processos renais Flashcards

1
Q

qual a função e a importância principal do rim?

A

Fundamentais para a sobrevivência por ser responsável pelo controle hidroeletrolítico que garante o
funcionamento básico do organismo. São muitos importância pois através de suas múltiplas funções
homeostáticas mantém as condições necessárias para que as células desempenhem suas funções.

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2
Q

o que é insuficiência renal? é possivel viver sem um rim?

A

insuficiência renal é uma grave doença na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções
básicas, o que pode levar a morte, sendo necessário transplantes de rins.
* É possível viver apenas com um rim, onde um compensa a função de outro, porém este pode acabar
ficando sobrecarregado.

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3
Q

quais são as funções dos rins? detalhe.

A

1- Regulação do volume do líquido extracelular (LEC) e da pressão arterial. Quando o volume do líquido
extracelular diminui, a pressão arterial também diminui. Se o volume do líquido extracelular e a
pressão arterial caem até níveis muito baixos, o corpo não pode manter um fluxo adequado de sangue
para o encéfalo e outros órgãos essenciais. Os rins trabalham de uma maneira integrada com o
sistema circulatório para assegurar que tanto a pressão quanto a perfusão tecidual permaneçam em
uma faixa aceitável. Exemplo: hemorragia, diminui o sangue circulante, diminui a pressão arterial,
diminui a liberação de fluidos pelo rim na urina, o que gera aumento dos níveis de sódio, aumento da
osmolaridade e da atividade renal.
2- Regulação da osmolaridade. O corpo integra a função renal com o comportamento, como a sede, para
manter a osmolaridade do corpo em um valor próximo de 290mOsM.
3- Manutenção do equilíbrio iônico. Os rins mantêm a concentração de íons-chave dentro de uma faixa
normal pelo balanço entre a sua ingestão e a sua perda urinária. O sódio (Na+) é o principal íon
envolvido na regulação do volume do líquido extracelular e da osmolaridade. As concentrações dos
íons potássio (K+) e cálcio (Ca2+) também são estritamente reguladas.
4- Regulação homeostática do pH. O pH plasmático é normalmente sempre mantido dentro de uma faixa
muito estreita de variação. Se o líquido extracelular se torna muito acido os rins excretam H+ e
conservam íons bicarbonato, que atuam como tampão. Inversamente quando o líquido extracelular se
torna muito alcalino, os rins excretam bicarbonato e conservam hidrogênio. Apesar de exercerem um
papel importante na regulação do pH, os rins não são capazes de corrigir desequilíbrios de pH tão
rapidamente quanto os pulmões.
5- Excreção de resíduos. Os rins removem produtos do metabolismo e xenobióticos, ou substâncias
estranhas, como fármacos e toxinas ambientais. Os produtos do metabolismo incluem a creatinina do
metabolismo muscular e resíduos nitrogenados, como a ureia e o ácido úrico. Um metabólito da
hemoglobina chamado de urobiolinogênio dá a ela sua cor amarela característica. Os hormônios são
outras substâncias endógenas retiradas do sangue pelos rins. Exemplos de substâncias estranhas
incluem o adoçante artificial sacarina e o ânion benzoato, parte do conservante benzoato de potássio,
contido em refrigerantes diets.
6- Produção de hormônios. Embora os rins não sejam glândulas endócrinas, eles desempenham um
importante papel em três vias endócrinas. As células renais sintetizam eritropoetina, hormônio que
regula a produção de eritrócitos da síntese de hemácias. Os rins também liberam renina, uma enzima
que regula a produção de hormônios envolvidos no equilíbrio de sódio e na homeostasia da pressão
sanguínea. Por fim, as enzimas renais auxilias na conversão da vitamina D3 em um hormônio ativo que
regula o equilíbrio do Ca2+.

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4
Q

qual a anatomia do rim?

A

Composto por dois rins (com algumas áreas mais funcionais que outras), ureteres, bexiga e
uretra; altamente vascularizado; as unidades funcionais são chamadas de néfrons.

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5
Q

como funciona a produção da urina no geral?

A

A produção da urina inicia quando a água e os solutos se deslocam do plasma para o interior dos néfrons,
que compõem a maior parte dos dois ruins; os néfrons modificam a composição do líquido à medida que
ele passa ao longo dessas estruturas. O fluido já alterado, urina, deixa os rins e passa por um tubo
chamado de ureter. Existem dois ureteres, cada um partindo de um rim e se dirigindo para a bexiga
urinária. A bexiga se expande e é preenchida com a urina até que, em um reflexo, chamado de micção, ela
se contrai e elimina a urina através de um único tubo, a uretra.

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6
Q

o que é o néfron e como ele esta inserido?

A

célula grande que possui arteríolas eferentes e aferentes; a maior parte do néfron está
localizada no córtex (néfrons corticais) e a outra parte na medula (néfrons justa medulares); ele é a
unidade funcional do rim; em todo o néfron existe controle iônico menos na parte final que é apenas
secretora; a arteríola aferente entra na cápsula de Bowman e forma um sistema de troca, e depois sai
pela arteríola eferente; existe um sistema porta renal (duas redes de capilares em série, uma após a
outra), onde o fluído é filtrado no primeiro conjunto de capilares e regressa por meio do segundo
conjunto de capilares.

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7
Q

o que faz o glomérulo, capsula de bowman e túbulos?

A

Néfron- célula grande que possui arteríolas eferentes e aferentes; a maior parte do néfron está
localizada no córtex (néfrons corticais) e a outra parte na medula (néfrons justa medulares); ele é a
unidade funcional do rim; em todo o néfron existe controle iônico menos na parte final que é apenas
secretora; a arteríola aferente entra na cápsula de Bowman e forma um sistema de troca, e depois sai
pela arteríola eferente; existe um sistema porta renal (duas redes de capilares em série, uma após a
outra), onde o fluído é filtrado no primeiro conjunto de capilares e regressa por meio do segundo
conjunto de capilares.
➔ Glomérulo- faz parte do sistema circulatório; o fluxo sanguíneo entra pela arteríola aferente e vai para o
glomérulo onde ocorre a taxa de filtração glomerular (TFG que vai para o sistema renal pela cápsula de
Bowman e o sangue que não foi filtrado sai pela arteríola eferente; o sangue é filtrado devagar, em
frações, várias vezes, até que o processo ocorra em todo seu volume.
➔ Cápsula de Bowman- estrutura oca globular que envolve o glomérulo (sistema fechado); o endotélio do
glomérulo é unido ao epitélio da cápsula de modo que o líquido filtrado dos capilares passa
diretamente para dentro do lúmen tubular. O conjunto formado por cápsula e glomérulo é chamado
corpúsculo renal.
➔ Túbulos- a partir da capsula de Bowman o filtrado passa para o túbulo proximal, em seguida para o
ramo descendente e depois o ramo ascendente da alça de Henle, em seguida o túbulo distal e após
isso o ducto coletor; o túbulo coletor apenas libera urina, o restante do néfron é funcional e tem a
mesma anatomia.

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8
Q

o que é a macula densa?

A

a mácula densa é a
região de contato da cápsula com o túbulo distal e as arteríolas, onde eles se encostam e exercem
efeito sobre o controle da taxa de filtração glomerular.

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9
Q

quais as células do glomérulo e suas funções?

A

Glomérulos possuem podócitos que podem abrir ou fechar a entrada de substâncias no sistema renal,
com podócitos próximos há menos entrada de substâncias como proteínas (não podem através a
cápsula de forma alguma).

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10
Q

como o rim filtra todo o plasma?

A

O sangue passa pelo rim várias vezes até tudo ser filtrado; uma lata de 360ml é filtrada a cada 3 min por
24 horas; 180 litros são filtrados dentro do trato gastrointestinal por dia pelo rim; mais de 99% do
líquido que entra nos néfrons retorna ao sangue; dos 180L de plasma filtrados pelo rim, apenas 1,5
litros de urina são gerados.

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11
Q

qual o papel dos rins no equilibrio de água?

A

o volume ganho pela ingestão ou perda
do volume a partir de pulmões, pele e TGI entra no rim; o rim tem um limite para que a TFG aconteça; se o
volume de ingestão de líquidos cai abaixo do limite a taxa de filtração cai ou até para; a taxa pode ser
ajustada; ocorre perda de volume da urina, mas pode voltar para o sistema renal e circulatório
(hemodiálise) para conservar o volume, mas não o restaurar; também ocorre perda do volume a partir dos
pulmões, pele e trato digestório; vasopressina regula a absorção de H2O.

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12
Q

qual a relação perda e ganho de água?

A

o corpo recebe água através de comida e bebida e metabolismo, e as perdas
ocorrem por pele e pulmões (0,9L/dia), urina (1,5L/dia) e fezes (0,1L/dia); o ideal é não ter perdas maiores
que ganhos e nem ganhos maiores que perda, manter a ingestão em cerca de 2,2L/dia + produção
metabólica de 0,3L/dia – perda (0,9+1,5+0,1L/dia) = 0.

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13
Q

quais as etapas do processo de formação da urina?

A

➔ Filtração: sangue para o lúmen; ocorre na cápsula de Bowman em direção ao túbulo proximal, onde as
paredes dos capilares glomerulares e da cápsula são modificadas para permitir o fluxo do líquido.
➔ Reabsorção: do lúmen para o sangue; ocorre no túbulo proximal, alça de Henle (ramo ascendente e
descendente) e túbulo distal (nas duas porções).
➔ Secreção: sangue para o lúmen; ocorre no túbulo proximal e no túbulo distal (nas duas porções).
➔ Excreção: lúmen para o ambiente externo; eliminação do líquido que permanece dentro do lúmen no
f
inal do néfron na forma de urina; ocorre no ducto coletor; (filtração – reabsorção + secreção =
excreção).

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14
Q

quais são as mudanças no volume e na osmolaridade ao longo do néfron?

A

Cápsula de Bowman → 180L/dia – 300 mOsM
Extremidade do túbulo proximal → 54L/dia – 300 mOsM
Extremidade da alça de Henle → 18L/dia – 100 mOsM
Extremidade do túbulo coletor (urina final) → 1,5L/dia – 50-1200 mOsM
* Na extremidade do túbulo proximal ocorre absorção de soluto e a água vai junto, e segue o soluto por
osmose (assim a osmolaridade não muda, embora a composição tenha mudado.
* Na extremidade da alça de Henle ocorre mais absorção de soluto do que de água (líquido
hiposmótico); nesse ponto, 90% do volume filtrado já foi reabsorvido.
* Na extremidade do túbulo coletor ocorre a regulação fina do equilíbrio entre sal e água; a reabsorção e
a secreção final determinam a composição e concentração final. A partir do ducto coletor não há mais
alteração da composição da urina.

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15
Q

quais são as três barreiras de filtração?

A

1) Endotélio capilar glomerular- capilares fenestrados com grandes poros que permitem que a
maioria dos componentes plasmáticos sejam filtrados através do endotélio, mas pequenos o
bastante para impedir que as células do sangue deixem o capilar; proteínas carregadas
negativamente ajudam a repelir as proteínas plasmáticas; células mesangiais possuem feixes
semelhantes a actina que promovem contração a essas células possibilitando a alteração do fluxo
sanguíneo.
2) Lâmina basal- camada acelular de matriz extracelular que separa o endotélio do capilar;
glicoproteínas carregadas negativamente e matéria similar ao colágeno (funciona como uma
peneira grossa, excluído a maioria das proteínas plasmáticas do líquido filtrado através dela).
3) Epitélio da cápsula de Bowman- formado por podócitos, que possuem longas extensões chamadas
pedicelos que se entrelaçam um com os outros deixando estreitas fendas de filtração, contendo
proteínas como nefrina e podocina e contém fibras contráteis.

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16
Q

qual é a fração de filtração?

A

100% do volume do plasma entra na arteríola aferente; 80% seguem para a arteríola eferente; 20% do
volume é filtrado pela cápsula de Bowman; mais que 19% destes são reabsorvidos para os capilares
peritubulares; mais que 99% do plasma entra nos rins e retorna para a circulação sistêmica; menos de
1% do volume é excretado para o ambiente externo.

17
Q

quais são as pressões determinantes no processo de filtração?

A

Existem três tipos de pressão relacionadas com o processo de filtração: pressão hidrostática capilar
espalhada na arterial (Ph), pressão coloidosmótica capilar que é o gradiente de pressão osmótica
coloidal em virtude das proteínas no plasma, mas não na cápsula de Bowman, ou seja, exercida pelas
proteínas (PI) e pressão hidrostática do fluido criada pelo fluído na cápsula de Bowman, da cápsula
para o fluído (Pfluido).
Ph= 55 mmHg em direção ao túbulo proximal.
Pfluido= 15 mmHg em direção ao glomérulo.
PI= 30 mmHg em direção ao glomérulo.
Ph – PI – Pfluido = pressão de filtração (para permanecer no néfron)
55 mmHg – 30 mmHg – 15 mmHg = 10 mmHg

18
Q

o que é a taxa de filtração glomerular e como ela é influenciada?

A

É quantidade de fluido filtrado para dentro da cápsula de Bowman por unidade de tempo = 125ml/minutos ou
180L/dia; considerando que o volume do plasma é cerca de 3L os rins filtram o volume plasmático 60 vezes por
dia; se não houvesse reabsorção ficaríamos sem plasma em 24 minutos.
A TFG é influenciada por dois fatores: a pressão da filtração (interfere no quanto vai ser filtrado, precisa ser
controlado para não sobrecarregar o rim) e o coeficiente de filtração (possui dois componentes que são a área
de superfície dos capilares glomerulares disponíveis para a filtração e permeabilidade da interface entre
capilar e cápsula).

19
Q

o aumento da pressão arterial causa aumento da TFG?

A

A pressão arterial fornece a pressão hidrostática que
impulsiona a filtração glomerular, porém a TFG está sujeita a autorregulação (processo de controle local feito
pelo rim), onde é notavelmente constante em uma ampla faixa de pressões arteriais, contanto que a pressão
arterial média do sangue fique entre 80 e 180 mmHg, a TFG é de em média 180L/dia; essa autorregulação é
importante para permitir o controle preciso da excreção renal de água e solutos.

20
Q

como a resistência das arteríolas interferem na filtração?

A

A TFG é controlada primariamente pela regulação do fluxo sanguíneo através das arteríolas renais, sendo
assim se a resistência das arteríolas sistêmicas aumenta, o fluxo diminui; se a resistência aumenta na
arteríola aferente, quando o volume está alto, diminui o fluxo sanguíneo renal, a pressão hidrostática diminui
no lado glomerular da constrição e diminui a TFG, e o sangue é desviado para outros órgãos. (aumento da PA
→ aumento da resistência por vasoconstrição → diminuição do TFG → diminuição da Ph → diminuição FSR
(não há inversão do fluxo, a Ph continua maior que as outras pressões).
Se a resistência aumenta na arteríola eferente (quando a pressão arterial está baixa), ocorre diminuição do
f
luxo sanguíneo mas aumento da Ph e da TFG, gera desvio de sangue para outras regiões para não ocorrer
acúmulo de sangue no glomérulo (aumento da resistência → diminuição do fluxo sanguíneo → diminuição da
FSR → aumento do Ph → aumento do TFG).
A maior parte da regulação ocorre na arteríola aferente. Este controle mioentérico serve para ajudar no
controle da pressão na TFG.

21
Q

quais são os mecanismos de autorregulação da TFG?

A

processo de controle local no qual o rim mantém uma TFG
relativamente constante frente às flutuações normais da pressão arterial afim de proteger as barreiras de
f
iltração da pressão arterial alta que pode danificá-las. Estes mecanismos são:
1) Resposta miogênica das arteríolas- quando o músculo da parede da arteríola estira, devido ao
aumento da pressão arterial, canais iônicos sensíveis ao estiramento se abrem e as células
musculares despolarizam; a despolarização leva à abertura de canais de cálcio dependentes de
voltagem, e o músculo liso vascular se contrai; a vaso contrição aumenta a resistência ao fluxo e leva a
uma redução do fluxo sanguíneo através das arteríolas que diminui a pressão de filtração no
glomérulo; Quando a pressão arterial média diminui para menos de 80 mmHg a TFG diminui, porem
esse decréscimo é adaptativo, pois se menos plasma é filtrado, o potencial para a perda de líquido na
urina diminui, ou seja o decréscimo ajuda o corpo a conservar o volume sanguíneo.
2) Retroalimentação tubuloglomerular- via de controle local em que o fluxo de líquido através dos túbulos
renais altera a TFG; as paredes tubulares e arteriolares são modificadas na região em que elas entrem
em contato umas com as outras, formando o aparelho justaglomerular; a porção modificada é
formada por uma placa de células chamada de mácula densa e a parede da arteríola aferente
adjacente a ela possui células especializadas chamadas justaglomerulares; as células da mácula
densa tem capacidade de enviar sinais parácrinos (como a renina) à arteríola eferente vizinha quando
sentem alterações na concentração iônica, por exemplo de NaCl, fazendo com que a arteríola aferente
se contraia aumentando a resistência e diminuindo a TFG; ou seja as células justaglomerulares tem
capacidade de sinalizar as arteríolas (sensor).

22
Q

como os hormonios alteram a TFG?

A

Os hormônios e o sistema nervoso autônomo alteram a TFG de duas maneiras: mudando a resistência
das arteríolas e alterando o coeficiente de filtração.

23
Q

o que é a reabsorção?

