Prova SC - DSTs Flashcards

Aprender saúde coletiva e DSTs

1
Q

Tricomoníase - Diagnóstico

A

Nenhuma das caracterí­sticas clí­nicas da tricomoní­ase é suficientemente sensí­vel ou especí­fica para permitir um diagnóstico baseado apenas em sinais e sintomas.
Laboratorial:Protozoários com flagelos móveis em microscopia a fresco (com solução salina), cultura positiva (em meio Diamond), PCR ou teste sorológico rápido positivo.
Outros achados que estão quase sempre, mas não são diagnósticos, incluem um pH vaginal elevado (> 4,5) e um aumento de leucócitos polimorfonucleares (≥ 10 piócitos por campo) em microscopia salina.
Trichomonasaparecem por vezes como um achado incidental em testes realizados para o rastreio do câncer do colo do útero (“papanicolau”)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Tricomoníase - Clínica

A

Cerca de 50% das mulheres infectadas são assintomáticas.
Vaginite:Secreção purulenta verde-amarelada, bolhosa, fétida e fina, associada a queimação, prurido, disúria, dor em hipogastro ou dispareunia. Os sintomas podem ser intensos durante a menstruação.
Pode haver sangramento pós-coito.
Exame especular:Lesões hiperemiadas e puntiformes podem estar presentes no colo do útero (colpite tigroide: colo em framboesa).
Nos homens, a infecção é assintomática em até ¾ dos casos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Sífilis - Promoção a saúde

A

A transmissão de Treponema pallidum pode ocorrer por via congênita, por transfusão sanguínea ou por contato sexual.
Prevenção deve ser realizada utilizando-se métodos contraceptivos e iniciando o pré-natal o mais precocemente possível afim de detectar mães portadoras e tratá-la.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Sífilis - Diagnóstico

A

A partir da suspeita clínica, o diagnóstico deve ser confirmado através de exames sorológicos ou por microscopia, na dependência do estágio da doença.

Se sífilis primária:Solicitar pesquisa direta deTreponema pallidumpor microscopia de campo escuro ou imunofluorescência direta de material do cancro.
Se sífilis secundária:Solicitar sorologia incluindo um teste não treponêmico (VDRL, do inglêsVenereal Disease Research Laboratory;RPR, do inglêsRapid Test Reagin) E um teste treponêmico (Ex. FTA-Abs, ELISA, teste rápidos imunocromatograficos, EQL, TPHA).

Se sífilis terciária:Solicitar sorologia incluindo um teste não treponêmico e um teste treponêmico. Acometimento ósseo - rx ossos longos; nervoso: liquor; cardiovascular - eco

Se sífilis latente:Na suspeita de sífilis latente (através da história ou exame não treponêmico em screening) completar com teste treponêmico e não treponêmico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Sífilis - Clínica

A

Sífilis Primária:A primeira manifestação se caracteriza por úlcera ou erosão no sitio de entrada da bactéria. Pápula indolor surge no sítio de inoculação (geralmente, genitália), evoluindo com ulceração e formação do cancro - “cancro duro” (desaparece de 2 a 6 semanas mesmo sem tto).

Sífilis Secundária:25% dos pacientes com infecção primária não tratada desenvolvem doença sistêmica 2 a 10 semanas após o cancro. Eventualmente, pode ocorrer ainda na presença do cancro, principalmente, em portadores do vírus HIV. Sintomas inespecíficos podem surgir como adinamia, cefaleia, anorexia, náuseas, dores ósseas e fadiga, assim como febre e rigidez indolor em nuca. Eventuais manifestações podem ocorrer como hepatite, nefropatia, proctite, artrite e neurite óptica.
Rash macular ou papular, pustulas sifilides, lesões mucosas branco-acinzentadas, linfadenomegalia, alopecia, uveite.

Sífilis Latente:Caracterizada por assintomatologia ou sintomas subclínicos inespecíficos.

Sífilis terciária:Pode surgir até dez, 20 ou mais anos após a infecção primária. Manifesta-se pela formação das gomas sifilíticas (tumores moles que surgem em pele e mucosas), podendo acometer também o esqueleto ósseo, sistema cardiovascular e nervoso.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

HPV - Promoção

A

Uso de preservativos e incentivo da vacinação no sexo feminino e masculino.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Hpv - Diagnóstico

A

Durante a realização do exame ginecológico, lesões grandes podem ser identificadas a olho nu, porém é essencial a realização do exame colposcópico para a identificação de lesões menores, bem como a visualização do condiloma plano, pontiagudo e invertido. A biópsia faz-se necessária para descartar neoplasias.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Hpv - Clínica

A

O condiloma tí­pico é caracterizado por uma protuberância tecidual branca, exofí­tica ou papilomatoso. A princí­pio, os crescimentos papilomatosos são pequenos, porém tendem a coalescer e formar grandes massas semelhantes a uma couve-flor, que podem se proliferar em profusão. São lesões brancas, salientes com projeções iguais a um dedo, muitas vezes contendo capilares. Podendo acometer vagina, cérvice, vulva, orofaringe, perí­neo e áreas perineais. Durante a gestação as verrugas podem crescer rapidamente, por vezes as lesões do introito vaginal podem sangrar durante o parto e predispõe o recém-nascido a verrugas genitais ou papilomatose respiratória recorrente (PRR). No homem as lesões são escrotal e peniana.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Hiv - Promoção

A

A equipe de saúde da família deve promover ações preventivas para a população de maneira a incentivar o uso de preservativo e práticas sexuais seguras;
É importante identificar os indivíduos com fatores de risco, como profissionais do sexo, pessoas com múltiplos parceiros e usuários de drogas injetáveis, realizando aconselhamento individual sobre a prevenção do HIV;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Hiv - Diagnóstico

A

Preferencialmente através do Teste Rápido, por punção de sangue capilar de região digital. Se teste positivo, deve-se realizar nova amostra utilizando teste rápido de outro laboratório. Com os dois testes positivos, considera-se amostra reagente para HIV.

Faz-se a pesquisa de anticorpos anti-HIV usando-se a técnica de ELISA:

ELISA negativo: exclusão do diagnóstico – pode-se repetir o exame se alta suspeição clínica (exemplo: presença de fatores de risco associada a quadro clínico compatível);

ELISA positivo: realização de teste confirmatório (Western Blot).

Se Western Blot positivo, o diagnóstico é confirmado. Se o resultado for negativo ou indeterminado, deve-se fazer a pesquisa de RNA viral.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Hiv - Clínica

A

Sindrome Mononucleose-Like
Alguns pacientes são assintomáticos. Os principais sintomas são febre alta, fatiga, odinofagia, mialgia, artralgia, diarreia e cefaleia (geralmente dor retro-orbitária, que piora com a movimentação dos olhos).

Marcadores de gravidade:
Apresentação atípica (exemplos: infecções oportunistas, manifestações neurológicas);
Sintomas graves e/ou prolongados

Exame Fisico
Os principais achados são linfonodomegalia, rash e perda ponderal. Os linfonodos mais comumente envolvidos são axilares, cervicais e occipitais. Hepatoesplenomegalia leve também pode ocorrer. Lesões maculares e maculopapulares, pequenas (5-10 mm), ovaladas ou arredondadas e bem delimitadas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

HSV - Diagnóstico

A

O exame padrão ouro para o diagnóstico é a cultura tecidual, porém, se negativa, não significa que não há lesão herpética, uma vez que o teste tem alta especificidade e baixa sensibilidade. O PCR (polymerase chain reaction) é mais sensível que a cultura, sendo uma opção caso a cultura seja negativa.
Os testes sorológicos tipo-específicos para glicoproteína-G disponíveis para detectar anticorpos específicos para HSV-1 e HSV-2, apresentam alta sensibilidade e alta especificidade, sendo mais uma ferramenta para auxiliar no diagnóstico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Hsv - Clínica

A

Em geral sintomas prodrômicos sistêmicos (cefaleia, mal-estar e febre) e locais (parestesia, prurido) podem preceder o surgimento das lesões. Inicialmente apresentam-se como vesículas (com ou sem pústulas), com duração de aproximadamente uma semana, e evoluem para úlceras coalescentes, tornando-se crostas. As vesículas são dolorosas e podem ser acompanhadas de disúria e/ou frequência, em casos de primo infecção essa fase tende ser mais longa. O vírus se dissemina na fase de vesícula e úlcera, a dor persiste por 7 a 10 dias, a cicatrização da lesão requer 2 a 3 semanas e é comum haver recorrência após infecção pelo HSV-2.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

HepB - Promoção

A

Prevenir a hepatite B é prevenir também o hepatocarcinoma.
Imunização contra o vírus da hepatite B.

É importante avaliar a soroconversão após a vacina contra hepatite B nos seguintes casos:

Imunodeficientes;

Nefropatas em diálise;

Pessoas com parceiros sexuais com hepatite B;

Profissionais de saúde em contato com sangue;

Recém-nascidos de mães HBsAg positivas, entre 9 a 15 meses de idade

Uso de imunoglobulina em RN e pessoas expostas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

HepB - Diagnóstico

A

Exames laboratoriais de rotina:Hemograma completo; função renal e eletrólitos; coagulograma; transaminases; enzimas canaliculares; bilirrubina total e frações; albumina e proteína total; PCR; VHS

Painel Sorológico:HBsAg, anti-HBc IgM e IgG, anti-HBs, anti-HBe, HBeAg, Anti-HAV IgM e IgG; Anti-HCV;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

HepB - Clínica

A

Fase aguda:Em sua maioria assintomáticos, sintomas prodrômicos de febre baixa, náuseas, vômitos, anorexia, fadiga e dor em hipocôndrio direito e/ou epigástrio podem estar presentes. Na forma ictérica, sintomas constitucionais precedem em dez dias o aparecimento de icterícia.

Fase Crônica:Em geral, apresenta curso assintomático ou com sintomas constitucionais: fadiga, anorexia e náuseas. Com a progressão da doença hepática para cirrose começam a aparecer seus estigmas, podendo evoluir para complicações da doença.
Icterícia; Ascite; Esplenomegalia e hepatomegalia (embora em estágios mais avançados, o fígado possa estar diminuído devido a fibrose); Circulação colateral proeminente (circulação em cabeça de medusa); Edema de membros inferiores; Diminuição da pressão arterial (pacientes previamente hipertensos podem tornar-se normotensos ou até hipotensos); Aranhas vasculares (telangiectasias); Ginecomastia e atrofia testicular (no homem); Eritema palmar; Contratura de Dupuytren (atrofia da fáscia palmar); Baqueteamento digital; osteoartropatia hipertrófica (periostite proliferativa); distrofia ungueal (unhas de Muehrcke e unhas de Terry); Flapping (movimentos assincrônicos das mãos como “asas de borboleta” desencadeados por sua dorsiflexão), que geralmente acompanha o quadro de insuficiência / encefalopatia hepática.

17
Q

Gono - Diagnóstico

A

Diagnóstico é feito a partir da suspeita clínica. No homem, a partir do material purulento, realiza-se a bacterioscopia com coloração de Gram para identificar diplococos Gram-negativos intracelulares em leucócitos polimorfonucleares, e cultura do gonococo em meio seletivo (Thayer-Martin modificado). O diagnóstico laboratorial de infecção porC. trachomatiseN. gonorrhoeaepode também ser feito por um método de biologia molecular (testes de amplificação de ácidos nucleicos - NAAT ou captura híbrida). Na mulher, a coloração de Gram a partir de material obtido da endocérvice não apresenta boa sensibilidade. Para o diagnóstico da oftalmia neonatal gonocócica, faz-se o esfregaço de exsudato conjuntival e submete a coloração pelo método de Gram, com elevada acurácia. O uso do corante Giemsa permite o reconhecimento de inclusões intracitoplasmáticas deC. trachomatis; porém, essa técnica é de difícil aplicação na atenção básica. Outras opções incluem imunofluorescência direta paraC. trachomatisno RN. O exame microscópico direto não é recomendado para o diagnóstico de infecções no reto ou faringe.

