PRONOMES DE TRATAMENTO Flashcards
COMO SERÁ A CONCORDÂNCIA VERBAL, NOMINAL E PRONOMINAL DOS PRONOMES DE TRATAMENTO?
O uso de pronomes de tratamento é a forma respeitosa de nos dirigirmos às autoridades civis, militares e eclesiásticas.
- Referem-se à SEGUNDA PESSOA gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação);
- Concordam com a TERCEIRA PESSOA ‘‘ELE’’ (aquele de quem se fala).
Assim sendo, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa (ELE): “Vossa Senhoria levará seu secretário” (e não “vosso”).
MPRP
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa (ELE).
É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: "Vossa Senhoria nomeará o substituto"; "Vossa Excelência conhece o assunto". Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: "Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e não "Vossa ... vosso..."). Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é "Vossa Excelência está atarefado", "Vossa Senhoria deve estar satisfeito"; se for mulher, "Vossa Excelência está atarefada", "Vossa Senhoria deve estar satisfeita".
COMO SERÁ A CONCORDÂNCIA DOS ADJETIVOS NA REDAÇÃO OFICIAL?
Os adjetivos que se referem a esses pronomes concordam com o SEXO da PESSOA a quem se dirigem, e não com o substantivo que compõe a locução.
EX:
–> SE FOR HOMEM ==> o correto é “Vossa Excelência está preocupadO”, “Vossa Senhoria será eleitO”;
–> SE FOR MULHER ==> “Vossa Excelência está preocupadA”, “Vossa Senhoria será eleitA”.
OCORRE CRASE ANTES DOS PRONOMES DE TRATAMENTO?
NÃO OCORRE CRASE ANTES DOS PRONOMES (bizú: diante de pronome crase passa fome)
CRASE ANTES DOS PRONOMES DE TRATAMENTO
–> ‘‘Esclarecemosà Vossa Senhoria’’ => ERRADO
–> ‘‘Esclarecemos a Vossa Senhoria’’=> CERTO
ATENÇÃO => NÃO há crase diante das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona.
VOSSA EXCELÊNCIA
- DO PODER EXECUTIVO
Presidente da República; Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Governadores (e Vice) de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais.
2. DO PODER LEGISLATIVO Deputados Federais e Senadores Ministro do TCU; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos TCEs; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
3. DO PODER JUDICIÁRIO Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar.
VOCATIVO
- SENHOR => todas as autoridades, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador; Senhor Juiz; Senhor Ministro; Senhor Governador.
- EXCELENTISSÍMO SENHOR => chefes de poder, seguido do cargo respectivo:
- Excelentíssimo Senhor Presidente da República;
- Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional;
- Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.
DIGNISSÍMO
Fica abolido o uso do tratamento DIGNÍSSIMO (DD) às autoridades arroladas acima. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.
VOSSA SENHORIA
- VOSSA SENHORIA
É empregado para as DEMAIS AUTORIDADES e para PARTICULARES
- VOCATIVO => SENHOR, seguido do cargo ‘‘Senhor Chefe da Divisão de Serviços Gerais.’’
- NO ENVELOPE: (ENDEREÇAMENTO) => ‘‘Ao senhor’’ (nome), (endereço)
Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do superlativo ILUSTRISSÍMO para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares.
É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.
- TÍTULO DE DOUTOR: Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Seu emprego deve ser restrito a comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado.
Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.
VOSSA MAGNIFICIÊNCIA
UTILIZADA PARA REITORES
Empregada, por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade.
Corresponde-lhe o vocativo Magnífico Reitor.
Pronome de Tratamento: Vossa Magnificência
Vocativo: Magnífico Reitor
VOSSA SANTIDADE
VOSSA SANTIDADE => PAPA
Em comunicações dirigidas ao Papa. PRONOME DE TRATAMENTO => Vossa Santidade VOCATIVO => Santíssimo Padre.
VOSSA EMINÊNCIA ou VOSSA EMINÊNCIA
VOSSA EMINÊNCIA ou VOSSA EMINÊNCIA REVERENDÍSSIMA => CARDEAIS
Em comunicações aos Cardeais.
VOCATIVO => Eminentíssimo Senhor Cardeal ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal.
VOSSA EXCELÊNCIA REVERENDÍSSIMA
- VOSSA EXCELÊNCIA REVERENDÍSSIMA => ARCEBISPOS e BISPOS
É usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos.
VOSSA REVERENDÍSSIMA ou VOSSA SENHORIA REVERENDÍSSIMA
- VOSSA REVERENDÍSSIMA ou VOSSA SENHORIA REVERENDÍSSIMA
Para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos.
VOSSA REVERÊNCIA
- VOSSA REVERÊNCIA => SACERDOTES, CLÉRIGOS E DEMAIS RELIGIOSOS
É empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.
RESUMO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO
Vossa Magnificência: Reitor
Vossa Senhoria: Qualquer autoridade
Vossa Santidade: Papa
Vossa Eminência: Cardeal
Vossa Majestade: Rei e Imperador
Vossa Alteza: Príncipe, duque e arqueduque
Vossa Excelência Reverendíssima: Bispo e arcebispo
Vossa Reverendíssima: Autoridade religiosa inferior
Vossa Reverência: Religioso sem graduação
Vossa Excelência: Presidente, ministro, governador, embaixador Secretário de estado, deputado, prefeito, juiz, senador General, almirante, brigadeiro e Presidente da câmara dos Vereadores.
OBS: Vossa Excelência para presidente não se abrevia.
O QUE É VOCATIVO?
VOCATIVO é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração.
Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético.