desaparece de 2 a 6 semanas mesmo sem tto).
Sífilis Secundária:25% dos pacientes com infecção primária não tratada desenvolvem doença sistêmica 2 a 10 semanas após o cancro. Eventualmente, pode ocorrer ainda na presença do cancro, principalmente, em portadores do vírus HIV. Sintomas inespecíficos podem surgir como adinamia, cefaleia, anorexia, náuseas, dores ósseas e fadiga, assim como febre e rigidez indolor em nuca. Eventuais manifestações podem ocorrer como hepatite, nefropatia, proctite, artrite e neurite óptica.
Rash macular ou papular, pustulas sifilides, lesões mucosas branco-acinzentadas, linfadenomegalia, alopecia, uveite.
Sífilis Latente:Caracterizada por assintomatologia ou sintomas subclínicos inespecíficos.
Sífilis terciária:Pode surgir até dez, 20 ou mais anos após a infecção primária. Manifesta-se pela formação das gomas sifilíticas (tumores moles que surgem em pele e mucosas), podendo acometer também o esqueleto ósseo, sistema cardiovascular e nervoso.
HPV - Promoção
Uso de preservativos e incentivo da vacinação no sexo feminino e masculino.
Hpv - Diagnóstico
Durante a realização do exame ginecológico, lesões grandes podem ser identificadas a olho nu, porém é essencial a realização do exame colposcópico para a identificação de lesões menores, bem como a visualização do condiloma plano, pontiagudo e invertido. A biópsia faz-se necessária para descartar neoplasias.
Hpv - Clínica
O condiloma típico é caracterizado por uma protuberância tecidual branca, exofítica ou papilomatoso. A princípio, os crescimentos papilomatosos são pequenos, porém tendem a coalescer e formar grandes massas semelhantes a uma couve-flor, que podem se proliferar em profusão. São lesões brancas, salientes com projeções iguais a um dedo, muitas vezes contendo capilares. Podendo acometer vagina, cérvice, vulva, orofaringe, períneo e áreas perineais. Durante a gestação as verrugas podem crescer rapidamente, por vezes as lesões do introito vaginal podem sangrar durante o parto e predispõe o recém-nascido a verrugas genitais ou papilomatose respiratória recorrente (PRR). No homem as lesões são escrotal e peniana.
Hiv - Promoção
A equipe de saúde da família deve promover ações preventivas para a população de maneira a incentivar o uso de preservativo e práticas sexuais seguras;
É importante identificar os indivíduos com fatores de risco, como profissionais do sexo, pessoas com múltiplos parceiros e usuários de drogas injetáveis, realizando aconselhamento individual sobre a prevenção do HIV;
Hiv - Diagnóstico
Preferencialmente através do Teste Rápido, por punção de sangue capilar de região digital. Se teste positivo, deve-se realizar nova amostra utilizando teste rápido de outro laboratório. Com os dois testes positivos, considera-se amostra reagente para HIV.
Faz-se a pesquisa de anticorpos anti-HIV usando-se a técnica de ELISA:
ELISA negativo: exclusão do diagnóstico – pode-se repetir o exame se alta suspeição clínica (exemplo: presença de fatores de risco associada a quadro clínico compatível);
ELISA positivo: realização de teste confirmatório (Western Blot).
Se Western Blot positivo, o diagnóstico é confirmado. Se o resultado for negativo ou indeterminado, deve-se fazer a pesquisa de RNA viral.
Hiv - Clínica
Sindrome Mononucleose-Like
Alguns pacientes são assintomáticos. Os principais sintomas são febre alta, fatiga, odinofagia, mialgia, artralgia, diarreia e cefaleia (geralmente dor retro-orbitária, que piora com a movimentação dos olhos).
Marcadores de gravidade:
Apresentação atípica (exemplos: infecções oportunistas, manifestações neurológicas);
Sintomas graves e/ou prolongados
Exame Fisico
Os principais achados são linfonodomegalia, rash e perda ponderal. Os linfonodos mais comumente envolvidos são axilares, cervicais e occipitais. Hepatoesplenomegalia leve também pode ocorrer. Lesões maculares e maculopapulares, pequenas (5-10 mm), ovaladas ou arredondadas e bem delimitadas
HSV - Diagnóstico
O exame padrão ouro para o diagnóstico é a cultura tecidual, porém, se negativa, não significa que não há lesão herpética, uma vez que o teste tem alta especificidade e baixa sensibilidade. O PCR (polymerase chain reaction) é mais sensível que a cultura, sendo uma opção caso a cultura seja negativa.
Os testes sorológicos tipo-específicos para glicoproteína-G disponíveis para detectar anticorpos específicos para HSV-1 e HSV-2, apresentam alta sensibilidade e alta especificidade, sendo mais uma ferramenta para auxiliar no diagnóstico.
Hsv - Clínica
Em geral sintomas prodrômicos sistêmicos (cefaleia, mal-estar e febre) e locais (parestesia, prurido) podem preceder o surgimento das lesões. Inicialmente apresentam-se como vesículas (com ou sem pústulas), com duração de aproximadamente uma semana, e evoluem para úlceras coalescentes, tornando-se crostas. As vesículas são dolorosas e podem ser acompanhadas de disúria e/ou frequência, em casos de primo infecção essa fase tende ser mais longa. O vírus se dissemina na fase de vesícula e úlcera, a dor persiste por 7 a 10 dias, a cicatrização da lesão requer 2 a 3 semanas e é comum haver recorrência após infecção pelo HSV-2.
HepB - Promoção
Prevenir a hepatite B é prevenir também o hepatocarcinoma.
Imunização contra o vírus da hepatite B.
É importante avaliar a soroconversão após a vacina contra hepatite B nos seguintes casos:
Imunodeficientes;
Nefropatas em diálise;
Pessoas com parceiros sexuais com hepatite B;
Profissionais de saúde em contato com sangue;
Recém-nascidos de mães HBsAg positivas, entre 9 a 15 meses de idade
Uso de imunoglobulina em RN e pessoas expostas.
HepB - Diagnóstico
Exames laboratoriais de rotina:Hemograma completo; função renal e eletrólitos; coagulograma; transaminases; enzimas canaliculares; bilirrubina total e frações; albumina e proteína total; PCR; VHS
Painel Sorológico:HBsAg, anti-HBc IgM e IgG, anti-HBs, anti-HBe, HBeAg, Anti-HAV IgM e IgG; Anti-HCV;