PROJETÃO Flashcards
INTRODUÇÃO
Os Amplificadores Operacionais são componentes de grande importância na eletrónica, devido à sua versatilidade estão presentes numa grande variedade de aplicações
Nesta apresentação irei então apresentar o trabalho realizado no ambito do PIPP- programa de introdução à prática professional. Realizado na synopsys
Para este trabalho foi proposto a montagem de um circuito amplificador, inserido numa malha com realimentação negativa. Após a montagem procedeu-se com a testagem do circuito, cujos resultados serão apresentados neste trabalho
INDICE
Nesta apresentação começarei então por primeiramente explicar o funcionamento de um amplificador operacional.
Depois irei explicar como foi feito o dimensionamento dos componentes do circuito, respeitando os requisitos de funcionamento.
Seguidamente, recorrendo às ferramentas de software disponibilizadas pela Synopsys, serão apresentados os resultados obtidos a partir das simulações do comportamento do circuito REAL. Começamos por simular o circuito em condições normais, e depois em condições variáveis.
Depois será também apresentado os resultados da simulação do circuito em malha fechada.
FUNCIONAMENTO DO AMPOP
Como discutido anteriormente, o Amplificador Operacional é um componente de extrema importância na eletrónica. O seu comportamento, aliado às várias configurações de realimentação tornam-no num componente muito versátil.
Durante o estágio realizado na synopsys foi montado um circuito amplificador, com realimentação negativa aqui apresentado.
A realimentação negativa permite um ganho muito estabilizado, característica que é importante ter em conta para certas aplicações como por exemplo amplificadores de aúdio.
Também poderia ser utilizada realimentação positiva, no entanto esta configuração tende a apresentar valores de ganho menos estabilizados.
Vamos então analisar o circuito que forma o amplificador.
CIRCUITO DENTRO DO AMPOP
Para a montagem do circuito do Amplificador alguns conceitos têm de se ter em conta:
Primeiramente o Amplificador amplifica a tensão que lhe é dada à entrada (mais concretamente amplifica a diferença de tensão aplicada entre o terminal de entrada positivo e negativo), ou seja o sinal à saída é igual ao sinal à entrada multiplicado por um ganho, Ad
Para que o ganho do Amplificador seja elevado é necessário então que a resistência de entrada seja bastante elevada (idealmente infinita), e que a resistência de saída seja muito reduzida (idealmente zero).
Para além destes conceitos, a escolha dos componentes a serem utilizados no circuito tem de estar alinhada com a sua aplicação.
Uma vez que a empresa Synopsys se foca no design de circuitos integrados, escolheu -se utilizar MOSFET’s. No entanto também seria possível criar uma montagem amplificadora utilizando transístores de junção bipolar (BJT) por exemplo.
PAR -DIFERENCIAL
Rodeado pelo tracejado branco está representado o circuito Par-Diferencial.
ESPELHO DE CORRENTE
Fazendo um raciocínio análogo ao Par-Diferencial, uma vez que os Transístores M27 e M28 são iguais, a corrente que entra no dreno de cada um também o será (𝑉_𝐷𝑆28=𝑉_𝐷𝑆27=𝑉_𝐺𝑆
DIMENSIONAMENTO PT1
Observando a imagem, verificamos que há uma resistencia ligada a uma das entradas do Amplificador.
Esta resistencia não está dimensionada
DIMENSIONAMENTO PT2
Observando então o circuito que constitui o Amplificador, podemos observar que a Resistência R23 está ligada ao transístor M28, obtendo um circuito semelhante ao seguinte
DIMENSIONAMENTO PT3
Em que If é a corrente que saí do par- Diferencial, e da Resistência R23 uma vez que se trata de um espelho de corrente como explicado anteriormente
DIMENSIONAMENTO PT4
Substituímos então a resistência por uma fonte de corrente ideal, de 100 Micro Amperes.
DIMENSIONAMENTO PT5
Fez-se depois a analise DC do circuito, de forma a calcular a queda de tensão aos terminais da fonte de corrente.
Sabendo a queda de tensão, e o valor da corrente calcular o valor da resistência foi trivial, recorrendo à lei de ohm.
Calculou-se então uma resistência de 11,76Kohm que foi posteriormente colocada novamente no circuito
SIMULAÇÃO EM CONDIÇÕES NORMAIS
Concluído o dimensionamento da resistência R23, começou-se o estudo do ganho e da fase da montagem para averiguar a sua estabilidade.
Para tal, realizou-se uma simulação LSTB, sem considerer variações na temperature, na tensão de alimentação ou na velocidade dos transistores.. Esta simulação devolve o diagrama de bode do circuito, presente na figura.
Por observação do gráfico superior, verificamos que a montagem obteve um ganho DC de 51.3 dB, o que é um valor considerável. Esse valor de ganho manteve-se constante até aos 250kHz momento onde começou a decrescer. Este decréscimo deve-se à capacidade do amplificador[2].
A margem de fase pode ser estudada analizando o gráfico de baixo, no mesmo ponto em que o gráfico do ganho cruza a linha dos 0dB. Como se pode observar, a margem de fase obtida é de 74.9º por isso podemos concluir que o circuito é estável uma vez que é superior a 45º momento a partir do qual se consideraria que um circuito está no limiar da estabilidade.
Podemos também determinar o produto ganho largura de banda, analisando a frequência em que o Gráfico do ganho(em cima) cruza os 0dB. Neste caso o valor obtido foi de 171 MHz. Este produto é importante uma vez que permite saber o ganho máximo que pode ser alcançado a uma dada frequência e vice-versa
PSRR
A simulação de rejeição de ruído da alimentação, relacionam as oscilações no sinal de saída com as variações no sinal da tensão de alimentação VPH, e pode ser calculado através da seguinte fórmula
Na figura, o gráfico superior relaciona o valor de supressão de ruído em função da frequência. Os valores do eixo das ordenadas (PSRR) apresentam valores negativos uma vez que está a ser estudada a rejeição de ruído, então quanto mais negativo o valor, maior a rejeição e vice-versa.
Assim verifica-se que a rejeição de ruído da alimentação apresenta um comportamento semelhante à curva do diagrama de bode do ganho (figura 4.3.1). Ou seja, a rejeição é máxima e constante para frequências mais baixas onde apresenta um valor em módulo de 56 dB.
No entanto ao atingir os 40 MHz, a rejeição de ruído passa a diminuir com a frequência, atingindo um mínimo em módulo de 38 dB à frequência de 400MHz.
A partir do mínimo uma característica interessante acontece, devido à existência de uma capacidade de saída(figura 4.1.1 e Anexos figura 4), o valor de PSRR volta a aumentar. Ou seja, a rejeição de ruído passa a não depender da malha de realimentação, mas sim da existência de uma capacidade de saída. Quanto mais elevado for o valor dessa capacidade melhor será a melhoria na rejeição de ruído a altas frequências.
SIMULAÇÃO EM CONDIÇÕES VARIÁVEIS
Nesta secção é apresentado o estudo do comportamento do circuito em situações diferentes da normal.
Simulou-se o circuito em temperaturas entre os -40º e os 125º, e dentro desse intervalo de temperaturas foi também feito variar o valor de VPH em 5%, ou seja o entre 1.71V e 1.89V.
Para além da variação na temperatura e da tensão de VPH, foi também estudado o impacto das variações possíveis da velocidade dos transistores nMOS e pMOS.
Assim, simulamos ainda as situações em que os transístores NMOS funcionavam com a maior velocidade possível e os PMOS o contrário e vice-versa, ou ambos na velocidade máxima ou na pior opção, em que ambos funcionavam com a menor velocidade possível. Esta simulação permite avaliar se o circuito apresenta algum comportamento indesejado dentro do intervalo de condições para o qual o circuito foi planeado para funcionar.
Os resultados obtidos podem ser observados na figura seguinte:
Cada uma das linhas apresentadas representa uma combinação diferente de parâmetros. Assim, podemos observar que em todas as condições o comportamento do circuito é bastante semelhante, notando-se apenas uma variação pouco significativa no valor do ganho.
Podemos concluir então que dentro do intervalo definido o circuito funciona corretamente
SIMULAÇÃO MALHA FECHADA
Para esta etapa do estudo do circuito, a saída foi ligada à malha de realimentação de forma a criarmos uma malha de realimentação em malha fechada e de ganho unitário