A

ocorre no túbulo proximal, nos ramos ascendente e descendente da alça de Henle e
no túbulo distal; esse processo é necessário para modular substâncias e toxinas rapidamente e facilitar a
regulação de íons e água; A reabsorção de água e solutos no lúmen tubular depende de transporte ativo. O
f
iltrado que flui da cápsula de Bowman para o túbulo proximal tem a mesma concentração de solutos do
líquido extracelular; portanto, para transportar soluto para forma do lúmen as células tubulares precisam usar
transporte ativo para criar gradientes de concentração ou eletroquímicos; a água segue osmoticamente os
solutos, à medida que eles são reabsorvidos.

24
Q

quais as especificidades da reabsorção?

A

A maior parte do processo de reabsorção acontece no túbulo proximal (70%), que reabsorve a maior
parte do sódio, cloreto, bicarbonato e potássio filtrados e praticamente toda a glicose.
* Alguns solutos se movem para dentro e depois para fora das células epiteliais (transporte transcelular
ou transepitelial); outros solutos se movem através de junções entre as células epiteliais (via
paracelular).
* A pressão hidrostática que existe ao longo de toda a extensão dos capilares peritubulares é menor do
que a pressão coloidosmótica, de modo que a pressão resultante favorece a reabsorção.

25
Q

como ocorre a reabsorção por transporte ativo primário?

A

reabsorção do sódio filtrado do lúmen tubular renal para o líquido intersticial ocorre através da célula tubular
próximas; altos níveis de sódio no lúmen em comparação com a célula faz com que o sódio entre na células
através de várias proteínas de membrana, movendo-se de acordo com o gradiente eletroquímico (transporte
passivo); o sódio na célula é bombeado para fora contra o gradiente eletroquímico para o LI através de uma
bomba sódio potássio ATPase (transporte ativo); 3 sódios entram no plasma e 2 potássio vão para a célula, e
depois voltam ao plasma por canais de vazamento.

26
Q

como ocorre a reabsorção por transporte ativo secundário?

A

Na reabsorção por transporte ativo secundário simporte o sódio se move através do seu gradiente
eletroquímico e usa a proteína SGLT para levar a glicose para o interior da célula, contra seu gradiente de
concentração; a glicose vai para o plasma usando a proteína GLUT e o sódio pela bomba ATPase sódio
potássio.

27
Q

quais os detalhes do processo de reabsorção?

A
  • O lúmen e o líquido intersticial (plasma) têm altas concentrações de sódio; a concentração de sódio no
    LI determina o potencial de ação das células; o sódio precisa ser reabsorvido no plasma para que não
    seja eliminado (ação compensatória).
  • A inibição de cotransportadores e perda de glicose aumenta a excreção de glicose na urina (para
    diabetes).
  • Os ânions, seguem o Na positivamente carregado para fora do lúmen. A saída de Na e de ânions do
    lúmen para o LEC dilui o fluido luminal e aumenta a concentração do LEC, de forma que a água deixa o
    túbulo renal por osmose.
  • Quando a água é reabsorvida, a concentração de ureia (resíduo nitrogenado) no lúmen tubular
    aumenta, e ela usa seu gradiente de concentração para mover-se do lúmen tubular para o LI, sendo
    transportada através das células ou pela via paracelular.
28
Q

o que é a saturação de transporte renal?

A

A saturação do transporte renal refere-se à taxa de
transporte máximo, que ocorre quando todos os
transportadores disponíveis estão ocupados pelo
substrato; em concentrações de substrato iguais ou
acima do ponto de saturação, o transporte ocorre a uma
taxa de transporte máxima.

29
Q

o que é o manejo da glicose nos rins e como ocorre?

A

A filtração da glicose é proporcional à concentração no plasma, para serem
reabsorvidas cada molécula de glicose deve-se ligar a um transportador conforme o filtrado fui através do
túbulo proximal; em concentrações normais de glicose no plasma, toda a glicose que entra no néfron é
reabsorvida antes de ir para o túbulo proximal; a reabsorção da glicose também é proporcional à concentração
no plasma até o transporte máximo ser atingido (300mg/100ml de plasma); quando está acima deste valor ela
f
ica no lúmen e é secretada na urina, como ocorre quando não há transportadores suficientes ou ocorre
saturação dos transportadores e eles se tornam incapazes de reabsorver toda a glicose pois as moléculas de
glicose estão sendo filtradas mais rapidamente do que os transportadores podem transportar, pois quanto
mais glicose no plasma maior a taxa de filtração; a excreção da glicose é zero até que o limiar renal seja
atingido.

30
Q

quais são as especificidades do manejo da glicose?

A
  • Pode haver casos de excreção da glicose por deficiência nos transportadores.
  • Na urina normal a concentração de glicose, aminoácidos, proteínas, sangue, cetonas, leucócitos e
    bilirrubina são iguais à zero.
  • Glicose excretada = glicose filtrada – glicose reabsorvida.
  • A excreção da glicose na urina é chamada de glicosúria e, em geral, indica a presença de uma
    concentração de glicose elevada no sangue. Raramente a glicose aparece na urina mesmo que a
    concentração de glicose no sangue seja normal. Essa situação é ocasionada por uma alteração
    genética, na qual o néfron não pode produzir transportadores suficientes.
31
Q

como funciona o processo de secreção?

A

é a transferência de moléculas do líquido extracelular (sangue) para o lúmen do néfron;
depende de sistemas de transporte (processo ativo, pois requer transporte de substratos contra seu gradiente
de concentração) de membrana assim como a reabsorção; uso dos transportadores para coletar substâncias
(íons de H+ e K+, ácidos e bases orgânicas, fármacos penicilina e toxinas) de volta para o sistema renal; ocorre
no túbulo proximal e no túbulo distal.

32
Q

como funciona o processo de excreção?

A

a produção de é o resultado de todos os processos que ocorrem no rim. Quando o
líquido chega ao final do néfron ele apresenta pouco semelhança com o líquido que foi filtrado para a cápsula
de Bowman. Glicose, aminoácidos e metabólitos úteis desaparecem, tendo sido reabsorvidos para dentro do
sangue, e os resíduos orgânicos estão mais concentrados. A concentração de íons e água na urina é
extremamente variável. Embora a excreção nos diga o que o corpo está eliminando, a excreção por si só não
pode nos dar detalhes da função renal.
Quantidade filtrada – quantidade reabsorvida + quantidade secretada = quantidade de soluto excretado.

33
Q

o que é micção?

A

uma vez que o filtrado deixa os ductos coletores, ele já não pode mais ser modificado e recebe o nome de
urina; a urina desce pelo ureter em direção à bexiga; a micção é um reflexo espinal sujeito ao controle de
centros encefálicos superiores;

34
Q

quais os constituintes do processo de micção?

A

Bexiga: músculo liso com neurônios sensoriais que detectam o relaxamento do músculo e enviam para
o corno medular; esfíncter interno (músculo liso, abre por pressão) em contato com a bexiga tem
controle passivo; o esfíncter externo é de controle voluntario de músculo esquelético (permanece
sempre contraído); esse controle voluntário é desenvolvido, os bebês não possuem; o processo de
enchimento da bexiga acontece em estado relaxado.

35
Q

como ocorre o processo de eliminar a urina?

A

Bexiga cheia: os receptores de estiramento disparam para a medula espinal, onde a informação é
integrada e transferida a dois conjuntos de neurônios; o estímulo da bexiga cheia estimula os
neurônios parassimpático, que inervam o músculo liso da parede da bexiga urinária; o neurônio
sensorial dispara para os neurônios parassimpáticos que disparam e estimulam a contração da bexiga;
a sinalização do neurônio sensorial inibe a contração do esfíncter externo pelo neurônio motor
somático (em crianças ou idosos que não possuem controle) → sinais de estruturas superiores do SNC
podem facilitar ou inibir o reflexo → acontece a inibição do neurônio motor por despolarização mas os
sinais superiores do SNC (voluntário) gera potenciais maiores e mais fortes do que o sinal de inibição,
então controlam o esfíncter externo.
* Quando a bexiga esta cheia o rim continua filtrando e excretando e as vezes isso pode sobressair o
controle voluntario (a pressão atmosférica, gravidade, influencia); em mulheres gravidas a bexiga tem
menos espaço para crescer.

36
Q

como ocorre o controle da micção?

A

Uma pessoa que foi treinada para o controle esfincteriano adquire um reflexo aprendido, que mantem
o reflexo da micção inibido até que ele ou ela deseje conscientemente urinar. O reflexo aprendido
envolve fibras sensoriais adicionais à bexiga que sinalizam o grau de enchimento. Centros no tronco
encefálico e no córtex cerebral recebem essa informação e superam o reflexo de micção básico,
inibindo indiretamente as fibras parassimpáticas e reforçando a contração do esfíncter externo da
bexiga, até que no momento certo esses centros removem a inibição e facilitam o reflexo.