18
Q

Gono - Clínica

A

Cervicite: Geralmente (70 %), é assintomática. Quando são observados sintomas, esses aparecem dentro de dez dias após a exposição e incluem prurido vaginal e/ou descarga mucopurulenta, podendo ter dismenorréia.

Uretrite:N. gonorrhoeaepode ser isolada da uretra em até 90 % das mulheres com cervicite gonocócica, em sua maioria assintomática, apesar da infecção sintomática concomitante nos dois sítios não ser uma regra. O principal sintoma consiste em disúria, seguido de urgência urinária ou polaciúria.

Bartolinite: Acometimento sintomático das glândulas de Bartholin. Os sintomas incluem dor perilabial e descarga purulenta, com sinais de edema dos lábios vaginais e aumento da glândula.

Uretrite: Geralmente sintomática, com manifestações a partir de dois a cinco dias após exposição mas pode ocorrer após semanas também. Os sintomas incluem descarga uretral purulenta ou mucopurulenta e com volume progressivamente maior. As complicações incluem linfangite peniana, edema peniano, abscessos periuretrais e estenose uretral pós-inflamatória.

Epididimite: Geralmente unilateral e aguda, consiste em uma complicação da infecção gonocócica, e comum na coinfecção comC. trachomatis.Os sintomas incluem dor e edema testicular unilateral e pode estar associada à uretrite concomitante.

Conjuntivite: Acomete principalmente neonatos de mães não tratadas para infecção gonocócica. Em adultos, pode ocorrer como resultado de autoinoculação de fonte anogenital. A transmissão também pode ocorre via pessoa-pessoa sem contato sexual, fômites ou vetores. Os sintomas variam de infecção oligossintomática a grave com profusão conjuntival, descarga purulenta e edema periorbitário. Se não tratado, pode evoluir para ulceração de córnea, perfuração e amaurose.

19
Q

Clamídia- Diagnóstico

A

O LGV pode ser diagnosticado através de cultura paraC. trachomatisou PCR ou teste por imunofluorescência de amostras obtidas nos linfonodos por esfregaço ou aspiração. Após a avaliação clínica e exclusão de outros diagnósticos, o teste positivo para clamídia com título maior ou igual a 1:64, corrobora o diagnóstico.

20
Q

Clamídia - Clínica

A

A evolução do linfogranuloma venéreo (LGV) consiste em três fases: vesículas ou pápulas pequenas, seguido de linfadenopatia inguinal ou femoral, e síndrome anogenitorretal. O período de incubação varia de três dias a duas semanas, as pápulas iniciais rapidamente cicatrizam sem deixar cicatrizes;

Durante a segunda fase, observa-se aumento progressivo dos linfonodos inguinais e femorais, tornando-se dolorosos, por vezes podem fundir-se formando o bulbão. A febre pode preceder a fistulização do linfonodo, em mulheres é comum a presença de infecção sistêmica concomitante ao LGV;

Na última fase, o paciente apresenta prurido retal e descarga mucoide através das úlceras retais, caso estejam infectadas a descarga é purulenta. Essa apresentação é resultado da obstrução linfática que sucede a linfangite, que pode resultar em elefantíase da genitália externa e fibrose do reto. Por vezes o paciente pode relatar sangramento retal, cólicas e dores abdominais com distensão abdominal, dor no reto e febre. Existem relatos de peritonite em consequência de perfuração intestinal, e estenose da uretra e vagina.